terça-feira, 29 de novembro de 2011

Nojice e doçura

"Deu para ler, há poucos dias, no diário generalista. 'Em matéria de estupidez, Eusébio é king'. o Texto é assinado por um tal Duarte... Moral(?). Quem é a criatura capaz de redigir semelhante tarouquice? Fiquei a saber que é dono de uma avantajada gordura, fiquei a saber que cada grama do seu físico banhoso vale o mesmo peso em nojo. Se dúvidas tivesse, fiquei a saber que é um histérico sportinguista. O Duarte Moral tem moral para falar no maior símbolo da história do Futebol português? O Duarte Moral não tem moral, é imoral. Mais imoral ainda é viver de prosas sobre a bola, sobre os artistas da bola. Sem acato, sem respeito. A bola, a verdadeira, não precisa desse Duarte, despreza esse Duarte. Ele é que não passa de uma bola anafada e anedótica.

A vida não é só feita de gente azeda, também de gente doce. Doce era a Anabela. A Anabela? Essa mulher competente, prestável e graciosa que, anos a fio, serviu o pequeno-almoço aos jogadores e treinadores do Benfica. Também a mim, enquanto director de Comunicação do Clube, de 2000 a 2003. A Anabela era inexcedível, dava colorido e alegria às manhãs de trabalho. A Anabela, cruelmente, morreu. Há gente boa que não merecia deixar a vida precocemente. A Anabela merecia era continuar associada, todos os dias, aos seus meninos. Tinha, em cada um deles, um amigo, alguém que sentia como o mais próximo dos seus familiares.

No dia em que li a repugnante prosa do Duarte, participei na cerimónia fúnebre da Anabela. Só poderia reforçar a minha convicção de que o mundo é feito de contrários. Neste caso, o nojo e o doce. Só que, para grande infelicidade, a doçura da Anabela já só pertence à nossa memória sentimental benfiquista."


João Malheiro, in O Benfica

1 comentário:

  1. O Duarte Moral tem moral para falar no maior símbolo da história do Futebol português? O Duarte Moral não tem moral, é imoral.
       Meu caro esta frase diz tudo.

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