quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Um amigo de sempre

"Pela primeira vez vou pronunciar-me publicamente sobre um convidado que tive oportunidade de entrevistar no meu programa, na Benfica TV. Do seu nome António Oliveira, conhecido na gíria futebolística por Toni, amigo há mais de 30 anos, dos tempos do restaurante 'A Nave',local onde se faziam almoços e tertúlias com jogadores do Benfica e também do Sporting. Estávamos no final dos anos setenta e foi com Toni que comecei a ganhar o 'bichinho' pelo Futebol. Para mim era um enorme ídolo, tal como o eram muitos outros jogadores da altura. Era uma salutar convivência aquela a que tive o privilégio de assistir com regularidade, pois muitos deles eram clientes assíduos de tal restaurante propriedade do meu pai. Neste local, e de forma genuína, muitos destes jogadores trocavam impressões sobre a vida, falavam abertamente sobre os problemas do dia-a-dia, trocavam galhardetes e piadas clubistas, coisas que, naturalmente, faziam as delícias de um menino com apenas 6 ou 7 anos de idade que tinha a sorte de as poder testemunhar.

Foi este amigo que entrevistei esta semana e, deixem-me dizer, que foi uma conversa franca, aberta e divertida. Toni revelou-nos o seu carácter de profundo humanista. Homem bom, genuíno e simples. Sem subterfúgios para dizer que Deus esteve com ele no dia dos 6-3 em Alvalade, mas corajoso para lembrar que não esquecia o jogo dos 7-1, quando muitos dos nossos adeptos, na chegada à Luz, o acusaram de ser o 'cancro' do Benfica. A perna partida a Marco Aurélio (jogador do FC Porto) foi outro momento ímpar desta conversa. Conhecedor do Futebol como poucos, fez uma retrospectiva da sua vida de futebolista e elegeu Mário Wilson como um treinador de excelência, não esquecendo o senhor Ericksson.

Foi uma hora de encantamento e de boas recordações com um amigo de sempre."


Luís Lemos, in O Benfica

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