quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Eleições e ficção

"O Clube A apoia (euforicamente) para presidente da Federação um ex-dirigente do Clube B. O Clube B, por sua vez, finge não o apoiar preferindo um ex-presidente do Clube C. O Clube C, por fim, recusou apoiar o seu ex-presidente.

Nas primárias para a leição, o Clube A passou ao lado de uma pré-candidatura de um seu ilustre sócio. O Clube C começou por preferir um outro pré-candidato ex-presidente da Liga, mas agora basta-lhe que seja um dos membros da equipa do candidato ex-dirigente da equipa do candidato ex-dirigente do Clube B e seu sucessor na Liga. E o Clube B diverte-se não exprimindo o seu apoio ao candidato que foi seu dirigente na direcção do presidente que agora não o apoia...

Para ser ainda mais divertido, consta que, entre os delegados que elegerão o presidente, todos ou alguns destes clubes não estão representados. Donde o órgão é eleito por delegados não eleitos ou não é escolhido por delegados eleitos.

Há órgãos eleitos por maioria e outros pelo métedo do complicativo. Senhor Hondt (segundo li, a Arbitragem, Disciplina e Justiça). Coisas de somenos - talvez assim se pense no Clube A ou C - quando comparadas com honrosas vive-presidências que serão generosamente oferecidas a estes Clubes, quem sabe para as selecções, o futebol feminino, o futsal e quejandos. E não é de estranhar que venham a regozijar-se com a Disciplina, deixando a Justiça, ingenuamente, para o Clube B. Quanto a arbitragem, tudo está bem quando acaba num duelo entre Vítor Pereira e... Paulo Costa, árbitro de boa memória para o Clube B.

Por fim, na Liga escolher-se-á um qualquer Medvedev, se possível com a oposição determinada do clube B e o aplauso excitante dos Clubes A e C.

Clube A, B ou C? Isto não é cá. É ficção."


Bagão Félix, in A Bola

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