sábado, 17 de setembro de 2011

Prestígio

"Um fim-de-semana com o aroma da serra da Estrela, repartido por Oliveira do Hospital e Seia, reforçou-me a certeza da inabalável dimensão do Benfica. Assistir ao jogo, frente ao Vitória de Guimarães, num espaço público, escolhido ao acaso, deu para perceber a forma entusiástica como as pessoas se entregam à causa benfiquista, esmagando, em número e convicção, aqueles (poucos) que perfilham outras cores e simpatias.

Na companhia de um amigo portista, mitigadamente portista, o espectáculo acabou por ser mais marcante. O Benfica é mesmo o maior, admitiu, sem favor, o meu comparsa de jornada. Nas horas subsequentes ao embate, tantas foram as pessoas que se me dirigiram, sempre com o Benfica como mote na abordagem, que o meu amigo do FC Porto se rendeu àquela que é uma evidência em qualquer parte do território nacional. O Sport Lisboa e Benfica vale mais, no agrado popular, que todos os outros emblemas desportivos juntos.

Na recente deslocação do ex-presidente Lula da Silva à Luz, as referências abonatórias feitas ao Benfica e a Eusébio inscrevem-se no contexto da grandeza do nosso Clube e do seu símbolo mais carismático. São, igualmente, expressão de um prestígio que se mantém sólido e resistente ao longo de décadas. São, ainda igualmente, expressão de uma forma de estar, sentir e receber sem paralelo no contexto do Desporto nacional.

À grande obra empreendida no Clube nestes últimos anos, importa apenas reforçar a obra competitiva. O Benfica tem que ganhar mais vezes, tem que ganhar mais coisas. Não que o seu encanto possa ser abalado, só que tem tudo, tudo mesmo, para ser ainda mais reforçado."


João Malheiro, in O Benfica

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