sexta-feira, 3 de junho de 2011

Campanha

"Alguém se recorda de que é que falavam os jornais, em matéria de casos do futebol, antes de se entregarem em exclusivo, e com inusitado afinco, a um suposto caso envolvendo o treinador do Benfica? E alguém sabe o que acontece ao primeiro destes dois casos? Eu conto, do meu ponto de vista de simples observador. Antes do suposto caso envolvendo o treinador do Benfica, o Correio da Manhã anunciara com o maior destaque as denúncias contidas em gravações do árbitro Jacinto Paixão sobre corrupção na arbitragem do Futebol e, dias depois, um caso de alegadas «luvas» do líder do Porto e do Sistema, transferidas para paraísos fiscais. A diferença, em relação ao suposto caso do treinador do Benfica, é que as notícias sobre o líder portista pouco ou nada passaram para além das páginas do Correio da Manhã. Ou, quando passaram, consistiam no desmentido do visado. De repente, tudo - que já era pouco - cessou. E porquê? Porque surgiu o alegado caso com o treinador do Benfica, este com eco estrondoso, não apenas no Correio da Manhã, mas na generalidade dos outros jornais, com destaque para DN e JN, com supostas notícias que se desmentem umas às outras.

O Benfica, para o bem ou para o mal, vende mais papel que qualquer outro emblema e há interesses accionistas e editoriais interessados em hostilizar o mesmo denegrir a imagem do Benfica.

Com esta campanha - que espero que a Justiça não deixe arrastar sem uma conclusão, provada irrefutavelmente, com transparência e credibilidade - o Benfica está a pagar diversas facturas. No plano desportivo e competitivo é o único clube que afronta o Sistema. Em seguida, o Benfica mexeu com algo sagrado que são os direitos de transmissão televisiva. Depois, só o Benfica poderia fazer esquecer notícias, embora limitadas e sem grande eco, sobre o mistério dos offshore. E, por fim, há quem não perdoe ao treinador do Benfica ter resistido ao aliciamento, no início da época, pela equipa mãe do Sistema."


João Paulo Guerra, in O Benfica

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