quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ainda o defeso: no Benfica(II)

"Estou consciente das dificuldades que uma Direcção sempre tem na construção de um plantel. Por isso, o que para hoje (e ontem) escrevi deve ser lido, não como uma crítica, mas como um desabafo solidário de quem, fora do vulcão das transacções do defeso, ainda quer acreditar que é possível conciliar razão com emoção. Ora, acontece que, nestas semanas, a minha memória já não é capaz de abarcar a pletora de putativos candidatos a jogadores do Benfica. Todos os dias surgem como cogumelos, numa volúpia inflacionista de quem se serve do nome e prestígio do Benfica, não para 'memória futura', mas para 'comissões futuras'. Os casos de pura imaginação ou boataria - e são muitos - deveriam ser liminarmente desmentidos e repudiados.

Depois, todos os dias há notícias(?) sobre o plantel: ou é Saviola com proposta das arábias, ou Aimar em reflexão, ou Cardozo hesitante entre a Rússia e a Luz, ou Luisão com vontade de sair, ou Maxi que pode ser assediado pelo rival, ou Roberto que fica-e-não-fica, etc.

E, finalmente, o que se passa com Coentrão. Não faz qualquer sentido que o ainda empregado pago pelo Benfica fale como se já fosse do Real Madrid. «Tentaram que eu ficasse mas, claro, a minha decisão está tomada», disse a jornal espanhol. Há limites para tudo, mesmo para Coentrão. Por isso, apoio inteiramente a decisão disciplinar da SAD. E a firmeza para com o Real Madrid que, se o quiser ter, deverá bater a cláusula dos 30 milhões (e que até é pouco para a sua valia) sem jogadores em troca. Aliás, estou cansado do argumento (generalizado entre futebolistas) de que, coitados! «não podem ficar contrariados». Como se cumprimento de contrato assinado de livre vontade fosse punição!"


Bagão Félix, in A Bola

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