quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mentira

"As legítimas ambições benfiquistas na revalidação do título terminaram, há semanas, no embate de Braga, palco de mais um escândalo protagonizado por um trio de árbitros que inquinaram o resultado. Também assim havia acontecido na fase embrionária da Liga nacional, altura em que o Benfica foi empurrado para a metade inferior da tabela, ademais com um atraso quase inultrapassável em relação ao guia da prova, o FC Porto. As contas estão fechadas há muito. Ainda assim, o que se viu no último fim-de-semana? Na Luz, uma equipa de arbitragem incompetente anulou aquele que seria o primeiro golo 'vermelho' frente ao Beira-Mar. Por que razão Aimar e Carlos Martins, para cúmulo, foram admoestados com cartolina amarelas? Deve ter sido por perguntarem ao juiz (?) da partida se conhecia as leis do jogo...

E no Dragão? A tal equipa, até à data invencível, sempre amparada por arbitragens generosas, viu um penálti ser-lhe perdoado a escassos segundos do termo da contenda perante o Sporting. Foi uma constante ao longo da temporada. O novo campeão nacional pode dever muitos pontos a Falcão ou a Hulk, mas deve muitos também ao desempenho viciado de muitos árbitros e respectivos auxiliares.

O recorde benfiquista de 72/73, consubstanciado num triunfo no Campeonato sem mácula da derrota, está quase a ser igualado pelo FC Porto. Está mesmo, só que a moral, essa, não é a mesma. O Benfica de Hagan foi intérprete de um trajecto limpo, o FC Porto está a ser intérprete de um trajecto borrado com o odor da desonestidade."


João Malheiro, in O Benfica

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