"Repenso os dois últimos jogos do Benfica, no Porto, para a Taça, e em Setúbal, para o Campeonato e, pergunto-me, como é possível que árbitros tão ferrabrases como Paulo Baptista e Cosme Machado, que amarelaram de alto a baixo a equipa do Benfica, tenham permitido a permanência em jogo de indivíduos com comportamentos brutais como os de Belluschi e Ney Santos, entre outros. Ambos protagonizaram cenas de bestialidade que mereciam a expulsão mas ficaram impunes. O brasileiro - sem ser preciso ser entendido em linguagem labial - percebeu-se que acrescentou à brutalidade alguns mimos dedicados à mãe, eventualmente, do árbitro que lhe assinalou uma falta (ou à progenitora de um adversário, o que também seria merecedor de sanção).
E assim vai a equipa do Benfica ficando carregada de amarelos, sem a correspondente contrapartida para os adversários. Dá mesmo para desconfiar que haverá quem sonhe ver o Benfica amarelado de cima a baixo, em vésperas de um jogo decisivo. E então, um homem do apito pode, eventualmente, determinar a constituição da equipa do Benfica na jornada seguinte, como aconteceu numa semana do ano passado. Recordam-se da ala esquerda, Coentrão e Di Maria, afastada à força de cartões do mesmo jogo com o Porto, o que só não deixou o Benfica desasado porque Urreta jogou pelos dois?
Cheira-me que haverá quem ande a cogitar coisa semelhante. De maneira que é conveniente que digamos, desde já, das tribunas às que quais temos acesso, que estamos a perceber a jigajoga, que entendemos como funciona a traquitana bacoca e senil do Sistema, que já os vimos."
João Paulo Guerra, in O Benfica
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!