Os resultados da pré-época foram muito bons, só perdemos com equipas estrangeiras, sendo assim sem problemas burocráticos com o treinador, espera-se uma época bastante melhor. Por aquilo que já vi, posso dizer com alguma certeza que o plantel deste ano é bastante melhor que o da época passada, principalmente porque existem opções válidas praticamente para todas as posições. A equipa ganhou centímetros, peso, e experiência apesar da entrada de alguma juventude com boa atitude. O Zaikin acaba por ser o único jogador sem um substituto directo no plantel, por isso espero um Russo motivado e agressivo em todos os jogos. Na época anterior tivemos bastantes dissabores, nos jogos 'fáceis', exige-se concentração em todas as partidas.
domingo, 12 de setembro de 2010
Demasiado desequilibrado
Jogámos com o principal candidato ao último lugar no Campeonato, portanto o resultado acaba por ser pouco significativo. É verdade que a época passada mesmo nos jogos fáceis, o Benfica relaxava, e normalmente complicava as coisas, mas não podemos tirar muitas ilações...!!!
Temos equipa para lutar pelo titulo, mas para isso acontecer é necessário envolver toda a equipa nas acções ofensivas, o Carneiro é o melhor jogador do Campeonato, mas nos jogos decisivos o Carlos sozinho 'não chega', e isso 'treina-se' em competição durante toda a época!!!
Pobre José Torres... que não merecia isto
"Há dez anos, no inicio deste novo século, realizei uma série de entrevistas com grandes figuras do futebol português. José Torres foi uma delas. A doença já o incomodava e Torres fazia questão de não sair muito de casa. Durante algumas horas ficámos à conversa e ele contou vários dos episódios mais marcantes da sua carreira. É a altura certa para recuperar essa conversa.
Chamaram-lhe "tosco" quando veio de Torres Novas para Lisboa; foi o "padrinho" de Eusébio no lar do Benfica; jogou até aos 42 anos(!!!); marcou a Yashin o golo que nos deu o terceiro lugar no Campeonato do Mundo de 1966; foi o seleccionador da equipa portuguesa que se apurou para o Mundial do México e viveu o pesadelo de Saltillo. José Maria Pedroto, seu treinador no Vitória de Setúbal, chamou-lhe "Lagardére":«eu era o homem que saltava do banco para dar a "estocada final"». A estocada final do "Lagardére!" Antonio Tabucchi, esse Italiano que por causa de Fernando Pessoa e do «Livro do Desassossego» se transformou em português, dizia que ele era "a diferença que fazia realçar o génio, o homem da objectividade no meio dos artistas".
A Federação Portuguesa de Futebol e a Liga de Clubes entenderam que o seu funeral não merecia presença. No mesmo dia, a Liga, juntamente com várias figuras sinistras ligadas de há muito ao FC Porto, preferiu homenagear... um árbitro, Olegário Benquerença.
Percebe-se: ao contrário de que acontecia no tempo de José Torres, agora são os árbitros quem marca golos.
E a canalha perdeu de vez a vergonha!"
in O Benfica, por Afonso de Melo