quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Segurança

"Tem toda a razão o Benfica ao reclamar segurança nas suas deslocações e passagens em trânsito por todo o território nacional sem excepções. Esta é uma questão de Estado que transcende o futebol. É ao Estado que compete assegurar fundamentais, entre os quais a liberdade de circulação no País, sendo inadmissível a existência de bolsas subtraídas ao todo de liberdade que é Portugal. Não estamos num país terceiro-mundista, com zonas do território controladas por separatistas chechenos, fundamentalistas taliban, senhores da guerra somalis ou tigres Tamil.
Mas a impunidade tem sido excepção em sucessivas ocorrências nos domínios do futebol, controlado em Portugal pelo 'sistema' e respectivos capangas. A mais recente aconteceu na deslocação do Benfica a Guimarães: à saída do Porto, o autocarro do Benfica foi mais uma vez cobardemente apedrejado.
Aliás, a impunidade já há muito que deixou de ser uma excepção para passar a ser a regra, no que diz respeito a determinados talibãs do submundo do 'sistema'. Adeptos do Benfica que infringiram os direitos de outros foram, nos termos das leis, investigados pelas polícias, acusados pelo Ministério Público, levados a tribunal, julgados e alguns condenados.
Mas em matéria de futebol a Lei não tem sido igual para todos. E as denúncias de casos de vandalismo, depredação, assaltos, apedrejamentos, dentro e fora de recintos desportivos, sucedem-se sem consequências. Como se vivêssemos num Estado retalhado pelo separatismo. Ou numa espécie de Chicago em que a lei dos gangsters se sobrepõe ao poder de Estado.
No dia em que a Lei se aplicar a todos por igual e com todo o seu rigor, o 'sistema' perde um dos seus indispensáveis pilares."

João Paulo Guerra, in O Benfica

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