quarta-feira, 21 de julho de 2010

Promessa cumprida

"Discurso de Luís Filipe Vieira na Madeira

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Este é um dia feliz para o Benfica, para a sua Fundação, mas principalmente, para mim, porque gosto de honrar os meus compromissos e ser fiel à minha palavra.

Fez ontem cinco meses, estava nos Estados Unidos, e acompanhei pela televisão a tragédia que se vivia na Madeira.

As imagens eram impressionantes e as suas consequências terríveis.
Mas é claro que nenhuma imagem, nem nenhuma palavra, consegue descrever aquilo que a população da Madeira viveu naquele dia 20 de Fevereiro.

Nas horas seguintes à tragédia começaram a chegar relatos dramáticos que nos deram conta da dimensão – impressionante - da destruição material e da perda irreparável de muitas vidas humanas.

Nesse mesmo dia, do outro lado de lá do Atlântico, comprometi-me a ajudar – da melhor forma que as autoridades da Madeira o entendessem – as pessoas mais carenciadas e cujo grau de necessidade fosse mais relevante.

É por isso que aqui estamos hoje, porque da colaboração com os responsáveis do IHM, resultou a compra e entrega de três casas a pessoas que delas necessitam para dar algum sentido à sua vida.

Este é – se assim quiserem – também um acto de fé nas pessoas que hoje receberam as suas novas Casas.
Gostaria, nesta altura, de dedicar uma palavra especial, que mais não é do que um agradecimento sentido ao Dr. Paulo Atouguia, Presidente do IHM, e de quem recebemos toda a colaboração e toda a disponibilidade para que este processo pudesse chegar até aqui.

Este é, sem dúvida, um pequeno gesto, para a dimensão do que foi esta tragédia, mas é da soma de pequenos gestos como este que permitiram à Madeira e a todos aqueles que foram afectados, minorar o seu sofrimento e voltar a retomar alguma normalidade na sua vida.

Muito do que aconteceu na Madeira é irremediável, nomeadamente as vidas humanas que foram perdidas. Mas há muita outra coisa que podemos recuperar, é este o sentido da minha presença aqui hoje!

Estes processos são sempre processos lentos, a nossa obrigação é que eles se tornem mais rápidos.
A nossa obrigação é facilitar a vida e devolver alguma esperança a todos aqueles que perderam quase tudo.

A nossa obrigação – e estou certo de que o Dr. Alberto João Jardim me acompanha nesta ideia:
A nossa obrigação é ir atrás dos problemas e resolve-los.

O Benfica é um Clube universal, grande na sua dimensão, mas também na sua responsabilidade, por isso é que quando conseguimos ajudar aqueles que mais precisam tornamo-nos mais fortes como instituição.

Temos de nos lembrar – a todo o momento – a responsabilidade que temos de defender os valores em que acreditamos, pois essa é a única maneira de defendermos o crescimento e a justiça social do nosso país.
É também esse o papel que a Fundação Benfica pretende assumir!

Quero, antes de terminar, deixar uma palavra ao Presidente do Governo Regional da Madeira, Dr. Alberto João Jardim.

Toda a gente lhe reconhece a sua capacidade e a sua determinação, mas é justo reconhecer-lhe a sua dedicação e o seu amor à Madeira.

Estive aqui poucos dias depois do 20 de Fevereiro, e se não soubesse, nem tivesse assistido ao que aqui se tinha passado, não acreditaria na eficácia e na capacidade de resposta que os madeirenses conseguiram dar na recuperação do seu património!

Mas para isso acontecer tem de haver um timoneiro, tem de haver alguém que mobilize, que incentive em momentos de descrença, que nunca se deixe abater por pior que seja o cenário.
E esse alguém é sem dúvida o Dr. Alberto João Jardim!

O Presidente do Governo Regional – este Presidente – está sempre presente nos bons, mas principalmente nos maus momentos, é um homem capaz de sacudir a rotina, de ser criativo, de conseguir gerar novas soluções que vão de encontro às expectativas das suas populações!

O Dr. Alberto João consegue juntar todas estas virtudes e quem tem beneficiado tem sido a ilha da Madeira.
Vou terminar a falar da Fundação Benfica e da sua razão de ser.
Podemos ser testemunhas activas ou passivas da nossa história.

No Benfica optamos por intervir, o que significa ter consciência de que só com o nosso envolvimento podemos alterar o rumo dos acontecimentos.

Essa consciência exige, de todos quantos têm responsabilidades – públicas ou privadas – respostas rápidas e o pronto envolvimento nas respostas a dar em tragédias como esta.

Sempre entendi que a grandeza e a dimensão do Benfica não fazem sentido se, ao mesmo tempo, perdermos a capacidade de nos inquietar com as dificuldades e com as várias formas de sofrimento com que diariamente somos confrontados.

Esta é a razão de ser da Fundação Benfica, responder e atender a quem mais precisa de apoio!
Só desta forma podemos honrar os valores que inspiraram o nascimento do Sport Lisboa e Benfica há 106 anos atrás!

Muito obrigado a todos!”

2 comentários:

  1. É tambem por este tipo de acçoes que me sinto orgulhoso de ser benfiquista. Esta noticia tambem foi referida no meu blog pela "escriba" ana. Fiquei feliz por esta ajuda

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  2. Parabens por estares atento.

    Importante e divulgar estas acçoes, muito mais do que andar a insultar adversarios ou inimigos.

    Abraço

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