terça-feira, 27 de maio de 2025

Comunicado


"No decorrer do atual mandato e sempre em defesa do futebol nacional, da credibilização desta indústria e do fair play, da valorização das competições e do espetáculo, o Sport Lisboa e Benfica manteve uma postura de grande seriedade, intervindo de forma construtiva e positiva junto das instituições sempre que considerou necessário e não na praça pública.
Acreditámos que o futebol nacional teria muito a ganhar se a maior instituição desportiva do país, o Sport Lisboa e Benfica, assumisse esse papel de enorme responsabilidade. E fizemo-lo na defesa intransigente do futebol português. No entanto, somos obrigados a admitir que o caminho de valorização não foi respeitado pelas entidades que o tutelam.
Em face dos graves acontecimentos das últimas jornadas da Liga Portugal e da final da Taça de Portugal, que desvirtuaram por completo a verdade desportiva, com prejuízo relativo à entrada direta na Liga dos Campeões, o Sport Lisboa e Benfica decidiu:
1Participar disciplinarmente da equipa de arbitragem e de VAR do jogo da final da Taça, a saber: Luís Godinho, Tiago Martins e respetivas equipas;
2Participar disciplinarmente dos jogadores Matheus Reis e Maxi Araújo pelas múltiplas agressões ao jogador Andrea Belotti;
3 Exigir a divulgação imediata dos áudios entre Árbitro e VAR da final da Taça de Portugal, bem como as notas que lhes venham a ser atribuídas;
4 Fazer uma exposição à FIFA, à UEFA e ao IFAB, em face da ilícita aplicação do protocolo VAR em Portugal, que colocou em causa a verdade desportiva;
5 Exigir ao recém-eleito Conselho de Arbitragem uma posição pública, onde apresente medidas e soluções concretas que corrijam a sua atuação, sob pena de não ter condições para continuar em funções;
6Suspender a participação nos grupos de trabalho da Liga Centralização e solicitar ao Governo uma audiência com caráter de urgência, informando-o de que, neste momento, não estão reunidas as condições para avançar com este processo;
7 Informar a FPF que, enquanto a verdade desportiva não prevalecer nas competições nacionais, o Sport Lisboa e Benfica estará indisponível para acolher jogos da Seleção Nacional no seu Estádio.
O Sport Lisboa e Benfica exige que a próxima temporada seja decidida em campo, de forma transparente, o que não sucedeu na época desportiva que agora finda.
Nós assumimos sempre as nossas responsabilidades. Exigimos que quem tutela e rege o futebol português também assuma as suas."

Arbitragem, credibilidade e transparência


"Será sempre um ato de coragem, boa-fé e consciência limpa, alguém do Conselho de Arbitragem ou, melhor ainda, Tiago Martins, dar a cara e explicar as razões que levaram à não-decisão tomada no minuto 90+5 da final da Taça de Portugal...

Dificilmente podia ter terminado pior a época desportiva de 2024/25 para a arbitragem do futebol português, porque as últimas imagens são sempre as que mais perduram. Luís Godinho e Tiago Martins não estiveram à altura da final da Taça de Portugal, o primeiro sobretudo pela dualidade aplicada nas decisões, onde teve um critério mais largo para o Sporting e mais estreito para o Benfica, nos duelos entre áreas; o segundo especialmente pelo lance que deveria ter resultado na expulsão de Matheus Reis no minuto 90+5. Tiveram influência no desfecho do jogo e nada pode ser mais negativo para uma arbitragem. Durante a crónica do Benfica-Sporting, que assinei, não referi o trabalho do árbitro e do VAR, missão cumprida com eficácia e competência por Pedro Henriques, umas páginas à frente, de acordo com o formato que A BOLA assume, onde é ao especialista de arbitragem que cumpre avaliar o desempenho, lance a lance, e dar a nota final (neste caso foi, obviamente, negativa, um quatro num máximo de dez).

Luciano Gonçalves
Mas o que me faz regressar ao tema, tendo a ver com Luís Godinho e Tiago Martins, tem sobretudo a ver com Luciano Gonçalves, presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), por tratar-se de um momento definidor. Em funções há escassos meses, Luciano Gonçalves, que ainda estará a conhecer o chão que pisa, teve algumas nomeações de risco desnecessário, para jogos com equipas que jogavam para o título, de árbitros que, manifestamente não estavam preparados para o efeito, sendo o caso mais flagrante o de Carlos Macedo, no Benfica,6-AVS,0, que sem controlar o jogo, andou sempre atrás dele. Não foi esse o caso da escolha da dupla Luís Godinho/Tiago Martins, o primeiro tido como o segundo melhor árbitro português da atualidade, atrás de João Pinheiro, e o segundo o melhor VAR nacional, o que coloca no ‘day after’, uma pressão ainda maior sobre o presidente do CA. E porquê, se a nomeação foi acertada? Porque o mau trabalho dos árbitros (consagrados) vai funcionar como prova de fogo para Luciano Gonçalves. Expliquemos:
Luciano Gonçalves chegou à liderança do CA da FPF vindo da presidência da APAF, que não é mais do que a organização de classe dos árbitros, vulgo sindicato. Como figura máxima da APAF, era obrigação de Luciano Gonçalves ser parcial, na defesa dos seus associados, porque é para isso que os sindicatos servem. Com mais ou menos razão (e às vezes sem nenhuma...), a APAF de Luciano Gonçalves sempre primou pela defesa intransigente dos árbitros, face, por exemplo, às críticas feitas pelos clubes, que depois eram remetidas, em forma de queixa, para as instâncias disciplinares federativas. Pode dizer-se, nesta perspetiva, que Luciano Gonçalves foi um bom presidente da APAF, e que os árbitros lhe devem estar gratos pela forma empenhada como foram, por ele, defendidos.

A APAF e o CA
Porém, ao chegar à presidência do CA da FPF, a atitude de Luciano Gonçalves face aos árbitros tem, necessariamente, de ser outra, porque a sua missão deixou de ser a de defendê-los (a árvore), e passar a defender a arbitragem (a floresta).
Defender a arbitragem é, entre outras atividades que passam também pelo desenvolvimento do setor, que não dará um salto qualitativo se não tiver uma base de recrutamento maior, criar um clima de transparência que afaste as suspeitas dos vários agentes – jogadores, treinadores, dirigentes e adeptos – e mostre que há um efeito causa/consequência entre o que os árbitros produzem dentro do campo, ou na Cidade do Futebol, e a forma como são avaliados. Se a norma for a opacidade, nada melhorará substancialmente, e os esforços feitos no sentido da abertura por Fontelas Gomes, especialmente no seu último mandato à frente do CA da FPF, terão sido vãos.
Ora, tudo isto remete-nos para a final da Taça de Portugal e para Luís Godinho e Tiago Martins. Perante o sucedido, ou o CA da FPF dá públicas explicações, ou, melhor ainda, deixa que os árbitros se expliquem, nem que seja para lamentarem os erros, e transforma este fim de festa de 2024/25, que tem potencial para inquinar a imagem federativa, num ato de humildade e sobretudo pedagogia, ou estaremos a regredir e a ficar mais longe dos fundamentos que sustentam uma nova fórmula de gestão dos árbitros, segundo os modelos alemão e inglês. É bom que Luciano Gonçalves tenha consciência da delicadeza do momento que a arbitragem atravessa.

Coragem de dar a cara
Sejamos generosos e deixemos, até, de parte, o caso de Luís Godinho e a dualidade de critérios que revelou, e foquemo-nos apenas em Tiago Martins e no minuto 90+5. Se ninguém, da arbitragem, vier a terreiro não só explicar o que se passou na Cidade do Futebol, como ainda revelar a nota que foi atribuída a esse árbitro internacional, estará a ser dada uma machadada na credibilidade do nosso futebol. Estar-se-á a abrir, desnecessariamente, portas à especulação e a cenários que em nada dignificam a arbitragem, porque estamos perante um caso limite, em que não há quem perceba como não houve intervenção do VAR, perante a clareza cristalina das imagens.
Depois de ter falado em transparência, falei agora em credibilidade, dois pilares em que deve assentar, aos olhos da opinião pública, o edifício da arbitragem. Se Luciano Gonçalves, neste início de mandato, quiser ser credível, terá de mudar o chip, e não cair na tentação de continuar a ser o presidente do sindicato dos árbitros. E só o fará se houver notícia, tornada pública, das notas atribuídas à dupla que teve uma tarde para esquecer no Jamor. Por outro lado, o ex-líder da APF tem uma oportunidade de ouro para alavancar a transparência, dando palco especialmente a Tiago Martins para dizer de sua justiça, ou seja, quais as razões técnicas que o levaram a não intervir no aludido lance. Só através da transparência haverá credibilidade, só através da credibilidade e da transparência o CA da FPF estará a defender a arbitragem e não, corporativamente, os árbitros. Estamos em 2025 e os procedimentos não podem ser os de 1925. A sociedade da tecnologia trouxe-nos o VAR, e é essa possibilidade de se julgar sem a desculpa de «não ter visto», que aliás, pode aplicar-se a Luís Godinho no supracitado lance, que só fará sentido se for explicada a quem viu exatamente o mesmo que Tiago Martins e ficou perplexo (no mínimo) pela omissão verificada. Dar a cara nesta situação – e isto é especialmente válido para Luciano Gonçalves e Tiago Martins – será sempre uma demonstração de caráter, coragem e consciência impoluta, e nunca o seu contrário."

Ainda vai receber uma Medalha!

Todos os limites ultrapassados


"Numa final da Taça de Portugal marcada pela polémica, com vários erros de arbitragem evidentes em prejuízo do Benfica, o resultado foi favorável ao Sporting por 1-3 após prolongamento.

1. Prejuízo grosseiro
O Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, teceu duras críticas ao trabalho da equipa de arbitragem na final da Taça de Portugal. "Há coisas que ultrapassam todos os limites. São lances a mais de uma fase crucial do jogo para não se meter em questão o que se passou aqui hoje", vinca.

2. Orgulho nos jogadores
O treinador do Benfica, Bruno Lage, salienta: "Orgulho enorme de trabalhar com os meus jogadores." "Aquilo que mais queríamos era oferecer este troféu aos nossos adeptos, por aquilo que foi o apoio ao longo da época. Durante 99 minutos e 30 segundos, fomos claramente a melhor equipa, aquela que criou mais oportunidades", afirma.

3. Injusto
Florentino considera: "Durante os 90 minutos, fomos superiores." "Queríamos dar uma felicidade aos nossos adeptos, porque eles merecem, têm-nos apoiado durante a época toda", realça.

4. Ângulo diferente
Veja, de outro ângulo, o golo do Benfica frente ao Sporting.

5. Dobradinha no andebol feminino
As tetracampeãs nacionais conquistaram a Taça de Portugal. Na final frente ao Madeira SAD, ganharam por 27-19.
Na mensagem de felicitações, o Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, refere a "vitória especial e que encerra a temporada da melhor forma possível".

6. Pleno atingido
A equipa feminina de polo aquático do Benfica ganhou ao Cascais WP na final da Taça de Portugal, juntando este triunfo ao hexacampeonato e à vitória na Supertaça.

7. Jogo do dia
A equipa feminina de hóquei em patins do Benfica defronta a Stuart Massamá, às 21h30, na Luz.

8. Casas Benfica Barcelos e Évora
Veja as melhores imagens das celebrações do 24.º e do 32.º aniversário das embaixadas do benfiquismo em Barcelos e em Évora, respetivamente."

A Comuna do Mil Novecentos e Porco x BI x OSB x Charrocos


"Reza a lenda que tudo terá começado na longínqua temporada de 2018/19. Um grupo de apaixonados pelo Sport Lisboa e Benfica e fieis amantes de um belo convívio ao ar livre — cheios de saudades da festa da taça — decidiu organizar um convívio no Jamor, para o jogo B-Sad - Benfica. Dito e feito.
Depois, ao longo dos anos, as pessoas aproximaram-se no grupo do Whatsapp criado, no Benfica Independente, nas roulottes em torno do nosso estádio, em almoços, jantares, copos e convívios vários. Tudo é uma excelente desculpa para conviver porque o melhor do Benfica são as pessoas.
Os anos passam e cada temporada traz os seus sonhos e desejos: Marquês (para quem gosta) e Jamor (para todos). Este ano não foi diferente: esperamos, desejamos, conseguimos. A ida o Jamor era real. Para alguns de nós, como a Magda, o Filipe, o Rui, etc, era ainda mais especial porque era a primeira vez. E não há nada mais especial do que ansiar por algo mítico como aquele longo dia na mata.
Ao longo das últimas semanas, fui outro João. Deixei de lado aquele que escreve mais e melhor do que faz chamadas (e insiste com pessoas), montei um Excel (com uma ajuda providencial), Cobrei dinheiro (com menos cerimónia que um cobrador do fraque, mas mais eficácia que muitos dirigentes), fui às compras (mãe, aquela fotografia com os carrinhos da Makro é falsa, IA ou assim) e, finalmente, na manhã de dia 25, arranquei pelas 5h00 rumo ao Jamor.
As portas que abriam às 6h, afinal abriram quando alguém decidiu. E nós esperámos. Já tínhamos esperado tanto. Entramos no recinto antes das 8h, no meio de uma organização caótica, mas nós aguentámos. Já fomos a tantos jogos em Portugal. Escolhemos um local, começamos a descarregar a bebida, comida e tudo o que era preciso para montar a nossa Comuna do Mil Novecentos e Porco x BI x OSB x Charrocos. E, depois, os nossos foram chegando. Olá, Megane, Pita, Ana, João, Sr. Gelo. Essa também é a magia deste dia: mesmo quando alguém traz mais, todos trazem algo, porque só faz sentido se for um projeto coletivo.
Contratempos? Também tivemos, claro. Do gelo e grades distantes, passando pela falta de sombras, à falta de acesso da segunda coisa mais importante do dia: o porco. Não houve assador de porco perto? Fica longe, e nós vamos buscar. Não desistimos. Nunca.
Ao longo daquelas intermináveis horas, vivemos um sonho bonito: fizemos Jamor. Mais do que isso, vivemos um dia feito a muitas mãos e cantado a muitas vozes. Dir-me-ão que é assim noutros grupos, acredito, aliás, ainda bem. Este sítio só continuará especial enquanto for paradigma de uma vida feita por todos. Não gosto de fan zones, de meras trocas comerciais e música aos berros. Troco tudo isso, pelo prazer de um dia de conversas, abraços, beijos e cânticos.
Jamor, 25 de maio de 2025, 17h14, gostava que estes momentos não acabassem nunca, que estas recordações ficassem para sempre. É isto o meu Benfica. É isto, o De muitos, um.

P.S.: Mas, tal como o mundo, a bola é redonda e insiste em trazer desilusões a quem se embebeda de sonhos. Nós fizemos a nossa parte, eles nem tanto. Sobra-me uma certeza partilhada entre tantos: nós não desistimos do Benfica e vamos fazer tudo para defendê-lo. O caminho? Lutar por quem quer um Sport Lisboa e Benfica melhor e mais competente (em todos os campos, em todas as áreas)."

Amorim: já correu tudo mal, será que pode piorar?


"Época negra fica para trás, mas e se Bruno Fernandes sair?

Ruben Amorim bem gostaria de adaptar o «e se corre bem», o lema da chegada ao Sporting, ao Manchester United, mas num aspeto tudo ainda pode piorar.
O discurso do treinador aos adeptos, uma espécie de tradição em Old Trafford no derradeiro jogo da época em casa, foi particularmente doloroso (apesar de ter vencido), uma vez que a equipa só não desceu na Premier League porque desde cedo houve outras três bem piores – por sinal, descem ao Championship as mesmas três que subiram na temporada passada – que nem passaram dos 25 pontos. Acabou em 15.º. É certo que nas últimas jornadas o campeonato ficou em segundo plano com a aposta na UEFA Europa League, mas as coisas já estavam más há meses. «Sei que foi muito difícil apoiar-nos», reconheceu.
Na antevisão ao jogo com o Aston Villa, o treinador português tratou de dar um spin ao cenário de saída que deixara depois de perdida a final da UEFA Europa League para o Tottenham. «Estou muito agradecido por ter chegado seis meses antes de começar uma nova época», disse, cenário que confirmou no estádio. «Vemo-nos próxima época», disse, garantindo que a tempestade que tinha anunciado quando chegou, já passou.
Socorro-me também das suas notas numa outra tradição que se mantém na Premier: o programa de jogo.
«Agora é que o trabalho começa», diz ele. «Teremos de ser melhores, porque esta época não correspondeu aos padrões do Manchester United. Em Bilbau queríamos desesperadamente dar-vos algo para festejar depois de um período tão difícil e o resultado resumiu a época. Foi uma experiência dolorosa para todos nós e, daqui para a frente, temos de usar essa dor como combustível», pede.
As palavras tanto são para os adeptos como para ele, agora assombrado pela perspetiva de Bruno Fernandes, o seu melhor jogador da época, estar a ser tentado por proposta da Arábia Saudita.
«(...) Sabemos que temos muito trabalho árduo pela frente este verão. Todos no clube têm de se empenhar nesse esforço (...) Em nome dos jogadores e de toda a equipa, quero agradecer o vosso incrível apoio e paciência durante esta época», reflete.
Sabe-se que o treinador quererá moldar o plantel ao seu gosto, mas o que fará se o capitão já não estiver? «Após uma temporada desastrosa, os bons dias estão a caminho», anunciou também em Old Trafford. Resta saber em que moldes."

Precisamos de uma estratégia antes do negócio dos direitos de transmissão


"Em Portugal, com vários anos de atraso, ainda não se concluiu o processo da centralização dos direitos de transmissão, numa altura em que o mundo do desporto já está com a cabeça noutra realidade. Corremos assim o risco de ir para uma solução que já está fora de prazo. Hoje os dilemas são outros. Que o diga a Liga Francesa que viu o seu negócio de direitos de transmissão estourar nas últimas semanas. Este modelo de centralização é impulsionado pela criação da Premier League no início dos anos 90. Nesta altura quem comandava o negócio do futebol eram os grandes canais de televisão. 35 anos depois o mundo mudou. Muito.
Se olharmos para os jovens de hoje, os chamados millennials ou Geração Y, sabemos que vivem no seu próprio mundo da internet. Os nascidos nos anos 80 e 90 já não seriam capazes de viver num mundo sem telemóveis ou compras com apenas um clique. Eles são filhos da geração "pay per view" e utilizadores massivos dos gigantes da tecnologia como a Google, Amazon, Facebook e Apple.
Estes gigantes tecnológicos têm-se revelado cautelosos nesta área porque não competem para já pelos direitos televisivos do desporto, mas têm feito alguns avanços. A Amazon, por exemplo, tem comprado alguns direitos da Premier League no Reino Unido, mas em pequenos investimentos, parecendo querer testar o mercado.
Por outro lado, o Facebook também comprou há tempos atrás alguns direitos de transmissão na Índia e na América, e a Apple entrou na MLS à boleia de Lionel Messi. Espera-se que um dia, estas gigantes tecnológicas possam vir a fazer investimentos maiores no desporto. Por outro lado, em alguns mercados a forma principal de consumo de desporto à distância, já não é a televisão e o inseparável sofá, mas sim o telemóvel. Na China, o consumo de futebol via telefone já quase reduziu a assistência de jogos pela televisão a uma minoria pouco significativa.
Se pensarmos no que são hoje em dia os telefones de última geração temos assistido a mais uma revolução na forma de distribuir conteúdos desportivos. Hoje é possível, em qualquer lugar, acompanhar através do telefone, o jogo da nossa equipa favorita, ver os melhores momentos em direto, escolher os ângulos das repetições e consultar em detalhe no final todas as estatísticas do jogo.
Adicionalmente as redes sociais permitem ainda mergulhar mais ainda no mundo do desporto com acesso cada vez maior aos próprios bastidores de equipas, atletas, competições e eventos. Temos por isso desporto disponível para consumo 24 horas por dia e 365 dias por ano a partir do nosso telefone.
Quer isto dizer que a indústria do desporto, e a do futebol em particular, enfrentam inúmeros desafios nos próximos anos. Os preços cobrados pelos operadores são muito elevados, há um conjunto de jovens consumidores que não está predisposto a pagar estes valores e que prefere um consumo sem pacotes rígidos e de uma forma flexível. Além disso, o excesso de oferta de jogos transmitidos faz com que vários desses jogos tenham pouco interesse desportivo. Vem aí uma revolução.
É por isso muito redutor procurar apenas um bom negócio de direitos de transmissão. A sustentabilidade do futebol português está assim totalmente dependente duma estratégia ampla para o produto futebol para a próxima década: que mercados quero atingir? Que gerações? Quais os atributos da liga portuguesa? Em que se distinguem das outras ligas europeias? Quais os conteúdos e tecnologias inovadoras?"

O desporto profissional nunca tira férias


"Os principais campeonatos do futebol europeu estão quase no final. Em breve começa o período de férias para muitos atletas. Como se devem comportar nas férias?
Sempre existiram e sempre vão existir exemplos de jogadores que voltam do período de férias completamente fora de forma. Que consequências tem isto?
1. Performance
Começar a época com uma composição corporal adequada poderá levar a uma maior potencialização das capacidades técnicas de cada atleta, extraindo o que de melhor têm para oferecer. Se um/a atleta volta das férias fisicamente muito mais debilitado que os seus colegas de equipa, acaba por começar os treinos já numa posição de desvantagem. Um excesso de gordura corporal demasiado pronunciado pode custar alguns créditos na aceleração, eficiência energética e no rácio potência/peso do/a atleta (3). Por outro lado, uma composição corporal adequada poderá ter impactos positivos, tanto na performance, como na prevenção de lesão (4). Por vezes, voltar aos treinos fisicamente abaixo do pretendido, é o suficiente para não render o melhor nos treinos iniciais e começar a época no banco ou fora dos convocados. Um caso bem famoso de desleixo total é o de Eden Hazard. O próprio jogador admitiu que nas férias de verão não fazia qualquer tipo de preparação, tanto física como nutricional, antes do regresso ao clube (5).
2. Custos Financeiros
O corpo é a ferramenta de trabalho dos atletas e, por isso, os clubes acabam por exigir que eles se apresentem em forma no início da época. Claro que não é exigido que voltem exatamente como deixaram o clube na época anterior, mas, é pedido que voltem o melhor possível para que a adaptação à nova época aconteça da melhor forma possível. Por vezes, quando os critérios de retoma não são cumpridos, há multas a pagar por parte dos atletas. Por exemplo, Joris Gnagon foi despedido após se apresentar «acima do peso» no Sevilha, após uma paragem provocada pela Covid 19 (1). Em 2023 também foi publicamente revelado que o Borussia Dortmund colocou multas que poderiam chegar aos 10 mil euros a atletas que voltavam fora de forma após as férias de Natal (2).
Em suma, o período de férias não deve ser encarado como um intervalo total de responsabilidade para os atletas profissionais. Manter uma base física e nutricional minimamente cuidada durante estas pausas é essencial não só para garantir uma boa performance desportiva no regresso, mas também para evitar prejuízos financeiros e possíveis sanções. Afinal, o corpo é o principal ativo do jogador, e preservá-lo é uma exigência cada vez mais valorizada no futebol moderno."

Estivemos a época toda calados. Falar Agora?


"1. Fomos superiores ao Sporting no jogo jogafo.

2. Tiraram-nos o segundo golo que arrumava com o jogo. Percebeu-se aí o que nos esperava.

3. Pouparam duas expulsões ao Sporting antes do penalti do empate. A agressão do Matheus ao Belotti é das maiores nojices a que tenho assistido. O VAR TIAGO MARTINS É UM LADRÃO.

4. Não gostei de ver sair Pavlidis e Kokcu tão cedo do jogo. (acrescento que me disseram agora que o Kokcu saiu lesionado)

5. Não gostei de ver Di María ser tratado desta maneira numa final de despedida.

6. Gostava de ter visto Rui Costa insurgir-se contra as roubalheiras a que assistimos ao longo da época, especialmente desde que o doutor Varandas falou, e não agora, que é tarde, que já não serve para nada, o mal está feito!

7. Saí do Jamor revoltado com tudo, com tudo! Nota final: fiquei sem bateria no telemóvel ainda na primeira parte, daí não ter publicado a habitual crónica do jogo.

SAUDAÇÕES BENFIQUISTAS
PARA TODOS OS MEUS AMIGOS!"

Orgulho!