quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Convincente...

Benfica 39 - 32 - Kadetten
20-14

Qualificação, com o 1.º lugar garantido para a próxima fase, com mais uma vitória contra os Suíços. A equipa continua a dar excelentes sinais... Destaco nos últimos jogos a veia goleadora do jovem Cavalcanti...

Na última jornada vamos a Limoges, com tudo decidido, mas com os pontos a contarem para a 2.ª fase, já que os Franceses também garantiram o 2.º lugar no grupo.

Ficámos assmi num grupo com o Bidosa, o Ystads e o Limoges que também passou no nosso grupo. Sendo assim, entramos pelo menos com 2 pontos, porque os jogos com o Limoges 'contam'. Vamos fazer 4 jogos, com o Espanhóis e os Suecos, com os 2 primeiros a qualificarem-se, sendo que o 1.º lugar do grupo terá lugar garantido nos Quartos-de-final! A jogar assim, temos boas probabilidades de passar...

Vitória na Eslovênia...

Kamnik 0 - 3 Benfica
15-25, 22-25, 17-25


Confirmação da qualificação para os Oitavos-de-final da CEV Cup, com uma segunda vitória na Eslovénia, sem o Alejandro (e o Pablo), mas com os Centrais a fazerem muitos pontos!!!

Agora, teremos o grande teste da época: os Italianos do Trentino, serão muito provavelmente os nossos adversários, provavelmente a equipa mais forte nesta competição...

O que há para ver enquanto o Benfica não volta


"Numa fase em que pouco ou nada acontece no futebol profissional, há mais tempo para investir nas modalidades e na observação das tendências internacionais. A notícia mais interessante que li esta semana pareceu chocar muitos patriotas, mas foi a que mais esperança me deu. Passo a explicar: nove jogadores convocados para representar a seleção de Inglaterra em mais uma pausa do futebol de clubes — que, para os jogadores, é tudo menos uma pausa — anunciaram simultaneamente que não estavam disponíveis para estes dois jogos, por sinal decisivos para as aspirações inglesas nesta competição extraordinária que dá pelo nome de Liga das Nações.
Os atletas entenderam que não estavam aptos, apresentaram algumas razões mal explicadas e prepararam-se para viver com a fama temporária de trabalhadores menos árduos ou patriotas falhados, isto até que as redes sociais se esqueçam do assunto ou — qual dos dois períodos mais curto — até que o selecionador interino Lee Carsley e Thomas Tuchel, futuro selecionador de Inglaterra, cheguem à conclusão óbvia de que não têm qualquer hipótese de disputar uma competição de seleções sem Trent Alexander-Arnold, Declan Rice, Bukayo Saka, Cole Palmer ou Phil Foden, para referir apenas alguns dos jogadores que faltaram à convocatória. O que têm em comum? São alguns dos melhores futebolistas da atualidade.
Este texto não é uma defesa da preguiça, nem tão pouco um desabafo contra o patriotismo, ainda que a preguiça seja um atributo manifestamente injustiçado e o patriotismo uma virtude por vezes exagerada. Parece-me pertinente, isso sim, que os principais atletas da modalidade assumam a sua vontade sem se sacrificarem como participantes de um Hunger Games futebolístico, preferindo antes cuidar da sua disponibilidade física e mental quando se preparam para disputar alguns dos jogos mais importantes da sua época desportiva, neste caso na Premier League e na Liga dos Campeões.
Se isso não bastar, podemos aprofundar o diagnóstico desta situação atentando ao valor percebido da competição que dá pelo nome de Liga das Nações: um carrossel de jogos de futebol maioritariamente intragáveis, que sobrevivem à conta da necessidade da imprensa em ter alguma coisa para acompanhar e, claro, das apostas desportivas, que seguramente encontram nestes jogos material de sobra para dar lucro à casa. Se é assim, apetece-me perguntar ao capitão Harry Kane, que, a propósito da ausência dos seus colegas, descreveu o imperativo de representar a pátria como se alguém o tivesse chamado para uma guerra: que batalha imperiosa é que a seleção inglesa travou frente à Irlanda ou à Grécia? O apuramento para a primeira divisão da Liga das Nações?
Para somar a este absurdo, relembro que a seleção de Inglaterra chegou meritoriamente à final do último Campeonato da Europa disputado nesta modalidade, há apenas quatro meses. É possível que isto seja descrito em alguns fóruns como uma medida da competitividade desta prova. A mim, parece-me uma medida do absurdo. Em suma, o meu espanto é que não tenham sido mais de nove atletas a boicotar a convocatória para a seleção inglesa. Mas lá chegaremos, inevitavelmente. É bom que os atletas, em especial os melhores, vão lembrando seleções e clubes de que o futebol não é o mesmo sem eles.
Pode o leitor ter interpretado que escrevo este texto irritado após ter lido notícias sobre as lesões de Bah e Tomás Araújo ao serviço das respetivas seleções. E interpreta muito bem. Não tão grave, mas ainda assim preocupante, foi saber que o melhor jogador do atual plantel, Akturkoglu, chegou ao fim do seu jogo na seleção em lágrimas, após ter falhado um penálti decisivo (para quem? Não fazia ideia quando li a notícia, mas suspeitei logo que envolvia o apuramento da Turquia para alguma coisa pouco relevante). Bastou carregar a página web para confirmar que ainda não é desta que a Turquia se apura para a Liga A da Liga das Nações (até nas designações utilizadas, esta Liga é má).
Podem ser patriotas à vontade, mas vamos concordar nisto: o mínimo que se exige às seleções que incluem atletas do Benfica é que ganhem sempre, idealmente de forma folgada, por forma a contribuir para o bem-estar psicológico dos jogadores do clube. Sendo absolutamente egoísta e insensível em relação ao tema, talvez seja azar meu ou alguma precipitação na matemática, mas, exceção feita a um talento absolutamente excecional — Enzo Fernández — tenho alguma dificuldade em perceber a valorização dos atletas do Benfica, enquanto representam o clube, ao serviço das seleções nacionais.
Bem sei do consenso em torno da Seleção Nacional, segundo o qual este texto se aproxima do ilícito criminal, mas estou disponível para morrer sozinho nesta colina. Poucas coisas me entusiasmam menos no futebol em 2024 do que saber quem são os possíveis adversários de Portugal nos quartos de final da Liga das Nações. Ainda assim, com humildade e respeito por quem pensa diferente, fiz questão de perguntar a amigos e familiares sobre esta competição. Pedi-lhes que me explicassem onde está o interesse, a ver se também eu me entusiasmo. A maioria não conseguiu melhor do que um tímido «é o que há para ver enquanto o Benfica não volta». Não sei se será a melhor campanha de marketing para promover um conjunto de jogadores representativos de um país, mas pelo menos seria honesto."

Álvaro Carreras


"MUITAS DÚVIDAS DESFEITAS COM VÁRIAS GRANDES EXIBIÇÕES

1. Não obstante a boa escola de formação por onde andou (Real Madrid), não obstante ser internacional sub-21 espanhol, coisa que não é para todos, não obstante vir do Manchester United, a primeira imagem que Carreras nos deixou não foi a melhor. Muitos questionaram, por isso, se não teria sido preferível investir os 6M€ que custou num prémio de assinatura de renovação de Grimaldo.
2. Defensivamente, Álvaro Carreras tem sido, entretanto, uma das grandes surpresas e um dos grandes beneficiados com o regresso de Bruno Lage ao comando da equipa: tem mostrado uma flexibilidade tática que lhe permite ocupar em diferentes momentos do jogo as posições de terceiro central e de lateral esquerdo, melhorou muito os posicionamentos, especialmente no jogo aéreo, um ponto fraco que lhe era apontado, as antecipações e os duelos.
3. Ofensivamente, tem dado largura ao nosso jogo, tirando partido do facto de ter boa técnica com os dois pés, muito boas receções de bola, várias delas orientadas, excelentes combinações com o extremo do seu lado - Akturkoglu ou Beste -, exploração da linha de fundo e capacidade para centrar e assistir com qualidade.
4. Não só: Carreras tem evidenciado forte personalidade, chega-se à frente nos jogos mais difíceis, estando ligado com grandes exibições às melhores prestações da equipa (goleadas ao Atlético de Madrid e ao FC Porto), e mesmo nos jogos menos conseguidos da equipa tem sido dos melhores.
5. Ultimamente virou goleador e marcou em Faro e na receção ao Porto os golos inaugurais daqueles jogos. Promete mais.
6. O problema agora, à medida que vai fazendo esquecer Grimaldo, já não é o que custou, é, sim, o drama do Manchester United poder estar interessado em exercer a cláusula de recompra que tem sobre o jogador. Como as coisas mudam: 6M€ era muito, 20M€ é pouco.
7. As afirmações de Carreras que hoje são publicadas na comunicação social são importantes, uma vez que a vontade do jogador - de ficar ou de partir - será decisiva e ele mostrou-se muito feliz por estar no Benfica, com o qual tem contrato por várias épocas. Mas também sabemos que, no futebol, o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira."

#BENFIQUISTÃO



"Boa altura para recordar as palavras do líder sapense sobre o facto de ter…”advogados, juristas, juizes…” no seu bolso…perdão…mas suas listas…"

Repto (pré)natalício: vamos ser mais educados


"Ainda não é Natal, mas o cheiro das festas já paira no ar. Nota-se nas montras, cada vez mais compostas com renas e pais natais, nas árvores dentro das casas, que começam a brilhar escondidas atrás das cortinas, e na iluminação alegre, que vai vestindo timidamente as ruas das nossas cidades.
Sim, é oficial. O Natal está à porta. Vem aí uma das quadras mais especiais do ano, que miúdos e graúdos tanto gostam. Vêm aí dias que apelam ao sentimento, ao melhor que cada um de nós pode, sabe e deve dar (a si e aos outros).
E a esta maré de boas sensações espera-se que nem o desporto escape. Não esqueçamos: estamos a falar de uma atividade essencial no bem-estar das pessoas, na forma como as afeta e influencia quotidianamente. É por isso que estes são também tempos de consciencialização. Tempos que devem sugerir reflexão profunda a todos os que fazem parte dessa grande família. O desporto é um exemplo para muitos, sobretudo ao mais alto nível. Tem a obrigação adicional de abraçar essa responsabilidade e servir de referência aos muitos que o seguem religiosamente. Aos tantos que aplaudem, admiram e apoiam os seus protagonistas, os seus maiores representantes, competição após competição, jogo após jogo.
Por detrás de cada atleta, jogador, treinador ou até dirigente, há uma vasta multidão de entusiastas que vibra com as suas conquistas, com os seus sucessos e vitórias. É a mesma que os ampara, abraça e conforta quando as coisas correm menos bem. Quando as metas não são atingidas.
É por isso que o comportamento desses agentes desportivos - aliás, de todos os agentes desportivos, em geral - é fundamental. A sua conduta faz escola. A sua forma de ser e estar dentro e fora da competição, cria tendências que tantos querem imitar e replicar.
Por isso, fica o repto habitual: vamos tentar ser (ainda mais) educados em todos os momentos, mas sobretudo nos mais difíceis. Nos mais desafiantes.
Vamos ter (ainda mais) desportivismo, aceitando os resultados com elegância e mantendo o nível dentro e fora dos recintos desportivos.
Deixemos de fora quaisquer estratégias colaterais, quaisquer focos de conflito ou colisão. Deixemos para outras núpcias os desabafos mais irados, as reações explosivas, o palavreado exagerado. Não se esqueçam, vem aí o Natal.
Contrariem as emoções negativas que vos podem levar a dizer ou fazer o que não vos define. Tentem ter essa capacidade, essa inteligência emocional. Façam um esforço para controlar a impulsividade, mesmo quando a situação seja impossível de digerir. Transcendam-se. Supreendam-se na forma como lidam com a sensação de injustiça, com a adversidade e desilusão.
Procurem ser nas pistas, ringues, pavilhões e estádios a mesma pessoa que são em vossas casas, quando estão junto daqueles que mais amam. Tenham essa nobreza, esse discernimento.
O desporto cresce e valoriza-se através das palavras e atitudes dos seus principais atores. E como é Natal, tentem que essas sejam sempre as melhores possíveis.
Assumam esse compromisso convosco, como se fosse uma espécie de código de honra, uma obrigação moral. Se a uma boa atitude somarmos muitas outras, o efeito positivo será inevitável. Não duvidem.
Os mais pequenos, os que vos adoram, aqueles que um dia querem ser como vocês, irão assimilar tudo o que nas suas idades é importante apreender. E é importante que apreendam o que importa.
Tornemos as coisas fáceis, tornemos as competições emotivas, tornemos os jogos exemplares.
A verdadeira mudança está em cada um de vós, em cada um de nós.
Vamos começá-la antes que se faça tarde, até porque o Natal está à porta."