Mais um episódio vergonhoso da Liga Portugal...

Tudo na mesma!


"Ainda estávamos no final da silly seasson e já se escuta as nas tv's - naqueles programas que se dizem de desporto, mas de desporto pouco ou nada têm -, nos jornais, rádios e podcasts, que o FC Porto era praticamente, o vencedor anunciado da Liga Europa 2024/25.
No final da primeira jornada da Liga Europa, já tinha passado a ser apenas um dos favoritos à vitória da prova.
Ao fim de duas jornadas a situação estava a complicar-se mas mantinha-se como um dos candidatos.
Agora já é "jogo a jogo com o pensamento na vitória". Para a semana ainda começam a andar de calculadora na mão!
Imprensa miserável...

P.S: Que belo timing escolhido para a interdição do Estádio do Dragão. Num jogo da Taça da Liga, que não conta para mais nada se não para dar de "comer" a um punhado de malabaristas do futebol português."

21 anos do Estádio da Luz


"Faz 21 anos que o atual Estádio do Sport Lisboa e Benfica foi inaugurado. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Memórias e momentos
O treinador do Benfica, Bruno Lage, e os jogadores formados no Benfica Campus, Florentino e Tomás Araújo, partilham memórias e momentos vividos no Estádio da Luz.

2. 21 anos de vida, 21 anos de curiosidades
O novo Estádio da Luz completa 21 anos de existência de uma história bastante preenchida e gloriosa.

3. Revisão dos Estatutos
Em entrevista à BTV, o presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica explica os procedimentos da reunião magna agendada para amanhã, sábado, 26 de outubro, com início marcado para as 9h30.

4. Grande entrevista
Jaime Antunes, vice-presidente do Sport Lisboa e Benfica, em grande entrevista para ver na BTV e no Site Oficial.

5. Sábado preenchido
São várias as equipas do Benfica em ação no sábado. A equipa B recebe o Tondela, às 18h00, no Benfica Campus. Os Sub-15 visitam o Belenenses às 11h00. Em andebol, Benfica e Belenenses encontram-se no Restelo (15h00). À mesma hora, mas na Madeira, o Benfica joga em basquetebol no reduto do Galomar. Passada meia hora, o Benfica tem embate no campo do CR São Miguel em râguebi. Às 17h00, o Benfica defronta, na Luz, o Castêlo da Maia em voleibol. A equipa feminina de hóquei em patins joga, às 18h00, no rinque da APAC Tojal. A equipa feminina de polo aquático visita o CA Pacense (19h30). Às 21h00, a equipa feminina de futsal é anfitriã do Povoense. Com começo às 10h00, em Viseu, realiza-se o Campeonato Nacional de judo por equipas.

6. Embate europeu em basquetebol feminino
O Benfica perdeu com o GEAS Basket, em Itália, por 92-58.

7. Sorteio
Já são conhecidos os adversários do Benfica na Taça Hugo dos Santos de basquetebol: Galitos Barreiro, CD Póvoa e Vitória SC."

Champions: incerteza no que era quase certo, exceto no teste do algodão


"Aston Villa e Liverpool lideram e há tubarões a sofrer, embora a nova Champions só tenha três jornadas realizadas. A incerteza faz disparar o interesse. Para muitos é o teste do algodão

Há uma nova Liga dos Campeões mais emocionante e propensa a algumas surpresas, ainda que apenas três jornadas tenham passado. Basta olhar para um Aston Villa, em que obviamente se reconhece competência, sobretudo desde a entrada de Unai Emery e Monchi, porém sem a capacidade de sedução dos gigantes do futebol mundial no diz respeito aos melhores jogadores, a dividir o primeiro lugar com o Liverpool. Ou para um Brest, construído desde janeiro de 2023, por um Éric Roy afastado do banco há mais de 11 anos, à base de emprestados, jogadores livres ou de clubes ainda mais modestos, no grupo dos segundos, onde também se encontra o Sporting campeão português e líder incontestado da Liga.
E não é só. É preciso descer bastantes degraus, até ao 19.º, para encontrarmos o multimilionário Paris Saint-Germain de Vitinha, João Neves, Gonçalo Ramos e Nuno Mendes, com quatro pontos. Mais abaixo ainda, no 23.º, damos conta do Bayern de João Palhinha, no 25.º do Milan de Paulo Fonseca e Rafael Leão e no 27.º do Atlético Madrid, todos com três apenas. Em 31.º anda o Leipzig de André Silva, líder da Bundesliga a par dos bávaros, sem qualquer ponto conquistado.
Embora o número de jogos represente já metade dos realizados no anterior formato da fase de grupos, embora pouco mais de um terço do atual, a consequência é uma incerteza enorme, de modo que se o Benfica tivesse ganhado ao Feyenoord seria hoje um dos líderes e assim, com a derrota, ocupa apenas o 13.º posto, um lugar de play off, antes de visitar a 6 de novembro Munique, uma cidade e, sobretudo, um adversário que escavam más memórias e alguns fantasmas nas profundezas da consciência coletiva encarnada.

A montra das fragilidades
No caso do Benfica e de muitos outros emblemas, a Liga dos Campeões é sempre a prova dos 9 à consistência e solidez dos respetivos processos e projetos desportivos. Ninguém joga para perder ou empatar, ainda mais numa competição remodelada, que acrescenta ao nível de dificuldade a falta de experimentação, e por isso, tirando um ou outro caso isolado em que alguma sobranceria possa ter aparecido, o mais provável é que todos estejam a colocar tudo o que têm, dentro do contexto do momento atual da época, em campo. É válido, por exemplo, para o Bayern, que goleou no Arena o Dínamo Zagreb (9-2), perdeu em Birmingham (1-0) e foi goleado em Barcelona (4-1), fazendo abrir naturalmente algumas fissuras na imagem de Vincent Kompany, que depois de não ter evitado a descida do Burnley chegou à Sabener Strasse com alguma estranheza, graças à recomendação do ex-treinador Pep Guardiola. O espanhol, por sua vez, tinha liderado com sucesso os bávaros antes de trabalhar com o belga em Manchester. Os resultados dos germânicos podem dar algumas esperanças a Bruno Lage, todavia continua a ser a besta negra europeia e com poder de fogo ao alcance de poucos.
O mesmo se pode aplicar ao Atlético Madrid, goleado na Luz por 4-0, depois de ter batido o RB Leipzig e antes de agora perder, no Metropolitano, com o Lille, quarto da bem menos atrativa Ligue 1, por 3-1. Os sete pontos que separam os colchoneros do líder Barcelona numa fase ainda precoce do campeonato espanhol dizem muito do momento que atravessa a equipa de Cholo Simeone. Essas fragilidades notam-se, obviamente, no teste do algodão que é a Champions, mesmo perante equipas que dificilmente na sua história irão ser consideradas tubarões.

O Bolonha na encruzilhada lusa
De regresso ao Benfica, a derrota não coloca em causa a chegada à próxima fase, mas a estrada fica mais estreita, deixando os tais 9 pontos dependentes da receção ao Bolonha, na antepenúltima jornada, se os encarnados não garantirem pontos nas difíceis saídas a Munique e Mónaco. E talvez não chegue. Não se sabe. É apenas um palpite da UEFA. Depois, há receção a um Barcelona que aparenta transpirar saúde – antes de um El Clásico que muito promete – e a visita à Juventus. É evidente que há demasiadas condicionantes, contudo não será totalmente errado dizer que este Feyenoord, que ainda se tenta ajustar ao dinamarquês Brian Priske e só agora parece ter convencido um pouco a crítica, estava entre as equipas consideradas acessíveis e dominou os portugueses, no seu estádio repleto e entusiasmado, moralizados desde a entrada do novo treinador, durante praticamente todo o encontro. Também para o Benfica ficaram expostas fragilidades que tinham sido bem maquilhadas até aqui por Bruno Lage e que vão certamente obrigar a retoques. Se todas as equipas podem ter acidentes, cabe agora ao grupo provar que não passou disso mesmo e voltar aos bons desempenhos e ao rumo estabelecido no pós-Roger Schmidt.
O Sporting cumpriu um plano bem delineado para bater o Sturm Graz e se chegar à frente na tabela, e o percurso parece estar bem aberto para ir mais longe na competição. No entanto, as visitas de Manchester City e Arsenal no próximo mês encerram uma exigência que os austríacos, o Lille e até um PSV muito bem trabalhado por um ressuscitado Peter Bosz não apresentaram. Se os leões não conseguirem pontuar diante dos favoritos ingleses, o que seria considerado sempre um bónus e um resultado extraordinário – mesmo com o exemplo da última época na Liga Europa diante dos gunners –, têm logo a seguir a visita a Brugge e, na última jornada, a receção ao Bolonha para chegarem aos pontos necessários, ainda que Leipzig esteja entre as duas partidas e não seja descabido extrair algo diante da equipa da Red Bull.
A UEFA terá, aparentemente, encontrado aqui uma fórmula para revitalizar a competição e até criar um pouco, pelo menos durante mais tempo, a dúvida sobre quem avança para a fase a eliminar. O efeito surpresa não durará para sempre, porém para já é reclinar na cadeira e apreciar o espetáculo. Que será sempre melhor com uma boa resposta das equipas portuguesas."

Da «portização do Benfica» à ‘evertonização’ do Man. United


"Ou de como a ascensão de Liverpool e City ajudaram ‘blues’ e ‘red devils’ a definhar...

A propósito da muito escrutinada expressão «portização do Benfica», usada por Frederico Varandas em entrevista à RTP e que teve direito a rápidas e incisivas reações dos clubes visados, surgiu em conversa com o meu companheiro de redação (e merecedor, garanto-vos, do prémio revelação do jornalismo 2024), Francisco Alves Tavares, um tema de discussão bem mais do nosso agrado: a evertonização do Manchester United.
E o que é, então, este processo de evertonização dos red devils e do seu histórico e enorme emblema da metrópole do noroeste de Inglaterra? É simples. Antes de mais, trata-se da inquestionável perda gradual e contínua de influência e, sobretudo, de conquistas para o grande rival, neste caso o Man. City.
Ora, o Everton — os blues da cidade de Liverpool, vizinha de Manchester, da qual não dista mais do que 50 quilómetros — é um clube com uma história riquíssima e plena de glórias que, ainda hoje, fazem dele o quinto da lista de equipas mais vezes campeãs de Inglaterra, com um total de nove títulos, num registo iniciado em 1890/1891 (o Everton foi o terceiro campeão inglês, depois de dois títulos do Preston North End), porém terminado em 1986/1987. Ou seja, os toffees não conquistam o título há quase 40 anos.
Um pouco antes, no final dos anos 60 do século passado, o Liverpool somava o mesmo número de campeonatos ganhos pelo Everton (7), mas, desde então, acrescentou 12 aos registos, somando hoje um total de 19, sendo rei e senhor da cidade e um dos maiores colossos de Inglaterra e da Europa.
Pois a última década em Manchester apresenta-nos cenário semelhante: um United em queda à mesma proporção da ascenção do seu grande rival. As contas são simples: quando em 2010/2011, em pleno período de ouro da era Alex Ferguson, os red devils conquistaram o seu 19.º e penúltimo título, o City tinha no seu museu somente dois troféus de campeão inglês, conquistados em 1936/37 e em 1967/1968 — curiosamente a época em que a formação de Old Trafford se sagrou campeã europeia pela primeira vez, após bater, na final em Wembley, o Benfica por 4-1, após prolongamento.
Desde 2010/11, isto é, nos últimos 14 anos, tudo mudou: o United venceu a Premier League apenas mais uma vez — em 2012/13, o último de 27 anos de Sir Alex no comando — ao passo que o City engordou a sua vitrina de troféus de campeão com mais 8, somando hoje 10, numa caminhada que, na última temporada, levou os citizens à glória europeia há muito desejada na Champions. Os red devils órfãos de Ferguson definham, os sky blues com Pep Guardiola no leme tornaram-se numa potência mundial.
Em tempos idos, muito se falava por cá da belenensização do Sporting, por conta dos longos anos de jejum de títulos de campeão — apenas dois entre 1982 e 2020 (os de 1999/00 e 2001/02), ou seja, no espaço de 38 temporadas. A chegada do tridente formado por Amorim, Varandas e Viana parece ter silenciado os arautos da desgraça por cá e, noutro plano, pode permitir vaticinar que também em Manchester a situação poderá, um dia, inverter-se.
Mas o que esperar de um clube histórico como o United que, não satisfeito com tão longo período a ver o rival celebrar ano após ano, uma das medidas que toma é afastar do clube a sua maior figura de sempre, Alex Ferguson? Pois… não se augura grande sucesso, pelo menos num futuro próximo."

Como se alimentam os (as) futebolistas antes do jogo?


"O futebol de elite está cada vez mais evoluído e os detalhes são cada vez mais importantes. A nutrição está cada vez mais inserida neste contexto, havendo também um aumento da qualidade e quantidade de informação disponível.
A aplicação desta informação teórica no contexto prático é um verdadeiro desafio. Nem sempre é logisticamente possível implementar tudo o que se pretende, principalmente em jogos fora.
Foi implementado um questionário a 62 nutricionistas a trabalhar em futebol, a maior parte deles sediados no Reino Unido, Espanha e Portugal. Com isto, percebeu-se algumas tendências alimentares seguidas pelos(as) atletas na preparação para jogo.
No jantar do dia anterior ao jogo, as bebidas mais vezes colocadas à disposição dos(as) atletas são a água, café/chá e sumos de fruta, evitando-se os refrigerantes. Geralmente as refeições contêm boas fontes de hidratos de carbono como a massa, arroz e batata. As fontes proteicas preferidas são o frango, peixes magros e salmão. Na maior parte dos casos, também se coloca à disposição sopa e legumes. As fontes de gordura são maioritariamente restringidas a azeite e frutos oleaginosos, evitando-se as gorduras saturadas.
O pequeno-almoço em dia de jogo, geralmente, é servido em forma de buffet. São destacadas boas fontes de hidratos de carbono, evitando produtos de pastelaria. A proteína é moderada e as fontes de fibra e gordura reduzidas. As bebidas favoritas continuam a ser a água, sumos de fruta e café/chá. Um dado curioso é que 100% dos inquiridos referem disponibilizar água, pão branco e bananas no pequeno-almoço e 95% disponibiliza ovos.
No almoço pré-jogo, a maioria dos profissionais evita fast food e alimentos conhecidos por causar transtornos gastrointestinais. O foco continua a ser a disponibilização de grandes quantidades de hidratos de carbono. A proteína disponibilizada é moderada e a gordura e fibra é reduzida. Curiosamente, 100% dos inquiridos refere disponibilizar frango nesta refeição.
Ao intervalo os(as) atletas são novamente bombardeados(as) com hidratos de carbono, sendo 98% dos alimentos disponibilizados ricos neste macronutriente. A hidratação é também muito importante neste momento, sendo disponibilizadas bebidas desportivas de vários sabores e água.
Tudo isto serve para potenciar a performance e, ao mesmo tempo, evitar casos como o da Sampdoria que na época 2023/2024 sofreu de uma intoxicação alimentar em dia de jogo com o Spezia após terem almoçado num conhecido restaurante de peixes e mariscos. Em 2006, o Tottenham provavelmente perdeu o lugar de acesso à Liga dos Campeões após terem 10 jogadores com intoxicação alimentar previamente à última jornada do campeonato após comerem lasanha. Este caso está até hoje conhecido como o 'lasagne-gate'.
Em resumo, previamente a um jogo de futebol é extremamente importante jogar pelo seguro no que à segurança alimentar diz respeito, não descurando os gostos dos(as) atletas e o cumprimento das reais necessidades para este período específico. Conseguir isto tudo é o maior desafio."