sábado, 14 de setembro de 2024

Vitória na Amoreira...


Estoril 1 - 4 Benfica


Não foi nada fácil, o 1-2, só surgiu aos 78', num auto-golo!!!
A Patão rodou, a pensar no jogo da Champions, mas a equipa em fase de construção está claramente a precisar de desequilibradoras... a situação da Jordy nunca mais se resolve, a jovem Francesa a ser verdade é uma excelente aquisição... e as lesionadas, em especial a Lúcia faz muita falta!!!
Nota positiva para o regresso da Pauels...

Perna = Mão !!!

É só somar!!!

Mais um...

Na hora em que o Lage vai arrancar


"O QUE INTERESSA É O TRABALHO NÃO AS ENCENAÇÕES INÚTEIS

Às terças-feiras à noite (21h30) estou, como sabem, no painel do programa "Clássico" do novo canal V+. Deixo-vos na véspera da estreia do Bruno Lage uma pequena passagem do programa da passada terça-feira, para reafirmar que pouco me interessou se teve uma apresentação cinzenta ou 'hollywoodesca'. O que me interessa é o trabalho realizado e a forma como a equipa se vai apresentar.
CARREGA BENFICA!!!"

Entrevista à CMTV


"NINGUÉM SAIU BEM DA FOTOGRAFIA O BENFICA, ENTÃO, SÓ PERDEU!

Mostrou que precisava (desesperadamente) de despejar o saco.
Escolheu muito mal o momento, a meio da época, com a equipa em má posição na tabela, a dois dias da estreia do Bruno Lage, um jogo importantíssimo para o futuro.
Escolheu muito mal a CMTV, um canal de que os Benfiquistas não gostam, que o mal tratou no passado, e que usa e abusa do clube para garantir audiências, muitas vezes com base em especulações sem fundamento. E foi precisamente dar-lhes audiências, sendo a segunda vez que o faz.
Atacou uma série de gente e ninguém saiu bem da fotografia. Mas o pior foi o Benfica, cujo interesse tem que estar acima do de todos, ter saído claramente a perder no final daquelas duas horas de entevista, cujas ondas de choque já se fazem sentir, como era previsível, um pouco por todo o lado.
Houve quem gostou da entrevista e vai gozar com ela até ao último segundo: obviamente, os nossos adversários."

Talvez esteja na altura de pensarem em devolver o futebol ao povo…digo eu…


"Já roubaram o ambiente familiar no estádio ao colocar jogos em dias e horários proibitivos para tal…juntamos a isso as transmissões em canais fechados e temos o espaço perfeito para o crescimento de todos os outros desportos e para a transformação do futebol num desporto de elites, o sítio de onde ele fugiu para se tornar no desporto rei!"

Benfica, a 'vendetta' de Vieira


"Para muitos, Vieira terá apenas querido acertar contas com Rui Costa, no momento de maior fragilidade deste. Mas será só isso que o antigo presidente do Benfica pretende?

Sendo sabido que a vingança é um prato que se serve frio, Luís Filipe Vieira escolheu o momento de maior fragilidade da presidência de Rui Costa para desferir um ataque devastador contra quem lhe sucedeu na liderança do Benfica. A estrada que liga Lisboa a Belgrado, que os encarnados, agora sob o comando de Bruno Lage, irão percorrer desde o ‘kick off’ do jogo com o Santa Clara, até ao apito final da partida com o Estrela Vermelha, é sinuosa e cheia de perigos. Pois bem, a estas dificuldades, Vieira tratou de juntar algum óleo às curvas mais sinuosas, tornando a manobra mais difícil, e o desastre menos improvável.
E fê-lo lembrando, até, que seria de bom tom o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Fernando Seara, profilaticamente, adiar a AG marcada para o próximo dia 21, onde o tema são os novos estatutos do clube, sublinhando que essa reunião magna poderá tornar-se palco de exigência de eleições antecipadas, caso o sucesso desportivo nos próximos dois jogos não for absoluto.
Ou seja, tratou de colocar pressão em cima da pressão que já pesa sobre uma equipa pressionada, num emblema que corre sérios riscos de balcanização.
Foi Luís Filipe Vieira quem convenceu Rui Costa a trocar Milão por Lisboa, perdendo com isso alguns milhões de euros em nome de um benfiquismo sempre assumido e que, penduradas as botas do ‘maestro’, lhe deu a batuta da direção desportiva do clube, sempre exercida sob fortíssima tutela presidencial.
A ideia de dizer publicamente, em entrevista a A BOLA, conduzida por Carlos Rias, que via em Rui Costa o seu sucessor, acabou por tornar-se num ‘soundbite’ da presidência de Vieira sempre que surgia um opositor, fosse Jaime Antunes, Bruno Costa Carvalho, José Eduardo Moniz ou Rui Rangel. Até ao dia em que o céu desabou sobre a Luz, Luís Filipe Vieira foi detido para interrogatório judicial, e Rui Costa, que sempre tinha sido apontado como o delfim, se chegou à frente e tomou as rédeas do clube.
E isso Vieira nunca lhe perdoou, nem nunca perdoará. Já agora, e como passaram mais de três anos sobre a imputação a Vieira de ilegalidades contra os interesses do Benfica, em que pé está o processo, já que da auditoria forense feita pelo clube (a maior já realizada no nosso país) nada terá sido apurado, e nada se sabe dos resultados das investigações judiciais?
É neste contexto, em que a lei de Murphy se abateu sobre Rui Costa, quer nos recuos que teve de fazer na SAD, rodeando-se, finalmente, de pessoas de inegável valor, quer nas contas no vermelho, apesar das vendas que têm sido realizadas, quer na impopularidade a que, sem surpresa, se sujeitou ao manter Roger Schmidt, e com surpresa se expôs ao transferir João Neves para o PSG por valores pouco expressivos, e ainda, pelos pontos perdidos em Famalicão e Moreira de Cónegos, a que se juntou um futebol de fraco nível, que Luís Filipe Vieira encontrou o ‘timing’ perfeito para transformar a ondulação fortíssima que fustigava o estádio da Luz, numa ameaça de tsunami.
Para lá das muitas contas que Luís Filipe Vieira tratou de acertar, na entrevista à CMTV, com Rui Costa (e com Rui Pedro Braz); para lá do rombo que provocou no tecido social benfiquista, nesta altura, creio, ainda maioritariamente fiel ao presidente/adepto/ídolo, mas cada vez mais desgastado; para lá das garantias dadas por Vieira de que não tinha quaisquer intenções de voltar a ser presidente do Benfica… subsistirá sempre a dúvida se será de descartar liminarmente essa possibilidade, engrossando assim o número de candidatos às próximas eleições que, em princípio, ocorrerão em outubro de 2025.
Que soluções se oferecem, então, agora, a Rui Costa? Não conheço nenhuma que seja eficaz que não passe pelo regresso da equipa principal de futebol às vitórias e às boas exibições. E lamento que, perante questões tão importantes como os novos estatutos ou o regresso ao ‘verde’ das contas encarnadas, a resposta que ofereço seja tão redutora e tão terra à terra. Mas é assim mesmo que as coisas funcionam neste microcosmos do futebol.
Manter Schmidt tinha tudo para correr mal, e correu; Lage é a solução de recurso que pode oferecer resultados imediatos, e é nas mãos de Lage, e dependente do sucesso desta chicotada psicológica, que se encontra Rui Costa.
Se conseguir dobrar este Cabo das Tormentas; se estiver apoiado, do ponto de vista financeiro, por pessoas realmente competentes; se (e esta é a parte mais surpreendente) tiver mais critério nas entradas e saídas; então haverá futuro para Rui Costa enquanto presidente do Benfica. São muitos ‘ses’, que devem ser resolvidos jogo a jogo. A começar pelo Santa Clara…"

Bruno Lage vai ter de resolver o puzzle de Schmidt e… o seu


"Rúben Amorim parece ter tudo sob controlo no Sporting e Vítor Bruno acrescentou esperança à habitual identidade competitiva do FC Porto

A Liga está de volta e os principais candidatos ao título apresentam-se com estados de alma bem diferentes. O Sporting, com a faixa de campeão ainda ao ombro, vive momentos de confiança. A Supertaça não o fez abanar por aí além, como se assentasse numa estrutura antissísmica que leva a que recupere rapidamente a forma original.
À exceção de Kovacevic e ainda que não tenha trazido o alvo mais desejado, o coerente e cirúrgico mercado dos leões praticamente não teve impacto. A solidez não é de hoje e a base criada resiste a um par de saídas, mantendo-se o rumo e ganhando-se tempo para que haja a paciência necessária na adaptação dos mais tardios Conrad Harder e Maxi Araújo e o próprio Debast ultrapasse o aparente mau momento que o tem acompanhado: da seleção para o clube e agora do clube para a seleção. O único que chegou, viu e conquistou o lugar foi mesmo o bósnio, hoje lesionado, mas sem que se crie drama porque há Franco Israel, que já mostrou que não envergonha ninguém e até não estará assim tão distante do maior concorrente ao lugar.
Rapidamente, Gyokeres recuperou o ritmo e voltou a acelerar como se não houvesse amanhã. Se já era difícil que de vez em quando não espreitassem a periférica liga portuguesa à procura dessa força da natureza sem controlo que é o sueco, a pausa para as seleções certamente fez disparar o interesse sobre o goleador que festeja como vilão de Gotham, mas faz claramente parte dos bons e dos melhores. Os golos foram descritos com classe e vistos nos principais noticiários, depois de se tornarem virais nas redes sociais. No entanto, mesmo que o cenário menos provável de que o mercado de Inverno se assuma mais dispendioso que o do verão vingue e um tubarão bata os €75M recorde de Julián Álvarez e cubra a cláusula de rescisão, seja por desespero ou necessidade de antecipação, o leão tem seis meses para preparar o sucessor e manter-se perto de Ioannidis ao ponto de conseguir voltar à carga. E quem diz o grego diz outro de valor semelhante.
Amorim, Viana e Varandas já falharam antes e podem vir a repeti-lo, todavia tudo parece encadeado para mais um final feliz.
No Dragão, há sobretudo esperança no final de um caminho traçado com firmeza, decisões difíceis, mas também coerência e muito trabalho. Nehuén Pérez e Francisco Moura surgem como apostas seguras, tal como Fábio Vieira (que começou mal, lesionado), e há potencial em Samu Omorodion e Deniz Gul. Vitor Bruno recuperou o proscrito Iván Jaime e vislumbra-se uma juventude interessada e interessante para compor o grupo e fazer crescer.
Na verdade, desbravou-se caminho para o reset e um ano zero, em que as expectativas têm de ser naturalmente mais baixas que as dos rivais. A boa resposta tem alimentado o sonho dos adeptos, porém tudo dependerá de aparecerem ou não fissuras na coesão leonina, porque o Benfica, em modo hara-kiri, parece desde o início num elevado estado de erosão.
Fora do relvado, porém sem o perder de vista, André Villas-Boas não teve medo da rotura total com o passado e também aí terá aproveitado o exemplo de Rui Costa. Que mostrou realmente como não se deve fazer. Perante o grau zero na Luz e a mudança gradual que se foi verificando em Alvalade, o novo presidente azul e branco decidiu ir ainda mais além, escancarando de uma só vez todas as janelas para que entrasse luz e se olhasse e comunicasse de dentro para fora. Se é intencional não sei, contudo, só assim se valoriza o produto e se pode alargar a dimensão de um clube já gigante. Talvez vejamos o seu reflexo daqui a alguns anos.
Incrível o que se passou na Luz, onde o sentimento é de dúvida sobretudo em quem não se guia pela fé. Acredita-se no milagre. O novo treinador não montou o plantel, não teve mercado para corrigi-lo e, ainda por cima, chegou enquanto quase todos debandavam para as respetivas seleções. Parte com menos 5 para o Sporting e menos 2 pontos para o FC Porto, já depois de estes se terem defrontado. Está obrigado a vencer o Santa Clara e depois enfrentará a áspera visita ao Bessa.
Nas últimas horas, Bruno Lage ficou sem mais uma opção para o meio-campo, embora não se possa dizer que não fosse, de certa forma e infelizmente para o jogador, previsível. Renato Sanches confirmou o que José Mourinho dissera quando os dois coincidiram na Roma e outros antes também terão pensado: está em permanente risco de se lesionar. E, mesmo com tudo o que se sabia, Rui Costa viu nele o substituto de alguém com a influência e preponderância de João Neves.
Se há dores de cabeça positivas para Amorim e Bruno, dificilmente as de Lage podem não se elevar ao nível de enxaqueca. Para quem já jogou com Samaris e Florentino ou Fejsa e Gabriel, a primeira decisão surge logo aí, quando não tem Aursnes nem Renato. Haverá forma de escapar à dupla Tino-Barreiro tão criticada na era Schmidt ou tentará Kokçu ou Rollheiser, também testados pelo alemão, com diferentes níveis de sucesso e também de exigência?
Depois, quem teve Rúben Dias e Ferro o que fará aos centrais? Tomás Araújo e António Silva, ou irá manter a dupla preferida de Schmidt? À frente, outras questões: Akturkoglu e Di María parecem certos, nem que seja pela escassez de alternativas, tal como Pavlidis, embora o técnico tenha dedicado tempo, nestes primeiros dias, a Arthur Cabral. E Amdouni chega para ameaçar Prestianni, e deixar Kokçu, a contratação mais cara dos encarnados, também aí sem espaço?
Precisa, no fundo, de resolver o puzzle de Schmidt. Ser agressivo mais à frente sem permitir a transição contrária, manter-se sólido sem perder criatividade. Um puzzle que também foi o seu naquela segunda temporada. Vai querer terminar a história, contrariar a lógica de que um raio nunca cai no mesmo sítio.
A cada dia que passa o presente mais parece envenenado. Lage já fez um milagre antes. Tem algo a que se agarrar, embora num contexto naturalmente diferente a todos os níveis. Na Luz, para quase todos, é uma questão de fé."

Não podemos ter preferências quando já não preferimos nada


"Lembro-me como se tivesse sido ontem. Uma espécie de prenda de mim para mim: juntei uns cacarecos, escolhi um restaurante chique e reservei uma mesa. Lá chegado, todo pimpão, pedi a ementa e olhei para as opções que tinha à disposição. Algumas descartei imediatamente - quando falei em cacarecos, era mesmo a sério. Outras, foi o meu paladar que tratou de excluir. Parte das que me pareciam agradáveis, disse-me o empregado que já não as tinham. Pois bem, acabei por comer um bitoque.
Início de setembro. Há pouco mais de uma semana, o treinador que iniciou a época foi posto a andar. Há uns dias, saiu um relatório de contas que mostra que o Clube não está com a saúde financeira que outrora lhe vimos. A um ano das eleições - falta isso tudo? -, “mudança" é a palavra que mais tem saído da boca dos benfiquistas. Vou fazer os possíveis para que a contratação de Bruno Lage não pareça mais um prego no caixão.
O que pretendo não é transformar a realidade num conto de fadas; é sim colorir tanto quanto puder o mundo cinzento que vem agarrado à enxurrada de más notícias ligadas ao Benfica. Pensem comigo. E metam-se no lugar do treinador que recebeu uma proposta de um Clube: i) que leva já cinco pontos de desvantagem para o primeiro lugar; ii) cujo plantel vem sendo alvo de constantes remodelações que têm o dedo de um outro treinador; iii) que atravessa uma das situações financeiras menos saudáveis dos últimos tempos; iv) cuja direção corre o sério risco de não ver renovado o seu poder nas eleições do próximo ano.
A verdade é só uma e dela não podemos fugir: neste momento, o Benfica não é apetecível e para o lugar de treinador sobram poucos. Menos ainda se considerarmos que a direção nunca daria a um treinador de recurso um contrato que excedesse o seu próprio tempo no poder. Aos melhores dos melhores não interessa. Os muito bons estão ocupados. Os bons não se querem queimar. Os mais ou menos não servem. O resto… é o resto. Dessa lista, calhou-nos Bruno Lage: um treinador que não é perfeito, que não seria a escolha da maioria, mas que conhece a casa e que sabe o que é ser campeão quando já parece impossível pensar em festejos.
Há quem nunca mais tenha ouvido falar dele. Quem julgue que ele desapareceu, reapareceu e está pronto para nos resgatar do buraco em que nos metemos. Não dedico este texto a essas pessoas. O apelo que faço vai para os demais: libertem a memória daquilo que Lage fez lá fora e preencham esse espaço com as coisas boas que ele fez cá dentro. Desde a recuperação de sete pontos e consequente conquista do campeonato, à forte e bem sucedida aposta nos miúdos do Seixal ou à goleada frente ao Sporting na Supertaça. Entre outros, alguns dos momentos que nunca esqueceremos. Será impossível olhar para esta contratação com um esgar de esperança? Não é Leitão da Bairrada, Alheira de Mirandela, Arroz de Marisco ou Cozido à Portuguesa, mas é a refeição possível. E para um bitoque, não está com mau aspeto. Tenhamos consciência: não podemos ter preferências quando já não podemos preferir nada."

A quem se referia Frederico Varandas?


"Só 16 jogadores em toda a história foram comprados por 100 milhões de euros ou mais. Veja quais e escolha os que são «inferiores a Viktor Gyokeres», como mencionou o presidente do Sporting.

«Já vi jogadores inferiores [a Viktor Gyokeres] a serem transferidos acima de 100 milhões de euros; e grandes jogadores abaixo dos 100 milhões.»
A frase é de Frederico Varandas e foi proferida durante a conferência Thinking Football, que ontem teve início no Pavilhão Rosa Mota, no Porto. O presidente do Sporting falava como orador principal da abertura e à declaração sobre o atacante sueco e a sua cláusula de rescisão não se seguiu a pergunta que se impunha, de modo a que no ar não ficasse a dúvida: a que «jogadores inferiores» se referia Frederico Varandas?
Não havendo resposta concreta por quem de direito, fica, assim, no ar a hipótese de especular sobre o tema ou de olhar a factos. A segunda opção é a que escolho no exercício que se segue: apresentar a lista de todos os jogadores transacionados no mercado mundial do futebol por valor acima dos 100 milhões de euros.
Primeira conclusão: no último período de transferências de verão, já encerrado na maioria dos países, não houve um único negócio a ultrapassar aquele limite. Com efeito, a contratação mais cara foi realizada pelo Atlético Madrid, que adquiriu junto do Manchester City o passe de Julián Álvarez por €75 milhões.
É preciso, assim, recuar mais no tempo para descobrir a quem poderá referir-se o líder leonino. E, analisadas todas as janelas de mercado de sempre, chega-se à conclusão de que, em toda a história do futebol, só 16 jogadores custaram 100 ou mais milhões de euros.
A saber, por ordem decrescente: Neymar para o PSG, 222 milhões de euros; Kylian Mbappé, PSG, 180 M€; Philippe Coutinho, Barcelona, 135; Ousmane Dembelé, Barcelona, 135; João Félix, Atl. Madrid, 126; Enzo Fernández, Chelsea, 121; Eden Hazard, Real Madrid, 120,8; Antoine Griezmann, Barcelona, 120; Jack Grealish, Man. City, 117,5; Cristiano Ronaldo, Juventus, 117; Declan Rice, Arsenal, 116,6; Moisés Caicedo, Chelsea, 116; Romelu Lukaku, Chelsea, 113. Paul Pogba, 105; Bellingham, Real Madrid, 103; Gareth Bale, 101.
Outro facto: destes 16, só três têm, tal como Gyokeres, currículo sem qualquer grande troféu internacional. São eles Declan Rice, Moisés Caicedo e João Félix. Dos restantes 13, sete ganharam a Champions, sete foram campeões do Mundo de seleções, sete campeões mundiais de clubes e só um (Ronaldo) foi campeão europeu de seleções."

Temo só 20% acima da normalidade


"O futebol regressou e os surpreendentes 'comentadores olímpicos' e dirigentes desportivos que são rápidos a aparecer ao lado dos atletas na chegada das medalhas ao lado das imagens e em fazer apenas elogios àqueles que que as ganharam mas nunca nas partidas e em campeonatos nacionais devem voltar brevemente ao estado de hibernação.

O anúncio do primeiro-ministro Luís Montenegro da intenção do Governo em «fazer crescer acima de 20 por cento» o valor que esteve alocado aos projetos Olímpico e Paralímpico agora cumpridos sob o ponto de vista da preparação e criação de condições para — usando uma linguagem também desportiva mais positiva — atacarmos os próximos objetivos olímpico e paralímpico para 2028, a cumprir-se até ao final do ano será, provavelmente, a única situação 20 por cento acima do regresso à normalidade desportiva não-futebolística do País.
Outra boa ajuda é o facto do Comité Olímpico de Portugal apoiar a manutenção, no Projeto Olímpico para Los Angeles-2008, de todos os atletas que estiveram em Paris-2024, se o desejarem, independentemente dos seus resultados na capital francesa. E vários há que são atletas de excelência que terminaram as suas prestações aquém do esperado, perdendo assim o apoio total para o início da preparação do próximo ciclo, até alcançarem um resultado positivo num Europeu ou Mundial, ou fazerem um registo de acesso aos próximos Jogos a partir do momento em que tais marcas forem conhecidas.
Agora, quanto ao resto do apoio e atenção nacional que também seriam desejáveis, temo, realmente, que vá ficar tudo igual.
Temo que a maioria dos comentadores televisivos que habitualmente discutem e analisam as jornadas e o mundo do futebol e que tanto falaram durante os cerca de 16 dias dos Jogos Olímpicos — sim, porque nos Paralímpicos o futebol já havia regressado de férias — muitos deles com análises redondas de pasmar e erros de quem mal conhece outras modalidades desportivas e os seus protagonistas ou como treinam, só reapareçam como experts daqui a quatro anos. Poderiam tentar continuar a fazê-lo…
Temo que os programas ou momentos em noticiários catalogados como desporto voltem, ao longo do quadriénio, apenas a ocupar-se de futebol e só tenham espaço ou deem fugaz atenção a algum daqueles que se exibiram em Paris-2024 se foram campeões do mundo e se, nesse dia, não houve um jogo importante. Alguns, praticamente, já desapareceram das notícias e não pararam de competir.
Temo que os dirigentes desportivos e políticos, ou políticos travestidos de dirigentes desportivos, que também há muitos e que nos últimos quatro anos, melhor, nos passados 30, nunca, mas mesmo nunca vi num campeonato nacional de judo, natação, ginástica, atletismo, fases finais de basquetebol, andebol, hóquei em patins ou, até, num treino de Seleção, continuem desaparecidos. A menos que também lá se desloque o primeiro-ministro ou um secretário de Estado.
Curioso também é que apareçam e tanto procurem dar a cara nas chegadas de medalhados e nas imagens de televisão, fotografias ou redes sociais, querendo falar até em momentos que não são seus. Outro dos meus receios é que, durante a próxima olimpíada, quadriénio entre uns JO e os seguintes, irão continuar desparecidos. Engraçado, também não me recordo de os ver às partidas das seleções.
Temo que aqueles dirigentes desportivos que escreveram elogiosos textos sobre os medalhados nas suas páginas de redes sociais e que pedem os números de telefone para enviarem mensagens de parabéns, mas nunca colocaram uma linha para o que correra mal, continuem a ter dificuldade em aparecer ou se manifestarem antes das festas.
Por fim, temo que daqui a quatro anos os atletas para os Jogos de Los Angeles-2028 voltem a ter um período de desaparecidos em combate e apenas antes dos Jogos lhes comecem a fazer perguntas levando-os a sentir de imediato que, afinal, aquelas pessoas não sabem quem eles são nem como ali chegaram e objetivos que levam."

Campeonatos Nacionais vs. Seleções


"Perante um estado de crítica referente a rendimentos superiormente (ou não), obtidos e que justificam (ou não) resultados plenamente alcançados e cujos jogadores, por motivos das suas convocatórias em jogos das seleções de seus países, intervalam o processo competitivo nos seus clubes de origem, pode ser um assunto de reflexão na planificação ou estruturação do modelo de treino desportivo a adotar.
Ora bem, jogadores a serem sujeitos a uma média de 8 a 10 dias de interrupção de rotinas presenciais de treino no seu clube de origem e pelo facto de passarem a ser enquadrados noutros perfis de exigência técnica, tática, competitiva e emocional, com distintas equipas técnicas e por vezes com diferentes objetivos de conquista, podem ver comprometidas algumas respostas comportamentais, nomeadamente ao nível do espírito de coesão de grupo, que nalguns casos o vapor do êxito propaga e aquece e, noutros casos, a marca do insucesso dissimula e constrange.
Depois, temos os jogos das respetivas seleções a serem realizados (quando para tal, os jogadores são ou não chamados a intervir), a definição do resultado conseguido (positivo ou negativo) e a consequente resposta referente ao rendimento obtido, sabendo-se que, em todas as situações, as consequências de um rendimento superior conduz a futuros e melhores desempenhos, são mais desafiadores e perduram mais no tempo.
É claro que tudo isto pode ser um elemento de estudo e reflexão para a retoma de funções ao clube de origem, não falando tão pouco de uma ou outra lesão ou algo que possa ocorrer como possível indisponibilidade a curto prazo, pois, como temos vindo a referir, em termos de planeamento gerir comportamentos após os êxitos conseguidos é completamente distinto de gerir frustrações após os insucessos apresentados.
A anotar ainda os locais dos jogos realizados, as viagens de longas durações por parte de alguns jogadores selecionados, as alterações climáticas detetadas e dos consequentes fusos horários a ultrapassar pelo jet lags existentes, que globalmente conduzem a situações de dessincronização dos ritmos biológicos, gerando manifestações de fadiga, perturbações do sono, maior dificuldade de concentração, maior irritabilidade ao desgaste, maior perceção à ameaça, diminuição do estado de alerta, alteração do ritmo cardíaco, etc…
Felizmente, quer ao nível das seleções, quer ao nível dos clubes, verificamos a existência de equipas pluridisciplinares de suporte, cada vez mais alargadas e potencialmente autenticadas de rigor e competência técnica e científica, transformando-se em autênticos baluartes na readaptação dos jogadores, para a retoma das suas valências anteriormente justificadas.
Mas, por demais metodologias físicas, atléticas, táticas, fisiológicas, funcionais e comportamentais que se dispõem atualmente na recuperação desses atletas, tenho cá para mim que o estado de autoconfiança, o desejo e motivação para a partilha e consolidação dos caminhos do sucesso, o estado de alma, o espírito de equipa e o eco de presença daqueles que lhe estão próximos, ainda é capaz de provocar uma força suplementar aglutinadora para a consecução dos êxitos anteriormente obtidos.
Estejamos, contudo, atentos a esta retoma competitiva, pois perante qualquer processo, por mais científico que se possa apresentar, ainda haverá perguntas, muitas dúvidas e algumas incertezas, cujas respostas se encontram em céu aberto.
Refirmo, contudo, o que tenho vindo a justificar: qualquer que seja a equipa que esteja movida por princípios de lealdade, identificada por sentimentos de orgulho cooperante e participativo, comprometida por um elevado sentimento profissional e identificada por uma identidade coletiva demolidora, esta sim, creio mesmo que estará muito mais próxima da obtenção do sucesso.
E quando digo «creio», esta crença está autenticada por padrões onde a prática se assumiu como critério da verdade. Nos tempos onde as condições técnicas e científicas eram incomparavelmente diferentes das que hoje se assumem, as respostas permitiam-me assegurar a evolução dessas competências para o êxito. Não era assim Jaime Pacheco, Quim, João Pinto, Paulo Futre, Dimas, Celso, Álvaro Magalhães, Semedo, etc., já que Fernando Gomes (bibota de ouro), Fernando Chalana, Zé Beto e Lima Pereira só no silêncio que a saudade grita o poderiam rubricar ... E, já muito depois: não foi assim, Toni Conceição, que assumimos a subida do Trofense e do Moreirense à 1ª Liga? ... Não foi assim, Quim Machado, que assumimos a subida do Tondela e Feirense à 1ª Liga.? Não foi assim, Pepa, que em 40 dias foram conseguidos 16 pontos e mantivemos o Tondela na 1ª Liga ? Não foi assim, Paulo Fonseca, que se cantou uma das páginas mais douradas do Paços de Ferreira, assumindo a conquista de um 3º lugar e acesso à Liga dos Campeões?...
Sim, essa identidade, servida com um legado de afetuosa transparência e inultrapassável competência, cavou fundo nos rasgados alicerces de valor do humano dos jogadores para serem devolvidos com suor e lágrimas do GANHADOR. Enfim, da minha parte somente algumas vírgulas, reticências e pontos exclamação dum grande texto que os valores da ética, do respeito e do silêncio fazem cultivar as saudades que visitam a minha memória ... Talvez um dia exposta de forma mais categórica, porque verdadeira!... TALVEZ."