sexta-feira, 5 de julho de 2024

2.ª Dia...

Até breve...

Brunão!

O melhor Kokçu para a despedida


"LEIPZIG — Ao fim de 20 dias de Campeonato da Europa, as primeiras despedidas: de parte da equipa de A BOLA, que regressou a casa com motivos de orgulho pelo trabalho realizado, e de uma cidade. Estou de volta a Hamburgo e tenho planos para terminar a missão em Berlim, mas a Leipzig não prevejo voltar, pelo menos para já. No momento do adeus fica sempre aquela sensação estranha de não sabermos se um dia voltaremos, ou se foi mesmo a última vez que percorremos aquelas ruas. A cidade nem nos queria deixar partir, a avaliar pelo problema na fechadura de um dos quartos, mas para a despedida fica a bonita imagem de adeptos austríacos a comer em restaurantes turcos, já depois do último duelo dos oitavos de final. Um jogo em que tive a oportunidade de ver a melhor versão de Orkun Kokçu, com uma paixão ainda não apresentada no Benfica. O médio já fez bons jogos de águia ao peito, mas em Leipzig colocou a qualidade técnica numa rotação superior. Não foi bem 10 — até porque tinha Arda Guler como falso 9 —, mas teve dois médios a dar-lhe cobertura, como tanto gosta. Sentiu-se como em Roterdão."

Aqui não se passa nada!!!

Não falham uma!!!

Trabalhar para os títulos


"As equipas masculina e feminina de futebol já trabalham com vista a 2024/25. Este é o destaque da BNews.

1. Expectativas elevadas
Neres encara a temporada com otimismo numa casa que já conhece bem: "Jogando num clube como o Benfica, um clube desse tamanho sempre tem grandes expectativas de conquistar coisas grandes. Já faz parte de mim, da minha família. Adoro a cidade, adoro o Clube, os adeptos."

2. A título definitivo
Gustavo Marques, que atuou na equipa B e se estreou na A em 2023/24, foi contratado a título definitivo. "Estou aqui para dar o meu melhor. Tenho de evoluir, melhorar e estou aqui para ajudar o Benfica", afirma.

3. Pré-época das Inspiradoras
Já começaram os testes médicos e físicos das tetracampeãs nacionais de futebol com vista à nova época.

4. Avançada contratada
Cristina Martín-Prieto, a terceira melhor marcadora do Campeonato de futebol espanhol na época passada, é reforço do Benfica.

5. A uma vitória do hendeca
A equipa feminina de hóquei em patins pode sagrar-se campeã nacional pela 11.ª vez consecutiva no sábado, dia 6. O 2.º jogo da final com o CA Feira tem início marcado para as 17h00 no Pavilhão Fidelidade.
Marlene Sousa revela o estado de espírito da equipa: "Muito motivadas, é assim que nos sentimos, com uma ambição gigante de podermos revalidar outra vez o Campeonato Nacional. Queremos muito."

6. Calendários definidos
Os calendários dos Campeonatos Nacionais de basquetebol masculino e feminino para 2024/25 estão provisoriamente definidos.

7. Athletics Youth Meeting SLB
Participaram 126 jovens atletas no evento organizado pelo Sport Lisboa e Benfica."

Seleção sem estatutos


"Os nomes não ganham jogos, muito menos com a França. Curiosamente, Portugal é mais forte com os mais fortes do que com os mais fracos

Chegou a hora de Portugal mostrar o que vale. A Seleção Nacional partiu para a Alemanha como uma das favoritas, mas este Euro, não há como contornar, tem sido uma desilusão. Frente a quatro seleções de segunda divisão europeia, os resultados não foram animadores e as exibições nada convincentes.
É já histórica a dificuldade que Portugal sente para ultrapassar equipas de matriz defensiva, que apostem num bloco baixo. Assim foi na estreia com a Chéquia, assim foi no último jogo, já a eliminar, com a Eslovénia. Pelo meio uma vitória fácil sobre uma Turquia de altos e baixos e uma derrota diante da Geórgia, num jogo, na realidade, apenas para cumprir calendário.
Amanhã começa outro Euro. O Euro dos gigantes. E nos quartos de final estão praticamente todos os favoritos: Espanha, Alemanha, Portugal, França, mais Países Baixos e Inglaterra. Falta só a Itália, que caiu frente à surpreendente Suíça e, talvez, a Bélgica, que o calendário empurrou para o caminho da França. É a hora das decisões. Agora, qualquer erro pode custar a eliminação. E Portugal tem cometido vários.
Roberto Martínez já encontrou o seu onze e ninguém espera alterações. Não questiono o 4x3x3 que elegeu, tão-pouco os jogadores para o interpretar. O selecionador está a solidificar a sua equipa e compreendo e até concordo com praticamente todas as opções. As iniciais, entenda-se. O que considero bem mais discutível são as alterações durante os jogos. A equipa tem sido muitas dificuldades para furar as muralhas adversárias e em muitos desses momentos Roberto Martínez parece ter olhado mais para os nomes do que para o rendimento. Como diante da Eslovénia. Com Bruno Fernandes, Bernardo Silva ou Cristiano Ronaldo esgotados e desinspirados, os sacrificados foram Rafael Leão e Vitinha, que até estavam a ser dos melhores. Para isso mais valia não mexer e deixar as substituições para os últimos minutos, como já fez…
O selecionador não pode olhar a estatutos. Os nomes não ganham jogos, muito menos com a França. Só a melhor Seleção Nacional pode ultrapassar os vice-campeões do mundo. Curiosamente, Portugal é mais forte com os mais fortes do que com os mais fracos. O que é um bom indicador. Amanhã será mais pressionado, mas também terá mais espaço. E aí nesses momentos que os nossos maiores talentos mais facilmente podem fazer a diferença. Sejam eles os que entrarem de início ou os que forem lançados a partir do banco…"

O que Ronaldo nunca percebeu


"Cristiano continua longe de entender qual deve ser o seu papel no coletivo

Os que achavam que bastaria a Portugal jogar o feijão com arroz devem estar agora, certamente, a gritar Eureka! com a habitual dose de ironia. Ou talvez não. Talvez se tenham apercebido de que o problema é bem mais profundo do que acertar características com posições em campo. Ou com o sistema, seja este qual for.
Responda quem souber: o que se pode dizer de quem tem quase tudo ao dispor, exceto talvez uma identidade já anteriormente plantada, e estraga tudo com as decisões que toma? Ou de alguém com a disponibilidade certa, a fome de leão, o sentido de responsabilidade e, inclusive, um selecionador que adapta ou abdica de princípios em seu nome (tal como antes abdicou por outros), porém não consegue entender qual deve ser o seu papel?
Não quer isto dizer que uma identidade crie imediatamente uma equipa campeã, apenas que a aproxima do objetivo. Porque é el estilo español, Luis de la Fuente tem, naturalmente, vida mais facilitada do que Nagelsmann na Alemanha ou Southgate em Inglaterra, declinações em parte do ADN cravado por Guardiola em Munique e em Manchester, e reforçado por um direcionamento na formação que privilegia um novo perfil de jogador, mais técnico.
Mesmo esses partem muito à frente de Roberto Martínez, devido aos vários anos de trabalho que levam, ainda que, no caso germânico, nem sempre com os mesmos treinadores. Já não seria fácil por tudo isto, mas o selecionador português aumentou depois as próprias dificuldades quando se comprometeu de forma até algo contranatura. Faltou coragem. A que teve nas ideias.
Portugal não está bem e não ficou melhor ao ganhar nos penáltis, precisamente porque foi incapaz de fazé-lo antes. A fé no processo está naturalmente abalada - até talvez no selecionador com as substituições desastradas e injustificáveis, a não ser com uma eventual gestão de egos - e se a falha é, sem dúvida, coletiva, pela tão evidente inexistência de dinâmicas, é ainda difícil não olhar para o apagão de Bruno Fernandes e Bernardo Silva.
Há um peso individual grande neste confrangedor tecido coletivo. É certo que há mais química à direita do que à esquerda. Ainda que Bernardo pareça demasiadas vezes amarrado à linha, a forma como libertou Cancelo para a sua melhor exibição no Euro, foi do melhor que se extraiu do embate com a Eslovénia. Já do lado contrário, apesar de uma ou duas combinações, Nuno Mendes e Rafael Leão foram quase apenas a própria expressão individual. Bruno Fernandes pareceu perdido pelo menos até Vitinha sair, o posicionamento de Palhinha na construção foi contraproducente e Ronaldo, infelizmente, provou que fisicamente não consegue ter as abordagens em movimento do passado. E não só.
O capitão não dá continuidade aos ataques porque todos os movimentos que faz são para se aproximar a si próprio da baliza e não a bola. As decisões são individuais e não enquadradas. Não há melhor atualmente? Tenho dúvidas. Sobretudo se a resposta puder ser coletiva. No entanto, tudo se tornou mais preocupante assim que Martínez arrasou com as possíveis soluções."

Receita? Arroz de Cabidela


"«O homem é mortal pelos seus temores e imortal pelos seus desejos», já dizia Pitágoras, há 2500 anos. Na crónica desta quinta-feira do Livro do Desassossego, o que têm em comum um filósofo grego e uma receita de culinária? Morrer não é o oposto de viver.

Morrer é oposto de nascer. O oposto de viver é o esquecer. É por isso que Diogo Costa viverá para sempre, porque nunca ninguém mais vai esquecer a defesa majestosa com que negou o golo a Sesko, muito menos as três grandes penalidades superiormente defendidas — sim, defendidas, não foram falhadas — no desempate com a Eslovénia e que têm já lugar entre os feitos inéditos e extraordinários numa grande competição como um Europeu. Um momento em que vi um homem carregando todo o peso de um País, num daqueles momentos que podem definir não apenas um jogo, mas também uma carreira e até uma vida inteira, tornar- se muito maior do que a soma das suas forças e competências. Puro instinto, pura concentração, pura elasticidade, pura crença. E não fosse ter de entrar em direto para o programa de rescaldo e teria ficado sozinho, num canto, apenas a chorar, comovido por Diogo Costa me ter mostrado a transcendência do ser humano. Mais do que épico, mais do que heroico, foi belo.
Cinco séculos antes do nascimento de Jesus já o filósofo grego Pitágoras defendia que «o homem é mortal por seus temores e imortal por seus desejos». Por isso vi Ronaldo ser devolvido à condição dos simples mortais — sem perder o direito ao lugar que conquistou enquanto maior jogador da história do futebol — e Diogo Costa entrar no Olimpo.
É por momentos como aquele que eu amo o futebol. Muitas vezes, toda uma vida contada num único jogo. O jogo como palco de heróis que soçobram em lágrimas; de alegrias, de dramas, de um carrossel de emoções; sacrifício, compromisso, solidariedade, talento. Um jogo como espaço intrinsecamente democrático, onde muitas vezes não vence o mais forte, mas quem mais quer; onde há sempre um Éder em metamorfose, de patinho feio a cisne. Um jogo como espaço tribal, da irmandade dos jogadores à comunhão dos adeptos, onde o abraço não questiona género, orientação sexual, credo, nível de escolaridade ou estatuto económico e social.
Não, Portugal não fez, esteticamente, um grande jogo. Sofreu mais do que devia e está longe de jogar o que pode. O selecionador geriu mal as substituições. Não marcamos um golo há mais de quatro horas! Mas o que andaremos todos a discutir para sempre são os penáltis defendidos por Diogo Costa. Tal como a defesa sem luvas do Ricardo.

Receita para o jantar de sexta-feira
Tome nota desta receita para confecionar na noite de amanhã. Mesmo que não seja grande cozinheiro, vai ver que não é difícil:
1 — Refogue, num tacho com azeite, 100 gramas de cebola, quatro dentes de alho e uma folha de louro.
2 — Tire a pele a 400 gramas de tomate, limpe-o de grainhas, pique em pedaços pequenos e junte ao refogado. Deixe cozinhar, mexendo de vez em quando até o tomate estar macio.
3 — Acrescente um galo cortado em pedaços, tempere com 1 colher de sopa de sal e deixe cozinhar, com o tacho tapado, durante cerca de 10 minutos, com lume brando.
4 — Adicione água quente até cobrir o galo, volte a tapar e deixe ferver suavemente durante mais 20 minutos. Acrescente um pouco mais de água a ferver de modo a ficar com cerca de três vezes e meia o volume do arroz. Retifique o sal, se for necessário, e assim que retomar fervura introduza o arroz. Mexa e tape.
5 — Passados 13 minutos, acrescente o sangue do galo, previamente misturado com vinagre. Misture beme deixe ferver mais 1 a 2 minutos. Retire do lume e sirva de imediato.
Mais do que o 4x3x3 ou o 3x4x3, se o Ronaldo e o Pepe devem ou não ser titulares, este arroz de cabidela ainda me parece ser a melhor receita para vencer a França. Se não resultar, pelo menos ficamos bem jantados… E guarde uma boa garrafa de vinho para abrir após o jogo. Abra mesmo que Portugal perca. O sabor é o mesmo e é quando precisamos mais..."

Olhar a Seleção e ver o copo meio cheio ou meio vazio


"Não faltam razões para acreditar antes do duelo com a França nos quartos de final do Euro 2024; também não faltam razões para duvidar...

«Fizemos um bom jogo de ataque, numa relva lenta, e tivemos 11 cantos. Falhámos um penálti, não é um jogo em que se possa dizer que não chegámos ao último terço»
Roberto Martínez, selecionador de Portugal, após eliminar a Eslovénia no desempate por penáltis

Portugal joga muito poucochinho, o que preocupa. Mas a França também tem jogado muito poucochinho, talvez ainda menos, se isso for possível.
Portugal não marca golos no Euro 2024 há quatro horas e quatro minutos (sem contar com compensações) – 34 contra a Turquia, 90 contra a Geórgia, 120 contra a Eslovénia. Mas tem cinco, e a França, em quatro jogos (menos trinta minutos que a Seleção Nacional, porque não teve de disputar prolongamento nos oitavos de final), marcou apenas três.
Sim, mas Portugal já beneficiou de dois autogolos. Pois é, mas a França também – e o outro golo que marcou foi de penálti.
Só que a França é provavelmente a seleção com os melhores jogadores do mundo. Será, mas Portugal não fica muito atrás.
Mas de que serve ter bons jogadores se jogamos tão poucochinho? Boa pergunta, que tal fazê-la a Didier Deschamps?
Mas pelo menos Deschamps não diz que a França fez um bom jogo de ataque depois de estar 120 minutos sem marcar à Eslovénia. Talvez porque não jogou contra a Eslovénia, porque depois de eliminar a Bélgica, com autogolo de Vertonghen, disse: «Fizemos um grande jogo, com muitas coisas boas. É preciso saborear e não banalizar.»
Não faltam motivos para acreditar nem para duvidar. Cada um que escolha se prefere o copo meio cheio ou meio vazio. Eu, que gosto de números, diria que está a 50 por cento."

Portugal no mapa das grandes transferências


"É preciso continuar a trilhar o caminho para gerar mais dinheiro no futebol feminino para todos os clubes

Estamos no defeso e há já alguns factos que permitem indicar que este será um verão com motivos para ficar na história.
Facto 1: É uma notícia confirmada – a americana Olivia Smith, de apenas 19 anos, deixa o Sporting e vai jogar no Liverpool a troco, diz-se, de 250 mil euros. O que é uma verba recorde para o futebol feminino português. Há um ano, recorde-se, a canadiana Cloé Lacasse rumou ao Arsenal deixando no Benfica cerca de 75 mil euros, segundo a Imprensa relatou na altura.
Facto 2: É uma notícia ainda não confirmada, mas garante a Imprensa muito perto de estar concretizada – a transferência de Kika Nazareth para o Barcelona permitirá ao Benfica encaixar cerca de 500 mil euros. Ou seja, a confirmar-se, será novo recorde absoluto em termos de encaixe para clubes do futebol feminino português. No espaço de poucos dias, o mesmo recorde é batido duas vezes.
Aos poucos, Portugal começa também a entrar no mapa das grandes transferências internacionais. A entrada de dinheiro é uma boa notícia, pois permite gerar novos investimentos, mais qualidade para o campeonato feminino, maior concorrência.
A Europa olha para Portugal como um bom mercado para investir, mas é preciso continuar a trilhar o caminho para gerar mais dinheiro para os clubes, para todos os clubes. E essa é uma tarefa que cabe à Federação cumprir, permitindo espaço a uma liga profissional que crie e distribua receitas de forma equitativa de modo a não se gerar um fosso entre os ditos grandes e os restantes. Até porque no final desta temporada serão três os emblemas a ter acesso às competições europeias.
Basta olhar para o exemplo que chega de Inglaterra, onde – segundo o Relatório Anual de Finanças da Deloitte – os emblemas da Superliga Feminina Inglesa geraram em 2022/23 50% mais receitas que na época anterior, chegando aos 48 milhões de libras de ganhos (mais de 56 milhões de euros), e as previsões apontam para que cheguem aos 68 milhões de libras (mais de 80 milhões de euros) no final desta época.
Fenómenos e realidades diferentes? Sim, mas porque em devido tempo se soube apostar no desenvolvimento sustentado naquilo que realmente interessa: oferecer às jogadoras as melhores condições para evoluírem.
Por cá, ainda temos muito a fazer."