Boa noite!

Sortes!

Homenagem...

Tons de vermelho diferentes!!!


"Uma das maiores vergonhas dos últimos anos da arbitragem em Portugal. Uma final de Taça roubada de forma despudorada ao Benfica. Confirmada hoje pela arbitragem internacional oficialmente. Nem um piu se ouviu de nenhum responsável oficial do Benfica. E hoje já ninguém se lembra.
Entregues à nossa sorte. Um pesadelo interminável o reinado do menino da lágrima Rui Costa."

Seleção: o jogador espanhol saberia o que fazer


"Talvez Martínez esteja a queimar demasiadas etapas em jogadores pouco habituados

Ao ver a Áustria de Ralf Rangnick e o Uruguai de Marcelo Bielsa fico sempre com a sensação de estar perante a tempestade perfeita. Tudo parece bater certo, fazer sentido e, se isso não é só por si garantia de sucesso, porque o futebol sempre foi de uma complexidade tão grande que nem a simplicidade que Cruijff defendia resolveu, é um requisito para que os caminhos se tornem menos tortuosos para qualquer equipa.
A Áustria foi para lá da mera influência do futebol vertical e progressista alemão, assumindo-o com a ideia-mãe na maioria das equipas, e acrescentou-lhe não só jogadores que do outro lado da fronteira tiveram, quando emigraram, continuidade em emblemas como Leipzig, Dortmund, Hoffenheim e até Feyenoord, nos Países Baixos, como um dos maiores ideólogos do jogo que já jogavam: Ralf Rangnick. O tal que Cristiano Ronaldo e os adeptos do Manchester United não conheciam antes, mas ficaram a julgar conhecer depois da passagem sem sucesso por Old Trafford. Numa seleção, com pouco tempo para treinar conceitos novos, a receita não poderia ter sido melhor. A Áustria apurou-se com todo o mérito, está nos oitavos de final pela segunda vez na história e pode aspirar a subir um pouco mais na hierarquia. 
O mesmo se vê no Uruguai, cuja matriz sempre foi de luta, raça e foco absoluto, que encontrou em Marcelo Bielsa o técnico certo para afinar ideias. Para ir ainda mais longe, nos treinos, com aquele famoso murderball, e também nos jogos. A Celeste Olímpica impressiona e é um prazer vê-la em campo. El Loco é genial e nem precisa de ter ganho muito para que o reconheçamos.
Às vezes, pergunto-me se esta Alemanha é totalmente alemã. Ou a Inglaterra inglesa. Até mesmo se Portugal joga como os portugueses. Talvez não. O futebol caminhou para a aproximação a um determinado estilo e estou certo de que se Martínez estivesse a treinar espanhóis a fluidez dos ataques seria muito maior. Plantar uma forma de jogar exige tempo para vê-la crescer e florir, e a verdade é que, para as enormes percentagens de tempo de posse de bola a que aspiramos, o nosso solo não é tão fértil como outros.
O selecionador nacional não só não tem tempo como jogadores que saibam de olhos vendados o que têm de fazer no ataque posicional. Pior, provavelmente também não escolhe os certos. E esse será sempre um erro seu e não fruto do contexto luso.
Não há uma identidade defensiva no futebol português. Isso foi de um tempo em que jogávamos encolhidos e com um avançado, não necessariamente ponta de lança, à pesca. Felizmente, ganhámos metros, temos melhores jogadores, passámos a não ter tanto receio e a gostar de atacar. Roberto Martínez tem essa coragem, os jogadores estão finalmente a ganhá-la — percebe-se que nem todos respiram a mesma confiança — e o resto é trabalho. Não tenho dúvidas de que será o nosso ADN, mas partimos de muito atrás. Guardiola não passou por aqui, a nossa federação não tentou formar um determinado estereótipo de futebolista e a Liga é pobre. Não há milagres ou etapas que possam ser queimadas."

António Silva


"Os erros crassos do central de Portugal frente à Geórgia e o esgoto que corre nas redes sociais — e ainda Ricardo Carvalho...; Manuel Fernandes, valiosa carica da Schweppes; Cristiano Ronaldo, João Félix e a atitude

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António Silva protagonizou dois erros decisivos na derrota de Portugal com a Geórgia a fechar a fase de grupos do Campeonato da Europa. No primeiro golo falhou um passe que antecedeu outras imprecisões — a mais evidente o mau posicionamento de Danilo para reagir à asneira do companheiro — antes de Kvaratskhelia bater Diogo Costa, no segundo cometeu falta para penálti ao calcular mal o tempo de entrada à bola.
Com a internacionalização do futebolista português, sobretudo desde que a Lei Bosman mudou o paradigma do mercado de transferências, os conflitos paroquiais na Seleção estimulados pela clubite terminaram. As histórias contadas na primeira pessoa sobre o Euro-1984, por exemplo, no qual ficou claro o espírito divisionista da guerra fria patrocinada pelos blocos de Benfica e FC Porto (oito e nove convocados, respetivamente), são resquícios de um passado longínquo. A clubite é uma praga extinta na equipa das quinas, mas no esgoto que corre em alguns canais das redes sociais está mais viva que nunca.
Criticar a atuação de António Silva diante dos georgianos é não só legítimo como em nada belisca a verdade do que aconteceu no relvado da Veltins-Arena, em Gelsenkirchen; brincar com os deslizes do central no espaço público é sinal dos tempos neste mundo globalizado, o preço a pagar pelas figuras mais ou menos públicas. Agora, invadir as redes sociais de um jovem de 20 anos para insulta-lo e fazer bullying simplesmente por um par de desacertos num jogo de futebol, qualifica acima de tudo os energúmenos que se dedicam a espalhar palavras de ódio. O vírus da clubite infeta também alguns dos que procuram defender António Silva, quando recordam lapsos na Seleção Nacional de jogadores de clubes rivais como arma de arremesso.
Na equipa técnica de Roberto Martínez — mister, aquela ideia dos três centrais até pode ser boa no papel, mas dos cinco na convocatória só Gonçalo Inácio tem rotinas a jogar assim no Sporting… — está um antigo defesa-central de eleição. Um senhor chamado Ricardo Carvalho, que antes de se impor no FC Porto esteve cedido a Leça, V. Setúbal e Alverca. Após o empréstimo aos leceiros, em 1997/98, voltou a casa e sob as ordens de Fernando Santos fez um jogo na temporada do penta, nas Antas, titular frente ao Salgueiros. O desafio estava empatado a zero, a caminhar para o intervalo, momento em que, à saída da área, sem grande oposição, fez um mau passe lateral que permitiu a Celso isolar-se e abrir o marcador. Os dragões empataram por Jardel ainda na primeira parte e na segunda dilataram para 4-1.
Naquela noite de 31 de outubro de 1998, apesar de não ter perdido o estatuto de promessa, eram mais as dúvidas que as certezas sobre o valor do então jovem de 20 anos. O resto é história, Ricardo Carvalho resistiu ao infortúnio, foi à luta e tornou-se um dos melhores de sempre na posição, aquém e além fronteiras. Não desistas, António, o Ricardo pode explicar-te porquê.

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À porta da venda da dona Minervina e do senhor Ricardo, em primeira fila com vista para o adro da igreja, nas intermináveis férias de verão em Santa Cruz de Armamar, houve um ano em que nós, miúdos, bebíamos Schweppes atrás de Schweppes à caça das caricas com as fotos dos jogadores dos então indiscutíveis clubes grandes — Belenenses, Benfica, FC Porto e Sporting — ali no início dos anos oitenta.
Na aldeia dos meus avós paternos quase fechei os quatro plantéis, à custa de algumas dores de barriga de tanta Schweppes bebida, sempre atento também às caricas perdidas no chão como o melhor dos garimpeiros de lata. Manuel Fernandes era das caricas mais valiosas do Sporting e da coleção, nunca me esqueci.

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Cristiano Ronaldo e João Félix — descubra as diferenças. Frente à Geórgia, CR7 dava a ideia de que procurava o primeiro golo no primeiro Europeu, competitivo como sempre, irritante como também consegue ser, em especial com os árbitros em constantes protestos por tudo e por nada. Quanto a Félix, a antítese do compatriota na atitude, pela enésima vez parecia um génio incompreendido. Para quando o clique?"