quinta-feira, 13 de junho de 2024

Bronze na estreia...


Bronze na estreia como portuguesa, da Ágate de Sousa, na Final do Salto em Comprimento nos Europeus de Roma, com 6,91m, e só não foi Prata, no último salto, com a Italiana a fazer mais 3cm!!!

Concurso muito consistente, com a perna esquerda cheia de ligaduras, o que nos deixa com esperanças que em Paris ainda possa saltar mais longe... mas a concorrência nos Olímpicos também será maior, mas a saltar assim, a Final deverá estar garantida!

Agressões...

Bem... o @brunoandrd hoje acordou e optou pela violência. 😬🔥👏

Pouco importa, pouco importa


"Adeptos da Seleção precisam-se. Já que não há bandeiras na janela, arranje-se uma música

A poucos dias de começar o Euro 2024, o entusiasmo com uma das melhores gerações de sempre de jogadores portugueses não parece estar em alta. Não tem a ver com expectativas, que essas estão bem lá em cima, mas com um sentimento com o qual os adeptos se defrontam a cada competição como esta: quem, porquê e como se torce pela Seleção Nacional?
Lembrei-me disto a propósito de um anúncio - muito bem conseguido, já agora - dirigido a quem não sabe nada de futebol, mas que a cada dois anos vai buscar o cachecol ao armário e vai para uma praça com ecrã gigante gritar golo numa repetição. Será um mito ou já todos debatemos um pouco sobre isto? Quem torce por Portugal não liga a futebol?
Quando a Seleção venceu o Euro 2016, os portugueses - soubessem ou não muito sobre futebol - não precisaram de ser convencidos a sair à rua para celebrar. Foi o culminar de uma caminhada quase sempre desinteressante ao nível do que se jogava em campo, mas muito bem explorada pelo célebre «pouco importa, pouco importa, se jogamos bem ou mal, queremos é levar a taça, para o nosso Portugal!» Um simples cântico conseguiu com que todos se identificassem com estas palavras e - por arrasto - com a Seleção. Mas numa altura em que este Europeu ainda nem começou, como se captam estes mesmos adeptos para apoiar os comandados por Roberto Martínez?
Há quem ache que a culpa é da clubite em Portugal. Se quem liga a futebol está mais preocupado com as notícias de mercado de Benfica, FC Porto e Sporting, pouco tempo sobra para Portugal. Mas tendo a notar que os adeptos do River Plate ou Boca Juniors são ainda mais fanáticos pelos seus clubes, e no entanto é vê-los que nem loucos quando joga a seleção argentina.
E se for disso mesmo que a Seleção precisa? Fanatismo, portanto. De quem pense num Campeonato da Europa não só durante um mês, de quem analise parcialmente os jogadores, de quem defenda estas cores no café e em todo o lado com argumentos duvidosos e enviesados?
Enquanto não conseguimos decifrar o segredo, precisamos pelo menos de uma música. O «pouco importa» já não dá, que com estes jogadores todos exigem boas exibições. Lembro-me dos ingleses, em 2021, a entoarem a «Sweet Caroline» de Neil Diamond até à final e a não se cansarem de avisar que o futebol estava de volta a casa. E, durante os amigáveis, vejo os adeptos da Seleção Nacional com vergonha de cantar baixinho um «Portugal allez» como se nem o ritmo estivesse já decidido.
Fica, então, o desafio: há meia dúzia de dias para encontrar as palavras e o som que façam os portugueses entusiasmar-se com esta Seleção. Parece que pouco importa, eu sei, mas recordo que este é o último Euro de Cristiano Ronaldo e os adeptos que não percebem de futebol vão ficar sem saber sequer por quem gritar a cada toque na bola."

Euro, a surpresa sempre à espreita


"Ao contrário dos Mundiais, os vencedores dos Campeonatos da Europa são mais imprevisíveis. Portugal é favorito, mas isso de pouco vale

Ao contrário do Mundial, o Campeonato da Europa de futebol tende a ser uma prova em que é mais difícil identificar um favorito claro à vitória porque a História mostra-nos que são muito mais as surpresas que as certezas desde 1960, quando a UEFA_decidiu honrar o mentor da ideia, Henri Delaunay. 10 seleções vencedoras em 16 edições empresta um grau de imprevisibilidade muito maior que o Campeonato do Mundo, que só conheceu oito vencedores em 22 edições. Seja por que motivo for, há uma tradição vincada de os eternos candidatos a campeões planetários exercerem o seu poder e estatuto, impedindo a emergência do underdog de quem poucos davam crédito e muito menos hipóteses mínimas de vitória final. Pelo menos até ao momento nunca houve, na competição maior da FIFA, fenómenos como a Dinamarca em 1992, a Grécia em 2004 ou mesmo Portugal em 2016.
Neste século, de resto, apenas por duas vezes me recordo de o campeão europeu ser aquele que mais ou menos todos estavam à espera: França em 2000 (dois anos depois de se sagrar campeã mundial) e Espanha em 2012 (dois anos depois de vencer o título mundial e quatro anos após se sagrar campeão do Velho Continente). Porque em todas as outras edições a surpresa foi a marca de água: Grécia em 2004, a Espanha em 2008, Portugal em Paris e até mesmo a Itália em 2020.
Serve isto para pôr em perspetiva o próximo Europeu, que arranca na sexta-feira, em Munique, com o jogo de abertura Alemanha-Escócia. Claro que em qualquer competição há sempre favoritos e nessa caixa coloco França, Inglaterra e Portugal: o primeiro porque é vice-campeão mundial, o segundo porque é vice-campeão europeu e do meio-campo para a frente tem qualidade individual para vencer qualquer jogo e os portugueses porque, como diz José Mourinho, a Seleção Nacional tem capacidade para fazer duas equipas de topo e ambas poderem sorrir a 14 de julho em Berlim. Mas nos Europeus, mais do que em qualquer outra grande competição continental, o inesperado está sempre à espreita, para gáudio das casas de apostas que veem neste espírito Eurovisão da bola um campo fértil para a imaginação.
Mas se as dúvidas são muitas, há no entanto certezas e que só enobrecem os seus protagonistas: Cristiano Ronaldo vai tornar-se no único jogador a participar em seis Europeus (já era o único com cinco; Pepe ficará em segundo na lista com cinco), continuará a ser o futebolista com mais jogos na competição (tem 25, o segundo é Pepe, com 18, os mesmos que o alemão Schweinsteiger) e muito provavelmente sairá da Alemanha continuando a exibir o estatuto de melhor marcador de sempre (tem 14 golos, mais cinco que Platini).
Independentemente de quanto jogarem, Ronaldo com 39 anos e Pepe com 41 continuarão a fazer história e num contexto muito interessante: Portugal já não dependerá tanto deles como dependeu noutras ocasiões, podendo respirar quando no passado tal não lhes era possível. Com o central pode mesmo dar-se o caso de conhecer novo momento de glória quando já não estiver contratualmente ligado ao seu clube, o FC Porto. Não sendo uma situação inédita, é mais uma história paralela que faz do Euro uma caixinha de histórias surpreendentes. Que a bola comece a rolar."

Hurley evitou LeBron?


"Os Lakers têm tido dificuldade em atrair técnicos de renome apesar de LeBron James lá estar há seis temporadas.

Dan Hurley, treinador da Universidade de Connecticut, de 51 anos, terá declinado a irrecusável proposta de 70 milhões de dólares (65,1 milhões de euros) por seis temporadas dos Lakers para a vaga deixada pelo dispensado Darvin Ham. Contrato que o tornaria no quinto mais bem pago da NBA.
Hurley, que em 2023 renovou com UConn, onde está desde 2020/21, por 32,1 milhões (29,84 milhões) por seis épocas, preferiu permanecer na NCAA em vez de testar as revoltas águas da Liga onde raros técnicos vindos do campeonato universitário tiveram êxito nas últimas décadas. Após as conquistas em 2022/23 e 2023/24 mantém a ambição de levar os Huskies ao tri na NCAA e chegar perto dos registos de Mike Krzyzewski (Duke), cinco títulos, e John Wooden (UCLA) com 10(!) em 12 temporadas, sete deles consecutivos e único a vencer três torneios seguidos nos 85 anos do evento.
Curioso, Krzyzewski, que liderou os Blue Devils 41 épocas, tendo-os levado à Final Four em 12 ocasiões, também recusara os Lakers em 2004.
Para quem não esteja familiarizado com o desporto universitário americano, ser treinador de uma universidade, sobretudo de topo, está longe de ocupar uma posição menor, quer a nível salarial como profissional. A pressão existe, mas a volatilidade do cargo não é tão grande e os principais técnicos são deuses nos campus. Diz-se que um treinador de basquetebol ou futebol americano numa universidade é mais importante do que o reitor e que isso é comprovado quando morrem e se vê o funeral de um e outro. Os êxitos desportivos trazem centenas de milhões de dólares em apoios e contratos comerciais e televisivos à universidade.
E por mais que digam o contrário, é mais fácil comandar jovens do que homens, alguns milionários, e a maior parte a ganhar mais do que o treinador como acontece na NBA.
Isto leva a duas questões. A primeira, a ideia de que os Lakers desejam um técnico de topo, experiente e com provas dadas, ainda que a nível da NCAA, o que tem sido difícil garantir desde que Phil Jackson por lá passou a segunda vez entre 2005/06 e 2010/11, com a conquista de dois campeonatos (2008/09, 2008/10) em três Finals (2007/08).
Desde então, ninguém resistiu mais do que três épocas. Nem Frank Vogel que ganhou o 17.º e último titulo em 2019/20.
Mesmo com Jeanie Buss à frente do clube e o ambiente pacificado, os Lakers têm tido dificuldade em atrair técnicos de renome apesar de LeBron James lá estar há seis temporadas. E esta leva-me à duvida que tenho há anos: apesar de ter chegado a 10 Finals em 21 épocas, nas quais se sagrou campeão quatro vezes, LeBron raramente contou com treinadores de renome, provavelmente salvo Erik Spoelstra. Mas esse já estava (e está) nos Heat.
Durante anos nos Cavaliers o patrão Dan Gilbert nunca esteve com grande disposição de gastar com treinadores. Mas será que foi só isso ou os nomes mais sonantes evitaram King James — apesar do inequívoco valor — porque, às vezes, é ele quem quer decidir parte do plantel e o que se vai fazer em campo em momentos chave? Será que Hurley, apesar dos milhões e de LeBron estar em fim de carreira, também não desejou ser adjunto ou quis mesmo ficar nos Huskies?"