domingo, 5 de maio de 2024

12.ª Campeão Nacional

Benfica 3 - 1 Sporting
25-21, 16-25, 25-15, 25-23


Extraordinário! Mais uma! Na superação... contra um adversário valoroso, que subiu bastante de qualidade em relação à época anterior, que nos deu muita luta, novo título, o Pentacampeonato!

Mesmo com uma equipa limitada, com jogadores veteranos, que provavelmente fizeram hoje o seu último jogo da sua carreira, não trememos, fazemos valer o factor casa, como em todos os jogos desta Final, e celebrámos no final...

O Banderó nestes dois últimos jogos em casa 'acordou', o Pablo foi o melhor jogador da época, o França subiu bastante de forma neste Play-off...

Na próxima época, temos que fazer uma revolução, 4 ou 5 jogadores novos, mas hoje a despedida dos Imortais foi feliz!

Estamos na Final...

Sporting 66 - 73 Benfica
12-20, 20-26, 19-15, 15-12

Jogo feio, com mais uma boa vantagem na 1.ª parte, mas com uma péssima 2.ª parte, onde contra um Sporting com duas baixas muito importantes, permitimos uma perigosa recuperação, com o jogo a 1 ponto, a poucos minutos do fim!!!

Amanhã na Final, contra os Corruptos, com as duas equipas, a fazer 3 jogos em 3 dias, mas com o Benfica a ter jogos menos 'intensos', temos tudo para vencer... mesmo sem o Zé Silva na rotação!

Ultrapassagem dupla!!!

Famalicense 0 - 3 Benfica

Vitória importantíssima na última jornada da fase regular, que com as derrotas da Oliveirense, e do Sporting, nos fez saltar para o 2.º lugar da classificação, alterando as combinações no Play-off de forma significativa! Vamos defrontar o Valongo nos Quartos... e em caso de 'vitória' a Oliveirense ou o Barcelos nas Meias!
Fundamental recuperar o Nicolía e o Zé Miranda...

Esta equipa merecia mais 'sorte' esta época!!!

Benfica 29 - 34 Corruptos
14-14

Com uma equipa extremamente remendada, com muitos putos da equipa B, ainda Juniores, demos muita luta, e a poucos minutos do fim, ainda estávamos a disputar o resultado... A quantidade de lesionados continua a impressionar!!!

PS1: Grande vitória da nossa equipa feminina de andebol na Madeira (30-32), contra o nosso principal adversário, sem a nossa jogadora mais influente. A doença repentina da Viktoryia deixou-nos desfalcados neste momento decisivo da época, com a vitória a ser o único resultado 'possível', isto numa semana muito preenchida, mas mesmo assim, ganhámos! Ainda faltam algumas vitórias para selar o Campeonato, temos alguns jogos em atraso, mas no papel somos favoritos, mas as camisolas não ganham jogos...


PS2: A nossa equipa B feminina de futebol, sagrou-se hoje Campeã Nacional da II Divisão, derrotando o Vitória de Guimarães por 3-1! As nossas meninas, a maior parte ainda Júnior demonstrou toda a sua qualidade! Só não sobem à I Divisão, porque não é possível!!!

Uma competitividade por saborear


"Registo dos clubes lusos na UEFA foi apenas o 9.º, atrás de Bélgica, Turquia e Rep. Checa

Portugal acabará em sétimo lugar do ranking da UEFA, o mesmo posto em que começou a época e sabe já que começará a próxima precisamente na mesma situação. No arranque para 2023/24, estava a 3,684 pontos dos Países Baixos e, apesar de ter feito melhor registo do que os neerlandeses, a distância após o verão cifrar-se-á nos 5,884, fruto da perda do registo de 2019/20 em que os clubes lusos foram superiores.
A França, que já esteve a tiro, partirá com 9,149 pontos de avanço no 5.º lugar, e a Bélgica, 8.ª, parece estar a ganhar-nos terreno. Com uma equipa ainda em campo, o Club Brugge - perdeu a primeira mão da meia-final da Liga Conferência com a Fiorentina por 3-2 - começará 2024/25 pelo menos a 5,016 pontos de Portugal. Já esteve bem mais longe. Em 2022, terminou em 13.º.
É de assinalar ainda que a soma das seis equipas portuguesas em prova foi inferior a oito outros países, atualmente por esta ordem: Itália (7 equipas), Alemanha (7), Inglaterra (8), França (6), Espanha (8), Bélgica (5), Turquia (4) e República Checa (4). A tendência não é, obviamente, favorável ou animadora. Passou menos de um ano desde que a conta oficial da Liga Portugal avisou a da Eredivisie para aproveitar o 6.º lugar enquanto durasse. Pelos vistos, continuarão a gozá-lo por muito mais tempo. Infelizmente.
Por muitas desculpas que se arranjem, algumas válidas outras nem por isso, a Liga portuguesa está a perder força europeia. Há quem se recuse a vê-lo e procure estudos ou visões segmentadas para continuar a achar que está tudo bem. Não está e pouco foi feito para contrariar o problema.
É neste 7.º lugar e em aparente quebra que se encontra a competitividade do campeonato, com as suas equipas, embora compensadas pelo amealhar dos grandes e por vezes do SC Braga, a fazer pior do que belgas, checos e turcos.
O país ainda vai conseguindo seduzir alguns bons jogadores, porém estes acabam quase sempre em Sporting, Benfica ou FC Porto, e os restantes emblemas não possuem argumentos semelhantes aos de outros países em cenário mais ou menos semelhante. É normal que estejam mais frágeis num contexto nacional, em constantes movimentos iô-iô sem conseguir um crescimento sustentado ou sequer estabilizar numa zona da tabela ao longo de vários anos, e ainda mais quando se confrontam com as provas europeias.
Também parece inconcebível que os responsáveis da Liga valorizem o nosso campeonato ao lado de uma Big Five quando se aborda a questão da centralização dos direitos televisivos - o Santo Graal, cada vez mais um placebo do que a cura de todos os males - quando na realidade parecemos estar a cair abaixo de outras até aqui inferiores, embora mais espetaculares em campo e nas bancadas, e igualmente capazes de gerar talento, no equilíbrio de forças continental. Nesta altura, quem quer realmente lá fora, exceto os emigrantes, saber do nosso campeonato? Alguém?"

Ligar o que é preciso


"O Sporting vai renovar com Coates por mais um ano e fará bem

O Sporting renova por mais um ano o contrato com Sebastián Coates e provavelmente faz bem. Além da competência que o central uruguaio de 33 anos ainda mostra no campo (e são inúmeras as provas de que um futebolista moderno que se cuida bem pode esticar a carreira), ele representa muito mais para o clube treinado (ainda) por Rúben Amorim. Coates é titular e o capitão da equipa e está em Alvalade desde a temporada de 2015/2016, tem personalidade e estatuto que fazem dele uma referência no e do Sporting, com tudo o que isso representa de importante para a estabilidade num balneário de clube grande.
Por contraditório que possa parecer, ao renovar com o veterano Coates o Sporting está a acautelar o futuro e essa é uma preocupação que deve ser partilhada pelos principais rivais, Benfica e FC Porto.
No FC Porto o tema das referências ou a iminente falta delas adquire maior relevância, pois Pepe tem 41 anos, não dura para sempre e termina contrato no final desta temporada, não havendo notícia, sobretudo em momento de transição de presidentes — de Pinto da Costa para André Villas-Boas —, que tenha ainda renovado. Mas, no Dragão, a maior referência, no balneário e no clube, desde 2017/2018, será talvez o seu treinador, Sérgio Conceição. Que, by the way, renovou até 2028 mas cuja continuidade estará dependente de uma conversa que já teve ou ainda vai ter com o novo presidente André Villas-Boas.
O Benfica, até com alguma surpresa, renovou na época passada com o seu capitão, Nicolás Otamendi, campeão do mundo pela Argentina, que tem 36 anos mas continua, tal como Coates e Pepe, a mostrar como se joga bem. Renovou com ele até 2025 e pode ficar descansado que continuará a manter a identidade do seu balneário. Também lá continua João Mário, de 31 anos, há três épocas na Luz, com contrato até 2026 e também ele a mostrar solidez na relação com um clube que, mais uma vez, pode mudar de treinador.
Para os três grandes de Portugal continua a ser absolutamente vital vender jogadores para depois comprar novos jogadores. Mas diria que igualmente determinante será manter e criar jogadores-referência que possam ligar o que é preciso ligar."

'Porque hoje é sábado' O FC Porto e a ‘revolução dos cravas’


"A dia 27 de abril bastou ter aparecido um opositor credível e corajoso para que o velho regime de 42 anos caísse com estrondo

Quando Jorge Nuno Pinto da Costa chegou, há quarenta e dois anos, à sua cadeira de sonho, nas Antas, ainda não havia dragão, nem no estádio, nem no nome de guerra. O acontecimento marcou o início de uma histórica revolução no FC Porto. O novo presidente assumiu, desde o início, uma linha de rutura com a política conformista e tolerante de Américo de Sá e impôs um estado de guerra ao poder sulista, acusando os responsáveis do futebol português de estarem dominados e controlados pelo Benfica e pelo Sporting.
O ideólogo da revolução foi José Maria Pedroto, que influenciou, decisivamente, a ação de Pinto da Costa, criou a revolta do verão quente portista e abriu as portas a uma cisão interna, que acabaria na estrondosa vitória do ex-chefe de departamento de futebol nas eleições de abril de 1982.
Esse foi o ano em que o Conselho de Revolução reuniu pela última vez em Portugal, o ano em que se comemorou o oitavo aniversário do 25 de Abril, o ano em que a CGTP convocou a primeira greve geral no país, o ano em que o Papa, João Paulo II, visitou Fátima, em agradecimento à Virgem por o ter salvo num atentado no Santuário, e também o ano em que a Argentina invadiu as Malvinas, o que a levaria a uma guerra com a Inglaterra da senhora Thatcher. Portanto, foi há muito tempo e se o mundo e o país eram outros, o futebol português nem sequer tinha uma ideia de que poderia tornar-se numa indústria e num grande negócio.
Em pouco tempo o FC Porto ficou irreconhecível e numa altura em que o país aprendia a democracia e iniciava a luta por direitos cívicos, Pinto da Costa foi inteligente e determinado na ação. O FC Porto passou a ter, pela primeira vez, um núcleo profissional e fechado na gestão do seu futebol profissional e lançou-se numa cultura de vitória e de espírito de conquista sem limites.
Pinto da Costa sabia bem que não podia haver conquista sem poder e que a estrutura ainda feudal do futebol português, que mais do que pela direção da Federação passava pela arbitragem e pelo sistema de disciplina e de justiça, tinha de ser ocupada pelo FC Porto e pelos seus aliados. Por isso, soube ser generoso com todos os que o apoiavam e implacável com os que se lhe opunham a uma conquista total do poder no futebol nacional.
É verdade que Pinto da Costa não olhou a meios, nem a processos, para atingir o seu objetivo, mas também é verdade que só o conseguiu com competência técnica e uma invulgar sensibilidade para dirigir o clube e o seu futebol profissional.
Como inevitavelmente acontece aos líderes de longa duração, com os anos, as virtudes foram sendo substituídas pelos vícios crónicos e os aliados da causa pelos invasores dos interesses pessoais, que acabaram por dominar os claustros. E foi assim que a grande e histórica revolução de 1982 se transformou na revolução dos cravas, ou seja, de muitos que beneficiaram das inevitáveis fraquezas e contradições do regime para tratarem da vidinha e garantirem um futuro que, sem F C Porto, nunca seria tão generoso.
Como se viu no último dia 27 de abril, o velho e saturado regime caiu de podre. Bastou ter aparecido um opositor credível e corajoso, capaz de dizer, alto e bom som, que o rei ia nu. Os portistas mobilizaram-se para votar, e oitenta por cento dos muitos milhares de votantes elegeram André Villas-Boas. É de uma nova revolução no FC Porto que se aguarda com expectativa. E, ao mesmo tempo, o regresso a uma cultura democrática, na qual irá assentar a opção por uma visão moderna de gestão de um clube que tem, por destino, cumprir o seu futuro.

Dentro da área
Vai ser já ou será depois?
Sporting à entrada da porta do título de campeão nacional. Os sportinguistas não contam os dias, mas os minutos que faltam. Claro que querem que a festa se faça o mais cedo possível. Pode ser já amanhã, se o Sporting vencer hoje e o Benfica não vencer no domingo, ou pode ser na semana seguinte, mas a verdade é que o campeonato já não irá fugir. Para o histórico clube de Alvalade, mais importante ainda do que ser campeão é provar que está de regresso, de corpo inteiro, ao mundo restrito dos grandes do futebol nacional.

Fora da área
Os estudantes voltaram à rua
Como nas históricas lutas do tempo da guerra do Vietname, os estudantes universitários americanos lutam nas ruas contra a desumanidade da guerra na faixa de Gaza. Em Paris, os estudantes da Sorbonne seguiram o exemplo dos seus colegas americanos e diz-nos a História que, em breve, a contestação estudantil irá alastrar pelo mundo. Importante ter em conta que não é Israel, nem os israelitas que estão em causa, mas o regime cruel e dogmático que o governa. Entretanto, a contestação estudantil dá novos sinais de esperança ao mundo."