Vermelhão: Homenagem grande; resultado curto...!!!

Benfica 2 - 1 Marselha


Noite marcada pela extraordinária homenagem ao nosso Eriksson! A maior ovação da noite, uma das mais prolongadas que me recordo no Estádio da Luz, totalmente merecida, para o Eriksson e para os antigos jogadores presentes!!!

Pré-jogo dominado pela polémica com a proibição que os franceses começaram por anunciar aos nossos adeptos no jogo da 2.ª mão, algo que o Benfica, retaliou! Resultando num recuo francês, permitindo assim a presença de adeptos do Marselha na Luz!
Durante o jogo, 'estranho' comportamento nas bancadas das claques do Benfica! Muito sinceramente não percebi se foi protesto, ou se a polícia fez alguma coisa!!!


Em relação ao jogo, regresso aos jogos 'frustrantes', com a equipa a jogar menos, do que pode! Mesmo assim, obtemos um resultado muito escasso para a aquilo que fizemos, e muito perigoso para a 2.ª mão, numa partida onde voltámos a desperdiçar muito... e voltámos a conceder um golo, numa sequência absurda de erros individuais, que pode ser fatal! Isto contra uma equipa totalmente ao nosso alcance, mas que em casa, sem jogo no fim de semana para a Liga, irá criar muitos problemas na próxima Quinta!

O Marselha é 'fraco', coletivamente tem muitos problemas, as transições defensivas têm muitos buracos, mas também têm alguns 'cavalos de corrida', daqueles 'fuções' que não passam a bola a ninguém, e como têm jogadores fisicamente fortes, podem criar problemas sem aviso!

O 442 deles criou-nos alguns problemas, nas costas dos nossos médios centro, mas foi quando eles mudaram para o 433, que tivemos mais dificuldades, com o Roger a demorar uma eternidade em equilibrar a equipa, com a entrada do João Mário... com vários jogadores completamente rotos, e alguns ficaram em campo até ao fim!!!

Onze sem alterações, e mesmo com intensidade baixa, fomos criando oportunidades! Da bancada era visível os buracos entre as linhas do Marselha, era só uma questão da bola chegar lá!!! Curiosamente na 1.ª parte, o Neres acabou por estar envolvido no 1.º golo, mas noutras ocasiões acabou por decidir sempre mal...


Em contra-ataque, no início da 2.ª parte, na melhor jogada da partida, fazemos o 2-0, e o caminho parecia estar aberto para as Meias-finais! Mas o cansaço da nossa equipa, com jogos bastante intensos nos últimos dias, com poucas alterações no onze, com bastante calor da noite lisboeta, e com as mudanças táticas do adversário, perdemos o controle da partida, durante alguns minutos... E apesar de golo sofrido aparecer numa jogada com vários erros, nos minutos antes, 'cheirava-se' que algo de errado podia acontecer!!!


Até ao fim, equilibrámos de nova a equipa, mas faltou frescura para fazer um pressing final! Nestes primeiros jogos, das eliminatórias, fica sempre a dúvida, se vale a pena arriscar em marcar mais um golo, ou em não sofrer mais um... Mas hoje, ficou claramente a ideia, que podiamos e deviamos ter marcado mais... E a assobiadela no final, após uma vitória nos Quartos-de-final duma competição europeia, deveu-se a esse sentimento: os adeptos perceberam que com um 'empurrão' do banco, seria possível, era mais que notório que vários jogadores estavam de rastos!

Agora, no Domingo, jogo complicado, contra uma das surpresas da Liga, que vai meter um autocarro e jogar em contra-ataque! Contra um Benfica, que espero eu, vai ter muitas alterações, principalmente no ataque! Se na defesa, não existe muitos jogadores para rodar, talvez o Tiago Araújo; do meio-campo para a frente, o Kokçu, o Gouveia, o João Mário, o Cabral e/ou o Leonardo devem e podem ser titulares!!!

Eliminação...

Benfica 1 - 5 Barcelos

Dois jogos onde tudo correu mal,  hoje falhámos 4 'bolas paradas'.., com jogadores lesionados e outros a recuperar... Muito mau!
Temos que melhorar muito no Play-off do campeonato!

Regressar a uma meia-final europeia


"Benfica e Marselha reencontram-se nesta noite, na Luz, às 20h00, para disputarem a 1.ª mão dos quartos de final da Liga Europa. Alcançar um bom resultado é o objetivo. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Entrar bem na eliminatória
Roger Schmidt realça as boas exibições recentes e projeta a eliminatória com o Marselha: "Mostrámos que estamos em boa forma a nível físico, mental e do futebol jogado. Os jogadores mostraram qualidade, e a equipa, na totalidade, também. Isso é um bom cartão de visita para os quartos de final da Liga Europa. É um grande jogo e uma enorme oportunidade, porque o Benfica não vai às meias-finais de uma competição europeia há algum tempo. Cabe-nos dar tudo para alcançar esse objetivo. Temos de ser fortes na 1.ª mão em casa. Precisamos de um bom resultado, e esta situação não é nova para nós."

2. Chegar o mais longe possível
Florentino deixa uma garantia e conta com o apoio dos Benfiquistas presentes nas bancadas da Luz: "Vamos entrar com tudo, como temos feito nos últimos jogos, e dar tudo para ganhar. Propusemo-nos a ir o mais longe possível na Liga Europa, e é nesse caminho que estamos. Na nossa casa, vamos aproveitar os nossos adeptos, que vão estar do nosso lado, a puxar-nos para a frente."

3. Homenagem
Sven-Göran Eriksson, antigo treinador do Benfica, e que comandou a equipa que, em 1989/90, chegou à final da Taça dos Clubes Campeões Europeus ao eliminar o Marselha nas meias-finais, é homenageado hoje no Estádio da Luz.

4. Distinção
João Neves foi eleito pela 5.ª vez na presente temporada, pelos treinadores da Liga Betclic, como Melhor Médio do Mês.

5. Iniciativas solidárias
Uma das capitãs da equipa feminina de futebol do Benfica, Pauleta marcou presença na Fundação Champalimaud para apadrinhar o lançamento da Associação Portuguesa OCD Foundation.
E os Sub-23 estiveram na ReFood, em Almada, para entregarem alimentos doados em duas partidas realizadas.

6. Com vista à final four
O Benfica defronta hoje, às 18h00, na Luz, o Óquei de Barcelos a contar para a 2.ª mão dos quartos de final da WSE Champions League de hóquei em patins. No primeiro encontro, vantagem para o clube de Barcelos (4-2).
Na opinião de Nuno Resende, recentemente galardoado, pela Federação de Patinagem de Portugal, como Treinador do ano em 2023, "a equipa tem de fazer um jogo de superação". E desenvolve a ideia e deixa um apelo: "Sabemos que é um jogo difícil, mas queremos, acima de tudo, deixar tudo em campo, como é nosso apanágio, conquistar a vitória e com uma diferença de golos que nos permita estar na final four, que é um objetivo nosso. Que os adeptos venham cedo, que encham o pavilhão e o transformem num inferno para nos ajudar a carregar e a ir para cima do Barcelos, à Benfica."

7. Bons resultados
A natação benfiquista esteve em bom plano nos Campeonatos Nacionais de Juvenis, Juniores, Absolutos e Open de Portugal 2024, e a BTV entrevistou alguns dos protagonistas.

8. Parceria no ESports
Sport Lisboa e Benfica e HP juntos na promoção da modalidade."

Homenagem à Benfica!


"HOJE E PARA SEMPRE SEREMOS TODOS SVEN-GÖRAN ERIKSSON

1. Com a frontalidade e a tranquilidade que sempre o caracterizou, Eriksson assumiu a doença que, disse, lhe dará no máximo um ano de vida. Não fosse essa frontalidade e essa tranquilidade e a homenagem que todos lhes vamos hoje prestar provavelmente não teria lugar e seríamos um dia surpreendidos com a notícia da sua partida. Obrigado pela oportunidade que nos deu de lhe fazer sentir que, neste ou noutro qualquer mundo, será sempre uma referência do Benfica e dos benfiquistas. Porque jamais se apagará da nossa memória coletiva!

2. Quando Eriksson foi contratado pelo presidente Fernando Martins, só não era um completo desconhecido porque tinha acabado de ganhar, para surpresa da Europa do futebol, a Taça UEFA ao comando do modesto Gotemburgo.

3. Muito avançado para a época, chegou a Portugal e logo se apresentou com um chapéu da Macieira na cabeça, coisa nunca vista até aí. Com um simples chapéu, mostrou que tinha já uma visão do que viria a ser o lado comercial do futebol no futuro.

4. Depois, que era o que mais interessava, revolucionou por completo o Benfica e o futebol português: - nos treinos inovadores - por exemplo, os de início de época com bola, uma completa novidade que muito espantou os jogadores, que se apresentaram para o primeiro treino de ténis convencidos de que iam correr os habituais kilómetros e mais kilómetros; - na tática arrojada, que deu ao Benfica os tais 30 metros que faltavam às equipas portuguesas fora de portas; - na mentalidade, que permitiu ao Benfica encarar olhos nos olhos os grandes clubes europeus - e que bela memória guardo daquela grande vitória em Roma, contra o futuro campeão italiano recheado de vedetas, jogado quase à hora do almoço e transmitido - coisa rara na época - pela televisão (a preto e branco). - na comunicação desempoeirada e direta, sem truques, que contrastou largamente com o que se fazia - e tanta vezes se faz ainda hoje - no nosso país.

5. Ganhou tudo o que havia para ganhar internamente, bateu recordes, esmagou adversários. Faltou-lhe - faltou-nos! -, porém, um título europeu, mas conduziu-nos a duas finais. A segunda mão da final da Taça UEFA, jogada em maio de 1983 contra o Anderlecht na Luz, é outra extraordinária memória que guardo do futebol daquele tempo: com muitas horas de antecedência e farnel a condizer, fui com um grupo de amigos na carrinha do saudoso músico Carlos Paião assistir ao jogo, sentados no cimento das bancadas e apertados como hoje não seria possível porque cabia sempre mais um. Que saudades desse tempo em que o futebol era do povo."

Eriksson: a vida é linda


"A dignidade, a simplicidade e a paz de Eriksson perante a morte; um sorriso com mais de 14 anos que não se esquece

Um cinzento metálico cobre uma paisagem idílica de um lago gelado, na outra margem as árvores estão quase despidas e a neve cobre os relvados à frente das poucas casas que conservam uma nobreza sóbria. Há, naquelas imagens, o peso da morte, mas logo virá a primavera, o sol ganhará força, as flores voltarão a exibir-se vaidosas, os pássaros cantarão, as cores recuperarão o brilho. A vida é linda.
É este, em Sunne, Suécia, o local que Sven-Goran Eriksson escolheu para viver os últimos dias. Foi lá que nasceu. Conhecêmo-lo numa reportagem do Channel 4, de Inglaterra, disponível no YouTube há cerca de três semanas. Eriksson abriu a porta a jornalista inglês e abriu o coração com a mais profunda sinceridade. Vale a pena perder quase 17 minutos das nossas vidas para perceber o que vai na cabeça de alguém que conhecemos tão bem e aprendemos a respeitar e que recebeu a sentença de morte quando lhe disseram que a merda do cancro vai derrotá-lo.
Há mais de 14 anos, em março de 2010, tive a felicidade de entrevistar Eriksson. E, hoje, voltando a ler as respostas do treinador quero acreditar ainda mais na sinceridade de cada palavra. Estava quase a completar-se 20 anos da final da Taça dos Campeões Europeus que o Benfica, com Eriksson, perdeu com o Milan. Já não se lembrava da equipa que tinha escolhido, nem se recordou do que disse antes do jogo, mas não foi preciso puxar muito pela memória para reviver o momento em que foi convidado a treinar «o Benfica de Eusébio, Torres ou Coluna», para falar de Bento, Pietra, Humberto Bastos Lopes, Álvaro, José Luís, Carlos Manuel, Chalana, Filipovic ou Nené, para se arrepiar com o «bruuuuuummmm» que faziam mais de 100 mil pessoas na Luz, uma coisa que nunca tinha visto.
Eriksson, quero acreditar ainda mais hoje, falou de coração aberto da amizade com Toni, sorriu com carinho quando ao pensamento dele voltou Neno a cantar músicas de Julio Iglesias, soltou uma gargalhada ao confirmar que o brasileiro Lima tocava violão no balneário, partilhou a admiração pelo génio de Chalana, contou histórias bonitas e feias, resumiu, numa frase tantas vezes batida, que o Benfica é especial. Talvez hoje, na Luz, quando o Benfica e os benfiquistas lhe prestarem homenagem possa viver tudo isso outra vez, possa sentir-se bem.
Acabou a conversa a partilhar o orgulho que tem pelos filhos e a manifestar a esperança que também os filhos tenham no pai.
Voltando à entrevista para o Channel 4, Eriksson diz que, agora, dá valor ao acordar de manhã, que isso mudou na vida dele, que aprendeu a viver com o diagnóstico maldito e que não pensa no dia de amanhã, nem no seguinte. Não quer sentir pena de si próprio e não falo muito da merda do cancro. «É o que é, provavelmente não consigo vencê-lo. De qualquer forma, a vida é linda», sentenciou.
Não é fácil explicar mas quem está ao lado de Eriksson sente uma aura de dignidade, simplicidade e paz. Talvez Eriksson encontre tudo isso e não o peso da morte naquele cinzento metálico com que se levantou todos os dias no final do inverno. Talvez encontre tudo isso hoje na Luz. O que custa mais a acreditar é que a vida é linda."

Esqueçam, não é esse Mourinho


"‘Special One’ sabe onde estão as câmeras e que quando o virem vão fazer perguntas

Há 20 anos, mais coisa menos coisa, andava eu pelo país a cobrir o Euro-2004, e um colega do Guardian, que já me encontrara duas ou três vezes, colocou finalmente a questão que o atormentava: «Que dizes do Mourinho? Terá sucesso no Chelsea?» Não me lembro das palavras exatas, mas terei dito algo assim: «Jon, my friend, prepara-te para algo que nunca viste! Vai abanar o vosso mundo até às fundações!». Ele ficou tão perplexo com a minha confiança que se demorou na minha expressão, procurando algum tique nervoso, algo que certificasse um precoce sinal de loucura, até troçar, entredentes: «Humm… At Chelsea?»
Pouco depois, em Coimbra, fiquei cara a cara com Arsène Wenger, que acabara de levar os Invencíveis à coroação em Inglaterra. A multidão que entrava para o Suíça-França, que o francês comentaria para a televisão do seu país, empurrara-nos para um dos lados do átrio. De uns degraus abaixo, apresentei-me e arrisquei: «Monsieur, como comenta Mourinho no Chelsea?» Não me recordo bem, deve ter dito algo de circunstância. No entanto, nunca me esqueci da expressão. Revia-a vezes depois, algumas quando lutava com o zipper dos impermeáveis junto à lateral. Puro embaraço.
Mourinho era Midas e qualquer equipa tocada pelo novo rei se arriscava a ganhar. Fosse um Chelsea que não vencia há 50 anos, um Inter que não tinha o domínio continental desde Helenio Herrera ou um Real a atravessar uma era dominada pela melhor equipa da história. Era especial no treino, e a nível estratégico, tático e psicológico. Os seus jogadores eram os mais bem preparados – com a bola sempre presente, o que os motivava ainda mais, o trabalho incidia no aspeto físico e técnico ao mesmo tempo -, e ele fazia rapidamente com que acreditassem que não havia melhores no mundo. Depois, pairava na sala de impresa e usava-a a seu bel-prazer.
Já o disse antes, esse Mourinho é outro, não aquele que nos bate agora à porta. A periodização tática já não faz tanto a diferença porque o treino evoluiu, a nível estratégico há quem seja tão ou mais minucioso e os jogadores não são tão facilmente convencidos, porque o próprio técnico deles se queixa quando antes não o fazia. O Special One deixou-se dominar por fantasmas e também nas conferências parece ter perdido o jeito de falar para dentro. Os resultados refletem-no, mesmo que tempos a tempos disfarce com uma Taça, a Liga Europa ou Conferência. A isso, juntou-se uma ideia pragmática e cínica de jogar.
Mou sabe, como poucos, jogar o jogo fora das quatro linhas. Sabe onde estão as câmeras e que, ao aparecer, surgirão perguntas e notícias. Avalia momentos e antecipa cenários, como os de Sporting, Benfica e FC Porto, que podem mudar, por razões diferentes - e se nos dragões ganhou tudo, já na Luz deixou trabalho incompleto e um dia chegou a estar a caminho de Alvalade. Sabe depois fazer-se desentendido, lê-se que quer continuar nas grandes ligas, mesmo que olhem menos para si. É por isso que, também por cá, os portugueses têm de perceber para qual dos Mourinhos estão a olhar."

Pinto da Costa, o maior fascista do futebol português?


"Se não há liberdade de expressão no futebol, os responsáveis disso são os clubes

"Fico triste porque quando estamos próximos do 25 de Abril, que foi feito para termos muita liberdade, incluindo a de expressão, ao futebol ainda não chegou o 25 de Abril"
Pinto da Costa, presidente do FC Porto, sobre processo disciplinar de que foi alvo após críticas à arbitragem no Estoril

Pinto da Costa, presidente do FC Porto, mostrou-se revoltado com a instauração de um processo disciplinar após denúncia do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, na sequência da revolta do dirigente, contra o árbitro António Nobre e o VAR Tiago Martins, após nova derrota do FC Porto contra o Estoril.
O presidente portista não foi meigo. Disse, entre outras coisas, que Tiago Martins já no passado fez o FC Porto perder um campeonato, num jogo com o Gil Vicente, e que o clube tem sido «vergonhosamente prejudicado». Mas na verdade, vendo bem as declarações, nunca coloca em causa a honestidade dos árbitros, apenas a competência. E, para mim, isso nunca deveria resultar em processo disciplinar (o que não quer dizer que venha a resultar em castigo; veremos...).
Em todo o caso, o regulamento disciplinar da Liga, feito pelos clubes, é que determina o que os dirigentes podem ou não dizer sobre os árbitros. Pinto da Costa diz que o 25 de Abril e a liberdade de expressão não chegaram ao futebol, mas se a responsabilidade é dos clubes, quem será o dirigente mais responsável nisso? Talvez o que é presidente há mais de quatro décadas de um dos maiores clubes portugueses? Não será, então, Pinto da Costa o maior fascista do pontapé na bola cá do burgo?
Se é tão defensor assim da liberdade de expressão, porque não acabar com os regulamentos internos que multam jogadores apenas por falarem, independentemente do que disserem – o que provavelmente é inconstitucional?..."

Prémio de consolação


"Portugal e as suas seleções precisam de ter à sua frente os melhores treinadores formadores

A Seleção Nacional Feminina sub-19 venceu, na última terça-feira, a congénere da Suíça por 1-0. À primeira vista pode parecer uma boa notícia… e uma vitória é sempre uma boa notícia. Na realidade, esse resultado mais não foi do que um prémio de consolação. Porque nos permitiu manter a Seleção sub-19 na Liga A da Ronda de Elite. Porém, e esta é a má notícia, a Seleção portuguesa partiu para este jogo já sem hipóteses de apuramento para o Europeu sub-19, que terá lugar na Lituânia de 14 a 27 de julho.
E é isso que tem de ser tema de profunda reflexão. Porque esta Seleção junta só as duas melhores gerações de sempre de jogadoras, as nascidas em 2005 e sobretudo 2006. Falhámos o apuramento porque empatámos com a Itália e perdemos com a Inglaterra. Mas falhámos porque existe em redor das seleções de formação do futebol feminino uma tremenda falta de exigência. No ano passado, com esta mesma geração de 2006, já tínhamos perdido também o apuramento para o Euro sub-17. Nada se passou, ninguém questionou, não se pediram responsabilidades. O resultado foi agora um novo falhanço, desta vez com as sub-19. E curiosamente - ou talvez não - os responsáveis são os mesmos.
Estes resultados espelham, no fundo, o desleixo nas camadas jovens das seleções (menos mal que as sub-17 conquistaram o apuramento para o Europeu) que, a manter-se, terá repercussões no futuro. Situação que, confesso, não consigo entender tendo em conta que as jogadoras chegam atualmente melhor preparadas para estes contextos, temos muito mais talento e qualidade em quantidade. Mas os resultados (insisto, sub-17 à parte) não aparecem. Recentemente perdemos, em sub-15, 11-1 com a Alemanha e 9-1 com a Espanha em sub-19. Uma catástrofe. Parece que importante é participar… mas sem o mínimo grau de exigência.
Portugal e as suas seleções precisam de ter à sua frente os melhores treinadores formadores. Porque se há trabalho que está a ser bem feito, se há talento a aparecer nos clubes, as seleções têm de saber tirar proveito disso mesmo.
Fica o alerta."