sábado, 10 de fevereiro de 2024

Juniores - 1.ª jornada - Fase Final

Benfica 2 - 0 Famalicão


Boa entrada na Fase Final do campeonato, com uma vitória, contra o Campeão em título!!!
A equipa está consolidada, tem boas opções no banco, ainda temos alguns jogadores nos sub-23 que podem 'baixar', resumindo, mesmo com uma maioria de Juniores de 1.º ano, temos equipa para lutar pelo título máximo...

Estreia do guarda-redes Lituano, pareceu-me confortável entre os postes, com alguns problemas nos cruzamentos! Uma nota sobre o Francisco Neto, um dos melhores dribladores da nossa formação, dos últimos anos, que nem sempre tem sido titular ao longo da sua carreira na formação do Benfica! Hoje, decidiu praticamente sozinho o jogo, merece mais atenção... tem 'ares' de Neres!!!

O bom hábito de se dirigir aos benfiquistas


"TÓPICOS DAS EXPLICAÇÕES DE RUI COSTA À BTV

> A primeira nota, que já vem de anteriores intervenções, é a forma aberta como RUI COSTA fala de um assunto que é normalmente tratado com pinças de secretismo.
> OS QUATRO JOVENS que contratamos há muito tempo estavam referenciados. Jogadores que vêm da América do Sul precisam de 5 ou 6 meses de adaptação. A responsabilidade de jogar com a nossa camisola é tremenda, pelo que é preciso dar-lhes algum tempo. Não temos dúvidas do talento que trouxemos para dentro de casa.
> GIANLUCA PRESTIANNI praticamente tudo tratado no mercado de verão. Ficou de fora da lista para a Europa porque só podemos mudar três jogadores. Se outros tivessem vindo, também teriam que ficar de fora.
> MARCOS LEONARDO a carência de golos que estávamos a ter, levou-nos ao mercado por um ponta de lança. As pessoas acham que devíamos ter ido buscar um jogador já afirmado, mas ninguém nos vende nesta altura um ponta de lança consagrado por valores razoáveis. Só foi possível contratá-lo neste mercado porque o Santos desceu de divisão. Dá-nos garantias para o presente e para o futuro.
> ÁLVARO CARRERAS Bernat era um valor afirmado, mas infelizmente praticamente não tem estado disponível, tem sofrido bastante por estar ausente. Carreras é um jovem já com bom andamento nas pernas, com muita qualidade técnica, acreditamos muito no seu potencial.
> BENJAMÍN ROLLHEISER já estava praticamente feito para a próxima época, mas antecipamos 5 meses a sua vinda porque acreditamos que será útil esta época, mas antecipando a sua adaptação.
> JURÁSEK não teve o impacto imediato que se esperava. Emprestou-se com o objetivo de não desvalorizar nesta altura um ativo.
> AURSNES nunca foi contratado para a posição de médio esquerdo. Foi contratado para médio centro e foi aí que menos jogou até agora. Foi o melhor lateral direito a jogar em Portugal neste ano. É um "joker". Com o regresso de Bah não sentimos a necessidade de contratar um lateral direito.
> RAFA e DI MARÍA para estarem hoje no Benfica abdicaram de muito dinheiro. Di María é sabido e Rafa teve enormes propostas para sair do Benfica e houve um compromisso entre as partes, abdicando ambas de muito dinheiro. Rafa tem tido enorme compromisso, tal como Di María. São influentíssimos dentro de campo - os números provam-no - e no balneário, de forma muito positiva. Não vale a pena antecipar cenários do final da época.
> CHIQUINHO Este ano não estava a ter minutos desejados, estava em fim de contrato, esta solução não foi muito vantajosa do ponto de vista financeiro, mas sempre foi melhor do que sair a custo zero no final da época. Comportamento sempre exemplar também não justificava que lhe cortássemos as pernas.
> GONÇALO GUEDES não era nosso jogador, foi fustigado por lesões, estava com poucos minutos também, teve esta oportunidade de voltar a trabalhar com um treinador que o conhece bem, não merecia que fôssemos contra a sua vontade. Ainda hoje ninguém percebe como conseguiu jogar aqueles minutos finais em Alvalade.
> PETAR MUSA é uma questão diferente, teve mais minutos. Não fazia sentido ficar com 4 avançados no plantel. Aparecendo uma proposta como a que apareceu para o jogador e para o Benfica, era de vender agora porque corríamos o risco de chegar ao fim da época com o jogador desvalorizado. Se a proposta não tivesse aparecido, talvez a nossa decisão fosse diferente.
> LUCAS VERÍSSIMO foi uma pena pelo jogador e pelo homem, que é extraordinário. A lesão fê-lo perder um ano e nessa altura apareceram António Silva e Morato, perdeu espaço. A época passada foi um dos grandes baluartes do balneário, mesmo não jogando muito. A proposta do Catar foi boa.
> JOÃO VÍTOR foi uma boa proposta para ele e para o clube. O Benfica recuperou praticamente o investimento."

Cartão amarelo para o cartão azul


"Parece que há quem queira trazer uma novidade ao jogo: o cartão azul. Para quê?

O International Board parece querer introduzir um novo cartão no futebol: o cartão azul, contra as faltas antidesportivas, as simulações e as faltas de respeito com os árbitros. O jogador que vir um cartão azul terá de sair do terreno de jogo durante 10 minutos, voltando depois para evitar outro destes ou um amarelo, porque ambos os casos resultariam na sua expulsão.
O objetivo, depreende-se, seria desincentivar as faltas que têm como único objetivo travar um adversário (e não chegar à bola), as tentativas de ‘sacar’ faltas e os excessos contra os árbitros em campo. Ora, se não estou enganada, já há maneira de o fazer: com cartões amarelos e vermelhos.
Os testes ao cartão azul têm resultado bem nas camadas jovens em Inglaterra, dizem. Não seria, por acaso, o país que escolheria para testar esta inovação. Quando penso em faltas antidesportivas, simulações e faltas de respeito contra os árbitros, vem-me à cabeça, assim de repente, pelo menos uma Liga que seria um real teste à eficácia desta nova ideia. Mas acreditemos nessa premissa.
Desde 1970 que o futebol tem sobrevivido com os dois cartões inspirados no semáforo: amarelo como penalização mais leve, mas que não pode ser repetida, vermelho para os casos mais graves. Do que tenho visto, tem corrido bem. Não no sentido de terem acabado todas as faltas deste género, simulações e excessos, claro, mas porque continuamos todos a gostar muito deste jogo. Para quê mexer?
Sim, há sempre alguma resistência quando se muda algo tão sagrado como o futebol. Continuamos a vê-lo com o VAR, por muito que a tecnologia queira ajudar a tornar o jogo mais justo. Também em Inglaterra, esta semana, admitiu-se que as partidas estão a parar demasiado tempo e que isso proporciona uma má experiência aos adeptos no estádio. Que era, recorde-se, o principal receio dos tais ‘resistentes’ à mudança. Algo terá agora de mudar, dizem.
Mas voltemos ao cartão azul. Compreende-se alguma preocupação por quem tem de ‘cuidar’ do futebol. As novas gerações não gostam de 90 minutos a olhar para um ecrã. Ou melhor, só gostam se tiverem outro ecrã no meio. Mas tenho grandes dúvidas que a solução esteja num jogador ir 10 minutos para o banco, a não ser que estejamos a assumir que tudo fica mais interessante quando uma equipa está com menos um em campo e a outra tem assim mais hipóteses de tornar o jogo mais mexido.
Ora, da última vez que vi, os programas com maior audiência do ano na televisão portuguesa eram todos ou quase todos jogos de futebol. A malta queixa-se, está tudo muito mal, ai aquele simula, o outro insultou alguém e é feio e tal, mas deem-lhes mais bola em sinal aberto e é vê-los a todos em frente ao ecrã.
Mesmo com os seus desafios e defeitos, este jogo ainda é o mais bonito do mundo. E, às vezes, o polícia no cruzamento só atrapalha o trânsito, quando o semáforo até bastava.

P.S. Entretanto, a FIFA já veio colocar água na fervura, garantindo que estes relatos são «incorretos e prematuros»."

Bela (v)moca


"O resultado da reestruturação financeira da Sporting SAD em relação aos valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis (VMOC) só poderia passar por uma de duas opções: a inédita entrada no capital de uma SAD pelos bancos ou a liquidação do crédito por um preço perniciosamente mais baixo (com evidente prejuízo para os credores).
Guardo para mim, desde sempre, que a primeira opção jamais seria posta em prática por (todas e mais algumas) razões legais, contabilísticas, financeiras e até desportivas. Isto era fácil de perceber já há muito anos e confirmava-se com a mais severa das crises que fez estremecer o sistema bancário português entre 2010 e 2013. Os investidores estavam ansiosos e com aversão anormal ao risco com base nas perdas registadas na banca e com a dívida pública à altura a atingir um nível alto como resultado dos programas de estímulo de resposta à crise anterior e a resgates do setor financeiro. Resumindo, os bancos receberam ordem para fechar a torneira ao futebol em Portugal e tinha que se passar a resolver a exposição das SAD à banca.
No caso do Sporting, creio que a crítica deve centralizar-se na falta de transparência total pelo Novo Banco (NB) e BCP a par do problema concorrencial que o processo causou em relação às outras SAD rivais com base num perdão de dívida brutal (70% de desconto do NB e 71,98% do BCP) que permitiu sanar dívida ao preço da uva mijona e adquirir definitivamente in house a quase totalidade do seu próprio capital social para se tornar sexy para futuros investidores.
Já a SAD do Benfica teve um presidente que andou a lidar com a dívida ao NB a seu bel-prazer para benefício pessoal. Já com o BES morto, Vieira apressou-se a liquidar junto do NB, entre 2015 e 2018, uma dívida da SAD de € 264,081 M para €12,054 M quando a Euribor estava a zero. Ou seja, num período em que a lógica passaria por a SAD financiar-se para investir desportivamente e não antecipando o pagamento da dívida para apostar em equipas e títulos. Mas a figura utilizou a SAD para negociar a sua própria dívida pessoal pois o BES aprovara-lhe, entre 2002 e 2014, 750 milhões de euros em crédito. Algo que ainda hoje estamos a pagar."

O melhor!!!

Não notícia!!!

Nas meias-finais da Taça de Portugal


"O Benfica carimbou a passagem às meias-finais da Taça de Portugal ao vencer, por 1-2, na deslocação a Vizela. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Vitória merecida
Para Roger Schmidt, "na Taça, o importante é vencer". "E nós merecemos vencer, por isso estamos felizes", afirma.
Sobre a exigência do calendário, o treinador do Benfica encara-a com satisfação e motivação: "Estamos felizes por jogar estes jogos todos, porque significa que não estamos só a jogar na Liga. Sabemos que é um desafio e que temos de ser sempre muito profissionais entre os jogos."

2. Objetivos a alcançar
Eleito homem do jogo pelos adeptos, Arthur Cabral considera que foi "uma grande vitória, um passo muito importante" e refere que "agora é continuar a trabalhar para alcançar os objetivos desta época".
Carreras, estreante no onze inicial, afirma: "Trabalhámos muito para ganhar e seguir para as meias-finais." E acrescenta: "Temos muitos jogos seguidos, temos de ir pouco a pouco."

3. Balanço de mercado
O Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, explica, em entrevista à BTV, as movimentações de mercado na última janela de transferências. É hoje, às 19h00.

4. Bilhetes para a Liga Europa
Agora, também, disponíveis para o público em geral.

5. Apuramento garantido
Com uma jornada por disputar, o Benfica assegurou a presença nos quartos de final da Liga dos Campeões de hóquei em patins ao ganhar, por 3-1, frente ao Sporting.
Nuno Resende elogia a equipa e o apoio nas bancadas: "Foi um jogo de Liga dos Campeões, em que qualquer situação era fundamental. A equipa está de parabéns, mas, superlativamente, os adeptos foram fantásticos."

6. Jogo do dia
Começa, às 15h00, no Benfica Campus, o embate com o Famalicão relativo à 1.ª jornada da fase de apuramento do campeão Sub-19. Luís Araújo e Martim Ferreira apontam à vitória.

7. Fim de semana preenchido
Há nove jogos nos pavilhões da Luz, incluindo dois dérbis com o Sporting (hóquei em patins e voleibol) e um clássico com o FC Porto (basquetebol).

8. História Agora
Veja a rubrica habitual das manhãs de quinta-feira na BTV.

9. Casa Benfica Santarém
Esta embaixada do benfiquismo comemorou o 63.º aniversário."

Excelente primeira parte, para uma vitória justíssima!


"Vizela 1 - 2 Benfica

Antes do jogo
> O Benfica, clube que mais vezes venceu a Taça de Portugal (26), não levanta o troféu desde 2017.
> Nas última década, em eliminatórias a uma só mão, fomos a Braga, ao Dragão e a Alvalade, mas só nos tocou receber o Braga. Isto diz alguma coisa sobre os sorteios da FPF?
> Bah e Florentino fora do onze: Aursnes na lateral direita, Kökcü e João Mário de volta, e Álvaro Carreras para o vermos como titular.
> Dizem-me que o relvado não está tão pesado como se esperava. Durante o jogo (hoje no sofá, RTP, claro!)
> Benfica a entrar mandão, dominador, e o Rafa a falhar completamente isolado um lance que o bandeirinha já queria anular.
> Rafa abalroado, penalti perdoado. Ainda não chegámos aos 10 minutos...
> Eh lá lá, grande bomba do Kökcü. E como é bom ver o Carreras a tratar a bola por tu - atenção que o pé direito não é cego - e a dar largura e profundidade ao nosso flanco esquerdo. Ah, e a segurança do Trubin a agarrar bolas altas?
> Arthuuuuuur Cabraaaaaal! Grande recuperação, grande transição, grande finalização! Esta picanha vai ser amarga de digerir para muita gente...
> Palhaçadas do costume e amarelo só para o Di María. Está certo...

> Segunda parte: novamente a entrar a dominar e a criar perigo. E já está o segundo: João Mário!
> Como é que o Vizela do nada, sem fazer a ponta de um corno, marca um golo?
> António Silva é tão discreto na sua eficácia que a gente até se esquece dele muitas vezes.
> O jogo mudou com o golo deles. Estamos a perder o meio campo. E Florentino?
> Otamendi salta mais alto, quase sempre, mas este árbitro marca-lhe faltas que ninguém vê.
> 87 minutos, contra ataque deles, e eu vejo um Speedy Gonzalez a correr como um desalmado para recuperar e ajudar a defesa. O João Neves dá sempre tudo em todos os minutos. Demais!!!
> Jogo está uma bela borrada, de parte a parte. E acabou - até que enfim.
> Agora venham as meias finais contra a melhor equipa do planeta e arredores."

De boas intenções está o Vizela cheio. O Benfica reparou nelas e seguiu viagem


"Enquanto duraram as pilhas de Álvaro Carreras, titular pela primeira vez de modo mostrar o que tem para ser comparado com Grimaldo, o Benfica foi variável e perigoso a atacar a toda a largura do campo. Ganhou (1-2) em casa de um Vizela corajoso e a querer jogar como um grande, mas com parcas peças para o fazer. A vitória garantiu uma meia-final da Taça de Portugal com o Sporting

Fosse o futebol, na sua génese, um jardim floreado por várias cores, cheio de pétalas para colher, há muito que teria sido esquartejado por tesouradas de generalização, essa hélice giratória com tendência a afunilar a perceção aplicada a treinadores consoante duas possibilidades: é um ser maleável, disponível a adaptar-se aos jogadores que tem na equipa e moldar uma forma de jogar às suas características; ou tem uma ideia de jogo fixa, como mantra do qual não se desvia e os futebolistas que se façam à estrada, porque sejam quem forem terão de atuar em conformidade. O tempo mostrará a estirpe a que pertence Rúben de la Barrera.
Fiando no entrincheiramento que afunila a descrição que se tende fazer dos treinadores, o espanhol, chegado nem há dois meses a Vizela, pertencerá ao segundo grupo. Capelo aprumado e fixo com brilhantina, cedo pôs quem joga no último classificado no campeonato a sair da própria área em passes curtos. O ‘seu’ Vizela a salivar de pontos quer jogar apoiado, avançando no campo aos poucos com os pequenos iscos que uma equipa a querer ser protagonista em posse tem, necessariamente, de se arriscar a mostrar ao adversário para descobrir espaços. Numa frase, quem pretende jogar assim precisa de futebolistas com técnica, coragem e disposição para viverem na corda-bamba do risco.
A singela vitória em sete partidas são o maior teste da resiliência do treinador. O mais imediato ofereceu o Benfica, que também cedo marrou contra esta intenção, encostado os vizelenses às cordas com posses de bola longas e reação rápida à sua perda, as duas coisas vivem interligadas. A real prova viria depois de Rafa, baliza escancarada à frente, não lhe acertar, de Arthur Cabral, de mais longe, ajeitar tanto um remate que foi direto às mãos amanteigadas do guarda-redes e de Kökçü, à lei da potência, disparar à distância uma tentativa que soprou ao poste esquerdo. Pelo estatuto e obrigação, o Benfica pressionava alto a insistência do Vizela em ser como Rúben de la Barrera quer.
Apesar das derrotas que enviesam julgamentos, os anfitriões destes quartos de final da Taça de Portugal resistiram ao ímpeto inicial e quando, de forma direta, o guarda-redes Ruberto foi descobrindo o lateral Mateus Pereira nas costas do Di María pouco importado em defender, o Benfica baixou ligeiramente as suas linhas. Aí, na calma e na paciência, apareceu Bruno Costa, médio de toque e perfume de outros voos, ao lado de Samu, líder com pinta de guarda-costas e fino pé esquerdo, a filtrarem os primeiros passes. Metros adiante, tentavam descobrir a ágil técnica de Domingos Quina, ‘10’ na camisola e na natureza de quem se virava em espaços curtos nas costas dos médios encarnados.
O Vizela atrevia-se à conta, sobretudo, deste trio formado pela adição de reforços de inverno ao capitão vizelense. Foi Domingos Quina a obrigar Trubin a mergulhar rumo ao poste quase beijado pela bola rematada por ele, um campeão europeu com Portugal aos 17 e 19 anos, médio emigrante que só agora, com 24, toca na bola no seu país. Mas, pouco após a meia hora, o Vizela não interligou as facetas que têm de ser um mesmo jogo e uma perda de bola de Quina, rodeado por adversários, foi vista com passividade: a equipa, com cinco jogadores perto da zona contra quatro adversários, ficou a olhar, não pressionou, o Benfica partiu em transição rápida pela via de alta velocidade que é Rafa e Arthur Cabral finalizou o castigo. Já se vira o perigo de deixar campo aberto para os encarnados.
Nas vezes em que subiu a equipa no relvado, aos poucos, de passe em passe, o Vizela até os seus defesas centrais puxou para o meio-campo alheio. Quem não se quisesse pôr a jeito teria de pressionar logo, em bloco e concertadamente, mas não, a equipa era passiva e esburacada na sua reação, sofrendo com isso. E o cansaço, impiedoso em qualquer jogo, era causado por um Benfica dar mais rotação a uma faceta não muito oleada esta época.
Há muito que os encarnados não tinham, à esquerda, um lateral canhoto de verdade, presença dada pela estreia a titular de Álvaro Carreras. Com nacionalidade ideal para ser alvo das desmedidas comparações com Grimaldo, o espanhol não tem o pé malandro do conterrâneo, nem o baixo centro de gravidade para se esgueirar sozinho da pressão ou a apetência de combinar por dentro e fora. Mas, à vontade para jogar e acelerar com a bola, deu à equipa capacidade de atacar com ambos os laterais projetados - o outro era Aursnes, o norueguês que faz a posição a fingir e cada vez melhor. Com Kökçü a rodar passes longos e a pulga João Neves a roubar bolas que se perdiam, o Benfica fez correr o adversário com critério.
A jogada do golo de João Mário, aos 65’, visitou toda a largura do campo e o que aconteceu três minutos depois caiu não do céu, embora quase. Um passe previsível, intercetado por António Silva na área, não foi reclamado pelos médios encarnados, sobrando para um apressado Diogo Nascimento, cujo torto remate desviou no pé que o gigante Petrov esticou, por instinto, à frente da baliza. Não que o 1-2 projetasse o Vizela a produzir um volume atacante suficiente para inquietar o Benfica. As diferenças abissais não encurtaram o fosso real que há entre o líder do campeonato e o último, faltam outras peças a Ruben de la Barrera, como é natural, a exaustão na cara de Domingos Quina e a frescura na de Morato, logo a seguir, simbolizaram a diferença entre dois mundos.
O médio saiu sem mais para dar ao Vizela que precisava de quem inventasse coisas na desigualdade e o matulão defesa, mesmo entrado para fazer de lateral, deu maior proteção à área que Roger Schmidt não pareceu importado em guardar mais de perto. O Benfica perdeu a variação de jogo que lhe dava Carreras, sempre disponível em ser opção de passe no ataque, mas, à medida que o jogo se partiu pela coragem dos vizelenses em arriscarem tudo, o treinador lançou Marcos Leonardo para as correrias. De ameaçador só se viu um remate de Di María, que a idade e a letargia esporádica não fazem o timoneiro alemão abdicar do seu talento em fogachos.
Incapaz de deixar a partida falecer, lentamente, com posses de bola sustentadas, o Benfica preferiu uma aflição q.b., um ligeiro resfriar da espinha com os despejos para a área vindos do desespero do Vizela, que acabou descaracterizado a gastar os minutos finais. Nem esses mancham a intenção de um treinador, nem parecia haver mais que a equipa pudesse tentar, resumida a fazer o que podia com o que tem. Enquanto não abrandaram, os encarnados mostraram outra flor que há no canteiro futebolístico: uma ideia também funcionará melhor conforme tiver os jogadores com as características certas. E agora haverá uma meia-final a duas mãos com o Sporting."

Vinho Verde?!

Lagarto, Lagarto!!!

Surreal...

Ninguém é assim tão incompetente...