segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Vermelhão: Tranquilo...

Benfica 3 - 0 Gil Vicente


Finalmente, um jogo tranquilo na Luz! Marcámos cedo, e 'matámos' a partida, com o 3-0 no início da 2.ª parte! Na exibição mais sólida dos últimos tempos, onde mesmo sem criar muitas oportunidades de perigo - marcámos de bola parada -, conseguimos manter a baliza do Trubin 'sossegada' (1 remate perigoso para o Gil Vicente!). Com o adversário a ter 'demasiada' bola - em alguns momentos -, mas quase sempre longe das áreas 'perigosas'!!!

Duas 'surpresas' no onze: saídas do João Mário e do Kokçu, regresso do Bah e titularidade do Tino, com o Aursnes a voltar à sua posição 'melhor'!!! O Roger pode afirmar que foi gestão, a pensar nos próximos jogos, devido ao calendário sobrecarregado, mas pessoalmente, acho mesmo que este será o 11 titular desta 2.ª volta, com a entrada do Carreras mais tarde ou mais cedo, e com uma potencial titularidade do Marcos Leonardo, mais lá para a frente!!! Sendo que o Neres, deverá entrar em rotação com o Rafa e o Di Maria...

De facto o Gil na 1.ª parte, chegou a chatear com muita bola no pé, mas sem 'chegada' à nossa área. Desta vez aproveitámos a bola parada, com o Aursnes defendemos melhor no meio-campo, com o Bah a dar largura na direita, fomos mais fluídos no ataque, mas começamos a gerir a vantagem cedo demais...

Se em construção apoiada, estamos um pouco melhor, continua a faltar as saídas rápidas... As jogadas em 'contra-ataque' foram quase todas, jogadas que começaram no Trubin, com a bola a entrar no jogador solto no meio... normalmente o Rafa! Agora, após recuperações de bola, invariavelmente a equipa prefere fazer o passe para trás, do que arriscar a saída rápida! Parece que estamos com medo de 'partir' o jogo!!!

Não foi fácil escolher um MVP, mas o Neves pela capacidade de luta e pelo golo acabou por ser eleito! A boa exibição foi coletiva, com o Cabral, o Tino, o Toni, o Bah e o Otamendi a um nível muito alto...

O Tino, fez a diferença na pressão com recuperações, intercepções e algumas faltas necessárias, também falhou dois passes em zona perigosa (e uma recepção), mas acertou muitos outros, inclusive passes verticais... Aliás hoje, o Neves até deve ter perdido mais bolas, em zonas perigosas! Grande regresso do Bah, e aguentou os 90 minutos!



O Cabral marcou, decidiu quase sempre bem no ataque, e sacrificou-se muito pela equipa na defesa, recuando muitas vezes, quando o Rafa e o Di Maria não ajudavam...



O Rafa terá feito os piores 45 minutos, da época! E depois marcou um grande golo! O Di Maria continua a perder demasiadas bolas, mas raramente termina um jogo sem um golo ou uma assistência!


O Aursnes voltou ao meio-campo, e se na cobertura defensiva a diferença é enorme, ofensivamente também falhou alguns passes, tal como o João Mário... O 'bacalhau' quando muda de posição, normalmente leva alguns jogos (2 ou 3) a 'recuperar' as rotinas da posição! Mas o grande 'salto' exibicional só irá acontecer, no nosso 'falso-ala esquerdo' - seja ele quem for -, quando o Carreras for titular!
Continuo a defender que o Kokçu deveria ser uma opção na esquerda, como um falso Ala...!!!


Quem 'adorou' a presença do Tino em campo, foram os Centrais... o António, hoje estava com a confiança toda, com várias saídas de bola 'à Maradona'!!! Uma nota ainda para o Trubin, muito bem com os pés, e depois, numa partida onde praticamente não foi soliciatado, fez uma grande defesa, já perto do final, quando o Benfica já tinha 'desligado'!!!


Emocionante a homenagem ao Féher... A memória é uma das principais armas dos Benfiquistas! E também gostei do silêncio total, no minuto de homenagem ao Palmeiro, pena alguém se ter enganado na foto e ninguém ter dado por isso!

Agora, Taça e Campeonato no Minho, com 72h de diferença, e com previsões de muita chuva!!! O Vizela está em queda livre, o novo treinador parece ser mais um grande erro de casting, mas nunca podemos menosprezar o sentimento anti-benfiquista daquele balneário!!!

E poucos dias depois, em Guimarães, uma das deslocações mais complicadas desta 2.ª volta... O Roger está obrigado a fazer algumas alterações, e espero que a prioridade seja o Campeonato...

Vitória no Jardim...

Marítimo 0 - 1 Benfica


Ressaca da Champions, com uma vitória à justa, num campo sempre complicado, contra um adversário aguerrido, e com um Benfica abaixo do 'normal'... Dito isto, podiamos e devíamos ter matado o jogo, com o 2.º golo...

Nota para estreia da Chandra... Numa partida, onde voltámos a ter uma arbitragem surreal, com várias entradas duras que passaram em claro... e uma agressão descarada à Laís, que acabou com Amarelo para a nossa jogadora (castigo por ter sido pontapeada!), e com o VAR em silêncio!!!

Derrota...

Marítimo 3 - 1 Benfica
Santos


Contra uma equipa experiente e manhosa, fomos demasiado anjinhos! Em 4 golos, 3 foram de bola parada!!!
Grande golo do Pedro Santos, com o Benfica por cima no jogo, mas depois num canto totalmente desnecessário cedemos o empate... e depois o lance 'decisivo' da partida:
- penalty desperdiçado pelo Benfica, num lance, onde os jogadores do Marítimo, 'pisaram' a relva, na marca da penalidade, o João Rego não se precaveu, falhou... e depois, o Euller arranjou confusão, e o árbitro perdoou-lhe o 2.º Amarelo!
E dum potencial 1-2 favorável ao Benfica ao intervalo, ficámos a perder por 2-1 logo no início da 2.ª parte!

Vencer


"O destaque desta edição da BNews é a partida com o Gil Vicente, hoje, às 18h00, na Luz, na qual o Benfica procura a 7.ª vitória consecutiva no Campeonato Nacional.

1. Objetivo: três pontos
Roger Schmidt salienta a importância de vencer e a exigência do desafio nesta jornada: "O nosso foco está totalmente no Gil Vicente. Precisamos de muitos pontos para vencer o Campeonato. O Benfica atravessa um bom momento na época e é preciso mantermos a nossa confiança para fazermos um bom jogo no nosso estádio. Sabemos que precisamos de fazer um bom jogo para vencermos."

2. Percurso histórico
Em entrevista à BTV, no programa Aquecimento, Filipa Patão abordou o desempenho do Benfica na fase de grupos da Liga dos Campeões de futebol no feminino e o apuramento inédito de um clube português para os quartos de final da prova.
Entretanto, nesta manhã, as Inspiradoras visitaram o Marítimo e ganharam por 0-1. Registe-se ainda a estreia de Chandra Davidson.

3. Resultados – equipas masculinas
Na deslocação ao Leixões, em voleibol, o Benfica ganhou por 0-3. No basquetebol, triunfo no reduto do Esgueira por 61-100. Em hóquei em patins, derrota na visita ao FC Porto (7-1). Na Taça de Portugal de andebol, vitória, por 21-39, no pavilhão do Estrela da Amadora. Na Taça de Portugal de râguebi, apuramento para os quartos de final após vitória, por 16-24, na visita ao Técnico. E os Sub-17 terminaram a Série Sul da 1.ª fase do Campeonato Nacional com uma goleada ante o Sacavenense, por 6-0.

4. Resultados – equipas femininas
No futsal, o Benfica prossegue na Taça de Portugal ao eliminar o Sporting (0-2). Em hóquei em patins, goleado infligida à Escola Livre (8-0). Em basquetebol, triunfo, por 41-64, na deslocação ao CPN Basket. E, em andebol, vitória, por 23-29, no reduto do SIR 1.º Maio.

5. Jogos do dia
A equipa B visita o Marítimo, às 14h00. A equipa feminina de voleibol recebe, na Luz, o Vitória SC, às 15h00. E a equipa feminina de râguebi defronta o CR São Miguel, no Parque Desportivo São João de Brito, às 17h00, nos quartos de final da Taça de Portugal.

6. Protagonista
Alice Clemente, voleibolista do Benfica, é a protagonista da semana. Uma entrevista para ver, na íntegra, na BTV ou ler no jornal O Benfica.

7. Iniciativa inédita
Cerca de 60 pessoas participaram na iniciativa "Há magia no Museu", empreendida pelo Museu Benfica – Cosme Damião."

O lado obscuro ‘vs.’ o lado positivo do futebol


"Não tenho dúvidas de que em Inglaterra as crianças não sabem o nome do presidente da Liga ou da Federação

Pela sua dimensão social, o futebol tornou-se, com o passar dos anos, num setor muito atrativo. Dentro do relvado é a qualidade, a inteligência, o trabalho, o mérito ou o esforço que imperam. Fora dele, infelizmente, não podemos dizer o mesmo…

O lado obscuro
O futebol sempre foi um desporto popular que tem características únicas. Pela paixão que incute nas pessoas, consegue fazer com que a irracionalidade de muitos adeptos venha ao de cima. Ao longo dos anos produziu ídolos e estrelas idolatrados em todo o lado. O alcance do futebol e o mediatismo que lhe está associado são raros, num mundo cada vez mais interligado. Com a evolução e transformação, de um simples jogo numa indústria, começaram a surgir figuras que foram ganhando destaque ao longo do tempo e que não se percebe muito bem qual o seu papel ou contributo.
Se olharmos para dentro, para Portugal, percebemos que existem muitas pessoas que gravitam em torno do futebol e que beneficiam de uma dinâmica pouco transparente. Um dos problemas do futebol em Portugal é que na classe dirigente existem poucas pessoas que entram para servir e não para se servir do futebol. Basta olharmos para os clubes da nossa liga para percebermos o que quero dizer. Num país que é, claramente, um exportador de talento, com vendas astronómicas anuais, como é possível os clubes terem tantas dificuldades financeiras? Como é possível não haver um plano, ou projeto, de crescimento sincronizado que nos permita ter condições para tornar o nosso produto mais atraente?
Ao longo destes anos posso concluir uma coisa: as pessoas que gravitam à volta do futebol estão melhores, mas os clubes estão piores e com mais dificuldades. Existem ainda outros problemas estruturais. Com a evolução da sociedade e da industria do futebol, a exigência sobre aqueles que lideram instituições começou a aumentar. A atenção dos adeptos deixou de estar somente nos resultados desportivos, o foco passou também para outras áreas. Isto criou dificuldades àqueles que se têm aproveitado do enorme crescimento e dinâmica que se tem vindo a verificar no setor do desporto. As estratégias e discursos do passado tornaram-se obsoletos.
A preponderância que Fernando Madureira, líder da claque Super Dragões, tem no FC Porto é um exemplo claro de uma estratégia que sempre foi utilizada e que agora começa a ter os dias contados.
Numa primeira análise, as claques deveriam servir para apoiar os seus clubes, através de adeptos e sócios organizados. Na realidade, em Portugal e nomeadamente nos três grandes, estes grupos ganharam uma importância adicional. Em várias circunstâncias tornaram-se num aliado de quem se quer perpetuar no poder. No caso do FC Porto esta situação é bem visível. Muito mais do que apoiar a equipa, a sua claque tornou-se num aliado que condiciona adeptos, que ajuda a controlar as Assembleias Gerais (onde os destinos dos clubes são aprovados) ou que alerta os jogadores quando, assim, a direção o entende. Em troca, as claques e os seus líderes beneficiam de regalias que mais nenhum outro sócio tem. Ficam com controlo e gestão da venda de bilhetes, num negócio, de milhares ou centenas de milhares de euros, que é feito por baixo do tapete. O problema é que tudo isto tem acontecido ao longo dos anos, sob o patrocínio dos responsáveis dos clubes, FPF e Liga de clubes que os apoiam e ainda os projetam e dão visibilidade.
Em Portugal temos a ideia que as vitórias justificam tudo e que tudo é colocado para o lado quando a bola entra. A complacência de quem dirige é por demais evidente. Para piorar, o poder político não só tem fechado os olhos como ainda apoia aqueles que dirigem os clubes, entrando constantemente nas longas listas de honra de presidentes que se recandidatam ou fazendo questão de estar presente nas tribunas. A transparência, ética, organização, cooperação e espírito de missão, serão a base para que o futebol português possa evoluir e endireitar-se.

O lado positivo: Klopp
Se em Portugal temos poucos exemplos positivos da forma como, fora do relvado, as coisas se devem fazer, felizmente, há outros países em que tudo é diferente. Se olharmos para Inglaterra, poucas são as pessoas que sabem quem foram os presidentes que se juntaram na década de 90 para lançar as bases daquela que é hoje a maior liga de futebol do mundo. Estes presidentes de clubes não tinham como intenção tirar proveito do futebol. Tinham uma missão e cumpriram-na, na sombra, dando protagonismo aos jogadores e treinadores.
Também não tenho dúvidas de que em Inglaterra as crianças não sabem o nome do presidente da liga, da Federação, dos clubes ou das claques, mas sabem os nomes dos jogadores e treinadores dos clubes que compõem a Premier League. Aqui está uma enorme diferença e que altera tudo: o posicionamento dos dirigentes em Inglaterra é o oposto do dos dirigentes de Portugal! Aqui os presidentes querem ter protagonismo, a começar pelo presidente da Liga. Porquê? Porque têm ambições pessoais que querem alcançar, deixando para trás o mais importante que é o futebol. Falta muito espírito de missão em Portugal! Voltando a Inglaterra, a forma como a Premier League foi criada e conduzida fez com que os valores do desporto se fortalecessem e com que o mais importante não sejam as vitórias.
Klopp é um exemplo de um ídolo. Tem conhecimento, tem energia positiva, é divertido, cria empatia com os adeptos, respeita os adversários, comete erros mas assume-os, tem fair play, tem um futebol intenso e dinâmico e sabe justificar as suas opções. Em nove anos, até ao momento, internamente, apenas ganhou um campeonato. É verdade que ganhou uma Taça de Inglaterra, uma Taça da Liga, uma Champions, uma Supertaça Europeia e um Mundial de Clubes, mas tudo isto foi em nove anos!!
O anúncio da sua despedida, na televisão do clube, foi pensado e bem executado. Explicou as razões, expressou o seu amor pelo Liverpool e indiretamente motivou os seus jogadores, como referiu Fernando Urbano na sua crónica de quarta-feira. O ambiente em Anfield Road já costuma ser incrível, nos últimos jogos ultrapassou esta definição. Até ao final da época, Anfield será ainda mais especial, porque uma das suas figuras vai-se despedir daquela que foi a sua casa na última década.
Quer ganhe ou não no final, Klopp irá ser homenageado e irá ter um reconhecimento que poucos têm num palco mítico mundial. Claro que as vitórias de Klopp irão sempre ser relembradas por todos, mas o que ficará na retina e deixará saudade a todos os adeptos da Premier League e, sobretudo, aos do Liverpool, é a forma como as suas equipas jogam, o seu sorriso e a energia vibrante e contagiante. Existiram outros que venceram mais e que nunca irão ter o mesmo reconhecimento. Isto só é possível num país onde se dá muita importância aos valores que representam o desporto e, sobretudo, um país onde vencer é importante, mas não é tudo!"

Parte dos adeptos não reúne condições para ir a um estádio


"É pena a polícia fazer falta naquilo que devia ser uma festa

O descontentamento das forças policiais não constitui novidade. No decorrer das últimas semanas os protestos foram subindo de tom, impulsionados por regalias dadas à Polícia Judiciária que não abrangem profissionais da PSP e da GNR. Os sindicatos agruparam-se em plataforma e tentam manter a luta orgânica, mas os movimentos inorgânicos multiplicam-se e são facilmente potenciados pelo imediatismo das redes sociais. Entretanto, os agricultores cortaram estradas e o Governo libertou verbas. Terá sido a gota de água.
No dia em que uma manifestação de extrema-direita desceu, em Lisboa, do Largo de Camões à Praça do Município (não terá juntado mais de uma centena de indivíduos), as parangonas acabaram por virar-se para o adiamento de um jogo da Liga devido a baixas médicas de polícias destacados para a segurança do evento. Pode ter sido coincidência. Seja como for, concordemos que adiar o jogo de um clube grande, colocar outro em causa (o FC Porto-Rio Ave acabou por realizar-se) e deixar em suspenso pelo menos outros dois para este domingo, um deles do emblema de maior expressão popular, é algo bastante mais visível, e daí o aparato noticioso.
Aos polícias, como aos militares, está vedado legalmente o direito à greve, por motivos atendíveis. Não cabe aqui discutir a legitimidade dos protestos policiais em curso, embora eles levantem sérios sinais de preocupação. Cabe, porém, uma constatação inequívoca: parte do público que acorre aos estádios, em Portugal, não reúne condições para assistir a um espetáculo desportivo. Sabemos disto há muitos anos. Fala-se, negoceia-se, legisla-se e por vezes até se age judicialmente, embora de mansinho e quase sem fazer doer. A verdade é que um pequeno grupo de pessoas pode gerar episódios de violência como os de Famalicão. É pena a polícia fazer falta naquilo que devia ser uma festa. Naquilo que Portugal gostava de exportar para o Mundo em modo de direitos televisivos."

Duarte Gomes explica o passo a passo do adiamento


"Regra geral, este tipo de situações decorre de fenómenos meteorológicos extremos, da inesperada falta de condições no estádio ou do atraso de uma das equipas por acidente ou avaria no seu transporte. 'Greve da PSP' é novidade nestas andanças

Pode não ser inédito (?) mas o adiantamento de um jogo motivado pela ausência das forças de segurança é um fenómeno muito raro de se ver.
Regra geral, este tipo de situações decorre de fenómenos meteorológicos extremos, da inesperada falta de condições no estádio ou do atraso de uma das equipas por acidente ou avaria no seu transporte. 'Greve da PSP' é novidade nestas andanças e, pese embora a legitimidade do protesto em causa – absolutamente inquestionável –, o certo é que, segundo comunicado oficial da Liga Portugal, as autoridades policiais asseguraram a sua presença em Famalicão, na reunião preparatória para a partida.
As consequências imediatas da ausência de segurança pública foram visíveis nos confrontos graves que ocorreram nas imediações do Estádio Municipal de Famalicão, com o pânico instalado, cadeiras, garrafas e pedras a voarem e vários feridos contabilizados. Se era para passar a mensagem, passaram sim senhor.
Quanto ao adiamento, fique com o resumo, passo a passo, do que diz o Regulamento de Competições da Liga Portugal:
1. O árbitro deve aguardar 30 minutos ou, se as duas equipas estiverem de acordo, 60 minutos para que o jogo se inicie (Art. 48.°). Foi o que aconteceu inicialmente, quando a hora prevista passou das 18 para as 19 horas.
2. Como isso acabou por não acontecer , o Art. 46.° acrescenta que o jogo deve então realizar-se preferencialmente nas 30 horas seguintes, no mesmo estádio e com os mesmos intervenientes. Ora a PSP fez saber, pela voz dos seus representantes, que não asseguraria a presença da autoridade no dia seguinte (domingo, dia 4), portanto também este preceito regulamentar deixou de se aplicar. A Liga Portugal confirmou-o no mesmo comunicado.
3. Isso remete-nos então Art 41.°, 3 e 4, que em jogos da 2.ª volta (como foi o caso), a partida adiada deve jogar-se na mesma semana ou nas duas semanas seguintes, se as equipas tiverem outras partidas agendadas (nacionais ou internacionais). Nesse caso, os clubes podem – através de requerimento – solicitar a remarcação do jogo para um prazo de até 4 semanas após a data inicialmente marcada.
Dito isto, os "problemas":
- Primeiro, o Art.° 44.° refere que as equipas não podem jogar duas vezes sem respeitarem um descanso de 72 horas...
- Se somarmos essa limitação ao facto de o Sporting ter pela frente 7 jogos em 21 dias, constatamos que encontrar uma data regulamentarmente livre será desafio difícil.
Obviamente que a Liga Portugal o fará e, se calhar, reagendando o jogo marcado com a UD Leiria (para a Taça de Portugal) ou, caso o Sporting avance na competição, da meia-final seguinte. Mas isto é mera especulação. A decisão oficial será conhecida em breve, seguramente.
Nota final - O Art. 4.°, 11 refere que os jogadores que podem constar da ficha de jogo na nova data são os que estiverem regulamentarmente inscritos a data do jogo inicial (3 de fevereiro) e não necessariamente os convocados para essa partida."

A nova data para o Famalicão-Sporting


"O jogo entre Famalicão e Sporting, a contar para a 20.ª jornada da I Liga, que devia ter sido disputado às 18h do último sábado, foi adiado ‘sine die’, por falta de condições de segurança, na sequência da ausência inesperada das forças policiais necessárias para garantir a ordem pública no evento.
De imediato, foi levantada a questão da nova data para o jogo entre minhotos e leões, e surgiu uma dificuldade prática para encontrar um dia que não colidisse com as obrigações de agenda do Sporting, ainda na Taça de Portugal (e se vencer em Leiria terá garantidos dois jogos nas meias-finais) e na Liga Europa, onde tem também fortes possibilidades de ultrapassar os suíços do Young Boys (jogos a 15 e 22 deste mês), continuando assim na competição, o que implicará mais datas ocupadas.
Esta dificuldade de encontrar datas deveu-se, no caso vertente, a uma situação inédita, de falta de policiamento, alheia aos clubes e à Liga. Porém, noutros casos e noutras situações, já houve, ao longo dos tempos, muitos jogos adiados, por causas naturais – imagine-se que tinha caído uma tromba de água em Famalicão à hora do jogo – ou técnicas, quando, por exemplo, há falhas na instalação elétrica dos estádios.
E sempre foram encontradas datas, dentro do quadro regulamentar, para que as equipas se defrontassem. Desta vez o que é diferente? Falta de previsão na calendarização? Radicalismo dos clubes? Estranha-se, pois, esta dificuldade, e aguardam-se explicações, não quanto à falta da polícia, mas quanto ao dia em que o jogo se realizará…"

Quando a banana come o macaco


"Diz muito sobre nós, como (atrasada) sociedade, quando o adiamento de um jogo de futebol tem muito mais repercussão e gera maior revolta do que outros gravíssimos acontecimentos que decorreram no mesmo dia, praticamente em simultâneo.
Sim, o Sporting foi prejudicado, mas o que dizer sobre a Democracia ter sido colocada em risco em rede nacional, com a maior naturalidade do mundo, pelo presidente do Sindicato Nacional da Polícia? Uma chantagem hoje, talvez um golpe de Estado no dia 10 de março.
De um lado, baixas e mais baixas médicas fraudulentas por parte de policiais que, segundo a Constituição, não podem promover greves. Do outro, um silêncio ensurdecedor por parte do Governo. No resumo da obra (macabra), uma conivência que não tarda a custar vidas.
Enquanto isso, um covarde e (ainda mais atrasado) grupo de extrema-direita andou tranquilamente pelas ruas de Lisboa com tochas, saudações nazis e gritos de "Salazar". Em pleno 2024. Um misto cruel de xenofobia, racismo e islamofobia, tudo isso com direito a... escolta policial.
Não menos importante, mais um ato de selvageria entre "adeptos", desta vez em Famalicão. Garrafas e mesas atiradas a troco de absolutamente nada e, consequentemente, pessoas feridas, com uma delas em estado grave. Por causa de uma "mísera" partida de futebol.
Estamos do avesso, e sabemos disso. Pouco ou nada fazemos. Não vai ser nada fácil para o Sporting encontrar um nova data na agenda para defrontar o Famalicão, mas, convenhamos, é muito mais difícil e repugnante a convivência com a brutalidade de tamanho retrocesso do ser humano."

Exemplo!


"Imaginem o alarido se fosse Ivan Almeida a fazer isto? Mas com foi o Tanner Omlid, e só após a quinta falta, que tardou, nada se diz. Para cúmulo, ainda atribuem falta técnica - tentem conter o riso! - à Oliveirense.
Que lodo!"

A última dança entre Messi e Ronaldo foi uma lambada


"Os dois melhores de uma geração não jogam um contra o outro desde 2020 – deixem-nos ficar assim

Al Nassr e Inter de Miami jogaram há uns dias, na Arábia Saudita, e este podia ter sido só mais um evento entre dois campeonatos muito distantes, mas igualmente desesperados por nos convencer a vê-los. Só que estas são as equipas onde jogam Cristiano Ronaldo e Messi e adeptos de futebol por todo o mundo - especialmente em Portugal e na Argentina - podem tê-los longe da vista, mas não do coração.
Os dois melhores de uma geração (ou mais...) continuam a atrair muitos fãs, pelo que este jogo teve a maior atenção mediática possível. Muitos fãs de Ronaldo e Messi (não dos respetivos clubes...) significam muita receita, muita publicidade, muito dinheiro. O que ainda custa a aceitar é que tudo isto já significa muito pouco futebol.
O Al Nassr ganhou por 6-0, Cristiano esteve na bancada e Messi entrou uns minutos só para alguns não acabarem o jogo a chorar por não ver nenhum dos dois. Em campo estiveram vários artistas: Otávio marcou um golaço, Talisca fez um hat-trick, Jordi Alba, Busquets e Luis Suárez andaram por lá. E, no entanto, onde foi parar a emoção de ver este jogo?
A última dança de Messi e Ronaldo não foi, assim, na Arábia Saudita, e não será de certeza nos Estados Unidos. O argentino e o português estão neste sapateado, um contra o outro, desde 2008, com o segundo ainda em Manchester. E temos de começar a perceber que a valsa daqueles Barcelona-Real Madrid tocou durante quase uma década, mas já não se ouve.
Os dois deram-nos a melhor coreografia para esses clássicos, tivemos direito a golos, assistências, picardias, rivalidade, emoção e futebol de outro mundo. Vimo-los todos por causa deles, e o resto nem era pouco.
E desde 2020 - naquele encontro furtuito entre Barça e Juventus na Liga dos Campeões - que não os vemos no mesmo campo (ignoro propositadamente um posterior amigável entre PSG e um conjunto de ‘ estrelas’ do Al Nassr e Al Hilal, poupemo-nos a isso).
Gostaríamos de ter tido um Portugal-Argentina no Mundial do Catar, para que os dois pudessem disputar o troféu que lhes faltava, mas não tivemos essa sorte.
Portanto, chegados a 2024 - que é um ano que sempre soou a um futuro muito distante -, está na hora de olharmos para o presente de Cristiano e Messi: quem dera a muitos ter esta qualidade em qualquer momento da carreira, quanto mais aos 38 e 36 anos; mas deixem-nos estar ‘quietos’, lá na liga saudita ou na norte-americana, cada um no seu canto, com os vídeos promocionais - e propagandísticos - do turismo na Arábia Saudita, os milhões de seguidores nas redes sociais e as ainda existentes polémicas sobre os prémios individuais.
Podem parar de esforçar-se para os juntar. Já passámos por isso, foi incrível, não vale a pena estragar com ‘lambadas’ destas.
Obrigada por tanto, Messi e Ronaldo, fomos muito felizes convosco."