sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

História...

Rosengard 2 - 2 Benfica
Jéssica(52'), Alidou(57')


Qualificação história garantida (após o empate em Frankfurt já era provável!), para os Quartos-de-final da Champions! Estamos no Top 8, das melhores equipas da Europa! Isto numa época de transição, onde perdemos duas das nossas melhores jogadoras no inicio da época, com muitas lesões pelo meio (temos uma das melhores e mais influentes jogadoras lesionada, à cerca de um ano: Pauleta!!!), alguns castigos, e sem nenhuma ajuda da FPF, que fez tudo para dificultar a vida do Benfica, criando um calendário absurdo, com jogos 'grandes' colados às jornadas da Champions!!!

Hoje, sem a Kika e sem a Lúcia (e sem a Pauleta e sem a Valéria...), perdemos capacidade ofensiva. As Suecas entraram com muita intensidade, e acabaram por marcar um grande golo... mas o Benfica reagiu, e na segunda metade da 1.ª parte, já conseguimos controlar melhor a bola! O início da 2.ª parte, foi bom, e acabámos por marcar duas vezes, executando a reviravolta no marcador... Com poucas opções no banco (muita juventude), não tivemos capacidade para manter a bola no meio-campo adversário na gestão da vantagem mínima, e a equipa da casa, acabou por empatar perto do fim...

Curiosamente, após o empate, as duas equipas parece que ficaram felizes: as Suecas, evitaram sair da Champions com 0 pontos, e o Benfica sabia que uma vitória do Frankfurt seria muito pouco provável, e assim não valia a pena arriscar...

A substituição da Nycole, tardou em demasia! A equipa estava claramente cansada...

Com o empate tivemos que esperar algumas horas, mas em Barcelona não houve surpresas, e um Barça já qualificado, com o 1.º lugar garantido, não facilitou e venceu as Alemãs, dando ao Benfica, a qualificação histórica...

Agora, na próxima jornada, defrontamos o Barcelona, com tudo decidido. Não será fácil, vai ser mais um jogo, onde vamos andar atrás da bola, ainda com muitas ausências, mas temos que desfrutar...

Agora, para o primeiro jogo dos Quartos, temos que recuperar a Kika... e seria espectacular se a Pauleta já tivesse em condições e com ritmo! Creio que no Sorteio vai haver cabeças-de-série, portanto vamos defrontar uma das vencedoras dos outros Grupos, que serão muito provavelmente: PSG, Lyon ou Chelsea!!! Venha o diabo e escolha... mesmo assim, preferia o Chelsea, que tem um estilo de jogo, que creio se encaixa mais no nosso, as Francesas além das avançadas rapidíssimas, tacticamente são mais cínicas, as Inglesas apesar do rol de internacionais jogam um futebol mais aberto...

Remontada...

Reus 3 - 6 Benfica

A perder por 3-1 ao intervalo, fizemos um 0-5 na 2.ª parte, e concretizámos a remontada na Catalunha! Sendo que o resultado inesperado ao intervalo, deveu-se essencialmente, à fraquissíma pontaria... algo que resolvemos no 2.º tempo!

Nota para o empate do Sporting, com o Calafell, em mais um jogo onde foram absurdamente ajudados pelos apitadeiros, empatando o jogo no último minuto, após uma série de mergulhos ridículos!!!

Somos líderes do grupo, mas ainda não estamos qualificados. Uma vitória sobre o Sporting na Luz, na próxima jornada, garante o 1.º lugar... é melhor evitar uma viagem à Catalunha, na última jornada, ainda sem a classificação garantida!

🎬 "Há sempre tempo para celebrar Eusébio"

As perguntas que eu gostaria de colocar a Schmidt


"As decisões de um treinador, por mais incompreensíveis que possam parecer aos adeptos, têm por trás uma qualquer lógica técnico-tática. Gostaria, por isso, de ouvir Schmidt explicar os pontos que se seguem, inclusivamente porque sou contra chicotadas a meio da época e é importante ter os adeptos unidos à volta da equipa.
1. Aparentemente o sistema tático é sempre o mesmo. Não existe um plano B? Por exemplo, porque não joga o Benfica com dois pontas de lança, pelo menos em parte dos jogos, quando os adversários se remetem quase exclusivamente à defesa e precisamos de marcar golos?
2. Faz sentido optar por MORATO a defesa-esquerdo contra adversários de menor valia e que nos obrigam a jogar quase todo o tempo ao ataque?
3. KÖKCÜ joga fora da posição em que foi considerado o melhor da Eredivisie? Colocá-lo num duplo pivot de meio campo não faz com que o parceiro - João Neves - se desgaste desnecessariamente a compensar as suas carências naquela posição, especialmente as defensivas?
4. FLORENTINO foi uma peça chave no 38 e o médio defensivo com melhores indicadores da Champions 22-23. Porque só jogou esta época com regularidade quando KÖKCÜ esteve indisponível? A sua capacidade de recuperar bolas e cortar linhas de passe aos adversários não está a fazer falta à equipa, especialmente para pressionar mais alto e travar melhor as transições ao adversário?
5. O que dá JOÃO MÁRIO à equipa que os adeptos não conseguem ver? O que tem de tão especial para a equipa que o torna praticamente insubstituível?
6. NERES está recuperado. Com o Estoril exclusivamente a defender para levar o jogo para os penáltis, porque não lançou um criativo como Neres, pelo menos uns 20 ou 30 minutos, no jogo?
7. As vendas de ENZO e RAMOS justificam só por si que a equipa tenha deixado de pressionar alto os adversários, mesmo os mais fracos?
8. Porque é que o Benfica entra quase sempre mal nos jogos? O que deve ser feito para evitar esta situação?
9. AURSNES não foi poupado em jogos que estavam resolvidos. Faz sentido tirá-lo - por cansaço - num jogo em que a sua capacidade de assistir faz falta à equipa?
10. Qual a vantagem de manter o mesmo onze quando a equipa não está a corresponder apesar de ganhar?"

Especialistas em propaganda


"Cultura desportiva e devolver os heróis às pessoas, o caminho tem de passar por aí

Os portugueses tornaram-se mestres da propaganda. Não é fenómeno exclusivo do futebol e basta olhar para a impunidade política e social que vigora há décadas para comprová-lo, porém apresenta óbvia expressão no ópio do povo. Vivemos na era da Internet, onde nada do que se diz e faz desaparece e, mesmo assim, pouco importa.
A levitar à volta do campo, clubes e organismos passaram a querer controlar em absoluto não só o acesso como igualmente a informação, disfarçando-se de media, e assim, obrigaram os atletas a expressar-se em redes sociais facilmente hackeáveis por qualquer malandro que os queira pôr em causa. Para o adepto que ainda não o entendeu é simples: acha que o funcionário de um clube perguntará algo que a este comprometa, direta ou indiretamente? Em alguns locais, como Inglaterra, percebeu-se, a tempo, que os futebolistas estavam a tornar-se apenas bidimensionais e que era essencial que comunicassem noutros contextos. Não é a reabertura total, nada disso, mas a constatação de algo fundamental para o produto.
Os treinos, entretanto, fecharam-se mais para prevenir a fuga de notícia de eventuais conflitos ou más reações do que o revelar de estratégias, facilmente dissimuláveis. Não há descontentamento. O ambiente é perfeito, mesmo quando não o é.
No entanto, quando exageram nos briefings antes das conferências e lhes formatam o discurso, esvaziam aqueles que são ou serão no futuro os seus heróis. Grandes nomes como Lucho González, Aimar, Schmeichel, entre tantos outros, passaram por cá e sabemos mais sobre eles pelo que disseram noutros lugares do que aqui. A personalidade chama gente aos estádios e, no limite, ainda vende camisolas. É dinheiro.
Dos emblemas aos organismos, a visão continua tremendamente redutora. Apesar de andar há anos a passar entre os pingos da chuva nas questões fundamentais em Portugal, a Federação ainda assim soube criar condições para consolidar o trabalho da formação e talento para aproveitar mais à frente na seleção principal, o que é na prática o seu sustento direto e indireto. Já os clubes, reunidos na Liga, apenas pensam a curto prazo e em si próprios, contribuindo cada vez mais para o esvaziar de um mealheiro que deveria encher para que um dia pudesse ser partido e dividido por todos.
A visão é estreita. Há muito que se acha que a centralização dos direitos televisivos é a solução para todos os problemas e mais alguns quando não conseguimos sequer ter gente nos estádios, e tudo o que se faz não está centralizado no adepto. Se não nos convencemos a nós, como é que é possível convencer os outros? Se não gostamos do jogo, como queremos assistir a um ao vivo? Se não praticamos desporto como é que gostamos de desporto? Se as nossas escolas não o fomentam por que razão o praticamos? Se os nossos pais não gostam como podemos estar nós predispostos a gostar? O trabalho é profundo, é necessário que alguém esteja disposto a fazê-lo, mesmo que os louros possam não vir a ser colhidos no seu tempo.
A propaganda faz milagres, mas o verdadeiro espírito de missão não está em apenas aparecer bem na fotografia. É preciso trabalho. Em Portugal, o presidente da Federação aspira à UEFA e o presidente da Liga aspira à Federação para poder depois aspirar à UEFA. Ou parecido. Tal como um primeiro-ministro olha para a Europa como reforma dourada. Se isto foi o seu melhor então que vão, mas devem ser as aspirações pessoais a direcioná-los quando ocupam cargos desta importância?
Pensar o produto é muito mais do que um powerpoint e ideias La Palisse. No fundo de tudo, depois de removermos todas as camadas, está a falta de cultura desportiva. Quando a conseguirmos fomentar tudo será mais fácil. Até mesmo devolver os heróis às pessoas."

Uns tiveram azar, outros a culpa é do treinador!

Mais números...

Números...

Vamos Benfica...


"É um meltdown, toda a temporada tem sido, começa a soar cada vez mais a 2010/11 novamente, eu tenho fé no processo, sei que o Schmidt tem falhas anormais, principalmente devido às suas teimosias, mas qual o treinador que não é teimoso??…e qual o adepto que não resolve todos os problemas após o apito.
Num jogo como de ontem, há que ter bolas para meter a “carne toda no assador” em tempo útil e não apenas para jogar na lotaria.
Perdemos um troféu que durante os anos que precederam o Tetra foram a nossa fonte de alegria, eu gosto de vencer e queria esta fruteira na estante do Cosme Damião, mas acredito, analisando as contratações que tem sido feitas, que o objetivo é algo de maior, até pode não ser nesta temporada, mas no futuro, um futuro que com uma base construída e alicerçada numa média de idades de pouco mais de 23 anos tem tudo para ser risonho.
Há que dar tempo ao tempo, deixar os processos serem assimilados por todos, deixar alguns crescerem e sentirem o peso da camisola, deixar outros partir cujo peso da camisola já se faz sentir em demasia prendendo até os movimentos dos mesmos.
Acredito que ainda iremos celebrar algo este ano…quiçá algo épico tipo “Luisão”, mas acredito mais ainda no que está a ser lançado, não é este percalço que me fará mudar de opinião.
Mas no futebol, mais que em outra coisa, os resultados são soberanos, muito mais do que o joga bonito, por mais que alguns digam que isso é o fundamental…poucas equipas no mundo e na história aliaram as duas coisas, joga bonito e conquista, muito mais que isso é de vitórias que o adepto se alimenta, é de conquistas que os clubes se engrandecem, e é isso que faz o futebol girar.
Vamos ter calma e apoiar os nossos, porque para os arrasar já bastam os outros.
Continuar focados e não vacilar novamente, era bom ir a esta final, mas o Estoril também teve o mérito de se saber defender e colocar-nos em sentido sempre que lhes era possível, apesar de sem ser nos pênaltis ao em recordar de uma defesa do Trubin, mas pronto, é futebol!
Vamos Benfica!!!"

Este título ardeu por culpa nossa...


"> Entrada a dormir, como se fosse uma espécie de jogo treino. Foi preciso o Estoril marcar para acordarmos.
> Depois, sem deslumbrar, criámos oportunidades mais do que suficientes para ir para o intervalo a ganhar.
> Avisem, já agora, o Rafa e o Di María que os jogos se ganham com golos e que só com o guarda-redes pela frente é para marcar, crl!
> Segunda parte. Sem alterações? Vamos Benfica!
> Musa a dar razão aos que acham - eu sou um deles - que joga melhor a sair do banco.
> Estamos em cima deles. Os cantos do Di María todos um perigo. Os benfiquistas a puxar.
> Goooooooooolo! Capitão!!!
> O árbitro doidinho para amarelar qualquer jogador do Benfica que fale com ele. As faltas deles que impedem as nossas transições... zero!
> Marcos Leonardo e Tiago Gouveia lá para dentro. Faltam pouco mais de 20 min para evitarmos os penaltis.
> Se todos tivessem a atitude e a intensidade do João Neves... éramos imparáveis.
> 20.155 espetadores. Mais que ontem. 96% ocupação. Só o Benfica.
> Nós a falhar, eles a jogar prós penaltis. E o árbitro a amarelar os nossos por tudo e por nada.
> Di María no poste, que remate! Penaltis, como foi possível deixarmos este jogo ir para penáltis? Agora... é com o Trubin!
> E eles foram mais competentes. Adeus Leiria."

O desperdício condena o Benfica na Taça da Liga das surpresas


"Em novo desfecho inesperado na competição, os campeões nacionais foram eliminados (5-4 nos penáltis depois de 1-1 no tempo regulamentar) pela equipa de Vasco Seabra, que estará na final contra o SC Braga depois de também já ter batido o FC Porto. O Benfica entrou a perder, conseguiu igualar mas foi demasiado ineficaz na finalização

O improvável vive na Taça da Liga 2023/24. A competição, cujo formato beneficia as equipas mais fortes, parece estar a brincar connosco, pregando-nos partidas, fintando prognósticos, talvez querendo dar-nos um banho de emoção antes da anunciada fuga do território nacional rumo a algum deserto árabe, abandonando, indiferente, os adeptos.
Já antes da pomposa final four de Leiria houve sinais, nomeadamente com a vitória do Estoril contra o FC Porto, eliminando os dragões da competição. Mas, nas meias-finais, as surpresas chegaram em dias seguintes, trocando-nos as voltas, de um aguardado Sporting-Benfica para um louvável Sporting de Braga-Estoril.
Depois do triunfo dos minhotos contra os leões, foram os canarinhos a eliminar os campeões nacionais, impondo-se, por 5-4, nos penáltis depois do 1-1 no tempo regulamentar. Riade, a Taça da Liga aguarda-te, mas não se vai embora sem mostrar que o futebol é futebol e, portanto, os caprichos da bola é que mandam.
E, em Leiria, os desejos dela voltaram a ser impossíveis de antever, como se uma vontade própria fosse superior a qualquer guião artificialmente redigido. Houve uma festa de ocasiões de golo criadas pelo Benfica, muitos expected goals, em linguagem estatística, remates ao poste, grandes defesas de Dani Figueira, falhanços dentro da área. O cacharolete de desperdício foi dos 90 minutos para os penáltis, onde Marcos Leonardo acertou em Figueira, Tomás Araújo acertou nos painéis de publicidade e as ineficazes águias foram eliminadas.
O Estoril, que nunca venceu um troféu do máximo nível em Portugal (Liga, Supertaça, Taça ou Taça da Liga), estará na final da Taça da Liga (sábado, 19h45, SIC). Nos quatro últimos jogos, o Estoril sofrera 14 golos e perdera cinco. Nos derradeiros 56 duelos contra o Benfica, só vencera um. Os caprichos e vontades da bola.
O Estoril, tão talentoso como irregular, tão criativo como frágil defensivamente, entrou com a estratégia do costume, tendo bola, atraindo o adversário e apostando na mota de resistência infinita de Rodrigo Gomes e no perfume de Rafik Guitane. E, claro, veio da associação entre ambos o 1-0, com o ala a ganhar a linha de fundo e o canhoto, à frente de Morato, a arranjar espaço para o remate.
Depois de uma relativa apatia nos primeiros 20’, o Benfica mudou de face, abraçando o desperdício, que se viu intensamente até ao intervalo. Aproveitando a postura do Estoril, sempre com a linha subida, a equipa de Schmidt valeu-se dos seus dois ases criativos — Di María e Rafa — para ficar, diversas vezes, próxima do 1-1.
No entanto, os mesmos que provocavam as melhores situações eram, também, quem as falhava. Após um grande passe de Kökçü a descobrir Aursnes, Rafa, isolado, não conseguiu bater Dani Figueira, que abria uma noite inspirada, tal como Di María, servido por Rafa, também não bateu o guardião do Estoril quando parecia ter tudo para igualar o marcador.
Enquanto Rafik Guitane ia dando o seu show particular, flutuando entre adversários, conduzindo com a canhota como se fosse um apaixonado que só quer passear com a sua amada pelo jardim, sussurrando-lhe poemas ao ouvido, Di María usava o pé esquerdo para criar problemas ao Estoril de bola parada. Os cruzamentos tensos do argentino são um convite à finalização, aproximando-se da baliza como se as redes produzissem uma força de atração à bola.
Na frente, Musa foi titular pela primeira vez desde o dérbi com o Sporting, a 12 de novembro. A exibição do croata foi quase sempre o conto do avançado sem confiança, tímido, pouco solícito a jogar fora da área e sem convicção nas raras ocasiões que teve para finalizar. Ainda assim, dentro deste encontro pouco inspirado, foi a sua não intervenção a facilitar o empate.
Aos 58’, Otamendi, após recuperação de bola, foi para a frente, um capitão dando o exemplo com a agressividade própria do campeão do mundo, que sempre foi um defesa com ousadia de atacante. O lance prossegui para João Mário, que o encaminhou para o centro, na direção de Musa. O croata viu a desmarcação de Otamendi e, inteligente, abriu as pernas, abrindo caminho para o argentino como quem constrói um túnel. 1-1 pelo pé direito do capitão.
Com a meia-final empatada, o Estoril foi passando a esticar-se menos no jogo enquanto, no Benfica, as ocasiões não se sucederam tão intensamente como no final do primeiro tempo e início do segundo, mas os protagonistas dos campeões nacionais foram os mesmos. Rafa e Di María, Di María e Rafa, o duo que destrói barreiras defensivas.
O argentino e o português combinaram, aos 82', para dar uma finalização aparentemente fácil ao mais recente menino bonito da Luz. Na área, enquadrado, Marcos Leonardo teve a passagem nos pés, mas esta noite o golo não queria nada com o ex-Santos.
Já com Álvaro Carreras, o outro reforço de inverno do Benfica, em campo, os descontos viram um lance de desenhos-animados em Leiria. Após um canto da esquerda, um desvio da defesa do Estoril levou a bola para Di María, numa situação muito difícil para rematar. O argentino, com a confiança dos predestinados, fez um remate que, se fosse visto num filme sobre futebol, nos levaria a pedir realismo ao realizar, de tão impossível que parecia a finalização. O tiro foi desviado por Figueira para o poste.
Nos penáltis, o guarda-redes do Estoril deu continuidade à sua grande exibição e travou Marcos Leonardo. No entanto, Trubin impôs-se a João Marques, deixando tudo igualado.
Na morte súbita, Tomás Araújo atirou para fora. O match point para o Estoril estava nos pés de Bernardo Vital, o rapaz de Cascais que chegou aos 14 anos ao clube. E esta edição da Taça da Liga, em vésperas da fuga para o estrangeiro, deixou-nos a última mensagem, com um miúdo que nasceu perto do estádio do Estoril a decidir o jogo, levando os canarinhos para a derradeira final em solo nacional antes da prometida aventura no deserto da competição."

Nuno Borges vai longe


"1- É tão bom, alguém sobressair no desporto nacional, sem ser por que joga bem futebol.
Nuno Borges joga bem ténis e fez história ao chegar aos oitavos-de-final de um Grand Slam ( Open da Austrália). Perdeu com Medveded, mas venceu Dimitrov, que teve a gentileza de passar a rede, ir cumprimentá-lo e felicitá-lo no final do jogo.
Com Medveded não conseguiu vencê-lo, mas salvou match- points, ganhou um set, jogou muito bem na rede. Foi pena! Estava a ficar embalado para uma proeza inédita.
O sonho terminou, mas para o ano há mais.
Nuno Borges é o sucessor de João Sousa e ascende ao top 50 do ATP. Muito bom, para um português, em que não temos tradição no ténis.
Nuno Borges fez um brilharete além-fronteiras e teve uma prestação de excelência.
O ténis em Portugal tem uma expressão residual, Nuno Borges para chegar onde chegou, para além, do seu trabalho, foi para os EUA estudar e continuou a jogar ténis. Isso ajudou à sua evolução.
Decidiu e bem, sair de Portugal aceitar o desafio de se mudar para o outro lado do oceano, por considerar que a permanência em Portugal não lhe daria as garantias de conseguir levar o ténis mais a sério.
Foi nos Estados Unidos (e na Universidade que o acolheu) que encontrou o método perfeito: conciliar os estudos, dos quais não queria abdicar, e o desporto, sem que nenhum dos mundos interferisse com o outro.
No final de 2019, decidiu voltar para Portugal – e dedicar-se a tempo inteiro ao ténis. Tanto assim é que, em 2021, estreou-se em torneios do circuito ATP e chegou à segunda ronda do quadro principal de singulares do Estoril Open, contra Marin Cilic (campeão do Open dos Estados Unidos em 2014).
A sua maneira de ser, humilde, sereno, com personalidade vai ajudá-lo a guindar-se a altos voos. Para já, veio para casa com um cheque de cerca de 240.000 euros e no ranking 47.º ATP. Muito bom.

Real Madrid favorecido
2 - Nunca vi uma equipa ser tão roubada como o Almería frente ao Real Madrid, a vencer ao intervalo 2-0, o árbitro fez com que perdesse o jogo de forma infame. Um penálti inventado e um golo com o ombro/braço ditou o desfecho do jogo. Em Espanha como em Portugal, os clubes pequenos não têm a mínima hipótese de vencerem contra os clubes grandes que dominam tudo e têm dinheiro.
A vitória do Real Madrid é um roubo ao Almeria, para quem gosta de futebol e pugna pela ética e responsabilidade nas decisões no futebol. O Real Madrid vinha de uma derrota na Supertaça contra o Atlético de Madrid e tinha que vencer de qualquer maneira. Uma vergonha! A La Liga, assim como o campeonato nacional estão a anos de luz da Premier League.
Todas as decisões foram a favor do Real Madrid e anularam o 3-1 por um lance muito duvidoso.
Os dois grandes protagonistas neste jogo foram o árbitro e o VAR pelas piores razões. Um penálti assinalado por uma pretensa mão e um golo com o braço de Vinícius. Para não falar de uma possível agressão com o braço de Vinicius que bate na cara de Pozo.
O árbitro aceitava todas as reclamações dos jogadores do Real Madrid e rejeitava todas as reclamações dos jogadores do Almeria, em caso de dúvida, decidia sempre a favor do Real Madrid.
Uma palhaçada que me provocou náuseas de ver tanto facciosismo e tanta injustiça, para favorecer o Real Madrid. O futebol não é isto.
O futebol é jogado dentro do campo com isenção, imparcialidade e respeito por todos.
Assim não vale a pena jogar, já se sabe quem vence. Vergonhoso! 

Nota: Foi bonito de ver o Sp. Braga vencer o Sporting e o Estoril vencer o Benfica. Isto sim, é futebol, os grandes e favoritos têm que o demonstrar dentro do campo."

Queremos mesmo entrar no castelo de areia da Arábia Saudita?


"A imagem aérea da transmissão televisiva italiana é desoladora. Uma meia-final da Supertaça do país, transladada de terras transalpinas para o deserto arábico, metafórico e algo mais, com o amarelo das cadeiras das bancadas a dar goleada aos pontinhos em que se vê gente, a pouca gente que se deu ao trabalho de ir ver um Nápoles - Fiorentina numa noite de janeiro em Riade. Os adeptos napolitanos e viola, dos mais apaixonados em Itália, ficaram em casa, a milhares de quilómetros de distância, longe do seu futebol, sem dinheiro ou disponibilidade para atravessar meio mundo para ver um jogo da sua equipa.
No dia seguinte, Jordan Henderson regressava ao futebol europeu seis meses depois de viajar para a Arábia Saudita, chutando a dignidade para um canto por um cheque, esquecendo-se das suas lutas pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ para se tornar num menino rico ainda mais rico, num país em que ser gay pode ser sentença de morte. Voltou com a dignidade entre as perninhas, falando, na apresentação no Ajax, de uma decisão puramente “futebolística”, mas lembrando que “às vezes as coisas não funcionam”. Não terá funcionado a vida para a sua família que, de acordo com a imprensa britânica, já nem vivia em Damã, a cidade saudita onde joga o Al-Ettifaq, mas sim no Bahrain, o vizinho bera, mas ainda assim menos conservador. Nem terá funcionado jogar para umas meras centenas de pessoas, principalmente para alguém que passou boa parte da vida a povoar o meio-campo num Anfield a rebentar de gente. Nem terá funcionado os resultados pobrezinhos de uma equipa que, apesar de tudo, não tem a torneira permanentemente aberta, jorrando ouro, como os clubes do fundo soberano saudita.
E depois ainda houve Aymeric Laporte, espanhol do Al-Nassr, a dizer à boca grande, numa entrevista ao “As”, aquilo que já se falava à boca pequena: que “há muitos jogadores descontentes” na Arábia Saudita, que os dirigentes sauditas deveriam ter “um pouco mais de seriedade” e que a vida em Riade está longe de ser uma maravilha, muito por causa do trânsito louco da cidade, que o leva a passar três horas por dia num carro.
“Levam a vida na deles. Fazes um ultimato e eles não querem saber. Negoceias uma coisa e depois de teres assinado não a aceitam”, revelou ainda o central, que deixou o Manchester City pelos milhões sauditas, que compram muita coisa mas pelos vistos não a qualidade de vida e o respeito pelos jogadores. Laporte diz mesmo que os clubes “não cuidam suficientemente” dos futebolistas - this is not Europe, poderia cantar Bowie enquanto Laporte, Benzema, Firmino, Gabri Veiga e outros enxugam lágrimas com notas de 100 dólares.
É para este ambiente, num país que acredita que tudo se nutre com dinheiro e mão pesada, que, por exemplo, a Liga Portugal equaciona levar a Taça da Liga a partir do próximo ano. Pedro Proença já o tinha admitido em entrevista a esta casa, ressalvando ainda a possibilidade, meritória, do chamado mercado da saudade. Mas recentemente Rui Caeiro, diretor-executivo do organismo, reforçou a ideia de organizar a final four da Taça da Liga no Médio Oriente. Há que “aproveitar a oportunidade”, usufruir da “ambição” desmedida daquela malta de bolsos fundos - usam-se muito estes chavões -, que paga €40 milhões por época a Espanha e €23 milhões a Itália para lá realizarem as suas Supertaças, mesmo que isso pouco pareça interessar aos sauditas, que estão ali nas bancada como se estivessem num qualquer circo itinerante que passa pela cidade. O argumento do cada vez maior fosso entre Portugal e os outros é válido, mas 1) o valor da Taça da Liga portuguesa muito dificilmente se aproximará do que se paga a Espanha e Itália e 2) quanto custa mesmo a total desvalorização do adepto e das equipas que jogarão em frente a meia-dúzia de pessoas, que de Portugal apenas querem saber de Cristiano Ronaldo e pouco mais?
Mesmo com o Mundial de 2034 garantido, os castelos de areia futebolísticos construídos na Arábia já abanam, porque não há dinheiro que pague uma cultura, uma história. Os jogadores de topo, pelo menos aqueles que levam o futebol a sério, quererão sempre jogar a Liga dos Campeões e em campeonatos fortes - e não, Cristiano, a liga saudita está longe de já ter atingido ou ultrapassado a liga francesa. E é nestes castelos que queremos entrar, marimbando-nos para o opróbrio por um punhado de milhões. Mal por mal, que se encontre uma solução a meio caminho, num território com portugueses, emigrantes, sedentos e merecedores de ver a sua equipa, de fazer a festa. Tudo o resto já nem é futebol, é só negócio sem alma."