terça-feira, 16 de janeiro de 2024
Franz Beckenbauer
"“Num terraço em Lisboa, Franz Beckenbauer faz o milésimo discurso da sua vida. “Eu amava Lisboa antes mesmo de ter estado aqui,” revela o alemão mais celebrado da atualidade com aquele tom sereno de canto bávaro, “porque aos vinte anos li toda a obra de Erich Maria Remarque, algumas delas várias vezes, e amei A Noite em Lisboa.” Até mesmo os observadores mais experientes de Franz ficam surpreendidos. Poucas pessoas leram algum dos romances de Remarque além de Nada de Novo no Front, e, de qualquer forma, esperava-se que Beckenbauer produzisse um hino suave a Portugal. O Kaiser encantou mais uma audiência.”
(Simon Kuper, 2011)
Franz Beckenbauer, também conhecido pela alcunha “Der Kaiser” (O Imperador), teve uma carreira brilhante como jogador e treinador, tornando-se uma figura lendária no Futebol e irónica do Desporto, reverenciado pelas suas qualidades excecionais como jogador, em particular pela sua revolucionária visão táctica que deixou uma marca duradoura no jogo de Futebol.
Como exemplo da lenda em que se tornou, quando alguém na “Rua” ou no Futebol de Formação de um clube se destacava como um Defesa-Central que procurava progredir com bola e contribuir na construção do jogo ofensivo da equipa, tendo sucesso ou não, era rapidamente baptizado de “Beckenbauer”. Portanto, de forma elogiosa ou irónica.
De acordo com (Simon Kuper, 2011), o Futebol da Alemanha “ainda moldado pela ética nazi, produzia principalmente Kämpfer, ou lutadores, como a equipa alemã que venceu o Campeonato do Mundo na lama de Berna em 1954”. O autor relata que “Beckenbauer é a fénix das cinzas da Alemanha Nazi. Concebido no inverno mais sombrio do país, nasceu numa Munique bombardeada em Setembro de 1945, a ‘Hora Zero’ da Alemanha. Seu pai trabalhava nos correios. Os Beckenbauer não comiam carne frequentemente. Franz trabalhava como agente de seguros e assinou um contrato semi-profissional com o Bayern de Munique, na época um clube local de dimensões modestas”. No Bayern rapidamente se destacou como um talentoso defensor. Ao longo da década de 1960, ajudou o Bayern a conquistar vários títulos, incluindo três campeonatos da Bundesliga e uma Taça das Taças, antiga competição da UEFA.
Como explica (Jonathan Wilson, 2016), Beckenbauer, tal como Netzer, foram produtos de um crescimento “da autonomia cultural” que naquele momento se vivenciou em vários países, entre os quais Alemanha e Holanda, e que segundo o autor “acabou conduzindo ao pluralismo de estilos de vida”, com o Futebol a fazer parte desse movimento cultural mais amplo. Também (Simon Kuper, 2011) explica a liderança dos contemporâneos Johan Cruyff e Franz Beckenbauer como “produtos do seu tempo”, tal como os “estudantes nas ruas de Paris em 1968”. Kuper descreve que “eles eram bebés do pós-guerra impacientes por assumir o poder. Os baby boomers queriam reinventar o mundo. Não se submetiam à deferência”. O autor acrescenta ainda que “Cruyff e Beckenbauer não assumiram apenas a responsabilidade pelos seus próprios desempenhos, mas também pelos de todos os outros. Eles eram treinadores em campo, apontando e dizendo constantemente aos colegas de equipa para onde se mover. Eles ajudavam os treinadores a escolher as equipas e a sua organização. Não se submetiam. Exigiam uma grande quota do sucesso no jogo”.
Porém, regressando à comparação com o Alemão Günter Netzer, que detinha um pensamento político de esquerda, (Jonathan Wilson, 2016) acrescenta que embora este “fosse a figura abertamente mais rebelde, especialmente em termos de estilo de cabelo e modo de se vestir, Beckenbauer era quem tinha a vida pessoal mais turbulenta. A sua imagem, no entanto, graças a seu apoio público ao partido conservador CSU — e ao fato de jogar no Bayern — era percebida como mais convencional”. Kuper reforça que fora do campo, Franz “personificava a ambiciosa República Federal jovem e orientada para o dinheiro. Nunca foi um hippie ou de esquerda, Beckenbauer era um burguês instintivo”. Mais tarde, como dirigente, foi mesmo criticado pela esquerda alemã e até internacional pelo receio de vir a presidir à UEFA e dar maior protecção aos grandes clubes europeus.
Como jogador, Beckenbauer personificou a elegância e a inteligência dentro de campo. A sua versatilidade era notável, destacando-se tanto na defesa quanto no meio-campo, uma qualidade que o tornou verdadeiramente excecional. Dotado de uma leitura e interpretação do jogo extraordinárias, Beckenbauer não era apenas um defensor sólido, mas também um construtor de jogo magistral. Distinguia-se pela qualidade dos seus passes. Ora longos, ora curtos, mas normalmente, verticais. A sua capacidade de ler as situações, antecipar o pensamento adversário e iniciar jogadas ofensivas fez dele um jogador completo.
Contudo, foi na sua abordagem funcional e posicional que Beckenbauer deixou a sua grande marca. Como jogador do Bayern de Munique e da seleção alemã, ele desafiou as convenções sobre um Defesa-Central. Em vez de se limitar a uma função puramente defensiva, Beckenbauer frequentemente progredia para o meio-campo, actuando como um médio disfarçado de líbero, influenciado o Futebol Alemão e até internacional nas décadas seguintes. Para (Jonathan Wilson, 2016), o alemão “foi tão essencial para o desenvolvimento da Alemanha Ocidental quanto Cruyff tinha sido para a Holanda. Ele actuou como líbero pelo Bayern desde o final dos anos 1970, encorajado por Čajkovski, que crescera num ambiente de valorização dos defesas centrais que sabiam jogar (não é coincidência que o primeiro grande líbero do Ajax, Velibor Vasović, tenha sido produzido pela mesma cultura)”. Posteriormente, na Alemanha, Lothar Matthäus, Matthias Sammer, Thomas Hässler, Olaf Thon seguiram-lhe as pisadas nessa função, enquanto Gaetano Scirea, Franco Baresi e Ronald Koeman são uns dos grandes destaques a nível internacional pelas mesmas razões. Hoje, o jogo do John Stones no Manchester City de Guardiola apresenta semelhanças interessantes.
A sua carreira atingiu o auge na década de 70, quando capitaneou a seleção alemã ocidental na vitória do Campeonato do Mundo de 1974, disputado em casa. A liderança e a abordagem táctica revolucionária de Beckenbauer foi fundamental para o sucesso da Alemanha Ocidental nesse Campeonato do Mundo, onde não apenas conquistaram o título, mas a par do outro finalista, a Holanda capitaneada por John Cruyff, redefiniram também os padrões que o jogo ia vivenciando até à data. Nesse dia, o duelo entre Alemanha e Holanda, e particularmente entre Beckenbauer e Cruyff, foi dos mais icónicos que o Futebol protagonizou.
A sua qualidade a organizar o momento defensivo, na construção do futebol ofensivo da equipa e até mesmo a finalizar destacou-o como um dos maiores líderes da história do Futebol. Além do sucesso internacional, Beckenbauer continuou a brilhar a nível de clubes. Transferiu-se para o New York Cosmos na Liga Norte-Americana de Futebol (NASL), onde inclusive acabou por jogar com Cruyff, clube pelo qual adicionou mais troféus à sua colecção.
Após o fim da sua carreira como jogador, Beckenbauer embarcou num também bem-sucedido papel de treinador. Comandou o Bayern de Munique e a seleção Alemã, levando-a à final do Campeonato do Mundo de 1986, derrotada pela Argentina de Maradona e posteriormente à vitória no Campeonato do Mundo de 1990, no qual a Alemanha terminou a prova invicta. De acordo com (Simon Kuper, 2011), “naquela noite em Roma, enquanto os seus jogadores ficavam loucos, Beckenbauer passeava sozinho pelo campo, a medalha de ouro ao redor do pescoço, olhando ao seu redor como alguém que passeia o seu cão. Mais tarde, explicou que estava a dizer adeus ao futebol”. Contudo, o autor expõe que afinal “foi mais um Auf Wiedersehen: até logo. Logo voltou na sua terceira encarnação como político do futebol. Sozinho entre os antigos grandes do futebol, ele nasceu para o papel. (…) Apesar de ser alemão, Beckenbauer é querido em todo o mundo”. Entre outras papéis, tornou-se presidente do Bayern de Munique e envolveu-se de forma importante na organização do Campeonato do Mundo da Alemanha em 2006.
Para percebermos a dimensão da figura em que Beckenbauer se tornou, (Simon Kuper, 2011) explica que na Alemanha deixou de precisar de “se aliar ao establishment. É o establishment que tenta se aliar a ele. Todos os políticos alemães tentam associar-se ao Kaiser. Quando Beckenbauer visitava o seu antigo fã Gerhard Schröder na chancelaria, e Schröder abria uma garrafa de vinho tinto, ficava claro qual dos dois homens precisava mais do encontro. Quando Schröder implementou uma grande reforma fiscal, o comediante alemão Harald Schmidt brincou: “E a maior surpresa é: sem a ajuda de Franz Beckenbauer!””.
Beckenbauer trouxe uma mentalidade inovadora para o jogo, introduzindo conceitos tácticos que influenciaram posteriores gerações de jogadores e treinadores, subindo a fasquia ao futebol moderno. Este legado transcende a sua carreira como jogador, destacando-se como uma das mentes mais brilhantes e influentes do desporto.
“Ele sempre, naquela época e posteriormente, tomou cuidado em se dissociar das deficiências do futebol alemão pós-Kaiserzeit. Dias antes da final, conversando com amigos, disse em voz alta os nomes de vários dos seus jogadores e deu uma gargalhada.“O que foi tão engraçado?” perguntaram-lhe. “Pensem só,” disse Beckenbauer, “em um dia ou dois esses rapazes poderiam ser campeões do mundo!” Eles não foram: perderam para a Argentina. “Felizmente, porque se tivéssemos ganho, teria sido uma derrota para o futebol”, escreveu Beckenbauer mais tarde.”
(Simon Kuper, 2011)"
A Europa 'rica' com debate de 'pobres' e nós, os 'pobres', com manias de ricos
"O futebol profissional português prima pelo imobilismo. Não seguiu as inovações (diferentes entre si) dos Países Baixos e da Bélgica, e vai assistir ao debate dos ‘ricos’ sobre a redução dos quadros competitivos como se fosse a orquestra do Titanic…
Adivinhem lá qual é o tema que começa a marcar a agenda nos países com o futebol mais rico, normalmente chamados de Big Five (Espanha, Inglaterra, Alemanha, Itália e França)? A redução do número de clubes, tornando os quadros competitivos mais atrativos e rentáveis. Nesta altura, já toda a gente percebeu que o dinheiro gerado pelas competições não vai crescer muito mais (aliás, se a Liga Portugal atingir os números a que se propõe com a venda centralizada dos direitos televisivos dos clubes, que representam um aumento significativo face ao que existe, serei o primeiro a tirar-lhe o chapéu…), e que os espectadores, face à oferta que lhes chega de todo o mundo pelas mais variadas plataformas, podem escolher desde os jogos mais interessantes dos grandes campeonatos, até às atuações de Cristiano Ronaldo na Arábia saudita, ou de Leo Messi nos Estados Unidos, o que implica que, para sobreviver nesta selva que está mais competitiva que nunca, é preciso apresentar produtos alternativos de qualidade, que justifiquem a escolha do consumidor.
Ora, isso só será conseguido através de melhores jogos, e estes só serão conseguidos através de melhores jogadores, que só serão conseguidos através de maiores investimentos. Como já anteriormente referi, o dinheiro não estica, será preciso, para manter as maiores Ligas competitivas com as concorrentes, reduzir o número de participantes e, nalguns casos, multiplicar o número de jogos por época entre as melhores equipas.
O debate italiano
Em Itália, neste preciso momento, o presidente da Federação Italiana (FIGC) quer implementar uma reforma, para a qual conta com o apoio dos maiores clubes, no sentido de reduzir a Serie A para 18 clubes, passando de 38 para 34 jogos por época e dividindo o bolo televisivo não por 20, mas por 18. Ao mesmo tempo propõe-se racionalizar o número de clubes com futebol profissional, que atualmente chega a uma centena.
Esta mudança, na antecâmara de um novo modelo da Champions que trará mais jogos a partir de 2024/25, tornaria o calendário dos grandes menos preenchido e os seus cofres mais preenchidos. Naturalmente, este projeto tem a oposição dos clubes que normalmente vivem na corda bamba, e que sobrevivem, como iô-iôs, entre as Series A e B, que veriam as suas hipóteses de permanecer no primeiro escalão reduzidas, o que teria implicações negativas nas receitas televisivas, de bilhética e de sponsorização.
No próximo dia 11 de março haverá uma Assembleia Geral da FIGC decisiva, de onde poderá sair, independentemente da vontade da Liga de Clubes italiana, uma reforma dos quadros competitivos. Se a redução do número de clubes prevalecer, a Itália ficaria com uma Serie A com a mesma dimensão da Bundesliga ou da Ligue 1, o que aceleraria o debate em Espanha, onde há muito se reclama contra a irracionalidade de ter 20 clubes em La Liga, e até a Inglaterra, onde, pese o sucesso da Premier League, os treinadores protestam contra o número de jogos (ainda há a Taça de Inglaterra e a Taça da Liga), meses antes de entrar em vigor o novo modelo da Champions, que além de mais jogos deverá incorporar mais uma equipa inglesa, passando de quatro para cinco.
Necessidade de equilíbrio
Há muito que os norte-americanos, peritos em rentabilizar a indústria do Desporto, perceberam que a chave do sucesso está no equilíbrio entre os competidores e na incerteza quanto ao resultado. São esses fatores que levam os adeptos aos estádios e aos pavilhões e os mantêm colados às televisões (ou aos telefones, ou aos tablets, através da plataforma que escolherem). É por isso que existe o sistema do draft, onde as equipas mais mal classificadas na época anterior têm a primazia na escolha dos melhores jovens jogadores, vindos das Universidades ou do estrangeiro, e ainda a imposição de tetos salariais, tudo em nome do equilíbrio que abre as portas da mina. Sendo a realidade europeia diferente no modelo como são construídos os plantéis, o princípio da necessidade, para captar interesse, de jogos entre equipas com meios tão semelhantes quanto possível, permanece verdade universal. É por isso que quem sobe do Championship à Premier League recebe um bónus que lhe permite apetrechar-se para poder lutar com os adversários, é por isso que os alemães levam esta premissa ao ponto do Bayern de Munique, numa altura de necessidade do seu principal rival, o Borussia Dortmund, lhe ter emprestado dinheiro, e é também por isso que vamos vendo por essa Europa fora — exceção feita a Portugal — modificações que tornam as competições melhores e que já permitiram aos Países Baixos ultrapassar, no ranking da UEFA, o nosso País, e a Bélgica andar a ameaçar, mais ano, menos ano, fazê-lo.
E o que fizeram os clubes neerlandeses, que os seus congéneres portugueses recusaram? Decidiram criar, através das mais-valias geradas pelas competições europeias, um fundo de solidariedade com os restantes clubes, que lhes permitiu construírem equipas mais competitivas. Já na Bélgica, o modelo foi diferente: reduziram a primeira divisão e criaram um sistema de play-offs, um entre primeiros e outro entre últimos, que revitalizou a competição e que, por um caminho diferente, acabou por ter um efeito semelhante ao neerlandês: tornou mais forte a classe média, chave que abre a porta do elevador do ranking da UEFA e permite um melhor posicionamento.
Nós, por cá, todos mal
Em Portugal, onde a FPF remodelou todos os quadros competitivos do futebol não-profissional, criando a Liga 3, o CNS e a Liga Revelação, os clubes que integram a Liga agem como a orquestra do Titanic, que continuou a tocar durante o naufrágio, e recusam as mudanças que são vitais para o nosso futebol, embora a Direção do organismo presidido por Pedro Proença tenha ideias mais arejadas, que não consegue implementar. O mais triste é que todos vão ficar a perder, a começar pelos grandes, que já viram reduzida a presença na próxima Liga dos Campeões, que passou de dois certos e um no play-off, para um certo e outro no play-off. E porquê? Se virmos bem as coisas, as participações lusitanas na Liga dos Campeões e na Liga Europa têm sido, até, bem interessantes. Ou seja, nessas duas competições, a macrocefalia do nosso futebol até pode ter compensado. Mas como, parafraseando Zeca Afonso, uns «comem tudo, comem tudo e não deixam nada», a chegada da Liga Conferência, que acaba por ser relevante para o ranking da UEFA, destapou completamente a careca do nosso futebol: sem classe média, asfixiada pelos grandes e depauperada por uma I Liga com clubes a mais, que baixa o nível competitivo, Portugal, durante as três épocas da nova competição da UEFA, nunca conseguiu meter um representante que fosse na fase de grupos da Liga Conferência.
Se estes argumentos não forem suficientes para convencer, os grandes e os outros, de que ou há uma reforma profunda, que reponha o verdadeiro equilíbrio (e não aquele conseguido com autocarros que servem para mascarar resultados, mas, ao mesmo tempo, traduzem a impossibilidade de muitas equipas jogarem taco-a-taco com as mais bem apetrechadas), ou aterraremos, só com bilhete de ida na II Divisão europeia, não sei o que o fará.
E não pensem os clubes que lutam por uma (ou duas) presença na nova Champions, que um sucesso nesse campo poderá ser a panaceia para os seus males. Porque, como dizia António Guterres, «é uma questão de fazer contas»."
Taça: Vizela...
Avisei todos os meus amigos nos últimos dias, que o Leiria e o Santa Clara, iam calhar em 'sorte' aos Lagartos e aos Corruptos, e não me enganei...!!!
Vamos a Vizela, que me parece mais fraco do que o ano passado, com a dança de treinadores espanhóis, o problema é o calendário! Este próximo 'segmento', antes da paragem para as Seleções no final de Março, vamos ter um calendário super-carregado, com Liga Europa, Taça da Liga e Taça de Portugal, com jogos muito complicados pelo meio... As viagens vão ser curtas (Amadora, Rio Maior...), mas a combinação dos jogos com o Sporting e os Corruptos para o Campeonato, com as duas eliminatórias das Meias-finais da Taça de Portugal, muito provavelmente com o Sporting, pode ser fatal para as nossas aspirações para o Campeonato! Ainda esta semana foi evidente, como a equipa não recuperou do jogo da Taça com o Braga... Uma coisa, é jogar duas vezes por época, no inicio das épocas, outra coisa é jogar duas vezes por semana, na 2.ª metade da época, com jogos 'grandes' pelo meio...
É obrigatório fazer-se rotação no onze titular com este calendário!
Tareco!!!
"«Os avançados do Benfica custaram 40 milhões. O Rio Ave foi comprado por 20...» - Luís Freire
A reunião do Altis extendeu-se aos treinadores que defrontam o Benfica? Ou é a nova cartilha? 🤔"
Rafa...
"Muitos só vão perceber a importância do Rafa no Benfica e o quão determinante tem sido no sucesso do clube quando ele sair, infelizmente.
É𝗉𝗈𝖼𝖺 𝖩𝗈𝗀𝗈𝗌 𝖦𝗈𝗅𝗈𝗌 𝖠𝗌𝗌𝗂𝗌𝗍𝖾̂𝗇𝖼𝗂𝖺𝗌
𝟤𝟢𝟤𝟥/𝟤𝟦 𝟤𝟫 𝟣𝟣 𝟣𝟣
𝟤𝟢𝟤𝟤/𝟤𝟥 𝟦𝟩 𝟣𝟦 𝟫
𝟤𝟢𝟤𝟣/𝟤𝟤 𝟦𝟧 𝟣𝟤 𝟣𝟩
𝟤𝟢𝟤𝟢/𝟤𝟣 𝟦𝟨 𝟫 𝟪
𝟤𝟢𝟣𝟫/𝟤𝟢 36 𝟣𝟣 𝟪
𝟤𝟢𝟣𝟪/𝟣𝟫 𝟦𝟦 𝟤𝟣 𝟤
𝟤𝟢𝟣𝟩/𝟣𝟪 𝟤𝟧 𝟥 𝟦
𝟤𝟢𝟣𝟨/𝟣𝟩 𝟥𝟣 𝟤 𝟦
Imortal do SL Benfica. O resto é letra. Tem de renovar, nem que seja por apenas mais um ano!"
O melhor do jogo com o Rio Ave foi...
"...A ESTREIA DE MARCOS LEONARDO
COM GOLO AO FIM DE 17 MINUTOS
1. Lembram-se o tempo de que Tengstedt precisou para que Schmidt o convocasse e estreasse na primeira equipa? Esta é a primeira boa notícia de ontem: chegado com um mês de férias em cima, a precisar, julgava eu, de fazer uma pré-época e um período de adaptação, Marcos Leonardo foi imediatamente convocado para o jogo com o Braga e ontem teve os primeiros minutos em campo.
2. O ex-avançado do Santos já estava preparado para entrar antes da expulsão de Aderllan Santos, aos 60 minutos, quando o resultado estava em 1-1: ia ser aposta de Schmidt para tentar dar a volta a um jogo que se estava a revelar tremendamente difícil. O treinador alemão confirma, pelos vistos, as qualidades que muitos apontaram a Marcos Leonardo quando foi contratado pelo Benfica.
3. Foi muito rápido a marcar de "Manto Sagrado" vestido: bastaram 17 minutos para fazer o 3-1 ao Rio Ave. (Começou já a estragar as contas aos "crisólogos"?) E foi num belo golpe de cabeça, logo ele a quem é apontada altura insuficiente para ponta-de-lança.
4. Gostei de ver a forma como a equipa festejou com ele o primeiro golo pelo Benfica. Outro bom sinal para o futuro.
5. Deixou-nos com água na boca, mas não vale a pena "embandeirar em arco". Aguardemos pelos próximos episódios (jogos) para que possa confirmar todas as indicações positivas que nos deixou ontem.
6. Depois de Artur Jorge, foi agora a vez de Luís Freire se revoltar com os milhões que o Benfica investe nos pontas de lança. Arthur Cabral tratou de marcar ao Braga na quarta-feira e ontem foi Marcos Leonardo a fazer o mesmo ao Rio Ave. Aguardo que o treinador do Boavista mande umas bojardas sobre milhões - serão muito bem vindas!"
Física-quântica!!!
O Marcos Leonardo chegou, viu e marcou.✨
— MasterPT (@MasteringPT) January 15, 2024
Uma palavra para o Luís Vilar, que percebe tanto disto quanto eu de física quântica - ou seja, absolutamente nada.pic.twitter.com/fGVmrdbCbW
Incompetências!!!
“O Benfica é incompetente no mercado. Acham que o Marcos Leonardo vai chegar e marcar logo? Não me parece.” - Luís Vilar.
— Polvo das Antas - Em Defesa do SL Benfica (@moluscodasantas) January 14, 2024
Obrigado, CNN. Sem vocês não era a mesma coisa. 😂😂😂 pic.twitter.com/AkL5s4N9jP
Vitória a fechar a 1.ª volta
"O Benfica terminou a primeira metade do Campeonato com um triunfo, por 4-1, frente ao Rio Ave. E, no atletismo, sagrou-se campeão nacional de estrada. Estes são os temas em destaque na BNews.
1. Objetivo cumprido
O treinador do Benfica, Roger Schmidt, enaltece a vitória e considera-a justa: "O mais importante é que aceitámos que era difícil. O que a equipa fez foi muito bom, jogámos um futebol inteligente, especialmente depois do intervalo. Há sempre jogos como o de hoje e temos de os ganhar. Estou muito feliz por termos conseguido os três pontos."
2. Ajudar o Benfica
António Silva foi o autor do segundo golo benfiquista e valoriza o triunfo obtido: "Foi um bom jogo da equipa, quatros golos [marcados] e isso é o mais importante." Quanto ao golo obtido, o jovem central realça o coletivo: "É para isso que aqui estamos, para ajudar o Benfica. O importante é a vitória, são os três pontos."
3. Quatro golos
Di María inaugurou o marcador, António Silva deu a vantagem, Marcos Leonardo concretizou na estreia e João Mário fechou o resultado. Rafa, com duas assistências, foi considerado o Homem do jogo.
4. Sorteio realizado
O Benfica vai visitar o Vizela nos quartos de final da Taça de Portugal. Chegando às meias-finais, defronta o vencedor do União de Leiria-Sporting.
5. Mais um título no atletismo
O Benfica é campeão nacional de estrada e teve seis atletas a terminar a prova entre os 10 primeiros. Isaac Nader foi o vencedor.
6. Resultados – equipas masculinas
Clássico das B, com o Benfica a vencer, por 0-3, no reduto do FC Porto. Os Sub-17 venceram, por 2-3, na visita ao União de Leiria. No futsal, triunfo caseiro, por 5-0, frente ao Caxinas.
7. Resultados – equipas femininas
Em hóquei em patins, vitória por 3-1, ante o CP Vila-Sana, a contar para a WSE Champions League. No futebol, empate na visita ao Racing Power (1-1). Em voleibol, triunfo, por 0-3, na deslocação a Braga. E, no râguebi, as águias ganharam por 44-7 ao RC Tondela/RC Bairrada na 1.ª mão das meias-finais do Campeonato.
8. Protagonista
Agora, também no Site Oficial, a entrevista a Miguel Nascimento, um dos nadadores do Benfica que atingiram os mínimos para os próximos Jogos Olímpicos."
O Benfica escapou a um tiroteio
"Houve uma falha de energia geral na Luz, neste domingo. Um apagão do Benfica que só causou danos de reputação, mas que esteve muito perto de provocar estragos na pontuação no campeonato. Os jogos, é verdade, têm 90 minutos, mas são os 60 iniciais que merecem maior reflexão.
Há sempre demérito quando uma equipa maior não se impõe a um rival com menos argumentos individuais qualitativos. A esses, como o Rio Ave fez, é preciso ir lá pela estratégia e contar que o habitual desempenho do adversário não esteja no máximo.
Esses dois fatores estiveram em jogo na Luz. Um plano de Luís Freire a expor um Benfica fraco em relação às seis vitórias anteriores – isto no sentido da energia que teve em campo, claramente com menos pilhas do que o habitual nesta sequência.
O Rio Ave atirou muitas vezes à baliza de Trubin, atingiu-a, mas apesar de ferida a águia escapou ao tiroteio. O plano de Freire contou, provavelmente, com os minutos que o Benfica teve de jogar com o Braga, a meio da semana o que, vistas as coisas e, sobretudo, visto os 60 minutos da última noite, levam a uma conclusão: para além do plano estratégico a rever, Roger Schmidt tem de começar a rodar e a trazer novos músculos e pensamentos ágeis ao jogo encarnado.
O treinador das águias mexeu na equipa mais cedo frente ao Rio Ave, diferente daquilo que acostumou ao longo de 2022/23 e já esta época. Parece-me claro, porém, que os próximos onzes das águias, neste janeiro, precisem já de novos nomes pois essa foi a parte mais visível daquela hora encarnada, até pelos passes errados.
A falta de frescura só Benfica foi compensada pela falta de discernimento de Aderllan Santos, que com a mão na bola e segundo cartão amarelo (pode ler a opinião de Duarte Gomes sobre arbitragem) desequilibrou um jogo até aí dominado pelo Rio Ave. E depois de escapar ao tiroteio, a águia virou predador e acabou com a presa em três instantes.
Tiago Gouveia e Marcos Leonardo
Roger Schmidt lançou aqueles dois rapazes em jogo. O primeiro parece estar a ser mais ou menos preparado como o foi João Neves na época passada. Vai tendo alguns minutos, é aposta mais regular a sair do banco, beneficia, claro, da ausência de Neres e também de Bah – porque Aursnes poderia passar para o lado esquerdo do ataque, por exemplo.
Apesar de alguns bons indícios, o número 47 da Luz procura claramente maior protagonismo. Tudo certo, se um futebolista não tem ambição no início de carreira quando terá? A questão é mais sobre se essa sede está a deixar Tiago Gouveia a tomar as melhores decisões para a equipa e, até, para ele próprio.
Pela entrevista que vi na época passada, o 47 dos encarnados é um rapaz equilibrado, mas tem de dentro de campo saber que, neste momento, fazer o passe certo é tão ou mais importante que marcar um golo.
Marcos Leonardo começou com um golo e isso vai trazer-lhe confiança extra. Mas as palavras para Tiago Gouveia podem aplicar-se ao ponta de lança brasileiro. O melhor modo de cair nas graças futebolísticas é tomar a opção certa e não ir em busca de um registo estatístico."
Schmidt em xeque: como o Rio Ave quase deu a volta ao Benfica na Luz
"Forma apresentada por Luís Freire recuperou problemas antigos aos encarnados; João Neves desbloqueou a equipa nos dois primeiros golos; expulsão decisiva
O Benfica sofreu bastante para dar a volta ao Rio Ave neste domingo no Estádio da Luz. Trubin fez intervenções decisivas e os vilacondenses não conseguiram tirar, por duas vezes, do seu caminho os postes da baliza à guarda do ucraniano.
O técnico Luís Freire reclamou que a sua equipa tinha sido a melhor em campo e, na verdade, se contabilizarmos as iniciativas ofensivas e as oportunidades até à expulsão de Aderllan restam poucas dúvidas sobre a veracidade da afirmação. Depois, com mais um em campo, os encarnados não só confirmaram a reviravolta como conseguiram chegar mesmo à goleada.
Estrategicamente, como é que o Rio Ave, 15.º classificado da Liga, esteve quase a dar a volta ao Benfica na Luz?
Primeiro, não teve medo. Não só de ter a bola como também de tornar o jogo incómodo para os encarnados, que não gostam de ser pressionados.
O conjunto de Luís Freire teve coragem na forma como subiu, de forma compacta, as linhas, levando também consigo o posicionamento do último setor até ao limite – e privilegiando o bloqueio às ligações por dentro por parte do adversário –, sempre que sentia a oportunidade: assim que a bola que entrava no lateral, empurrando-o contra os limites do campo; quando o central demorava a controlar uma bola mais quadrada; e no momento em que Di María já recebia vigiado e de costas para a baliza rival, forçando-o a ver apenas o passe para alguém do duplo pivot. Encurtava ainda perante Arthur Cabral e Rafa, e montava o cerco a João Neves, que ainda nem sempre se livra da bola no tempo certo (e, paradoxalmente, foi decisivo no 1-1, ao encontrar Rafa). A teia estava bem montada.
Sempre com distâncias muito curtas entre as várias unidades, o Rio Ave manteve o Benfica à distância. Com a equipa bem colocada à frente, também a reação à perda se tornou eficaz.
Com a bola nos pés, os homens de Luís Freire nunca perderam a calma. A saída a três, com o guarda-redes Jhonatan como unidade extra, recuperou problemas antigos das águias. Se Cabral e Rafa estavam logo em inferioridade numérica na primeira onda de pressão – Benfica enfrenta a saída contrária em 4x4x2 –, João Mário também era apanhado a meio-caminho, libertando-se Josué pela direita, com Costinha projetado e sempre com um apoio por dentro: Amine ou Guga, até o próprio Joca. O Benfica partia-se em dois defensivamente e o Rio Ave conseguia chegar a momentos de finalização com relativa facilidade.
A saída pela direita dava gás a um dos laterais mais verticais da Liga: Costinha, que procurava o espaço entre centrais e guarda-redes nos cruzamentos. Além disso, com as duas equipas inclinadas para esse lado, quando a bola chegava a Fábio Ronaldo na esquerda este podia vir para dentro e tentar o 1x1.
Benfica-Rio Ave, 0-1: encarnados atraídos para a direita, cruzamento em busca do espaço entre central e guarda-redes; bola sobra na esquerda para Fábio Ronaldo, que assiste Guga (Kokçu e Di María saem ambos a Graça e esquecem-se do médio)
Os golos tiveram efeito tranquilizador para ambos os conjuntos. O Rio Ave tinha a prova de que a estratégia resultava e obrigava Trubin a esforçar-se, e os encarnados, que tinham chegado ao empate quase sem o merecerem numa transição ofensiva rápida inventada por João Neves, acabaram por sustentar aí algum crescimento até ao intervalo, com uma ou outra jogada mais interessante.
Benfica-Rio Ave, 1-1: encarnados recuperam a bola no meio-campo, com João Neves a colocar de imediato em Rafa, que assistirá Di María para uma bela finalização; equipa de Roger Schmidt marca em contra-ataque
A segunda metade trouxe duas bolas ao poste separadas por poucos minutos, e o Benfica demorou a encontrar-se. Tentou com trocas de bola quase estéreis recuperar ânimo – e esquecer algum eventual cansaço pelo jogo a meio da semana com o SC Braga, intensificado com o facto de estar agora sempre a correr do ataque para a defesa e da defesa para o ataque –, assentar posicionalmente e empurrar os vilacondenses para trás, todavia só com a expulsão de Aderllan e o 2-1, três minutos depois, a equipa de Roger Schmidt sentiu que tinha ultrapassado o pesadelo.
Benfica-Rio Ave, 1-1: jogada da primeira bola ao poste, logo no reatar da segunda parte; Costinha passa duas vezes por Morato, exposto ao 1x1, e cruza para cabeceamento de Boateng ao ferro mais distante.
Benfica-Rio Ave, 1-1: novamente Costinha, servido por Amine, a cruzar para desvio de João Graça. O médio recupera a bola, vira-se para a baliza e acerta no poste mais próximo.
Destaque-se a dupla recuperação de bola de João Neves, primeiro pelo ar, depois à flor da relva, que originou o confuso lance que terminou com o remate certeiro de António Silva. O jovem médio é, cada vez mais, o jogador mais influente dos encarnados – Rafa tem-se destacado, nesta fase, na reta final das jogadas, mas há um caminho percorrido até aí, com muitas pegadas do jovem –, embora ainda não seja, naturalmente, um produto final.
Benfica-Rio Ave, 2-1: momento em que João Neves recupera a bola pela segunda vez na mesma jogada na área vilacondense. A bola chegará, no meio da confusão, a António Silva, que fará o 2-1.
A partir do 2-1, o jogo já não teve história, com Marcos Leonardo a juntar um bom golo à estreia e João Mário a corresponder à trivela de Rafa, garantindo uma goleada bastante mentirosa.
A questão da saída a três por parte dos rivais deverá naturalmente preocupar Roger Schmidt para que não volte a ser surpreendido. Ainda mais quando a forma como pressiona não tem tido a compacidade da época passada."
O Benfica caiu na rede do Rio Ave mas ainda foi a tempo da goleada
"Durante 60 minutos, o Rio Ave foi a equipa mais organizada no Estádio da Luz, jogando na sua estratégia habitual e mesmo assim surpreendendo um Benfica que não soube reagir. Com a expulsão de Aderllan Santos, a equipa de Luís Freire foi abaixo, mas o 4-1 no marcador é um castigo demasiado pesado para os vilacondenses. Marcos Leonardo marcou na estreia
Os números da vitória do Benfica (4-1) frente ao Rio Ave contarão apenas parte da história de um jogo em que Roger Schmidt não se preparou para o que teria à sua frente. Só assim se explica os primeiros 60 minutos dos encarnados. Utilizando a iconografia marítima, que tanto apela ao coração do Rio Ave, o Benfica caiu na rede dos vilacondenses e nem se pode dizer que tenha sido por surpresa. Luís Freire entrou com o sistema habitual, a estratégia de sempre, e até à expulsão de Aderllan Santos, aos 58’, o verdadeiro acontecimento sísmico do jogo, os visitantes foram sempre a equipa mais à-vontade em campo. Com menos um e sem a qualidade individual do adversário, o desfecho seria inevitável e o marcador foi engordando, mas o Benfica não esteve assim tão longe de ser surpreendido em casa.
Os primeiros 25 minutos - e depois a entrada na 2.ª parte - são particularmente indecorosos para o Benfica, absolutamente dominado pelo Rio Ave, sempre em superioridade a sair, com Costinha e Fábio Ronaldo como alas muito projetados a acentuarem a vantagem. Aos 9’, o golo de Guga era um retrato fiel do jogo: há um primeiro cruzamento de Costinha ao qual Boateng não consegue responder, e a bola segue sem oposição ou reação para Fábio Ronaldo, que encontrou Guga livre, com os centrais do Benfica perdidos. O remate foi de primeira.
Sem reação palpável, sem adaptação ou uma pressão efetiva face à surpresa inicial, o Benfica continuou a sofrer após o golo do Rio Ave, sempre com muitas dificuldades em travar os avanços da equipa de Luís Freire. Aos 16’, Fábio Ronaldo apareceu com espaço, com Trubin a defender um remate que ainda foi desviado por João Neves. Aos 24’ foi mais uma vez o guardião ucraniano a salvar o Benfica, a parar a finalização de Boateng, que Miguel Nóbrega não teve dificuldade em encontrar na área. O golo do Benfica, numa transição em que Rafa encontrou Di María sozinho, aos 29’, apareceu num dos únicos erros de construção do Rio Ave e em contraciclo com o que o jogo transpirava até então.
Seria importante esse golo contra a corrente para o Benfica - continuou a ser a equipa menos esclarecida taticamente em campo, mas conseguiu equilibrar. Até ao intervalo, João Mário podia ter marcado num lance que Jhonathan resolveu bem e o pânico já não parecia rondar os encarnados a cada passe falhado ou bola perdida. A cada incursão do Rio Ave no ataque.
De uma equipa como o Benfica esperar-se-ia um regresso para a 2.ª parte com a lição bem aprendida e as alterações necessárias postas em marcha. Mas os primeiros minutos exacerbaram os problemas que a equipa de Roger Schmidt havia tido no primeiro tempo. Permitindo situações de vantagem ao Rio Ave no ataque, o Benfica viu a bola embater duas vezes nos ferros da sua baliza, aos 46’ e 49’, o que poderia ter mudado a história do jogo. Até aos 58 minutos, quando Aderllan Santos foi expulso, o Rio Ave foi a equipa mais organizada e mais perigosa em campo. Teve o mérito de quebrar o Benfica em pleno Estádio da Luz. A partir daí, tudo mudou.
Mudou não só pela inferioridade do Rio Ave como pelas alterações, tardias, de Roger Schmidt, lançando Florentino, Tiago Gouveia e Marcos Leonardo. O 2-1, num lance algo atabalhoado na área do Rio Ave após um canto e muito bem aproveitado por António Silva, matou desde logo qualquer plano de contingência de Luís Freire. A capacidade física esfumar-se-ia logo a seguir e os golos do Benfica apareceram naturalmente. Aos 80’, Marcos Leonardo estreou-se a marcar pelos encarnados ao primeiro remate, num golo magicado por Rafa, a trabalhar muito bem para o cruzamento de Aursnes, que encontrou a cabeça do brasileiro. Já nos descontos, foi de novo Rafa, numa das melhores fases da época, a aproveitar a quebra do rival e a cruzar de trivela para João Mario que, sozinho, só precisou de encostar para o 4-1.
E mais golos poderiam ter aparecido. Houve condições para a goleada ser ainda mais gorda, mas isso não deverá esconder uma primeira hora de jogo em que o Benfica se viu tantas vezes de mãos atadas, também por culpa própria, por não ter reagido a tempo nem feito qualquer adaptação ao futebol que o Rio Ave apresentou na Luz. Uma vitória de onde se devem retirar mais do que três pontos: também se devem retirar lições."
Resultado lisonjeiro, com estrelinha sétima vitória seguida
"Benfica 4 - 1 Rio Ave
> Nenhum treinador como Schmidt leva tão a peito a máxima de que "em equipa que ganha não se mexe". De modo que até uma galinha da Índia seria capaz de acertar no 11 para a receção ao Rio Ave. Vamos a isto!
> Metade da primeira parte já lá vai. Levámos um de entrada e eles continuam confortáveis no jogo. E a obrigar Trubin a aplicar-se.
> Praticamente do nada a sociedade Rafa-Di María inventa um golo que de todo se adivinhava: 1-1. Vamos Benfica, crl!
> Eles continuam a trocar a bola sem pressão. E nós a viver quase exclusivamente das acelerações do Rafa. Precisamos mais.
> Parece que o Rio Ave tem mais jogadores. Onde anda a nossa intensidade e a nossa pressão? Fui espreitar os números do Sofascore ao intervalo: os deles melhores que os nossos em tudo menos na posse de bola (51-49).
> Ainda agora recomeçou e o Trubin e a trave já nos safaram. E mais outra na trave. Acordem, porra! Aproveitem a estrelinha!!!
> Eles com 10: uma benção! E nós marcamos logo, insistência atrás de insistência e António Silva a fuzilar lá para dentro: 2-1!
> Schmidt mantém as substituições que ia operar e faz entrar Florentino, Tiago Gouveia e... Marcos Leonardo! Vamos ter meia hora para observar o miúdo.
> MARCOS LEONARDO!!! Já está, com 55.238 a confirmar e a festejar nas bancadas. Bela estreia.
> Bem, que assistência do Rafa! Toma lá João Mário que é só empurrar. 4-1, resultado muito, muito lisongeiro para o nosso lado. É favor tirar lições do que se passou hoje.
> O Fernando - Fanã Machado - que está comigo na segunda foto, é filho do enorme Zé "Gato" Henriques. Levou de encomenda um forte abraço para o pai, uma lenda viva das balizas do Glorioso."