Antevisão do fim de semana


"São vários os temas nesta edição da BNews.

1. Jantar-surpresa
Ontem à noite, o aniversariante Nené (75 anos) foi surpreendido ao jantar por antigos companheiros de equipa e pelo Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa. Mais um bonito momento de homenagem.

2. De setes para o sete
As mensagens de parabéns enviadas ontem para Nené de vários futebolistas de águia ao peito e o 7 nas costas.

3. De volta à Luz
Sábado, às 20h45, o Benfica recebe o Estrela da Amadora na 4.ª eliminatória da Taça de Portugal. O apoio dos Benfiquistas é fundamental para a obtenção de um triunfo.

4. À Margem do Jogo
Uma reportagem especial com Lena Pauels e Anna Gasper. Para ver nas plataformas de comunicação do Benfica.

5. Vitória concludente
Na jornada inaugural da fase de grupos da Liga dos Campeões de hóquei em patins, o Benfica ganhou ao Valongo por 5-0.

6. Jogo do dia
O Benfica recebe o Besiktas, às 20h30, a contar para a EuroCup de basquetebol no feminino. Eugénio Rodrigues refere: "Vai ser um jogo de dificuldade máxima. Vamos ter de estar em superação para conseguirmos competir."

7. Agenda do fim de semana
No sábado, além do jogo da Taça de Portugal, na Luz, entre Benfica e Estrela da Amadora (20h45), há ainda a partida da equipa B no reduto do Portimonense (11h00), o dérbi com o Sporting em râguebi no feminino e o embate de voleibol, na Luz, com o Leixões (17h00).
No domingo, os Sub-19 visitam o Lusitânia nos Açores (11h00 locais), os Sub-17 deslocam-se à Académica (11h00). Às 11h30 começa o clássico de hóquei em patins, no Dragão Arena, entre FC Porto e Benfica. A equipa feminina de voleibol atua no pavilhão do Braga (15h00). E as equipas femininas de basquetebol e de futsal recebem o CPN (15h00) e o Futsal Feijó (19h30), respetivamente.

8. Distinção
Janice Silva, futsalista do Benfica, recebeu o Prémio Prestígio 2024 na Gala do Desporto da Amadora.

9. Convocatória
Seis futebolistas do Benfica integram a convocatória da Seleção Nacional Sub-15.

10. Showfight 2024
Bons desempenhos de pugilistas do Benfica.

11. Casa Benfica Santarém
Foi há um ano que esta embaixada do benfiquismo reabriu com o conceito 2.0 implementado. O jantar de aniversário foi muito concorrido."

Projeto desportivo: vai ser bom, não foi?


"Não há propriamente uma fronteira 100 por cento objetiva para definir quando é que são projetos desportivos ou quando não o são. Alguns indicadores e factos ajudam-nos a perceber quando são mais robustos, sustentáveis ou têm uma continuidade e uma linha de pensamento, um propósito e uma estratégia. E do outro lado da moeda, algumas decisões e ações que nos remetem para a inexistência disso tudo.
Em Portugal é normal discutir-se o projeto desportivo ou a falta do mesmo. Não apenas por isso, mas também porque muitas vezes, logo a partir da 1.ª jornada, observamos o despedimento de treinadores em massa. Não que o despedimento pontual de um treinador revele que o projeto não existe ou é mau, até pode indicar simplesmente que esse recrutamento não foi eficiente, correu apenas mal, não existiu o tal match que se desejava e não é por isso que o projeto deixa de cumprir os requisitos todos, podendo ser apenas um episódio de exceção.
Convém relembrar que na análise dos projetos de um clube há dimensões como a cultura organizacional, o perfil de pessoas que coabitam dentro da organização e que atrai ou repele um conjunto de pessoas que são competentes ou incompetentes. Existem os objetivos e o propósito do clube e há ainda que contar com o contexto em redor. São muitas dimensões, umas que controlamos e outras que não dependem de nós. E claro está, o fator diferenciador que continuam a ser as pessoas, os profissionais e dirigentes que reúnem um conjunto de competências técnicas, experiência, capacidade de liderar para construir e não destruir, visão, um propósito agregador e valores humanos.
No entanto, quando assistimos a tantos despedimentos, a mudanças de sentido e ziguezagues constantes, há algo que não bate certo. Os treinadores em Portugal torna(ra)m-se numa presa demasiado fácil para quem toma decisões, porque não existindo estratégias, recursos para os objetivos que os dirigentes apontam como possíveis de conseguir, o treinador é o mais fácil e barato de descartar. Tal como se dizia na história da Alice no País das Maravilhas, se não sabes para onde queres ir, qualquer caminho está certo, e neste caso, não estão todos certos, mas quase todos mal.
E isto é apenas um exemplo, pois, infelizmente, existem muitos mais. E no final perdemos todos, muito mais do que apenas o tal clube e o treinador que sai. Porque quem entra — e nas costas dos outros vemos as nossas, diz o bom provérbio português — sabe que não tem tempo e que a sua avaliação resvala para outras dimensões do que apenas a meritocracia. E no final da cadeia alimentar, o desporto sai lesado porque atrai quem não precisa e repele quem poderia acrescentar.
Por isso mesmo, direi que o problema é mais profundo. Vem da liderança dos tais projetos desportivos. Que pedem o céu, quando só têm recursos para ir até ao 1.º andar. Que pedem exigência quando no dia-a-dia são incoerentes entre o que exigem e o modo como atuam. Falta experiência. Falta observar o que se faz de melhor e de pior. Adaptar à nossa realidade. E como já diziam os japoneses, copiar melhor é inovar. Perceber de uma vez por todas, por exemplo, que quem mais troca de treinador são as equipas que acabam por descer. E que Portugal já vai destacado nesse indicador. Aliás, há uma ou duas semanas, Portugal tinha mais despedimentos do que as cinco ligas top de futebol juntas, mas isso devem ser coincidências na cabeça de alguns.
Por isso, para termos projetos dignos desse nome e mais robustos — e vão existir sempre clubes dececionados entre os que definiram como objetivos e o que se conseguiu, até porque no desporto, e há pessoas que se esquecem desse pequeno detalhe, só costuma vencer um — é necessário os clubes e as federações apostarem mais na criação de estruturas com condições. E depois podemos pensar em voos maiores. O inverso acontece como exceção e não como regra, e para isso são necessárias também competências e não apenas recursos. Isto é assim em qualquer país e não são caraterísticas de clubes X ou Y, de culturas A ou B.
Até isto acontecer, ainda vamos passar por tempos complicados e complexos, porque no desporto, seja ele de alta competição ou não, vive-se muito mais próximo da suposta inglória do que a glória, dado que no desporto são muito menos aqueles que vencem do que os que ficam à porta da vitória. Há que estar mentalizado que a posição em si nos aproxima constantemente, claro que depende do clube em que se trabalha, para uma possibilidade de não vencermos e há que estar preparado para isso e encarar como oportunidade de aprendizagem e não de fuga até ao próximo momento da fotografia dos vencedores. Controlar e tornar robusto o que depende de nós.
Para terminar, há quem diga que de boas intenções está o inferno cheio. E eu diria que o desporto tem o condão de atrair mais pessoas para as fotografias das vitórias e de poucas pessoas que aparecem nos momentos de desilusão. É assim, as vitórias sempre tiveram muitas mais mães e pais do que as derrotas. Enquanto for assim, vamos estar mais longe do que se pretende. Se é que realmente se pretende."

75

Está na hora, Portugal!


"Aproximam-se dois jogos decisivos para o futuro imediato da Seleção Nacional feminina. Para marcar presença no Europeu de 2025, na Suíça, as nossas jogadoras têm de eliminar a Chéquia num play-off em que não há segundas oportunidades, só quem vencer estará no Euro.
Cientes desse caráter decisivo, os portugueses estão a responder à chamada e tudo indica poderá estar a caminho um novo recorde de assistência. A Seleção joga pela primeira vez num grande palco, no Estádio do Dragão, e as últimas informações indicam que já foi vendida mais de metade da lotação do recinto. É o Dragão, precisamente, que detém esse recorde, na apresentação da equipa feminina do FC Porto, onde estiveram 31.093 pessoas a assistir… a um amigável. Desta vez num jogo oficial, com ingressos pagos, seria gratificante ver o estádio esgotado.
Era mais um exemplo, se dúvidas ainda persistissem, que o futebol feminino pode atrair multidões e gera cada vez mais interesse em seu redor, apresentando um potencial enorme de evolução.
Pena é que por cá não sigam o que se passa noutras ligas. Em Inglaterra, por exemplo, na última jornada, aproveitando a paragem do futebol masculino, a equipa feminina do Everton recebeu o Liverpool em Goodison Park, o Leicester jogou com o Manchester United no King Power Stadium, o Aston Villa recebeu o Crystal Palace no Villa Park, o Tottenham jogou no seu principal palco e o Chelsea levou mais de 19 mil adeptos a Stamford Bridge na receção ao Manchester City. E esta jornada não foi caso único. A equipa feminina do Arsenal anunciou que fará no total 11 jogos no Emirates, enquanto Leicester e Aston Villa farão todos os jogos da WSL nos seus principais palcos, rodando com as equipas masculinas. Bons exemplos que atraem público, atraem sponsors, proporcionam receitas para dar continuidade aos investimentos nesta área.
Já agora, e ainda por falar em Seleção Nacional feminina, é urgente perceber para onde queremos que a nossa Liga caminhe: basta olhar para convocatória para se constatar o enorme fosso entre os três grandes (Benfica, Sporting e SC Braga) e os outros… Tirando uma exceção, mais nenhuma jogadora dos restantes clubes da Liga BPI foi chamada. Ou seja, das 26 convocadas, 14 jogam nos três grandes, uma fora desse lote em Portugal e as restantes 11 estão no estrangeiro. As desigualdades tenderão a acentuar-se se não se adotarem medidas urgentes que proporcionem meios aos restantes clubes para investirem na formação e segurarem as melhores jogadoras por cá. Está na hora.
Vamos lá, Portugal!"

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Poker...


Benfica 5 - 0 Valomgo

Estreia na Champions, com uma vitória clara, com uma 1.ª parte fraquinha, mas com um 2.º tempo esclarecedor... e com o Ordoñez a abrir o livro, com dois grandes golos!!!

Destaque para a lesão e cirurgia do João Rodrigues (partiu o nariz!), que provavelmente irá regressar com máscara!!!

Nené

Contas para ajustar


"Proximidade do mercado já exige trabalho das direções; no Benfica, trocar a atual alternativa a Bah (Kaboré) parece ser uma das hipóteses fortes

Em mais uma pausa do campeonato, já se fazem as contas na proximidade do mercado. Tempos houve, e que eu vivi, em que os plantéis ficavam definidos à partida para toda uma nova época. Agora não. Esse sossego perdeu-se, provavelmente para sempre, mas representava uma estabilidade inicial que agora é difícil recriar.
Concluir o que poderá ser o bom reforço das equipas é trabalho atempado importante das direções dos clubes, tendo em conta as suas ambições, mas também olhando às suas realidades financeiras.
No caso do Benfica, várias dúvidas parecem ser meditadas em relação ao que fazer. Considerar trocar a atual alternativa a Bah parece ser uma das hipóteses fortes. Kaboré, mesmo com potencial, confirma dificuldades neste seu novo passo e o tempo nos grandes clubes não pára. A validar esta operação está Bah, que repete a sua tendência para as lesões que o afastam da competição com alguma frequência. Mais ao meio da defesa mantém-se a qualidade de dois jovens já internacionais, numa luta curiosa e acesa pelos lugares iniciais, quer no Benfica, quer na nossa Seleção. Este duelo é ainda mais especial pelas diferentes preferências de Lage e Martínez. No Benfica, é Tomás Araújo quem assume a preferência e a titularidade. Já na Seleção, há a continuada escolha em António Silva, mesmo sabendo que o seu ritmo competitivo não pode ser o mesmo do parceiro. Um caso invulgar o destes rapazes. Se Otamendi vai ou fica é igualmente uma questão atual, e pertinente, que pode levar a nova aposta renovadora nesta eventual vaga. É este um caso em que a avaliação entre o que se ganha e o que se perde deve ser bem medida e com critério. Ficar ou partir? Entretanto, lá na frente sonha-se com golos, porque no Benfica quer-se sempre mais e, embora venha fazendo por isso, a verdade é que Arthur Cabral tarda em reafirmar a sua capacidade goleadora. Na sua melhor fase no clube, já lá vai algum tempo, viu interrompido o seu melhor momento nunca se soube bem porquê. Teremos cara nova em alternativa a Pavlidis? Ou a batalha de Cabral continua e ainda dará resultados?

Pepe
O desejo de qualquer jogador de saída para a outra vida é fazê-lo em alta, antes que alguém lhe indique incomodamente a porta de saída. Pepe é dono de uma carreira longa e de grande sucesso recentemente terminada. Há várias maneiras de sair de cena, mas é difícil encontrar alguém que tenha abandonado assim o futebol jogado. Acabar como titular absoluto do seu clube e da Seleção Portuguesa aos 41 anos é algo próximo do inacreditável, para além de exceções, não muitas, de quem defende as balizas. Foi consensual pela sua capacidade indiscutível, mas não tanto para os adversários, dada a excessiva dureza que o marcou em fases mais anteriores da sua carreira. No final, Pepe foi indiscutivelmente um grande defesa, talvez o melhor central que por cá vimos nas últimas décadas.
Conheci-o ainda muito jovem no Marítimo, o seu primeiro clube em Portugal. Fui, nessa altura e também pela primeira vez, assistente, e de um treinador russo de nome Byschovets, que chegava com o honroso título de campeão olímpico.
Mais recentemente, muitos anos depois e na equipa técnica do Boavista, reencontrei o Pepe em campo e confesso que fiquei agradado por ele ter correspondido quando o saudei: «claro que me lembro de si do Marítimo!», respondeu então, atenciosamente. Parece pouco, mas retrata humildade, respeito e também memória, características que foram por certo importantes no seu longo trajeto e assim não tão frequentes neste mundo da bola.

Número 9
Voltamos ao 9... Em todas as atividades existem departamentos específicos e especialidades. Também no futebol os jogadores são distribuídos em posições de acordo com as suas características. Na ponta mais avançada das equipas convém colocar alguém que finalize o que lhe vai chegando e que tenha especiais recursos para isso. Mesmo o fenómeno Mbappé é posto em causa numa posição que não é completamente a sua. Um problema por solucionar, sabendo que da esquerda do ataque da sua equipa surge Vinicius Jr, de rendimento difícil de bater. Benzema foi o último grande 9 do Real Madrid e comentou, recentemente, esta encruzilhada em que vive o seu companheiro de seleção. Disse ele, e eu concordo, que cada um é para o que nasce."

Vitórias europeias


"São vários os temas nesta edição da BNews, com destaque para os triunfos europeus no andebol e no voleibol e para o 75.º aniversário de Nené.

1. Atividade nas seleções
Trubin, Otamendi, Tomás Araújo, Barreiro, Kökcü, Aktürkoğlu, Schjelderup e Amdouni estiveram em ação, nos últimos dias, por seleções dos seus países.

2. 75 anos de uma glória do Benfica
Nené celebra o 75.º aniversário de vida. Os antigos colegas Toni, Vítor Martins, António Bastos Lopes e José Manuel Delgado recordam o extraordinário jogador.
E ainda, no Site Oficial, a notável carreira do prolífero goleador benfiquista em 75 factos.

3. Convocadas
Cristina Prieto (Espanha), Nycole Raysla (Brasil) Joana Silva, Letícia Almeida e Carolina Ferreira (Sub-23 de Portugal) integram convocatórias de seleções.

4. Inspiradoras na Luz
O dérbi de futebol no feminino entre Benfica e Sporting, no dia 1 de fevereiro do próximo ano, está agendado para o Estádio da Luz.

5. Na main round
O Benfica ganhou, por 39-32, frente ao Kadetten Schaffhausen na 5.ª jornada da fase de grupos da EHF European League e está apurado para a próxima fase. Jota González elogia o grupo de trabalho: "É muito bom, ganhámos os cinco primeiros jogos no grupo, já estamos qualificados. Os jogadores estiveram muitíssimo bem, são os grandes protagonistas das vitórias que temos alcançado."

6. Nos oitavos de final
O Benfica está nos oitavos de final da CEV Volleyball Cup. Na 2.ª mão dos 16 avos de final disputada com o Calcit Kamnik, venceu por 0-3. Marcel Matz considera: "A equipa está de parabéns, jogou bem, e manteve-se bem até depois de ter conseguido a qualificação."

7. Jogo do dia
Benfica e Valongo encontram-se na Luz (20h00) no âmbito da 1.ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Edu Castro refere a importância dos adeptos junto da equipa: "É fantástico como nos apoiam, como nos animam, como nos fazem acreditar no hóquei que queremos jogar. A nossa intenção é oferecer o mesmo que viram nestes dois primeiros jogos: um hóquei vertical, com uma direção rápida à baliza, quantos mais formos, mais temos a ganhar."

8. Ações do futebol jovem
Os CFT juntaram-se no Benfica Campus e foi realizada, no sintético do Estádio da Luz, mais uma edição da Liga Interna das Benfica Escolas de Futebol.

9. Community Champions League
A edição deste ano do projeto da Fundação Benfica em parceria com a GEBALIS já arrancou.

10. Primeiro aniversário
A primeira Casa do Benfica 2.0, em Santarém, celebrou um ano de atividade neste modelo."

A hipocrisia....


"Às 21h50 no canal V+
3ª FEIRA É NOITE DE DEBATER A ATUALIDADE DO FUTEBOL no programa "Clássico", com os intervenientes do costume.
Na semana passada a goleada ao FC Porto dominou a noite - deixo um pequeno excerto. Hoje o "menu" tem muitos e variados temas para abordar.
SAUDAÇÕES BENFIQUISTAS!"

Anedotas!


"Nuno Santos apanhou o castigo mais pesado da última década (8 jogos) devido ao incidente provocado numa bancada, da qual resultaram feridos.
O jogador leonino vai cumprir a suspensão numa altura em que se encontra lesionado Anedótico, no mínimo! Ao nível das suspensões do Sérgio Conceição e do Eng° Luís Gonçalves que eram suspensos em períodos de férias.
O Sporting, por sua vez, decidiu recorrer da sentença, por entender que é um castigo demasiado severo para o caso, uma vez que para o clube de Alvalade a responsabilidade é do material estar sem manutenção.
TODOS VIMOS AS IMAGENS NA TV!
Cá está a lisura e os bons costumes que tanto apregoam. Em vez de assumirem a responsabilidade, querem fugir por via justiçal mesmo sabendo que este ato colocou a vida de dois adeptos em risco.
Não sei qual é a anedota maior, se a suspensão em tempo de lesão, se o argumento usado pelo Sporting CP."

Então e agora?!


"Todos nos lembramos quando Jaime Cancella de Abreu disse na SportTV, que a comunicação da FPF fez tão mal o seu trabalho que deu aso a que se especulasse que Pepe tinha abandonado apressadamente o estágio da Seleção por causa do controlo antidoping surpresa da FIFA.
O comendador afeto ao Benfica foi SANEADO do canal de Joaquim Oliveira - sabe-se que a pedido de Fernando Gomes, presidente da FPF.
Quem quiser fazer uma busca pelo vasto mundo da internet, dificilmente vai conseguir encontrar um video com esse momento.
Vá-se lá saber porquê...!
Não vimos má educação, desprestígio pelas pessoas ou instituições, ofensas ou outra coisa qualquer. Assistimos a debates com lucidez e elevação.
Ontem, no canal V+, no programa onde participa José Manuel Antunes , assitiu-se a um momento - que não deixando de ter a razão do seu lado - foi no mínimo inusitado e ofensivo para com o Selecionar Nacional. Rodrigo Roquete adjetivou Roberto Martinez de palhaço 🤡.
Ficaremos a aguardar que posição terá Fernando Gomes e a FPF em relação ao lugar que o comentador sportinguista tem no canal de cabo da TVI ..."

Modric, chama o Vitinha, por favor


"Onde outros veem a escuridão, becos e medos cénicos, o médio do PSG encontra a luz e dá à bola um tratamento VIP

E aquele passe de Vitinha contra a Croácia a ressuscitar João Félix na Seleção? A frase tem direitos de autor: é do povo. O povo nos cafés, o povo na pausa para o almoço e para o lanche, se calhar o povo em família enquanto assiste à novela da noite.
Frente à Polónia e Croácia, Portugal ofereceu-nos 90 minutos de futebol perfumado. Pena não terem sido 90 minutos seguidos. Uma segunda metade demolidora com a Polónia e primeiros 45 minutos autoritários contra os croatas, como o patriota gosta, formam a soma dos méritos da Seleção Nacional, que segue alegre o seu caminho na Liga das Nações.
Sem ter marcado um único golo, Vitinha emergiu não apenas como desbloqueador de conversa, mas como o desbloqueador do jogo luso. É o nosso Modric na habilidade, inteligência e capacidade de tornar simples o que para tantos jogadores deste planeta é complexo. A relação com a bola é de amor, há um desvelo a tratar o couro que é de craque, portanto, mais estranho que o ver saltar do banco para dar cabo da Polónia, foi vê-lo sentado a observar aqueles 45 minutos deploráveis e penosos.
Porém, a Liga das Nações também serve para isso, para perceber que, apesar do diminutivo no nome, Vitinha agiganta-se, resolve jogos e descobre atalhos onde outros encontram becos e medos cénicos. É um médio de calibre mundial, de uma fineza rara, que saiu do FC Porto bem trabalhado por Sérgio Conceição. Esse mérito ninguém tira ao ex-treinador dos dragões. O resultado é este, um médio mais completo que pode existir."

Pelo ouro sobre as quinas


"22 milhões de euros - foi o montante do contrato celebrado entre o Estado Português e o seu Comité Olímpico para financiamento do Programa Paris 2024. No seu regresso dos últimos Jogos, o Primeiro Ministro Luís Montenegro afirmou que o Governo iria aumentar em mais de 20% esse financiamento, ou seja, um aumento de 4,4 milhões de euros. Isto significa que, nos próximos 4 anos, e para cumprir a sua missão, o COP irá enquadrar um suplemento de 1,1 milhões euros/ano no seu orçamento.
Confesso que nunca me pareceu que a forma mais sensata e eficaz para um Governo de ajudar a resolver os problemas do desporto fosse a de “atirar” dinheiro assim, qual monarca magnânimo, sem concertação prévia ou objetivo definido. Mas, como essa parece infelizmente ser uma prática bastante usual, fiquemo-nos pela consideração do que de muito positivo tem - mais dinheiro para o desporto olímpico – e ponto final!
Neste contexto, caberá ao COP a ponderação responsável da aplicação desse acréscimo financeiro. Nada que envolva especial dificuldade, pois serão certamente várias as carências a reclamar mais meios financeiros. E uma das soluções, talvez a mais óbvia (mas que em verdade pouco de relevante alterará), será a de distribuir por todo o programa olímpico esses novos 20% anuais.
Em alternativa, proponho que uma pequena refleção nos leve a determinar um setor onde tal suplemento financeiro vá realmente valer a pena e ter um determinante impacto positivo. Quando olhamos para o Programa Olímpico, e sabendo da sua importância, temos noção do longo percurso pleno de obstáculos que um atleta tem de percorrer para lá chegar, o que obriga a que nada possa faltar em termos de apoio a quem alcança este supremo patamar desportivo.
Nos dias de hoje, um atleta de alto nível planeia e estrutura a sua época desportiva de forma a tentar atingir e permanecer no topo dos rankings mundiais na sua modalidade. Para isso, tem de atender a uma multiplicidade de custos que vão desde as viagens a encontros e competições, o alojamento, os estágios, as infraestruturas de treino, o material desportivo altamente especializado, a suplementação, o apoio médico e nutricional, a saúde mental, até à fisioterapia e recuperação do treino.
Para se atingir este nível desportivo, há um longo e tortuoso caminho a percorrer. Esse caminho, pleno de pequenos avanços e tantos outros recuos, está alicerçado na motivação e na ambição de cada atleta e seu treinador, no trabalho desenvolvido pelos nossos clubes e enquadrado da melhor forma possível pelas respetivas federações desportivas. Olhemos, por exemplo, para uma modalidade, o atletismo, e dentro dela para uma especialidade que nos deu um campeão olímpico - o triplo salto e o Nelson Évora!
Para que um atleta consiga alcançar o nível de entrada do Programa Olímpico (nível Elite) no triplo salto, tendo por base os critérios definidos na sua grelha de integração, requer-se que o seu desempenho se traduza numa classificação até ao 8.º lugar em Campeonatos da Europa ou ao 16.º em Jogos Olímpicos ou Campeonatos do Mundo, isto no escalão absoluto, ou em alternativa fazer uma marca “tão simples como” 17.14 m. Ou seja, um atleta que não renova anualmente classificações ou marcas deste calibre, deixa simplesmente de integrar o Programa Olímpico.
Nelson Évora, que na sua primeira participação olímpica em Atenas 2004 atingiu o 40.º lugar, foi 4 anos depois, em Pequim, o nosso campeão olímpico. Como foi isto possível? Com um enorme esforço e dedicação do atleta e seu treinador, mas também com o apoio do programa olímpico que integrou. Ninguém duvide da exigência tremenda que isto significa.
Para um atleta, o Alto Rendimento significa o escrutínio anual repetido, dentro dos mais altos patamares europeus e mundiais. Num país como o nosso, onde a base de recrutamento é curta, uma abordagem responsável e estruturada não pode deixar de construir e proteger o verdadeiro alicerce de todo este sistema de apoio.
Os clubes e as federações são quem acolhe os atletas e quem ajuda fazer deles campeões até que o projeto olímpico os receba. E a fronteira entre o alto rendimento (das federações) e o projeto olímpico (do COP) é difícil de transpor, transformando-se muitas vezes num vaivém frustrante e desmotivador para o atleta com grandes sonhos e aspirações.
Em 2022, uma inovação foi introduzida para trazer estabilidade ao atleta, e sobretudo o conforto de não ser imediatamente “despedido” porque um dia tudo correu mal. Diz-se nessa alteração (que entra em vigor pela primeira vez após Paris) que “… aos atletas que participem nos Jogos e que não obtenham um resultado desportivo de acordo com os objetivos definidos será garantida a integração mínima num período não inferior a seis meses…”, tendo ainda em consideração uma nova oportunidade competitiva.
Esta almofada de proteção vem impedir que a frustração de um mau resultado possa inspirar uma desistência. Afinal, até os campeões têm também dias maus. E não podem, nesses dias mais agoirentos, ser abandonados. Nem eles nem os clubes e as federações que os fizeram crescer. Parece-me facilmente evidente que esta seja uma das áreas que melhor podem acolher valiosos acréscimos orçamentais como os prometidos.
Portugal não se pode dar “ao luxo” e à irresponsabilidade de deixar desprotegidos atletas cujo talento e potencial só podem ser enquadrados pelas nossas federações desportivas, cujo reforço de verbas não tem acompanhado a proporção dos custos destes projetos, estrangulando o sistema e fazendo com que muitos percam a motivação e não sintam capacidade nem apoio para apostar de forma permanente e firme no Alto Rendimento.
Quanto mais estabilidade se oferecer a atletas e treinadores no seu dia a dia, e quanto maior for a coordenação entre o alto rendimento federativo e o projeto olímpico, mais consistente e duradouro será o contingente de jovens campeões a ambicionar o lugar no pódio e a acreditar nas gloriosas medalhas olímpicas a repousar sobre o nosso belo equipamento das quinas. Acredito que esta será uma aposta vencedora."

O dirigente voluntário


"Na passada semana tive a oportunidade de assistir a um debate sobre a necessidade de rever o Estatuto do Dirigente Associativo Voluntário. A elevada participação de cidadãos que, de forma totalmente benévola, desempenham funções dirigentes em associações, fundações, instituições de cariz social, cultural e também desportivo revela o inegável contributo e relevância destes para o desenvolvimento do país e, como não podia deixar de ser, do desporto nacional.
Porém, para poderem desenvolver a sua atividade, é necessário estabelecer as adequadas condições para que não sejam prejudicados na sua vida pessoal e profissional por assumirem este compromisso. Aplica-se a estes dirigentes, enquanto Lei geral, a Lei 20/2004 que aprova o Estatuto do Dirigente Associativo Voluntário e que define as prerrogativas dos dirigentes associativos voluntários (desportivos e não só), concretamente, em termos de crédito de horas, regime de faltas, tempo de serviço, marcação de férias e seguro de acidentes pessoais.
Existe ainda, desde 1995, um diploma específico de apoio ao dirigente desportivo voluntário. O DL 267/95 contempla apoios à formação (único a que os dirigentes de clubes desportivos têm direito nos termos deste diploma), apoio jurídico, facilidade na organização do horário de trabalho, dispensa temporária do exercício de funções e comparticipação de seguros. Existem ainda alguns regimes especiais dispersos, designadamente, nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.
A mais recente publicação sobre o tema, da autoria do Prof. José Manuel Meirim, evidencia a necessidade de revisão destes diplomas, de forma a torná-los adequados às necessidades sentidas pelo próprio movimento associativo."

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Convincente...

Benfica 39 - 32 - Kadetten
20-14

Qualificação, com o 1.º lugar garantido para a próxima fase, com mais uma vitória contra os Suíços. A equipa continua a dar excelentes sinais... Destaco nos últimos jogos a veia goleadora do jovem Cavalcanti...

Na última jornada vamos a Limoges, com tudo decidido, mas com os pontos a contarem para a 2.ª fase, já que os Franceses também garantiram o 2.º lugar no grupo.

Ficámos assmi num grupo com o Bidosa, o Ystads e o Limoges que também passou no nosso grupo. Sendo assim, entramos pelo menos com 2 pontos, porque os jogos com o Limoges 'contam'. Vamos fazer 4 jogos, com o Espanhóis e os Suecos, com os 2 primeiros a qualificarem-se, sendo que o 1.º lugar do grupo terá lugar garantido nos Quartos-de-final! A jogar assim, temos boas probabilidades de passar...

Vitória na Eslovênia...

Kamnik 0 - 3 Benfica
15-25, 22-25, 17-25


Confirmação da qualificação para os Oitavos-de-final da CEV Cup, com uma segunda vitória na Eslovénia, sem o Alejandro (e o Pablo), mas com os Centrais a fazerem muitos pontos!!!

Agora, teremos o grande teste da época: os Italianos do Trentino, serão muito provavelmente os nossos adversários, provavelmente a equipa mais forte nesta competição...

O que há para ver enquanto o Benfica não volta


"Numa fase em que pouco ou nada acontece no futebol profissional, há mais tempo para investir nas modalidades e na observação das tendências internacionais. A notícia mais interessante que li esta semana pareceu chocar muitos patriotas, mas foi a que mais esperança me deu. Passo a explicar: nove jogadores convocados para representar a seleção de Inglaterra em mais uma pausa do futebol de clubes — que, para os jogadores, é tudo menos uma pausa — anunciaram simultaneamente que não estavam disponíveis para estes dois jogos, por sinal decisivos para as aspirações inglesas nesta competição extraordinária que dá pelo nome de Liga das Nações.
Os atletas entenderam que não estavam aptos, apresentaram algumas razões mal explicadas e prepararam-se para viver com a fama temporária de trabalhadores menos árduos ou patriotas falhados, isto até que as redes sociais se esqueçam do assunto ou — qual dos dois períodos mais curto — até que o selecionador interino Lee Carsley e Thomas Tuchel, futuro selecionador de Inglaterra, cheguem à conclusão óbvia de que não têm qualquer hipótese de disputar uma competição de seleções sem Trent Alexander-Arnold, Declan Rice, Bukayo Saka, Cole Palmer ou Phil Foden, para referir apenas alguns dos jogadores que faltaram à convocatória. O que têm em comum? São alguns dos melhores futebolistas da atualidade.
Este texto não é uma defesa da preguiça, nem tão pouco um desabafo contra o patriotismo, ainda que a preguiça seja um atributo manifestamente injustiçado e o patriotismo uma virtude por vezes exagerada. Parece-me pertinente, isso sim, que os principais atletas da modalidade assumam a sua vontade sem se sacrificarem como participantes de um Hunger Games futebolístico, preferindo antes cuidar da sua disponibilidade física e mental quando se preparam para disputar alguns dos jogos mais importantes da sua época desportiva, neste caso na Premier League e na Liga dos Campeões.
Se isso não bastar, podemos aprofundar o diagnóstico desta situação atentando ao valor percebido da competição que dá pelo nome de Liga das Nações: um carrossel de jogos de futebol maioritariamente intragáveis, que sobrevivem à conta da necessidade da imprensa em ter alguma coisa para acompanhar e, claro, das apostas desportivas, que seguramente encontram nestes jogos material de sobra para dar lucro à casa. Se é assim, apetece-me perguntar ao capitão Harry Kane, que, a propósito da ausência dos seus colegas, descreveu o imperativo de representar a pátria como se alguém o tivesse chamado para uma guerra: que batalha imperiosa é que a seleção inglesa travou frente à Irlanda ou à Grécia? O apuramento para a primeira divisão da Liga das Nações?
Para somar a este absurdo, relembro que a seleção de Inglaterra chegou meritoriamente à final do último Campeonato da Europa disputado nesta modalidade, há apenas quatro meses. É possível que isto seja descrito em alguns fóruns como uma medida da competitividade desta prova. A mim, parece-me uma medida do absurdo. Em suma, o meu espanto é que não tenham sido mais de nove atletas a boicotar a convocatória para a seleção inglesa. Mas lá chegaremos, inevitavelmente. É bom que os atletas, em especial os melhores, vão lembrando seleções e clubes de que o futebol não é o mesmo sem eles.
Pode o leitor ter interpretado que escrevo este texto irritado após ter lido notícias sobre as lesões de Bah e Tomás Araújo ao serviço das respetivas seleções. E interpreta muito bem. Não tão grave, mas ainda assim preocupante, foi saber que o melhor jogador do atual plantel, Akturkoglu, chegou ao fim do seu jogo na seleção em lágrimas, após ter falhado um penálti decisivo (para quem? Não fazia ideia quando li a notícia, mas suspeitei logo que envolvia o apuramento da Turquia para alguma coisa pouco relevante). Bastou carregar a página web para confirmar que ainda não é desta que a Turquia se apura para a Liga A da Liga das Nações (até nas designações utilizadas, esta Liga é má).
Podem ser patriotas à vontade, mas vamos concordar nisto: o mínimo que se exige às seleções que incluem atletas do Benfica é que ganhem sempre, idealmente de forma folgada, por forma a contribuir para o bem-estar psicológico dos jogadores do clube. Sendo absolutamente egoísta e insensível em relação ao tema, talvez seja azar meu ou alguma precipitação na matemática, mas, exceção feita a um talento absolutamente excecional — Enzo Fernández — tenho alguma dificuldade em perceber a valorização dos atletas do Benfica, enquanto representam o clube, ao serviço das seleções nacionais.
Bem sei do consenso em torno da Seleção Nacional, segundo o qual este texto se aproxima do ilícito criminal, mas estou disponível para morrer sozinho nesta colina. Poucas coisas me entusiasmam menos no futebol em 2024 do que saber quem são os possíveis adversários de Portugal nos quartos de final da Liga das Nações. Ainda assim, com humildade e respeito por quem pensa diferente, fiz questão de perguntar a amigos e familiares sobre esta competição. Pedi-lhes que me explicassem onde está o interesse, a ver se também eu me entusiasmo. A maioria não conseguiu melhor do que um tímido «é o que há para ver enquanto o Benfica não volta». Não sei se será a melhor campanha de marketing para promover um conjunto de jogadores representativos de um país, mas pelo menos seria honesto."

Álvaro Carreras


"MUITAS DÚVIDAS DESFEITAS COM VÁRIAS GRANDES EXIBIÇÕES

1. Não obstante a boa escola de formação por onde andou (Real Madrid), não obstante ser internacional sub-21 espanhol, coisa que não é para todos, não obstante vir do Manchester United, a primeira imagem que Carreras nos deixou não foi a melhor. Muitos questionaram, por isso, se não teria sido preferível investir os 6M€ que custou num prémio de assinatura de renovação de Grimaldo.
2. Defensivamente, Álvaro Carreras tem sido, entretanto, uma das grandes surpresas e um dos grandes beneficiados com o regresso de Bruno Lage ao comando da equipa: tem mostrado uma flexibilidade tática que lhe permite ocupar em diferentes momentos do jogo as posições de terceiro central e de lateral esquerdo, melhorou muito os posicionamentos, especialmente no jogo aéreo, um ponto fraco que lhe era apontado, as antecipações e os duelos.
3. Ofensivamente, tem dado largura ao nosso jogo, tirando partido do facto de ter boa técnica com os dois pés, muito boas receções de bola, várias delas orientadas, excelentes combinações com o extremo do seu lado - Akturkoglu ou Beste -, exploração da linha de fundo e capacidade para centrar e assistir com qualidade.
4. Não só: Carreras tem evidenciado forte personalidade, chega-se à frente nos jogos mais difíceis, estando ligado com grandes exibições às melhores prestações da equipa (goleadas ao Atlético de Madrid e ao FC Porto), e mesmo nos jogos menos conseguidos da equipa tem sido dos melhores.
5. Ultimamente virou goleador e marcou em Faro e na receção ao Porto os golos inaugurais daqueles jogos. Promete mais.
6. O problema agora, à medida que vai fazendo esquecer Grimaldo, já não é o que custou, é, sim, o drama do Manchester United poder estar interessado em exercer a cláusula de recompra que tem sobre o jogador. Como as coisas mudam: 6M€ era muito, 20M€ é pouco.
7. As afirmações de Carreras que hoje são publicadas na comunicação social são importantes, uma vez que a vontade do jogador - de ficar ou de partir - será decisiva e ele mostrou-se muito feliz por estar no Benfica, com o qual tem contrato por várias épocas. Mas também sabemos que, no futebol, o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira."

#BENFIQUISTÃO



"Boa altura para recordar as palavras do líder sapense sobre o facto de ter…”advogados, juristas, juizes…” no seu bolso…perdão…mas suas listas…"

Repto (pré)natalício: vamos ser mais educados


"Ainda não é Natal, mas o cheiro das festas já paira no ar. Nota-se nas montras, cada vez mais compostas com renas e pais natais, nas árvores dentro das casas, que começam a brilhar escondidas atrás das cortinas, e na iluminação alegre, que vai vestindo timidamente as ruas das nossas cidades.
Sim, é oficial. O Natal está à porta. Vem aí uma das quadras mais especiais do ano, que miúdos e graúdos tanto gostam. Vêm aí dias que apelam ao sentimento, ao melhor que cada um de nós pode, sabe e deve dar (a si e aos outros).
E a esta maré de boas sensações espera-se que nem o desporto escape. Não esqueçamos: estamos a falar de uma atividade essencial no bem-estar das pessoas, na forma como as afeta e influencia quotidianamente. É por isso que estes são também tempos de consciencialização. Tempos que devem sugerir reflexão profunda a todos os que fazem parte dessa grande família. O desporto é um exemplo para muitos, sobretudo ao mais alto nível. Tem a obrigação adicional de abraçar essa responsabilidade e servir de referência aos muitos que o seguem religiosamente. Aos tantos que aplaudem, admiram e apoiam os seus protagonistas, os seus maiores representantes, competição após competição, jogo após jogo.
Por detrás de cada atleta, jogador, treinador ou até dirigente, há uma vasta multidão de entusiastas que vibra com as suas conquistas, com os seus sucessos e vitórias. É a mesma que os ampara, abraça e conforta quando as coisas correm menos bem. Quando as metas não são atingidas.
É por isso que o comportamento desses agentes desportivos - aliás, de todos os agentes desportivos, em geral - é fundamental. A sua conduta faz escola. A sua forma de ser e estar dentro e fora da competição, cria tendências que tantos querem imitar e replicar.
Por isso, fica o repto habitual: vamos tentar ser (ainda mais) educados em todos os momentos, mas sobretudo nos mais difíceis. Nos mais desafiantes.
Vamos ter (ainda mais) desportivismo, aceitando os resultados com elegância e mantendo o nível dentro e fora dos recintos desportivos.
Deixemos de fora quaisquer estratégias colaterais, quaisquer focos de conflito ou colisão. Deixemos para outras núpcias os desabafos mais irados, as reações explosivas, o palavreado exagerado. Não se esqueçam, vem aí o Natal.
Contrariem as emoções negativas que vos podem levar a dizer ou fazer o que não vos define. Tentem ter essa capacidade, essa inteligência emocional. Façam um esforço para controlar a impulsividade, mesmo quando a situação seja impossível de digerir. Transcendam-se. Supreendam-se na forma como lidam com a sensação de injustiça, com a adversidade e desilusão.
Procurem ser nas pistas, ringues, pavilhões e estádios a mesma pessoa que são em vossas casas, quando estão junto daqueles que mais amam. Tenham essa nobreza, esse discernimento.
O desporto cresce e valoriza-se através das palavras e atitudes dos seus principais atores. E como é Natal, tentem que essas sejam sempre as melhores possíveis.
Assumam esse compromisso convosco, como se fosse uma espécie de código de honra, uma obrigação moral. Se a uma boa atitude somarmos muitas outras, o efeito positivo será inevitável. Não duvidem.
Os mais pequenos, os que vos adoram, aqueles que um dia querem ser como vocês, irão assimilar tudo o que nas suas idades é importante apreender. E é importante que apreendam o que importa.
Tornemos as coisas fáceis, tornemos as competições emotivas, tornemos os jogos exemplares.
A verdadeira mudança está em cada um de vós, em cada um de nós.
Vamos começá-la antes que se faça tarde, até porque o Natal está à porta."

Em boa hora


"1. O facto, indesmentível, de o Benfica ter vencido por 4-1 o FC Porto depois de quase 60 anos sem ter conseguido 'dar' 4 ao seu rival da invicta não deslustra nem diminui o nome do Benfica, nem, muito menos, deslustra a exibição da nossa equipa de futebol na noite de 10 de Novembro na Luz. A vitória foi categórica e perentória.

2. Ao diagnóstico de 'reumatismo' que foi, na semana passada, endereçado a Di Maria pelo ex-árbitro-indiagnosticável a atual-comentador-indiagnosticável, Jorge Coroado, respondeu o jogador argentino com uma performance de alto nível e com 2 desses 4 golos aplicados na baliza da equipa que, em boa hora, nos calhou receber na 11.ª jornada do campeonato.

3. O tento de honra foi obtido pelo FC Porto no final da primeira parte do clássico sob um intenso nevoeiro cerrado, tipo Choupana. Sem querer desmerecer o autor do golo dos visitantes nem ignorar o lapso de comunicação entre Otamendi e Trubin, aquele tento teve a autoria moral de uns poucos idiotas historicamente impunes que lançaram tochas para o relvado interrompendo o jogo num momento em que o Benfica dominava e pressionava o adversário.

4. Mas esta gente é do Benfica? Não há ninguém que tenha mão nisto?

5. Vamos lá então à histórica das boas goleadas. O Benfica não dá 3 ao FC Porto há 14 anos (final da Taça da Liga), não dá 5 ao FC Porto há 88 anos (Campeonato Nacional), não dá 6 ao FC Porto há 52 anos (eliminatória da Taça de Portugal), não dá 7 ao FC Porto há 79 anos (Campeonato Nacional), não dá 8 ao FC Porto há 72 anos (festa e inauguração do Estádio das Antas) e não dá 12 ao FC Porto há 81 anos (Champions Nacional). E não dá 4 ao FC Porto há coisa de 5 dias.

6. Voltemos ao verbo dar, mas desta vez pela pena de Francisco J. Marques, ex-diretor de comunicação do FC Porto condenado em tribunal pelas suas tropelias, chamemos-lhe assim. O resultado de domingo permitiu-lhe colocar em público a seguinte questão: 'Sabem quantas vezes, enquanto presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa sofreu 4 golos do Benfica?' Como? 'Quantos vezes' o seu patrono 'sofreu' 4 golos do Benfica? Mas o ex-presidente do FC Porto também foi guarda-redes do FC Porto para não sofrer golos do Glorioso? Coisas escritas muito à pressa, compreende-se dadas as circunstâncias.

7. Vem aí a pausa das seleções. No caso do Benfica abrange mesmo muitas seleções porque são 13 os jogadores que vão abandonar o Seixal para irem representar os seus países. Que voltem todos bem. Quando ao que interessa, o Benfica, só volta em 23 de Novembro para receber o Estrela da Amadora para a Taça de Portugal. Que saudades de vencer uma Taça de Portugal, vamos lá, Benfica!"

Leonor Pinhão, in O Benfica

Um nome a recordar


"Armando Murta juntou as suas duas paixões, e o seu nome ficou para sempre associado a ambas

A procura e o desejo pela eternidade existem desde sempre, havendo várias formas de os expressar. Há quem diga que nos mantemos eternos, mesmo após a nossa morte, desde que exista alguém que ainda se recorde de nós. Homero, na Ilíada, contava outra perspectiva. O Rei Peleu, na cerimónia de apresentação do seu filho, Aquiles, para acompanhar Agamémnon e Menelau na missão de resgatar Helena das mãos dos troianos, aconselhou-o a atingir façanhas inauditas por forma a que o seu nome se tornasse eterno.
Quando somos jovens, achamos que todas as proezas estão ao nosso alcance. Em 1 de Fevereiro de 1928, Armando Murta conseguiu um dos seus principais objetivos, ser admitido como sócio do Benfica. No Clube conheceu Jaime Santos, com quem partilhava duas paixões: o Benfica e o tiro desportivo, o que fez com que se tornassem amigos inesperáveis. Em 1934, como membros da Comissão Administrativa da Sede, situada na Avenida Gomes Pereira, enquanto vasculhavam uma arrecadação à procura de objetos para a preparação de uma festa, encontraram duas espingardas antigas. Armando Murta teve de imediato uma ideia que iria resultar na junção de duas das suas paixões!
'Lembro imediatamente a Jaime Santos que aquelas velhas armas poderiam ser o começo de mais uma secção do Benfica. De facto, daí em diante, não havia noite em que não houvesse animado tiroteio nas dependências da sede'. O entusiasmo dos sócios foi suficiente para que a Direção encarnada criasse a secção de tiro. 'Um mês depois, ainda com armas quase pré-históricas', inscreveu uma equipa numa prova organizada pelo Grupo Columbófilo da Amadora'. Armando Murta extasiado.
Contudo, o destino prega partidas quando menos se espera. Em Agosto desse ano de 1934, quando seguia na sua motocicleta para ir ao encontro dos ciclistas do Benfica que participavam na prova Porto-Lisboa, sofreu um acidente de viação. 'O seu desaparecimento mergulhou na maior consternação os habituais frequentadores da Sede, todos seus dedicados amigos'. No seu seguinte, a secção de tiro prestou-lhe uma digna homenagem ao instituir um troféu com o seu nome a Taça Armando Murta.
Disputada entre Abril e Maio, Jaime Santos esteve muito próximo de a ganhar, vendo a vitória escapar-lhe por apenas um ponto. Alguns anos depois, o atirador continuava inconformado, confidenciando: 'O maior desgosto da minha vida desportiva foi não ter vencido a primeira edição da prova'. Ainda assim, não precisou de a vencer para eternizar o nome Armando Murta, que se manteve vivo na sua memória e na história da modalidade. A façanha estava já alcançadas!
Saiba mais sobre o tiro no Clube na área 3 - Orgulho Eclético, do Museu Benfica - Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

O futebol é uma selva


"Não vi o clássico dos 4-1 em direto. Por motivos profissionais, encontravam-me em Manaus, no Brasil, quando decorreu a lição de futebol dada pelos jogadores do SL Benfica à equipa orientada por Vítor Bruno. Fui seguindo o que se passava através  da Internet e do ar estarrecido de três adeptos portistas com quem me encontrava no Brasil. Desde cedo percebi que os ventos nos eram favoráveis, até sentir o primeiro (e único) motivo de alegria dos nossos adversários. 'Atiraram umas tochas para o relvado, e marcámos logo a seguir', disse-me a sorrir um dos meus companheiros de viagem. Pensei que ele estava a brincar. Então, a nossa equipa marca ao rival, está por cima do jogo, e vai de atirar artefatos pirotécnicos para o relvado sagrado e, assim, fazer com que o jogo seja interrompido? Não pode ser.
Ninguém é assim tão pouco inteligente. Mas era verdade. Além do mau comportamentos e das multas pecuniárias, lá teremos de lidar (novamente) com a possibilidade de interdição da Catedral. Por causa de alguns, os poucos vão pagar os outros, os muitos. Consigo entender perfeitamente a paixão clubística, as coreografias de apoio, a maior parte dos cânticos, os adereços o esforço despendido em bilhetes e viagens, a entrega, a criatividade e a irreverência típica dos grupos de apoio, mas não compreendo esta demonstração de sei que não estou sozinho nisto, a ver e a ouvir pelo coro de assobios com que foram brincados os artistas das tochas. Provavelmente conseguiram aquilo que desejavam: ser falados. Mas, mais uma vez, pelas piores razões."

Ricardo Santos, in O Benfica