quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

2024, o ano das eleições


"Mais de metade da população mundial vai a votos, mas também no país, no FC Porto e na FPF. Já se ouve muitas cadeiras a mexer

Nem que seja só de tempos a tempos, as eleições servem para nos lembrar que ainda vivemos em democracia e que as sociedades, tenham elas caráter civil, comercial ou desportivo devem ser orientadas de baixo para cima, em que a base determina o que se cria no topo. O que se avizinha em 2024 é um ano intenso do ponto de vista da informação e contrainformação face aos sufrágios previstos e cujos resultados prometem deixar marca nas populações.
De acordo com o The Economist, mais de metade da população mundial irá a votos, e se nos casos da Índia e Rússia já se sabe quem vai ganhar, a grande dúvida reside no que irá suceder nos Estados Unidos da América, em novembro, e cujo resultado determinará muito do que se faz em política internacional com impacto na vida de todos nós – onde vão decorrer os próximos combates, qual o preço da energia, variação da inflação, etc.
No plano nacional, além das eleições europeias tivemos recentemente a notícia de que o povo português será chamado a eleger um novo Governo em março. E será já após conhecido o sucessor de António Costa como primeiro-ministro que o FC Porto irá viver algo inédito e refrescante em mais de 40 anos: um ato eleitoral que não se resume a plebiscitos. Difícil dizer, a esta distância, qual será o resultado, mas o facto de subsistir a dúvida sobre um vencedor entre Pinto da Costa e o putativo candidato André Villas-Boas já é revelador de novos ventos que sopram na Invicta.
Igualmente mediáticas serão as eleições na Federação Portuguesa de Futebol. Fernando Gomes está de saída por limitação de mandatos, Pedro Proença é um candidato natural a seguir o trajeto de Gomes (que também tinha presidido à Liga de Clubes), faltando agora saber se haverá concorrência à altura ou não – Luís Figo admitiu que pode avançar, mas até agora o que se sabe é apenas uma manifestação de intenções.
Em ano de Europeu e com Portugal a ser fortíssimo candidato a vencê-lo, 2024 promete ser um ano muito interessante sob vários pontos de vista. Já se ouve muitas cadeiras a mexer.

Enzo Fernández, o mais procurado em 2023
Segundo a Google, o desportista em Portugal mais procurado em 2023 no motor de busca foi Enzo Fernández. As pesquisas ‘Chelsea’, ‘Enzo Fernández Benfica Chelsea’ e ‘Enzo Fernández transferência’ criaram picos de interesse verdadeiramente absurdos no mês de janeiro (quando o internacional argentino saiu da Luz para Stamford Bridge, por €121 milhões), que mantiveram o nome do campeão do mundo no topo para todo o ano, o que ajuda a perceber o tremendo impacto que o antigo jogador do River Plate provocou no mercado nacional – quer nos adeptos das águias, quer nos rivais. Um impacto tão forte que até hoje os encarnados ainda não conseguiram substituí-lo à altura – Kokçu começa só agora a revelar credenciais de patrão, mas ainda está muito longe de fazer esquecer um jogador que, se tivesse permanecido pelo menos até ao final da época, seria hoje lembrado como o melhor médio do Benfica no século XXI."

Votos para o próximo ano


"Com mais ou menos romantismo, com maior ou menor lirismo, mas de forma muito sincera, gostava que no próximo ano o futebol, pela importância que tem, evolua positivamente em todos os sentidos. Acima de tudo, espero que toda a indústria possa ser, na essência, a tal escola de valores que todos sabemos ter potencial para ser, mas uma escola com valores a sério, daqueles que têm ser defendidos a todo o momento, através do exemplo. Sob um ponto de vista estritamente desportivo, espero que todas as competições sejam disputadas com lealdade, transparência e compromisso. É muito gratificante ver que a intensidade, o empenho e a ambição colocadas em campo nunca deixam de saber que, do outro lado, está uma equipa que tem os mesmos objetivos.
É importante perceber que a vontade de vencer não pressupõe desrespeitar os adversários nem o papel fulcral do decisor, que é quem tem por missão fazer cumprir as regras do jogo. É fundamental entender que, dentro das quatro linhas, a educação e o caráter das pessoas que jogam, treinam e arbitram devem estar sempre um nível acima da sua motivação para ganharem jogos ou conquistarem troféus. Pessoas intrinsecamente boas fazem jogos particularmente bons. No âmbito desportivo, gostava também de ver o nascimento (ou, nalguns casos, a evolução) de jovens talentos capazes de seduzir adeptos e aliciar mais gente para a modalidade.
O jogo precisa de renovação constante, de novos ídolos, de mais e mais fontes de inspiração. Espero também que os constantes avanços tecnológicos (a Inteligência Artificial será inevitável em breve) continuem a ser os maiores aliados da modalidade, melhorando objetivamente as decisões de campo sem retirar a emoção, a fluidez e a incerteza do espetáculo. Fora das quatro linhas espero honestamente que o futebol continue a promover a inclusão e a diversidade, aspeto onde os clubes, as sociedades desportivas e os órgãos que gerem toda a indústria têm responsabilidade acrescida (nomeadamente em matéria de iniciativa).
É justo sublinhar que, nesta matéria, muito tem sido feito nos últimos tempos, mas há sempre mais a fazer quando em causa está a forma como a indústria pode impactar as vidas das pessoas, que são na verdade todas iguais. Espero também que o futebol continue o seu compromisso com a sustentabilidade ambiental, adotando gradualmente práticas amigas do ambiente. Também aqui é possível inspirar mudanças e liderar pelo exemplo.
Por último, espero que os adeptos possam sentir que podem ir aos estádios apoiar as cores do seu coração, sentindo que o fazem em segurança. Sentindo que é possível desfrutar todo aquele frenesim, aquele ambiente fantástico, com paixão e alegria mas sem sentir medo. Sem temer por si e pelos seus. Cabe sobretudo aos responsáveis desportivos a tarefa hercúlea de tentar erradicar, pela via da sensibilização (primeiro) e da sanção regulamentar (depois) todos os focos de violência e intolerância que tantas vezes mancham o bom nome da modalidade.
No fundo, o que espero e desejo, com maior ou menor romantismo, com maior ou menos lirismo, é que o futebol assuma a importância global que tem, chamando a si a missão de o tornar num desporto que transcende fronteiras e eleva o espírito humano. Não é exigir muito. Este é um universo poderoso, que movimenta muito dinheiro e que é gerido, na sua maioria, por pessoas inteligentes, muito qualificadas e pensantes. Não há sonho que o homem sonhe que não se transforme em realidade. Feliz Ano Novo."

Duarte Gomes, in A Bola

A vez de Trubin


"1. Em Braga, num jogo de dificuldade extrema, houve Benfica, houve vitória, houve comunhão com os adeptos, embora esta última parte, a que diz respeito à presença dos adeptos do Benfica em Braga, tenha sido apagada da transmissão da SportTV. Não importa, estiveram lá e estiveram muito bem do princípio ao fim.

2. Anatoly Trubin esteve em grande nível em Braga. Por uma vez na primeira parte e por duas vezes, na segunda, salvou as suas redes com defesas de enorme categoria. Aliás, categoria é o que não falta ao jovem ucraniano, 22 anos, que defenda a baliza do Benfica. Nunca um jogador internacional foi tão maltratado pela imprensa quando chegou a Portugal como Trubin.

3. Alistado involuntariamente e à força na campanha negra contra o treinador do Benfica que, como se sabe, não pertence à escola dos tão apreciados treinadores 'genuínos', a Trubin nada se perdoou nos seus primeiros jogos pelo Benfica. Agora é a vez de Trubin não perdoar nada a ninguém. Como aconteceu em Braga.

4. Por cá a imprensa gosta de treinadores 'genuínos'. O treinador do FC Porto mostrou-se escandalizado pelos festejos em Alvalade depois de consumada a derrota das suas cores. 'Parece que o campeonato ficou decidido hoje...' Parecendo ou não parecendo, tanto faz, o treinador do FC porto parece que se esqueceu da festa que fez no último mês de Abril quando a sua equipa ganhou na nossa cada festejando, antecipadamente, um título que perderia para as nossas cores. Ser 'genuína' é isto sem tirar nem pôr.

5. O Ano Novo, 2024, está à porta. Mas não é de 2024 que queremos falar. Com grande (mas justificada antecipação) tomemos nota na nossa agenda para 2025 da presença da equipa de futebol do Benfica no primeiro Campeonato Mundial de Clubes organizado pela FIFA. Entre 15 de Junho e 13 de Julho de 2025, nos Estados Unidos, vai decorrer a primeira 'competição global de clubes' assim definida pela FIFA. Lá estaremos.

6. É importante relevar o facto que o Benfica chega a esta importante competição sem dever favores a ninguém como se quis insinuar nas notícias que foram saindo antes de vir a própria FIFA confirmar os nomes dos clubes que já garantiram a sua presença no primeiro Campeonato Mundial de Clubes. Os emblemas europeus apuraram-se em função do ranking da UEFA que foram ocupando nas últimas quatro temporadas de competições no continente europeu.

7. A prova internacional contará com uma primeira fase com oito grupos de quatro equipas, qualificando-se para a fase a eliminar (oitavos, quartos, meias-finais e final) num só jogo a disputar entre os dois primeiros classificados de cada grupo. Posto isto, boa sorte Benfica para 2025. E para 2024 também. E um bom Natal para todos nós."

Leonor Pinhão, in O Benfica

De ídolo a colega


"Neno conseguiu jogar no clube do seu coração e partilhar, em simultâneo, o balneário com Bento

Quando temos um ídolo reproduzimos cada gesto seu, ao ponto de a determinada altura não sabermos se foram as similaridades que nos chamaram a atenção para nos espelharmos nesse jogador, ou se de tanto o imitarmos tomamos hábitos seus como nossos. A verdade é que a cada coincidência o apego é reforçado.
No início da década de 1980, Neno era guarda-redes, representava o Barreirense e tinha o Benfica como o seu clube preferido. Bento atuava na mesma posição, e jogara no Barreirense antes de se transferir para os encarnados. Eram demasiadas semelhanças para que Neno resistisse em tê-lo como ídolo. Com apenas 18 anos, assumiu-se como titular da baliza da equipa de honra dos 'alvirrubros'. Ágil, rápido e com reflexos apurados, demonstrava potencial para se tornar numa referência na posição.
Começaram a falar a Bento da qualidade do jovem guarda-redes e, com a curiosidade aguçada, o benfiquista quis apurar se os elogios realmente tinham fundamento. Com o guardião encarnado na bancada, Neno aplicava-se ainda mais: 'Era o meu ídolo, e, quando eu sabia que ele estava lá, eu tinha de caprichar'. Atuava sem luvas, e foi precisamente Bento quem lhe ofereceu o seu primeiro par. Seria o início de uma ligação determinante para o seu futuro.
Neno começava a chamar a atenção de vários clubes, e o Sporting adiantou-se e demonstrou interesse. O guarda-redes foi convidado a assistir a um encontro dos leões frente ao Benfica, para que no final da partida falasse com o presidente dos verde e brancos. Terminado o jogo, dirigiu-se para a porta 10A. Enquanto aguardava que alguém o fosse aí buscar para falar com o presidente leonino: 'Quem é que me aparece à porta? Manuel Galrinho Bento (...) Com medo de que ele me viesse, meti-me no meio das pessoas e fui para casa'.
Na semana seguinte, foi precisamente Bento a ser o intermediário para que Neno fosse treinar ao Benfica. Passou a treinar uma vez por semana nos encarnados, até que os dois clubes chegaram a acordo para a sua transferência, ingressando no Benfica no verão de 1984. Esteve pouco tempo, sendo emprestado ao Vitória de Guimarães por uma época. Regressou ao Benfica, para disputar o lugar na baliza com o seu ídolo Bento. Neno podia analisar e replicar cada gesto seu.
A 7 de Agosto de 1985, estreou-se de águia ao peito frente ao Sporting, nas meias-finais da Taça da Honra. Após o empate a zero bolas, a partida foi decidida através da marcação de grandes penalidades. Neno foi determinante para a vitória do Benfica, ao defender um remate de Manuel Fernandes. No final, a imprensa apontou-o como 'o sucessor de Manuel Bento. Bem constituído, ágil, seguro, sereno e decidido'.
Os dois guarda-redes partilharam balneário nessa temporada e na seguinte, voltando a ser companheiros de equipa de 1990/91 até 1991/92, altura em que Bento terminou a carreira. Saiba mais sobre a carreira destes brilhantes guarda-redes na área 22 - De Águia ao Peito, do Museu Benfica - Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

Chamar o azar


"A última peça do famoso dramaturgo Molière é intitulada 'O doente de cisma'. É uma comédia em que o personagem principal é hipocondríaco e, por isso, pretende que a filha se case com um médico para que possa poupar nas despesas de saúde. O mais caricato é que, passada uma semana de estreia da peça, quando se realizou a quarta sessão, Molière desmaiou e faleceu pouco depois. O povo pode resumir a moral desde acontecimento a uma frase: 'Não se deve chamar o azar'.
Não sou dado a superstições nem a mezinhas, logo este é dos axiomas populares a que não atribuo qualqer valor. Mas existe, de facto, 'chamar o azar' enquanto imagem de atitudes ou enquanto explicação simplista, e à posteriori, de causas que levam e consequências.
No domínio das atitudes enquadram-se os mal-intencionados, seja por feitio ou por interesses próprios (não confundir com os adeptos, as suas ânsias e pessimismos). São aqueles que se julgam mais relevantes do que na realidade o são e que procuram disfarçar de opinião inconfessáveis desejos. Inconscientes da sua insignificância, acham que, por reiterarem uma ideia e propalarem-se sob diversas capas, por mais ridículas que sejam, a realidade encarregar-se-á de lhes dar razão.
O Schmidt isto, o Schmidt aquilo, e, para usar uma expressão popular, por agora 'metem a viola no saco'. Claro que se o Benfica não vier a atingir os seus objetivos, esses serão os primeiros a tocar os acordes do 'eu tinha razão', mas essa já a perderam. Quem os ouvisse, por esta altura o Benfica estaria fora das competições europeias e afastado da luta do título. E continuam a ser pagos, digam o que disserem saber-se lá com que motivação e propósito.
A outra variante está relacionada com a explicação simplista dos acontecimentos. Por exemplo, nesta semana o treinador do FC Porto aludiu à expulsão de Fábio Cardoso na Luz e de Pepe em Alvalade para justificar, pelo menos em parte, as derrotas em ambos os jogos. Claro que nesta ponta da Europa onde tanto se diz adorar o futebol, mas que se fala tão pouco do mesmo, não ocorreu a qualquer treinador do FC Porto a seguir a uma conferência de imprensa, perguntar se a razão dessas expulsões não seria de ordem tática e/ou mental. Deixarem, cordialmente, que ficasse no ar um espectro de suspeição quanto às arbitragens, apesar de, como é evidente, não ser esse o caso.
O que Sérgio Conceição fez foi, agora simplifico eu, 'chamar o azar'. Fê-lo na Luz ao deixar Neres e Rafa em situações de um para um em transição e fê-lo em Alvalade ao continuar a confiar num jogador que, quanto mais as qualidades definham, mais expostas ficam as debilidades, que no caso de Pepe se trata de descontrolo emocional com apetências para comportamentos violentos só sustentável devido à complacência de árbitros.
Retorno ao 'chamar o azar' das superstições: não me diz nada. E por isso não tenho pejo em admitir que estou convicto de que o Benfica será campeão. A boa exibição em Braga não surgiu de geração espontânea, tratando-se antes do mais recente episódio de um período em que equipa tem estado bem, mesmo em jogos com resultado adverso, e que acredito que perdurará até final da época."

João Tomaz, in O Benfica

Prendas na chuteira


"Talvez seja uma tradição em desuso, a de colocar presentes no sapatinho, mas lembra-me sempre dos natais da minha infância, em cada dos meus avós. Havia o hábito de nos descalçamos e colocar cada prenda junto ao sapato do felizardo. A pensar nisso, e tendo em conta que, na teoria, esta é uma quadra de amor ao próximo, julgo ser adequada uma distribuição de prendas no mundo do futebol português.
Começaria pelos nossos principais rivais. Como o tempo não está para grandes loucuras, deixo uma embalagem de chá no sapatinho do FC Porto. É coisa que lhes falta há muito anos e todos sabemos como um bom chá quente pode curar azia e outras maleitas de que parecem sofrer. Vai ajudar a acalmar os nervos, sempre em franja quando as coisas não correm bem, e serve de consolo para o estômago. É que, com a divulgação dos mais recentes resultados financeiros, não deve haver folga orçamental para muito mais do que uma torrada e um chá na ceia de Natal.
Para os rivais do Campo Grande, em Lisboa, não vale a pena deixar o que quer que seja, porque as dívidas perdoadas pelo bancos já valem por prendas para os próximos 100 anos. De qualquer forma, porque a temporada é de amor e paz, deixo um alfinete no sapatinho. Vai dar jeito para rebentar a bolha em que estão inseridos, levados ao colo por comentadores e erros de arbitragem.
Quanto à Liga de Clubes, pensei em oferecer um pacote de noção da realidade, mas já vai tarde. Se não entendem o mal que andam a fazer ao futebol português, semana após semana, com bancadas vazias, proibição de utilização de adereços dos clubes visitantes e preços exorbitantes, já podem ser considerados um caso perdido. De qualquer forma, deixo-lhes um pijama de flanela no sapatinho. Se dormem de consciência tranquila, pelo menos que o façam quentinhos.
E para todos os benfiquistas, sócios, adeptos ou simpatizantes, um forte abraço."

Ricardo Santos, in O Benfica

O Campeão voltou!


"Após um período marcado por exibições pálidas e três empates consecutivos, o Benfica voltou ao normal. E o normal no Benfica é jogar bem e ganhar.
Em Salzburgo, a nossa equipa garantiu a continuidade nas provas europeias com brilhantismo e inteiro merecimento, mostrando que, com um pouco mais de sorte e acerto, podia ter alcançado um dos dois primeiros lugares do grupo. Na última ronda estava apenas em discussão o terceiro, e esse foi obtido. Estamos agora na Liga Europa - e, deixem-me dizê-lo, com legítimas ambições de a ganhar.
Dias depois em Braga, perante mais uma equipa de Champions, os encarnados voltaram a triunfar, mostrando desta vez outra faceta. Após golo madrugador e domínio claro na primeira parte, uma elevada capacidade de sofrimento, sentido de entreajuda e rigor defensivo (além de um grande guarda-redes) permitiram resistir ao assalto bracarense na segunda, selando os três preciosos pontos. Os campeões também se fazem de jogos como este, em que momentos ofensivos e defensivos se entrelaçam, e em que fica patente a coesão do grupo. Nestas partidas viu-se bem que, contrariando a especulação mediática, os jogadores estão solidamente unidos, entre si e com a equipa técnica.
Não estamos ainda onde queremos. Mas não tenho dúvidas de que, com a capacidade evidenciada na Áustria e no Minho, não tardará muito até que chegarmos à liderança do campeonato, para não mais a largar.
À entrada para o novo ano civil, já com a Supertaça no bolso, estamos ainda em quatro frentes: Campeonato, Taça de Portugal, Taça da Liga e Liga Europa. Muito para jogar, muito para ganhar.
É certo que o plantel tem margem para melhorar. E está aí o mercado de Inverno para tal. Identificadas as debilidades, é altura de as corrigir e dar lugar à ambição.
O caminho foi encontrado. Há que o prosseguir."

Luís Fialho, in O Benfica

Benfica solidário!


"O nome deste projeto da Fundação Benfica encerra uma redundância óbvia: é que ser benfiquista é indissoluvelmente ser solidário! A própria génese do clube, mas também a sua história secular, é uma história de união, esforço conjunto e solidariedade permanente, no campo, em cada jogo, e fora dele em cada dia e em cada lugar onde se respira Benfica. Por isso, ao longo de décadas sempre que foi Natal o Benfica desdobrou-se em iniciativas para que o conforto e o espírito da época chegassem o mais possível a todos e a toda parte.
O Benfica foi assim no primeiro dia, em 1904, e nunca deixou de ser até que em 2009 deu um novo passo e instituiu a primeira fundação do futebol português dedicada à responsabilidade social. Desde daí, a vontade e o ADN solidário do Benfica têm vindo a multiplicar-se ainda mais. No Natal e para além dele, verdadeiramente todos os dias.
Mas, evidentemente, Natal é sempre Natal e, por isso, de alguns anos a esta parte, temos vindo a organizar-nos envolvendo todos os departamentos, secções e modalidades, através dos Recursos Humanos, numa iniciativa que liga toda a organização Benfica às crianças necessitadas que nos sinalizam os nossos parceiros sociais.
Todos os anos centenas de crianças escrevem os seus pedidos de Natal ao Benfica, chegando a todos os departamentos e colaboradores, que se mobilizam para os comprar e se deslocam às instituições para os entregar pessoalmente, mão na mão, olhos nos olhos, com a frontalidade e o carinho que as crianças merecem e que caracteriza a Alma Benfiquista. Porque, no Benfica, levamos o Natal a sério! Obrigados a todos, feliz Natal!"

Jorge Miranda, in O Benfica

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"1
O Benfica já garantiu a presença no Mundial de clubes em 2025 (através do ranking europeu de clubes elaborado a partir do desempenho na Liga dos Campeões de 2020/21 e 2023/24);

2'56''
O golo marcado por Tengstedt em Braga foi o mais madrugador do Benfica na presente temporada (24 jogos oficiais). O avançado também é o autor do mais tardio (96'21'' ao Sporting) e é um dos 6 elementos do plantel com 3 ou mais golos (Rafa e Di Maria somam 8 cada, João Mário 6 e, com 3, há Musa e Arthur Cabral). No capítulo das assistências, Tengstedt tem 3, como Kokçu (Aursnes, 7, Rafa, 5, e Neres, 4, ocupam o pódio);

4
Sobe para 4 os jogadores com mais de 2000 minutos de utilização por Roger Schmidt em jogos oficiais na presente época (incluindo tempos adicionais). João Neves juntou-se a Aursnes (totalista absoluto com 2410 minutos), Otamendi (2301') e Rafa (2228'). Segue-se António Silva, com 1994';

21,9%
Segundo o GoalPoint.pt, Trubin é o guarda-redes, nas principais ligas europeias, com melhor percentagem de golos esperados evitados. A boa exibição em Braga ajudou o Benfica a ser o primeiro clube, ao fim de 14 jornadas, a não sofrer qualquer golo dos bracarenses;

42
Rafa passou a ser, com Álvaro e Silvino, o 42.º com mais jogos (330) pela primeira equipa do Benfica (incluindo particulares). Neste século, só Luisão, Nuno Gomes, Pizzi, Maxi Pereira, André Almeida, Cardozo e Grimaldo jogaram mais vezes do que Rafa;

50
João Neves chegou aos 50 jogos pela equipa de honra do Benfica (incluindo particulares);

150
Otamendi atingiu as marcas dos 150 jogos em competições oficiais pelo Benfica e nos 100 no Campeonato Nacional de águia ao peito."

João Tomaz, in O Benfica

Editorial


"1. O Benfica está no Mundial de Clubes, naquilo que vai ser pela primeira vez na história, uma aposta de dimensão global por parte da FIFA no projetar da competição. Orgulho pela participação. Conforto pela dimensão económica envolvida. Prestígio pela grandeza internacional que a presença implica. Mas com uma certeza: estamos lá por direito próprio, sem prebendas nem favores de quem quer que seja, ao contrário do que alguns quiseram fazer parecer. Graças a nós e aos resultados obtidos nas competições europeias nos últimos 3 anos, com duas presenças nos quartos de final da Champions. A prova final, se dúvidas houvesse, está no trabalho que incluímos nesta edição e que detalha tudo o que importa saber sobre este Campeonato do Mundo de Clubes.

2. Neste jornal O Benfica trazemos o râguebi como protagonista da semana. Francisco Bessa explicita uma ambição em ano de centenário: conquistar um campeonato que escapa desde 2011. Uma entrevista a não perder sobre um trajeto que está cada vez mais a apaixonar os Benfiquistas.

3. O canal de WathsApp do Sport Lisboa e Benfica ronda já os 70 mil seguidores em duas semanas de contacto e ligação aos Benfiquistas. Notícias, golos, resultados e outros conteúdos diversificados - como o jornal O Benfica, disponibilizado todas as sexta-feiras a partir das 17:30 - estão agora ainda mais próximos de si. Um resultado e uma crescente adesão que nos orgulham, mas que também nos responsabilizam e nos levam a ambicionar ainda mais. Fica a nossa gratidão. Imensa! Votos de Bom Natal, À Benfica!"

Pedro Pinto, in O Benfica