terça-feira, 7 de novembro de 2023

Lixívia (23/24) 10


Tabela Anti-Lixívia
Benfica.........25 (-5) = 30
Sporting......28 (+10) = 18
Braga..........20 (+2) = 18
Corruptos....22 (+11) = 11

Mais uma semana, mais um festival de manipulação... Inacreditável, como alguns benfiquistas vão atrás da conversa 'a letra lei diz que é penalty, mas eu não marcava'!!!!

Em Chaves, o 2.º penalty a favor do Benfica, na actual época, o 2.º penalty claro e evidente, e o 2.º 'escândalo' para alguns, só porque o jogador do Benfica 'sobreviveu'!!! Pois para alguns, só poderá ser penalty a favor do Benfica, se o jogador do Benfica, 'partir uma perna'!!!

O jogo ficou marcado, por mais duas pisadelas a jogadores do Benfica (Neves e Aursnes) e mais uma vez, ninguém foi expulso!!! Continuamos a ter um critério exclusivo para o Musa, e um critério para todos os outros!!!

No golo anulado ao Musa no final da partida, mais uma vez, tivemos uma aula de como escolher o frame e colocar as linhas onde o AVAR quer!!! Parece um Menu à la Carte...


A jornada começou na Sexta, com o merdoso do Tiago Moedas, a assinalar todas as simulações com faltas a favor dos Corruptos! Incrível como a estratégia ofensiva dos Corruptos, passa exclusivamente no ir ao 'contacto' com os adversários, e deixarem-se cair imediatamente!!!

Penalty inexistente, assinalado favor dos Corruptos, que por acaso o guarda-redes do Estoril defendeu...
O pessoal comparou o lance, com o penalty que ficou por marcar sobre o Tengstedt na jornada anterior, mas os lances não são iguais: o Casper estava a fazer a 'chamada' para saltar quando é empurrado com os dois braços; aqui, o caceteiro do Eustáquio, ganha a posição, e quando o defesa do Estoril, lhe toca com os braços, para 'controlar' a sua movimentação, o caceteiro mergulha, com uma aparente momentânea falta de força nas pernas!!!

Jogo ainda marcado pelos 6 Amarelos a jogadores do Estoril, antes dos 60 minutos! E pelos 8 minutos de compensação completamente injustificados!


Em Braga, a equipa da casa, beneficiou de 2 penalty's, bem marcados, mas ainda faltou outro!!! Aos 15 minutos, o Djaló foi derrubado... o jogador do Portimonense, tentou 'proteger' a bola, mas chegou atrasado, ganhou a posição rasteirando o Basco e além disso, nunca teve a bola 'controlada'!!!

No Alvalixo, mas um festival de impunidade...
Não consigo assegurar com certeza absoluta, que o Pote intencionalmente agrediu o adversário... mas a falta do Diomandé, no ataque do Estrela, que antecedeu o golo da vitória do Sporting, é demasiado evidente, para passar em claro...
O VAR nada podia fazer, pois o Estrela ainda recuperou a bola, e só depois o Sporting marcou... e como o lance era para Amarelo (por pouco seria vermelho...), o VAR não podia intervir, mas o Narciso não marcou porque não quis... Naqueles segundos, o Narciso deve ter ficado na dúvida, se seria Amarelo ou Vermelho, ou mesmo se seria dentro ou fora da área, já que estava longe do lance, e acabou por não apitar...

Lagartos levados ao colo, pela descomunicação social desportiva! Querem à força, fazer do Bomborim Campeão, em mais um jogo, onde marcaram o o 2.º golo (golo do empate naquele momento) a jogar contra 10, com um jogador do Estrela de fora a receber assistência médica, e depois o 3.º nas circunstâncias que referi no paragrafo anterior... Mas mesmo assim, é só elogios!!!

Anexos (I):
Benfica
1.ª-Boavista(f), D(3-2), Nobre, (Narciso, A. Campos), Prejudicados, (-3 pontos)
2.ª-Estrela(c), V(2-0), Correia, (Rui Costa, Rui Silva), Nada a assinalar
3.ª-Gil Vicente(f), V(2-3), Pinheiro, (C. Pereira, P. Ribeiro), Prejudicados, (2-4), Sem influência
4.ª-Guimarães(c), V(4-0), Almeida, (Narciso, V. Marques), Nada a assinalar
5.ª-Vizela(f), V(1-2), Godinho, (Rui Costa, Bessa Silva), Prejudicados, (0-2), Sem influência
6.ª-Portimonense(f), V(1-3), Malheiro, (Martins, A. Campos), Prejudicados, (1-4), Sem influência
7.ª-Corruptos(c), V(1-0), Pinheiro, (Soares Dias, P. Soares), Prejudicados, Sem influência
8.ª-Estoril(f), V(0-1), Narciso, (Rui Costa, C. Martins), Prejudicados, (0-2), Sem influência
9.ª-Casa Pia(c), E(1-1), C. Pereira, (Pinheiro, L. Maia), Prejudicados, (3-1), (-2 pontos)
10.ª-Chaves(f), V(0-2), Malheiro, (Esteves, Cidade), Nada a assinalar

Sporting
1.ª-Vizela(c), V(3-2), Melo, (Narciso, V. Marques), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
2.ª-Casa Pia(f), V(1-2), Almeida, (Hugo, R. Soares), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
3.ª-Famalicão(c), V(1-0), Narciso, (Nobre, N. Pereira), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
4.ª-Braga(f), E(1-1), Godinho, (Melo, S. Jesus), Nada a assinalar
5.ª-Moreirense(c), V(3-0), M. Oliveira, (Martins, H. Ribeiro), Nada a assinalar
6.ª-Rio Ave(c), V(2-0), C. Pereira, (Almeida, B. Jesus), Nada a assinalar
7.ª-Farense(f), V(2-3), Godinho, (Mota, J. Fernandes), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
8.ª-Arouca(c), V(2-1), Nobre, (Esteves, Felisberto), Prejudicados, Beneficiados, Sem influência
9.ª-Boavista(f), V(0-2), Almeida, (Rui Costa, Bessa Silva), Beneficiados, (+2 pontos)
10.ª-Estrela(c), V(3-2), Narciso, (Melo, S. Jesus), Beneficiados, Impossível contabilizar

Corruptos
1.ª-Moreirense(f), V(1-2), Malheiro, (Rui Costa, C. Martins), Nada a assinalar
2.ª-Farense(c), V(2-1), C. Pereira, (Martins, A. Campos), Beneficiados, (1-2), (+3 pontos)
3.ª-Rio Ave(f), V(1-2), Veríssimo, (Correia, J. P. Afonso), Beneficiados, (1-0), (+3 pontos)
4.ª-Arouca(c), E(1-1), Nogueira, (Rui Oliveira, P. Ribeiro), Beneficiados, (0-2), (+1 ponto)
5.ª-Estrela(f), V(0-1), Pinheiro, (Melo, S. Jesus), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
6.ª-Gil Vicente(c), V(2-1), Nobre, (Narciso, Felisberto), Nada a assinalar
7.ª-Benfica(f), D(1-0), Pinheiro, (Soares Dias, P. Soares), Beneficiados, Sem influência
8.ª-Portimonense(c), V(1-0), Almeida, (C. Pereira, L. Costa), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
9.ª-Vizela(f), V(0-2), M. Oliveira, (Narciso, V. Marques), Beneficiados, (1-2), Impossível contabilizar
10.ª-Estoril(c), D(0-1), Martins, (Almeida, A. Campos), Beneficiados, Sem influência

Braga
1.ª-Famalicão(c), D(1-2), Veríssimo, (Rui Costa, T. Costa), Beneficiados, Sem influência
2.ª-Chaves(f), V(2-4), J. Gonçalves, (Esteves, Felisberto), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Moreirense(f), V(2-3), C. Pereira, (Rui Costa, N. Manso), Nada a assinalar
4.ª-Sporting(c), E(1-1), Godinho, (Melo, S. Jesus), Nada a assinalar
5.ª-Farense(f), D(3-1), Nobre, (Malheiro, Felisberto), Nada a assinalar
6.ª-Boavista(c), V(4-1), Soares Dias, (Godinho, P. Mota), Beneficiados, (3-1), Impossível contabilizar
7.ª-Estrela(f), V(2-4), Almeida, (D. Silva, N. Cunha), Nada a assinalar
8.ª-Rio Ave(c), V(2-1), M. Oliveira, (V. Santos, S. Jesus), Nada a assinalar
9.ª-Gil Vicente(f), E(3-3), Malheiro, (J. Gonçalves, A. Carneiro), Nada a assinalar
10.ª-Portimonense(c), V(6-1), Godinho, (Hugo, A. Campos), Prejudicados, (7-1), Sem influência

Anexos(II)
Penalty's (Favor/Contra):
Benfica
2 / 4

Sporting
2 / 0

Corruptos
/ 1

Braga
3 / 1

Anexos(III):
Cartões:
A) Expulsões (Favor/Contra)
Minutos (Favor-Contra = Superioridade/Inferioridade):
Benfica
3 / 1
Minutos:
178 (9+85+84) - 57 = 121m (superioridade)

Sporting
3 / 1
Minutos:
104 (9+86+9) - 55 = 49m (superioridade)

Corruptos
0 / 3
Minutos:
0 - 108 (9+84+15) = -108m (inferioridade)

Braga
2 / 1
Minutos:
91 (24+67) - 42 = 49m (superioridade)

B) Amarelos
Contra (depois dos 60m) / Adversários (antes dos 60m)
Benfica
22 (13) / 34 (16)

Sporting
29 (17) / 30 (14)

Corruptos
38 (21) / 41 (14)

Braga
24 (15) / 28 (12)

Anexos (IV):
Com influência (árbitros ou Var's):
Benfica
Nobre - -3
Narciso - -3
C. Pereira - -2
Pinheiro - -2

Sporting
Narciso - +4
Almeida - +4
Melo - +2
Godinho - +2
Hugo - +2
Nobre - +2
Mota - +2
Rui Costa - +2

Corruptos
C. Pereira - +5
Veríssimo - +3
Martins - +3
Correia - +3
Pinheiro - +2
Almeida - +2
Melo - +2
Nogueira - +1
Rui Oliveira - +1

Braga
J. Gonçalves - +2
Esteves - +2

Anexos(V):
Árbitros:
Benfica
Pinheiro - 2
Malheiro - 2
Nobre - 1
Correia - 1
Almeida - 1
Godinho - 1
Narciso - 1
C. Pereira - 1

Sporting
Godinho - 2
Almeida - 2
Narciso - 2
Melo - 1
M. Oliveira - 1
C. Pereira - 1
Nobre - 1

Corruptos
Pinheiro - 2
Malheiro - 1
C. Pereira - 1
Veríssimo - 1
Nogueira - 1
Nobre - 1
Almeida - 1
M. Oliveira - 1
Martins - 1

Braga
Godinho - 2
Veríssimo - 1
J. Gonçalves - 1
C. Pereira - 1
Nobre - 1
Soares Dias - 1
Almeida - 1
M. Oliveira -1
Malheiro - 1

Anexos(VI):
VAR's:
Benfica
Rui Costa - 3
Narciso - 2
C. Pereira - 1
Martins - 1
Soares Dias - 1
Pinheiro - 1
Esteves - 1

Sporting
Melo - 2
Narciso - 1
Hugo - 1
Nobre - 1
Martins - 1
Almeida - 1
Mota - 1
Esteves - 1
Rui Costa - 1

Corruptos
Narciso - 2
Rui Costa - 1
Martins - 1
Correia -1
Rui Oliveira -1
Melo - 1
Soares Dias - 1
C. Pereira - 1
Almeida - 1

Braga
Rui Costa - 2
Esteves - 1
Melo -1
Malheiro -1
Godinho - 1
David Silva - 1
V. Santos - 1
J. Gonçalves - 1
Hugo - 1

Anexos(VII):
AVAR's:
Benfica
A. Campos - 2
Rui Silva - 1
P. Ribeiro - 1
V. Marques - 1
Bessa Silva - 1
P. Soares - 1
C. Martins - 1
L. Maia - 1
Cidade - 1

Sporting
S. Jesus - 2
V. Marques - 1
Rui Soares - 1
N. Pereira - 1
H. Ribeiro - 1
B. Jesus - 1
J. Fernandes - 1
Felisberto - 1
Bessa Silva - 1

Corruptos
A. Campos - 2
C. Martins - 1
J. P. Afonso -1
P. Ribeiro - 1
S. Jesus - 1
Felisberto - 1
P. Soares - 1
L. Costa - 1
V. Marques - 1

Braga
Felisberto - 2
S. Jesus - 2
T. Costa - 1
N. Manso - 1
P. Mota -1
N. Cunha - 1
A. Carneiro - 1
A. Campos - 1

Anexos(VIII):
Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Malheiro - 2 + 0 = 2
Narciso - 1 + 1 = 2
Rui Costa - 0 + 2 = 2
Nobre - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
C. Pereira - 0 + 1 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1

Sporting
Godinho - 2 + 0 = 2
Almeida - 2 + 0 = 2
Hugo - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Mota - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1

Corruptos
Pinheiro - 2 + 0 = 2
Malheiro - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Correia - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1

Braga
Malheiro - 1 + 1 = 2
J. Gonçalves - 1 + 1 = 2
C. Pereira - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
David Silva - 0 + 1 = 1

Anexos(IX):
Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Pinheiro - 2 + 1 = 3
Narciso - 1 + 2 = 3
Rui Costa - 0 + 3 = 3
Malheiro - 2 + 0 = 2
C. Pereira - 1 + 1 = 2
Nobre - 1 + 0 = 1
Correia - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1

Sporting
Almeida - 2 + 1 = 3
Melo - 1 + 2 = 3
Godinho - 2 + 0 = 2
Narciso - 2 + 0 = 2
Nobre - 1 + 1 = 2
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
C. Pereira - 1 + 0 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
Mota - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1

Corruptos
Pinheiro - 2 + 0 = 2
C. Pereira - 1 + 1 = 2
Martins - 1 + 1 = 2
Almeida - 1 + 1 = 2
Narciso - 0 + 2 = 2
Malheiro - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Nogueira - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Correia - 0 + 1 = 1
Rui Oliveira - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1

Braga
Godinho - 2 + 1 = 3
Malheiro - 1 + 1 = 2
J. Gonçalves - 1 + 1 = 2
Rui Costa - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
C. Pereira - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
David Silva - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1

Anexos(X):
Jornadas anteriores:

Anexos(XI):
Épocas anteriores:

Nunca confiei tão pouco na arbitragem


"O videoárbitro, escondido não sabemos bem onde, ora vê o que mais ninguém viu, ora fecha os olhos à mais flagrante das situações

O falatório provocado pelo futebol tem características que o distinguem da maioria das áreas da nossa vida, começando pelo facto de que raros são os temas do quotidiano que estamos disponíveis para discutir em circunstâncias tão díspares como um reencontro com um velho amigo num velório, o balcão de uma taberna frequentada por pessoas com quem provavelmente não partilharíamos outro balcão, ou uma esplanada apinhada de desconhecidos que se reuniram para, juntos, dizerem asneiras a cada meia dúzia de segundos e acabarem a discutir modelos táticos ou idas ao estádio com a cumplicidade de quem planeia ir ao velório do que morrer primeiro.
É assim por vários motivos, quase todos abonatórios para o futebol. Existe um reconhecimento do outro, ou uma aversão, estabelecida por via da nossa relação clubística com o jogo, que rapidamente ilumina a interação seguinte ou, se tivermos o azar de ouvir a resposta errada, nos cegará momentaneamente e talvez prive até da mais elementar racionalidade. O futebol acomoda muitas coisas, mas não é um daqueles mundos em que não há respostas erradas. Está cheio dessas e, no debate entre adeptos de diferentes clubes, está também cheio de respostas indisputáveis. É aliás algo que tem feito escola na nossa sociedade.
Por exemplo, de há uns anos para cá vemos muita gente discorrer sobre a era de pós-verdade em que vivemos, muitas vezes com o encantamento próprio de quem sente ter descoberto que, afinal, há mais do que uma verdade sobre o mesmo tema, e umas são mais falsificadas do que outras. O adepto de futebol sabe isto desde que é adepto de futebol. A ideia peregrina da verdade desportiva é uma coisa sempre bonita e útil para insuflar os discursos politicamente necessários das entidades competentes, mas verdade desportiva é coisa que nunca existiu, pelo menos não escrita na pedra, preto no branco, imutável de uma jornada para a seguinte.
Durante muitos anos, o futebol encontrou na arbitragem um prolongamento admissível dessas verdades muito discutíveis e quase sempre concorrentes. Esquecendo por momentos os fenómenos de corrupção que terão existido no futebol português, refiro-me neste caso ao árbitro enquanto pessoa dotada de personalidade e até cunho autoral. Não sei precisar quando é que nos convencemos que isto seria uma boa ideia, mas cresci a ouvir falar de árbitros como se fossem maestros e o apito a sua batuta.
Neste universo de subjetividade, o árbitro não era apenas um fiel guardião e cumpridor dos regulamentos da modalidade, mas antes um virtuoso intérprete do texto nas entrelinhas. Depois veio o pós-modernismo, vieram as escutas do Apito Dourado, e o critério do árbitro passou a querer dizer o que nós bem entendêssemos. Se hoje alguém disser que determinada arbitragem foi típica de Artur Soares Dias, estará a aludir a uma certa forma de atuar deste árbitro, um modo de agir perante esta ou aquela situação típica. Tudo isto terá vários entendimentos e quase nenhum será elogioso para o árbitro em questão. O árbitro enquanto intérprete dotado de subjetividade foi morrendo aos poucos, vítima da sua incompetência, permeabilidade, e incapacidade de resistir à natureza algo pantanosa deste tema no imaginário coletivo.
Os anos passaram, o visionamento do jogo tornou-se mais sofisticado, os erros tornaram-se mais flagrantes e a sua análise mais impiedosa, pelo menos até alguém iluminado ter convencido o mundo de que era possível eliminar toda e qualquer subjetividade das decisões da arbitragem. Bastariam umas câmaras estrategicamente posicionadas nas bancadas e de um árbitro escondido sabe Deus onde, munido do poder divino de decidir o destino de um jogo de futebol em função da verdade desportiva. Estão a ver o jogo pelo qual nos apaixonámos violentamente nas décadas anteriores, que em nada precisou deste advento para ser o jogo das nossas vidas? Esse mesmo jogo tinha finalmente sido salvo, vá-se lá saber do quê e de quem, mesmo que quase nenhum de nós tenha pedido socorro.
Foi-nos dito, com relativa humildade, que a tecnologia não era perfeita e que muito haveria a melhorar. Esperámos, felizmente, quase todos sentados, e nada aconteceu. O resultado? Uma nova camada de interpretação em que o decisor, agora livre da pressão do estádio, essa grande tortura - coitadinho - poderá ajuizar de forma rigorosa, objetiva, impoluta, e acima de tudo com a máxima competência. Só há um pequeno problema: os jogos passam e nada disto acontece.
O videoárbitro, escondido não sabemos bem onde, ora vê o que mais ninguém viu, ora fecha os olhos à mais flagrante das situações. Uma coisa é certa: ninguém lhe põe a vista em cima e continuamos à mercê destes intérpretes do jogo, espíritos livres para quem o regulamento parece ser muitas vezes apenas uma vaga inspiração. A sua função clarificadora torna-se assim mais uma manobra de confusão.
O resultado é penalizador para os intervenientes e, creio ser historicamente reconhecido, tende a bafejar aquele que vai à frente, a quem parece ser atribuído um bónus pelo desempenho. Mas é tramado olhar para esse desempenho e imaginá-lo sem o bónus, especialmente quando verificamos que não se trata de um par de situações, mas de uma sucessão de estranhas decisões, quase todas erradas e quase todas a favor da mesma equipa.
Não é que eu tivesse grande esperança na mitológica verdade desportiva, que desde sempre me pareceu um contra-senso, mas, assim como assim, sempre preferia o tal árbitro - autor que ia a jogo, a quem se admitia que conduzisse o jogo à sua maneira, mas que pisava o relvado a dar a cara pelas decisões. Parecia, apesar de tudo, humano como nós, um dos tais que erram. No lugar desses, temos hoje uns maestros escondidos atrás das máquinas a decretar como verdade indiscutível o que manifestamente é mentira, má fé, omissão, ou incompetência grosseira. E desengane-se quem pensa que isto é mal exclusivo do futebol português. Pelo contrário.
Há gente civilizada a perder as maneiras um pouco por todo o mundo. É mesmo uma pandemia que tomou conta do futebol. Há uns dias, Arteta, confrontado com mais uma decisão surreal do VAR na liga inglesa, disse que em duas décadas de futebol inglês nunca tinha visto nada assim. Não sou adepto do Arsenal e confirmo.
Chega a ser irónico. Apetece-me dizer que, apesar de tudo, todos nos habituámos a ver árbitros em que já sabíamos ao que íamos. Hoje parece tudo menos evidente, sob um pretenso manto de verdade. Pois bem: mentira, má fé, omissão, ou incompetência grosseira. Seja qual for o motivo, o balanço é para mim muito claro. Nunca confiei tão pouco na arbitragem como agora, depois do VAR."

Bernardo e o seu coração!


"🗣️ Jornal Record, desejo, do fundo do coração, boa sorte ao teu Sporting, para este jogo - o de mais logo - na UEFA Champions League !! 🫶🏽😉
Record , sobre os assobios e lenços brancos no Dragão, o Vitor Baía penhorado, as alteração aos estatutos porque o filho afinal faz negócios no FC Porto, nada. Nem uma palavra!!
Nuno Ribeiro suspenso 25 anos, é uma nota de rodapé!!"


Profundo pesar por Mário Moinhos


"Antigo jogador e campeão de futebol pelo Sport Lisboa e Benfica faleceu aos 74 anos.

O Sport Lisboa e Benfica expressa sentidas condolências pela morte de Mário Moinhos, falecido hoje com 74 anos, antigo avançado e campeão pelo Clube por três vezes na década de 1970.
Mário Moinhos vestiu a camisola da equipa principal do Benfica entre 1973 e 1977, tendo realizado 100 jogos oficiais e marcado 27 golos. Foi três vezes campeão nacional pelo Benfica nos anos de 1974/75, 1975/76 e 1976/77 e venceu ainda duas Taças de Honra nas épocas 1973/74 e 1974/75. Mário Moinhos foi ainda internacional por Portugal por sete vezes.
À família e amigos, o Sport Lisboa e Benfica endereça sentidos pêsames e presta solidariedade neste momento de pesar."

Real Sociedad-Benfica: Informação aos adeptos



"O Sport Lisboa e Benfica alerta todos os Sócios e adeptos do Benfica que irão marcar presença em San Sebastián para a importância extrema de pautarem o seu apoio à equipa por um comportamento irrepreensível ao longo de toda a partida.
O Sport Lisboa e Benfica recorda que ainda recentemente os seus adeptos viram-se impossibilitados de marcar presença em San Siro por imposição da UEFA, após episódios ocorridos na última presença europeia da época transata.
Atitudes ou comportamentos menos adequados e em total oposição ao que são o espírito e a cultura do Sport Lisboa e Benfica não apenas comprometem a imagem internacional do Clube como têm sérios impactos económicos e impedem a equipa de contar com o apoio que tanta diferença faz e ajuda a conquistar as vitórias que tanto queremos.
Nesse sentido, fica o apelo claro a todos os adeptos: apoiem a equipa, defendam o Clube."

Benfiquistão Transmontano!!!

Memórias...!!!

Escândalos censurados!!!

Intenções!!!

Auto-penalty!!!

O que ‘destapou’ o Estoril...


"Desde o mestre Pedroto que nenhum treinador do FC Porto tinha tanto respaldo presidencial

A vitória do Benfica em Chaves, onde Roger Schmidt continuou o caminho da arrumação da equipa de trás para a frente, não tendo ainda chegado à eficácia que pretenderá do setor mais avançado, teve um efeito triplo: acalmou as hostes encarnadas; projetou uma luz ainda mais intensa sobre o dérbi do próximo domingo; e capitalizou plenamente o desaire caseiro do FC Porto frente ao Estoril.
Aliás, o triunfo dos canarinhos no Dragão, que é, até hoje, o facto mais saliente desta jornada, teve o condão de destapar a paz podre que se vive no FC Porto, maquilhada por alguma alquimia de Sérgio Conceição, que tem feito omeletes com poucos ovos. E mais uma vez foi o treinador portista, que tem recebido de Pinto da Costa uma confiança como não se via desde os tempos do mestre José Maria Pedroto, a servir de caixa de amplificação de um mal-estar que já ninguém procura, sequer, desmentir. Dando o peito às balas em noite de derrota dura e de assobios, basicamente o que Sérgio Conceição veio dizer é que se sente sozinho, carregando sobre os ombros uma responsabilidade que também sendo dele, não é apenas dele. E dizê-lo, desassombradamente, como o treinador do FC Porto fez - o que aconteceu na conferência de imprensa de sexta-feira provocou, imediatamente, uma sensação de déjà vu - traduziu por um lado a força que sente a respaldá-lo, e por outro a vontade de que o mundo saiba que apesar de continuar empenhado no clube, está longe de se sentir satisfeito com as condições que lhe estão a ser proporcionadas. Aqui chegados, é inevitável trazer para cima da mesa o ato eleitoral que decorrerá (provavelmente no primeiro semestre) em 2024, e nem sequer é preciso, para demonstrar o impacto do que Conceição afirmou, especular sobre o efeito das suas palavras no eleitorado azul-e-branco e nas hipóteses de vitória de André Villas-Boas, putativo candidato. A questão é muito simples: quem continuará na equipa que Pinto da Costa apresentará nas eleições? Terão lugar personalidades que, mesmo sem serem referidos nomes, são afrontadas publicamente pelo treinador? E se essas personalidades se mantiverem, manter-se-á o treinador?
Esta temporada que classifica para a Champions dos 100 milhões (e sabe-se como andam no vermelho as contas azuis e brancas...) e termina com eleições dragonianas que prenunciam uma forte competição, não só não é, de facto, parecida com nenhuma outra, como é capaz de ganhar vida própria nos meses que se seguem..."

O modelo Amorim, de esgotado a não ter rival, e um Schmidt anti-cópia


"O modelo que todos viam como esgotado, ao ponto de se dizer que Rúben Amorim precisava de um terceiro médio e não de um terceiro central, é exatamente aquele que aparenta hoje estar mais perto da afinação. Até os rivais tentaram ou tentam ir pelo mesmo caminho. O FC Porto de uma forma circunstancial, uma vez que as lesões também afetaram a solução e fizeram com que se tivesse perdido o momentum, já o Benfica mais constantemente.
O processo que garantiu o título às águias partia-se entre ataque e defesa face à mudança das individualidades, e a nova ideia terá chegado para ficar, pelo menos nos próximos tempos. Se no caso de Sérgio Conceição, é natural a constante tentativa de encontrar o ponto de equilíbrio – já tinha testado o 4x3x3 e até o losango, além das derivações do 4x4x2 durante as partidas –, já em Roger Schmidt, apesar de uma outra incursão e até experiências com o 3x5x2 no passado, a viragem é bem maior.
A identidade mantém-se na pressão e na contrapressão, mas o alemão gosta é de atacar e marcar golos, quantos mais melhor. Numa ideia, quer ganhar sempre por KO e não por pontos. Agora, reforçou a pausa e a construção mais associativa, mesmo que demore mais tempo, se pense mais e a bola seja mais mastigada. É verdade que tem chegado aos triunfos graças a rasgos individuais (Di María antes, João Neves ontem) e o volume atacante não encontra tantas oportunidades como no passado, porém esse ponto dependerá de acertar em alguns nomes (o que ainda não parece ter acontecido) e criar dinâmicas.
Não concordo, contudo, com a ideia de cópia. Além do número de centrais, as semelhanças com Amorim e até com Jesus, que baixava linhas e contra-atacava, não são muitas. Aliás, o modelo leonino está no ponto certo – o que não quer dizer obrigatoriamente que festejará no final – porque defende com consistência, atrai o adversário com um bloco médio e ataca em velocidade, envolvendo também pelos flancos, uma fragilidade dos encarnados em qualquer sistema.
A contratação de Gyokeres teve o condão de melhorar o modelo original, que tinha entrado em falência nas épocas posteriores ao título e levou a que o técnico intensificasse o ataque posicional. Agora, deu um passo atrás e tudo tem batido certo. Já ao alemão falta encontrar o tridente certo na frente, mais do que jogar com alas e não com médios-centro nos flancos. Jogadores que saibam sair de espaços apertados, sejam resistentes à pressão, caiam com facilidade nas faixas (sobretudo à esquerda, onde não canhotos porque Di María se sente melhor na direita e Neres está lesionado) e consigam jogar também de costas para a baliza.
O novo modelo poderá potenciar (e proteger) Kokçu quando o turco voltar, embora João Mário se tenha exibido bem nesse papel de organizador, acrescentando critério. Florentino, mais uma vez, confirma-se como fundamental. Com as novas premissas, o Benfica não brilhará como nos primeiros meses da última época, porém poderá atingir uma boa consistência e, sobretudo, estar ainda mais perto do golo. Os grandes testes a essa mesma solidez estão aí à porta. E não há melhor exame a um sistema de pressão renovado do que a Real Sociedad. Precisamente antes do dérbi."

Amorim, Conceição e Schmidt: as diferenças


"Roger Schmidt demonstra indiferença pelo comportamento dos adeptos

Este período é marcado por uma grande carga de jogos. Se os resultados aparecem, o trabalho do treinador fica facilitado. A avaliação é diferente quando as coisas não correm bem e é nesses momentos que os treinadores demonstram a sua mais valia, na forma como seguram o barco e definem o caminho a seguir por todos.

Rúben Amorim: todos contam
No ano passado o Sporting ficou em quarto lugar, abaixo das expetativas iniciais. Perdeu o acesso à Liga dos Campeões, mas manteve-se coeso. Economicamente, está mais estável, com um maior controlo dos custos operacionais e com vendas consideráveis de jogadores. Estes dois fatores permitiram à SAD leonina não só ter a capacidade de estar tranquila num ano sem Champions como, em simultâneo, efetuar um investimento considerável na contratação de alvos definidos. Outro ponto importante prende-se com a capacidade de resistir à pressão dos resultados negativos, e aqui temos de realçar dois aspetos cruciais. Por um lado, a administração nunca deixou o seu treinador sozinho, pelo contrário, por diversas vezes reforçou a confiança no seu timoneiro, por outro, o próprio treinador foi determinante para essa blindagem. Apesar de muitas coisas não correrem bem, Rúben Amorim teve sempre a capacidade de assumir os seus erros e convicções, de dar a cara, de comunicar para dentro e para fora e de nunca se ter virado contra os seus, apesar de terem existido oportunidades de sair para clubes de maior dimensão. Num momento da época em que existe pouco tempo para preparar os jogos, a comunicação ganha importância adicional. O treinador do Sporting tem uma capacidade de comunicação invulgar, nos bons e nos maus momentos. Reforça a confiança nos jogadores, assume o erro mas não os deixa cair (que o diga Adán), reforça a importância do coletivo e aponta o caminho. Se, há três anos, o lema era jogo a jogo, este ano o objetivo é ser campeão e vencer as competições em que está inserido. Qual o motivo desta mudança de discurso? O crescimento da sua equipa, em termos individuais e coletivos (muito mais dominadora do que há três anos), e a experiência que adquiriu com os maus momentos que atravessou no último ano. Inteligente e perspicaz, não só passa esta confiança à sua equipa como envia uma mensagem aos adeptos, tornando-os mais exigentes e, em simultâneo, mais motivados e crentes no sucesso da sua equipa. Rúben sabe tão bem como nós que quando as equipas conseguem criar momentos positivos as coisas dentro do relvado tornam-se mais simples. Em resumo, Rúben é uma mais-valia no balneário (todos contam, como se viu no jogo com o Farense), no trabalho das dinâmicas coletivas, na abordagem a cada jogo, na forma como mexe dentro do próprio jogo e também na forma positiva e clara como comunica com adeptos e jogadores.

S. Conceição: exigente com todos
Muitas vezes, Sérgio Conceição dá-nos a ideia de que tem duas caras: uma quando ganha e outra quando perde. Como já referiu por diversas vezes, fica com muita azia quando as coisas não lhe correm de feição. Essa azia reflete-se em alguns comportamentos que não são corretos e que não beneficiam em nada a sua imagem. No entanto, se há uma coisa que ninguém lhe pode apontar é falta de exigência. Não só com os jogadores e consigo próprio, mas com todos aqueles que fazem parte do seu dia a dia. Quando a equipa não consegue atingir os objetivos, Conceição cobra dos seus jogadores, de uma forma coletiva e internamente. Gera revolta, mostra insatisfação, cria reação e mexe com o seu balneário. É um treinador exigente e que coloca muita pressão nos seus atletas (e em si próprio), incutindo-lhes uma enorme competitividade em cada momento da época. Independentemente de ter equipas com menor investimento que os rivais (em função das dificuldades financeiras da SAD azul e branca), nunca arranja desculpas e assume sempre o objetivo de vencer as competições internas. Nunca está satisfeito e quer sempre mais. Em função da menor capacidade para ir ao mercado, adapta a sua forma de jogar às características dos atletas. Não perde ADN, mas altera dinâmicas. Tenta criar condições para potenciar as capacidades dos ativos que tem à disposição, como é o caso de Galeno, a quem muitas vezes são criadas situações de 1x1. Estrategicamente é perspicaz, estuda e analisa bem os adversários e trabalha nesse sentido. Não desvaloriza ninguém e demonstra-o constantemente nas suas intervenções (como foi o exemplo da conferência antes do jogo com o Estoril). É exigente com os seus atletas, mas não os deixa cair. David Carmo é o melhor exemplo, mas há outros, como Diogo Costa quando teve um jogo menos conseguido com o Liverpool e no banco de suplentes estava Marchesín. Nos momentos menos bons não espalha sorrisos, mas reage e obriga a reagir. Implementa o ADN Porto, que é caracterizado por nunca desistir ou baixar os braços. A sua liderança passa pela criação de um balneário unido, onde o coletivo se sobrepõe ao individual, e por uma organização coletiva trabalhada ao pormenor.

R. Schmidt: não vê, não ouve e não percebe
A chegada de Roger Schmidt transformou, de uma forma rápida, o Benfica. A sua ideia passou rapidamente para os jogadores, que conseguiram pôr em prática a pressão asfixiante que caracteriza as equipas de RS. Conseguiu acrescentar uma qualidade ofensiva que não víamos há muito nos encarnados. O impacto das suas ideias foi notório e fez sonhar os adeptos. Apesar de toda esta onda que foi criada, nos momentos decisivos da época a equipa baixou o rendimento e somente na última jornada é que conseguiu vencer o campeonato. Na Liga dos Campeões caiu aos pés do Inter, apesar de muitos entregarem o favoritismo aos encarnados. Um dos aspetos apontados para um menor rendimento no final do ano desportivo foi a ausência de soluções que complementassem o onze mais utlizado. No início deste ano, tudo mudou. Foram contratados jogadores que trouxeram mais opções a Roger Schmidt e foi criada a ilusão de que não só se podia repetir a qualidade apresentada no último ano como esta até podia ser mais duradoura, tendo em conta a qualidade que foi colocada à disposição do treinador. Esta expectativa não tem sido justificada. Estranhamente, a equipa perdeu qualidade de jogo e a característica típica das equipas de Schmidt (pressão constante) desapareceu. O momento não é o melhor, com muita desconfiança à mistura. A comunicação, as opções e a gestão do plantel tornaram-se confusas, refletindo-se no comportamento dentro do relvado. O treinador encarnado está a tentar corrigir um problema coletivo pela via individual, como é exemplo a utilização de um sistema de três centrais, que não está rotinado e que aposta na qualidade dos jogadores para resolver os problemas. Outra questão que salta à vista é a incapacidade de RS conseguir comunicar para fora, seja a explicar as suas opções ou a mexer com os adeptos. O facto de não assumir responsabilidades, na planificação, nos resultados, nas exibições e até na organização dentro do relvado, desvalorizando o mau momento que a equipa atravessa, demonstra alguma falta de conhecimento da dimensão do clube que representa. No futebol, todos os pormenores são importantes. Por fim, há aqui um ponto que tenho de realçar. Roger Schmidt faz questão de sublinhar que não vai aprender a falar português, que é muito difícil. As perguntas na conferência de imprensa são feitas em inglês. O treinador alemão tem três anos de contrato. Sendo um dos assalariados mais bem pagos de Portugal deveria haver algum compromisso por parte do técnico neste sentido, aliás, na Alemanha, para se poder treinar, uma das condições é saber falar alemão! Mas pior do que desvalorizar constantemente a aprendizagem da língua portuguesa é utilizar esse facto para referir que não tem noção de alguma contestação e que não falar português é uma vantagem neste ponto. Além da falta de compromisso, demonstra também indiferença pelo comportamento dos adeptos e não reconhece ou percebe a importância de saber comunicar com o balneário e com o exterior na língua do país, o que lhe podia trazer outros benefícios. A realidade é que, ao contrário do último ano, Roger Schmidt não está a conseguir acrescentar valor em qualquer uma das áreas que domina: organização dentro do relvado, liderança, união e comunicação. A forma como vai gerir este momento menos positivo será determinante para o sucesso ou insucesso da época encarnada.

A valorizar
Abel Ferreira
Uma reviravolta histórica num jogo épico (3-4) frente ao líder do campeonato brasileiro, o Botafogo. Um dos pontos fortes de Abel é saber mexer com a cabeça e sentimentos dos jogadores. Mais uma vez teve essa influência e ajudou o Palmeiras a vencer um jogo que ao intervalo perdia por 3-0.

A desvalorizar
FC Porto
Na sua melhor fase da época e a uma semana do dérbi lisboeta, perde três pontos que podem ter muita influência na luta pelo título."