Goleada... com arte!!!

Benfica 8 - 1 Cliftonville


Contra um adversário bastante fraco, muitas alterações, com as 'baixinhas' a destacarem-se!!! Até a Bibocas marcou, de cabeça!!!
Sábado, contra o Riga, o cenário deverá ser parecido... na ronda seguinte, as dificuldades serão outras!

A Lara Martins, é uma predestinada, que apesar da idade, e do 'tamanho' tem que jogar mais... vai chegar ao nível da Kika, tendo outras características, e numa equipa com tanta falta de 'golo', tem que jogar, pois é daquelas jogadoras que tem uma ligação especial com a baliza!

Derrota...

Sporting 32 - 26 Benfica
(15-12)

Mau início, com muito desperdício em frente da baliza... e muita ingenuidade na defesa, com muita falta de conhecimento do treinador das características do adversário! Não é decisivo, estamos na 1.ª jornada, mas é um mau indicio!

A pré-época não correu bem, com várias lesões, duas delas graves, e com alguns jogadores a fazerem neste momento, já em competição oficial, a sua pré-época! E sem o tal Pivot, que acabou por não vir...!!!

Resultado líquido positivo de 4,2 milhões de euros



"Relatório e Contas anual do exercício de 2022/23 comunicado à CMVM

A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD comunicou nesta quarta-feira, 6 de setembro, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) o Relatório e Contas anual do exercício de 2022/23. O resultado líquido do período ascende a 4,2 milhões de euros, um crescimento de 112% face ao exercício de 2021/22.
Trata-se de um resultado positivo que interrompe uma série de dois anos de resultados negativos, retomando a sequência iniciada em 2013/14 de obtenção de resultados positivos, justificada essencialmente pelo crescimento dos rendimentos operacionais, vendas com transações com atletas e aumento de gastos operacionais.
Em relação aos resultados operacionais (inclui operações com atletas), na sequência da tendência de resultados positivos iniciada em 2010/11, com exceção dos dois últimos anos, em 2022/23 estes voltaram a ser positivos, atingindo o valor de 13,7 milhões de euros, o que representa um aumento face ao exercício anterior de +143,5%.
Por sua vez, os rendimentos operacionais que não incluem operações com atletas ascendem a 195,8 milhões de euros, o que equivale a um aumento de 15,6% face ao período homólogo, sendo de destacar o aumento dos prémios UEFA em 8,9 milhões de euros, o aumento das receitas de bilhética em 5,8 milhões de euros, o aumento de patrocínios em 3,7 milhões de euros e o aumento de receitas de corporate em 2,7 milhões de euros.
Quanto aos rendimentos operacionais que incluem operações com atletas, estes correspondem a 284,7 milhões de euros, um aumento de 21,9% face ao período homólogo, algo explicado essencialmente pelo aumento dos rendimentos com atletas, sendo de destacar o impacto dos rendimentos com transações de atletas (Enzo Fernández), comparado com o exercício anterior (Darwin Nuñez).
Os rendimentos com transações de direitos de atletas ascendem a 88,9 milhões de euros (60,1% do total de rendimentos é gerado internacionalmente), assinalando-se um acréscimo de 38,5% face ao período homólogo, e composto agregado a 5 anos de -0,7% (a média dos últimos cinco anos foi de 97,9 milhões de euros).
O total de gastos cifra-se em 245,8 milhões de euros, um crescimento de 1,3% e composto (CAGR) de 7,7%, nos últimos cinco exercícios, acompanhando o crescimento composto dos rendimentos operacionais sem atletas (7,7%).
O ativo atinge os 557,8 milhões de euros no final do exercício, o que corresponde a um aumento de 4,5% face ao final do exercício anterior.
O passivo cifra-se nos 444,6 milhões de euros, um acréscimo de 4,7% face ao período homólogo.
Importa referir que os valores dos ativos são superiores aos do passivo, mantendo uma tendência de crescimento desde a época 2014/15. O crescimento composto do ativo, de 3,6%, nos últimos 5 anos, é inferior ao crescimento composto para o mesmo período do passivo (5,1%), justificado pela necessidade de investimento e aposta num plantel desportivo mais competitivo.

OUTROS DESTAQUES
- O valor da dívida líquida é de 140,8 milhões de euros, um decréscimo de 4,3% face ao período homólogo. Em 2018/19 a dívida líquida era 53,4% dos rendimentos da Benfica SAD, e em 2022/23 é de 48,5% dos rendimentos da mesma.
- O capital próprio ascende a 113,2 milhões de euros a 30 de junho de 2023, uma recuperação do valor acumulado de 137 milhões de euros desde 30 de junho de 2013."

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Neves...

Nós já estamos vacinados...

Di Maria...


"No dia 18/07 anunciamos aqui que Angel Di Maria veio para o Benfica pura e simplesmente pelo seu amor ao clube. Para concretizar o seu sonho de regressar a um dos clubes do seu coração, abdicou do prémio de assinatura e nem se importou com o valor do salário que iria receber.
Chamaram-nos de cartilheiros, mentirosos e outros nomes que preferimos não reproduzir aqui.
Hoje o Presidente Rui Costa, no balanço última janela de mercado, confirmou o que aqui foi anunciado."

A vergonha do desporto nacional!


"O FC PORTO, escudado numa narrativa convenientemente criada por Francisco J. Marques, com recurso ao fruto do crime informático levado a cabo pelo hacker Rui Pinto, conseguiu, após a jamais esquecida reunião de p…levada a cabo no HOTEL ALTIS, re-instalar um clima de impunidade total para o clube azul e branco no futebol português.
A quantidade de acontecimentos escabrosos rapidamente abafados pelos meios de comunicação social quer desportiva quer não desportiva são um caso de estudo, desde que se iniciou o ataque organizado ao Sport Lisboa e Benfica vimos de tudo nos nossos relvados, principalmente nos jogos envolvendo os clubes da “Santa Aliança” eis uma lista mais ou menos aleatória…
- intervalo mais longo da história do desporto nacional, no encontro entre o Estoril e o FC PORTO, os adeptos do segundo invadem o relvado alegando que o estádio não reunia condições para acautelar a segurança de quem se encontrava presente naquela bancada, o Porto perdia no relvado por 1-0 e estava a ser completamente dominado pela equipa da casa, com recurso a este subterfúgio a segunda parte do jogo apenas seria disputada, contornando qualquer tipo de regras da competição, passados 30 dias do encontro…jogo esse que acabou com a vitória do Porto sendo que a segunda parte dessa partida foi um autêntico mistério futebolístico…
- nesse mesmo ano, num Porto vs Guimarães, em que o Guimarães conseguiu levar o Porto de vencido no seu recinto, o VAR teve um “apagão” precisamente durante o período em que a equipa da casa chegou aos golos que lhe deram uma vantagem confortável de 2-0…
Relembro que neste jogo ninguém viu um dirigente azul protestar por o VAR estar inativo no momento dos seus golos sendo que o segundo foi altamente protestado pela equipa vimaranense;
- Caso Marega, mais um fenómeno azul e branco, que permitiu unir tudo e todos em torno daquele incidente algo que não se tinha verifica por exemplo com o atleta Nelson Semedo, alvo de insultos racistas no mesmo estádio ou da campanha persecutória levada a cabo sobre Renato Sanches;
- Caso dos “Coletes Azuis”, em pleno estádio do ladrão, os stewards resolveram agredir atletas dos sapos, sem que daí fossem gerados castigos de monta para o clube azul, mais uma vez tudo rapidamente esquecido e abafado;
- Caso Igor, elementos da claque SD em pleno festejo de mais uma conquista forjada, aproveitam para assassinar a sangue frio um dos seus para gáudio dos mirones que rapidamente divulgaram a execução nas redes sociais…o que é que isto gerou de celeuma na comunicação social? Nada, zero, nicles…
- Caso Palhinha…sim pensavam que os sapos não entravam no rol…no ano COVID, os sapos foram alvos de todo o tipo de ajudas possíveis e imagináveis e para lá do imaginável…até um juiz de robe serviu para criar um escândalo desportivo que só não o foi porque a CS está completamente manietada por sapos e andrades e os centros de decisão desportiva idem;
- Caso transferências, visando a deturpação do relatório contas e fuga ao FairPlay financeiro, Porto, Sporting e Guimarães embarcaram num esquema de venda de jovens por valores claramente inflacionados apenas tendo como objetivo martelar os respetivos RC, relembro que em Itália por processo igual a Juventus foi penalizado severamente, por cá??
Nada, zero, nicles, a CMVM tão àvida em tudo o que envolvia o SLB sobre este tema nem um pio, a CS igual e tudo passa ão esquecimento…
Agora temos a rábula do telemóvel do VAR, se não fosse ridículo seria apenas e só trágico, o reflexo da mentalidade criminosa do clube da fruta e café com leite que tantos anos usou o telefone para levar a água ao seu moinho…
Como dizia o outro “foi aquilo que combinamos”…
Viva o país de faz de conta…se algo do descrito anteriormente fosse com o Benfica até as putas vendidas se punham em bicos de pés…assim…
No pasa nada!
Ainda ficou por dar no Sonseição, o boi do Jamor, o falta conferência…o Luís desce árbitro Gonçalves…etc etc…são tantas que um gajo não dá conta do recado…"

Entrevista esclarecedora


"Esta edição da BNews é dedicada a vários temas da atualidade benfiquista, com destaque para a entrevista concedida por Rui Costa, na qual aborda o mercado de transferências, em particular a atuação do Clube na última janela.

1. Plantel mais forte
Em entrevista à BTV, o Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, explicou o posicionamento e a atuação do Clube na última janela de transferências, pormenorizando as razões de cada entrada e saída do plantel, num exercício de transparência introduzido desde que assumiu a liderança do Clube e da SAD.
Rui Costa entende que há razões para satisfação: "Acredito plenamente que foi um mercado positivo, que nos deixa em posição privilegiada para lutar por todas as competições. Demos mais opções a um treinador que merece toda a nossa credibilidade e que deu provas de saber o que está a fazer", afirma.
O Presidente do Clube salienta a prevalência da aposta desportiva, respeitando o equilíbrio financeiro: "Este plantel, em termos de custos, é exatamente igual ao do ano anterior. Não subiu nem um euro em termos de salários, porque conseguimos condicionar empréstimos e valores que despendíamos e puxar este valor para dentro do plantel", explica.

2. Preocupação legítima
À margem da análise a atuação benfiquista no mercado, Rui Costa partilhou como tem visto os já vários casos ocorridos desde o início da época: "Não estou satisfeito com o que tenho visto nestas quatro jornadas. Iremos estar sempre alerta e ser sempre um clube que procura que o Campeonato se desenrole e ganhe dentro de campo."
E lembra o momento decisivo que o futebol português atravessa: "Teremos de mudar muita coisa no futebol em Portugal, se procuramos bons espetáculos para vender os direitos televisivos. O que se passou no Estádio do Dragão não é a melhor forma de vender o Campeonato. Faremos o que nos compete, ser melhores que os adversários em campo, procurando que haja justiça e clareza no futebol português e que situações como essa deixem de existir."

3. Objetivo: fase de grupos
A equipa feminina de futebol do Benfica inicia hoje a participação nas rondas de qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões, procurando repetir, pelo terceiro ano consecutivo, a presença entre as 16 melhores equipas da Europa.
A partida referente à meia-final da 1.ª eliminatória é com o Cliftonville, campeão norte-irlandês. Um jogo que tem início marcado para as 20h00, no Benfica Campus.
Filipa Patão avisa que "temos de ser muito competentes para trazer uma vitória" e confessa que "a vantagem de jogar em casa é maravilhosa". "Sabemos da importância que tem jogarmos junto dos nossos adeptos", sublinha.
Kika Nazareth destaca igualmente a importância do apoio dos Benfiquistas: "Precisamos deles e eles sabem disso. Tanto sabem que cada vez são mais. Cada vez há mais pessoas, músicas a serem cantadas, apoio. Nós sentimos isso, e fazemos de tudo para lhes darmos a melhor resposta possível."

4. Dérbi no andebol
O Benfica visita hoje o Sporting, em andebol. O embate da 1.ª jornada do Campeonato tem início agendado para as 20h00, no Pavilhão João Rocha.
O técnico Jota González lembra as dificuldades sentidas pelo grupo de trabalho na pré-temporada, em particular as lesões graves, mas a ambição mantém-se: "Estamos a encontrar soluções. Temos muita expectativa para jogar o dérbi, sabemos o que significa, e é muito importante. Temos vontade, e tentámos fazer uma equipa competitiva para ganhar a Liga e lutar por tudo."

5. Baterias apontadas para o Campeonato
Os vencedores da Supertaça de futsal iniciam o Campeonato frente ao Eléctrico (sábado, na Luz, às 19h00). Higor de Souza fez, em entrevista à BTV, a antevisão ao jogo.

6. Parceria renovada
As camadas jovens do futebol benfiquista mantêm o patrocinador. José Gandarez, vice-presidente do Clube com o pelouro da área comercial e marketing, refere: "É com satisfação que continuamos lado a lado com a Izidoro, uma marca com a qual nos identificamos em termos de valores e ambição e que queremos que continue a apoiar as nossas equipas de uma forma transversal, partilhando com os nossos atletas uma imensa vontade de vencer.""

Não há plantel que resista a tanto jogo



"Nos quatro primeiros jogos do campeonato, a soma dos minutos de compensação dados pelos árbitros no final das primeiras e das segundas partes dos jogos em que interveio o FC Porto já vai em 76 minutos.

Foram muitos os memes e as anedotas que circularam nas redes sociais mal acabou o jogo deste domingo no Dragão, entre o FC Porto e o Arouca, a contar para a quarta jornada da primeira liga de futebol. Num dos muitos que recebi podia ler-se que um comentador brasileiro dizia que ir jogar ao Porto para o campeonato nacional de futebol era “igual a fazer entrega em camião no Rio de Janeiro: você sabe que vai ser roubado mas tem de ir na mesma”.
A notícia em destaque no dia seguinte, ontem, segunda-feira, era a de que o FC Porto vai protestar o jogo e reclamar a repetição do encontro, atendendo à farsa montada nos últimos minutos de um desafio em que os Dragões, depois de terem desperdiçado uma grande penalidade sacada pelo avançado iraniano Taremi já bem para além da hora, acabaram por chegar à igualdade ao minuto 90+19 (sim, noventa mais dezanove), sendo que o árbitro concedera 17 minutos de tempo de compensação – e o jogo ainda haveria de durar mais 4 minutos e não houve um único cartão amarelo mostrado por perda de tempo. Mutatis mutandis, é como se um carteirista se arrogasse o direito de apresentar queixa contra a vítima porque a carteira que lhe roubou estava vazia; ou como o agressor que corre a apresentar queixa na Polícia contra o agredido, antes que este apareça a dar nota do ocorrido.
Nos quatro primeiros jogos do campeonato, a soma dos minutos de compensação dados pelos árbitros no final das primeiras e das segundas partes dos jogos em que interveio o FC Porto já vai em 76 minutos. E, se lhes juntarmos os descontos no outro jogo oficial, referente à Supertaça frente ao Benfica (que ao todo foram 18 minutos), a equipa azul-e-branca já leva mais um jogo (94 minutos) nas pernas do que todas as outras.
Tirando o primeiro jogo, com o Moreirense (em que os portistas ganharam por 2-1 dentro dos 90 regulamentares), nos restantes três o FC Porto marcou sempre nos descontos, garantindo duas vitórias (uma aos 90+4, 2-1 frente ao Rio Ave, e a outra aos 90+10, 2-1 com o Farense) e, agora, um empate (aos 90+19, 1-1 com o Arouca). Só na final da Supertaça, o tempo de compensação não valeu de nada.
Por este andar, e mesmo que não consiga levar por diante a repetição deste e de outros jogos em que a farsa possa vir a reeditar-se, o FC Porto habilita-se a acabar a época com mais uma vintena de jogos do que os seus rivais. Por isso, Sérgio Conceição que se cuide. É que não há plantel que resista."

Agora Escolha e o VAR surrealista


"Os dias de telefonemas para o Agora Escolha (cumprimentos à dona Vera Roquette) eram tecnologicamente mais fiáveis do que estes dias de VAR.
Talvez pela simplicidade do protocolo.
Passo A: reunião acalorada de amigos na sala de estar, entre um Capri-Sonne e um Bollycao mal amanhado; o bando mais bruto defende o BA, o Murdock e as aventuras dos Soldados da Fortuna; a quadrilha dos costumes mais brandos prefere o ‘5, 4, 3, 2, 1... ufa!’ do herói Macgyver.
Passo B: corrida até ao telefone preto da avó, discar o 02 711 09 08, escutar a simpática voz da telefonista e gritar ‘Bloco A’ ou ‘Bloco B’.
Passo C: sossegar 25 minutos, a ver a Ana dos Cabelos Ruivos, as Aventuras de Tom Sawyer ou o Dartacão e Os Três Moscãoteiros, até ao anúncio do resultado final.
Depois, eureka!
Dias simples, infalíveis. Nada falhava nessa era analógica. Um primor de entretenimento e eficácia.
Mais de 30 anos depois, cercados pelo digital, viciados nos nossos gadgets e na tecnologia de ponta, a modernidade falha-nos. Falha-nos em direto, com a certeza de que todo o mundo tem rápido acesso ao vexame. Parece o Truman Show, mas a criatura em forma de vítima tem o ar de árbitro ao telemóvel.
Vexame. Foi isso a que assistimos, domingo passado e em horário nobre, no Dragão. Não me atrevo a apontar o dedo a ninguém, sou mais engenheiro de obras feitas do que eletricista de tomadas de estádio, mas todo o espetáculo foi constrangedor.
Como é possível um campeonato de futebol, já com alguns anos de VAR, não tomar todas as providências e criar os planos A, B, C e D que se impõem para que nada falhe? Imperdoável. Uma afronta aos tantos milhões investidos e pagos nesta área profissional.
É um dos sintomas de competência: antecipar o problema e preveni-lo, no matter what. 
A simplicidade eficaz do meu querido Agora Escolha contrasta com a tristeza destes dias, num manto de opacidade e falta de transparência municiadores de desconfiança e descrédito.
A origem do VAR é uma boa ideia, os homens que o operam e o definem parecem-me obsoletos. Aconteceu o que sabemos no Casa Pia-Sporting, replicado com menor mediatismo no Torreense-Oliveirense, e aconteceu este serão de abominações na casa do FC Porto.
Vejo estes jogos da Liga, principalmente os dos chamados grandes, e só me posso sentir enjoado pela atmosfera de pressão, de condoimento, de histeria na hora de um golo sofrido ou de uma decisão desfavorável das equipas de arbitragem.
Ninguém sabe lidar com o insucesso.
De tanto barulho, pouco se fala do jogo. Do arranque aflitivo do FC Porto, dos desequilíbrios do Benfica à esquerda, de um SC Braga com seríssimos ares de candidato, de um Sporting a recuperar a solidez do ano do título.
E há mais, nomes interessantíssimos a surgir. Cristo no Arouca, João Mendes no Vitória, Pedro Malheiro e Seba Pérez neste protótipo de Boavistão.
Respiremos fundo. Pensemos todos no que andamos a fazer ao jogo que amamos. Só me apetece ligar para o Agora Escolha e gritar o nome de outro campeonato qualquer."

As veias abertas de O Chefe Negro


"Quando Friaça fez 1-0 para o Brasil e levou 200 mil almas à loucura, Obdúlio pegou na bola e disse: ‘Agora sim, vamos ganhar!’

Nelson Rodrigues, o cronista incontornável, disse dele: «Não atava as chuteiras com cordões, mas com as veias». Veias abertas de América Latina, escreveria, por sua vez, Osvaldo Soriano. Poucos jogadores na história do futebol terão sido tão bem contados como Obdulio Jacinto Muiños Varela. Ou apenas Obdulio Verela, El Grán Capitán. Ou El Jefe Negro.
Sim, tinha pele escura mas estava longe de ser retinto como baquelite. Era apenas moreno como os cholos que se espalhavam de Entre Rios ao Rio Grande do Sul, charruas, guaranis ou minuanos. Mas foi sempre uma figura impressionante, digna de figurar num livro de Salgari, como, por exemplo, O Tesouro do Presidente do Paraguai, de 1894, publicado cinquenta e seis anos antes de Obdulio invadir o Brasil e provocar aquilo que Nelson Rodrigues apelidou de «A nossa Hiroxima». 16 de julho de 1950. José Lins do Rego: «Vi um povo de cabeça baixa, de lágrimas nos olhos, sem fala, abandonar o estádio como se voltasse do enterro de um pai muito amado. Vi um povo derrotado, e mais que derrotado, sem esperança». Para a seleção canarinha, um empate bastava para conquistar, pela primeira vez, a Taça Jules Rimet - a Taça do Mundo. Mas nem ao empate chegou. O Uruguai venceu por 2-1 num estádio a rebentar com mais de 200 mil pessoas. Obdúlio Varela, capitão uruguaio, recebeu o troféu no meio do relvado tal a confusão que trepava pelas bancadas. Era um Homem e um Desportista. A sua figura destacava-se como a estátua de um Fídias. A sua voz era calma, grossa, sem esconder um pingo íntimo de pena: «Não gostei de ver aqueles 200 mil torcedores tristes; não gostei de ver o Rio às escuras e sem carnaval. É a vida. Era campeão e não sentia uma total alegria pelo feito». El Jefe Negro não precisou das palavras alheias para atingir o topo de todos os topos. Escreveu-se a si mesmo. Fez ouvir as sua tiradas contidas e pensadas que não pareciam vindas da mesma pessoa que, em campo, se batia como um exército de um soldado solitário. Quando perguntaram ao defesa uruguaio Diego Lugano se era verdade que, quando miúdo, imitava Obdulio nos jogos de rua, ele respondeu simplesmente: «Ninguém pode brincar de ser Deus».
Voltemos ao início e a Nelson Rodrigues: «A humilhação de 50, jamais cicatrizada, ainda pinga sangue. Todo escrete tem sua fera. Naquela ocasião, a fera estava do outro lado e chamava-se Obdulio Varela». Obdulio nasceu pobre e asmático, no humilde bairro de La Teja, em Montevidéu, filho de um galego que só mais tarde o reconheceu como filho. Cresceu na rua Pablo Pérez, na Curva de la Industria. Foi criado com os pais separados e, por causa disso, usava o sobrenome materno de Varela, e não o paterno de Muiños. Às vezes um nome muda a história de um homem, quando não muda a história do mundo.
O Brasil acabara de fazer 1-0 por Friaça. Ninguém acreditava que essa taça iria fugir das mãos dos brasileiros. Só Obdulio: «Agora sim, vamos ganhar!». Os companheiros olhavam para ele, fascinados. E depois há aquela cena dramaticamente cinematográfica: «Obdulio, un morocho tallado sobre piedra, fue hacia su arco vencido, levantó la pelota en silencio y la guardó entre el brazo derecho y el cuerpo. Los brasileños ardían de júbilo y pedían más goles. Y clavó sus ojos pardos, negros, blancos, brillantes, contra tanta luz, e irguió su torso cuadrado, y caminó apenas moviendo los pies, desafiante, sin una palabra para nadie y el mundo tuvo que esperarlo tres minutos para que llegara al medio de la cancha y espetara al juez diez palabras en incomprensible castellano. No tuvo oído para los brasileños que lo insultaban porque comprendían su maniobra genial: Obdulio enfriaba los ánimos, ponía distancia entre el gol y la reanudación para que, desde entonces, el partido - y el rival -, fueran otros». Não precisa de tradução. É Osvaldo Soriano descrevendo a revolta de Obdulio em Artistas, Locos y Criminales. E El Grán Capitán respondia: «Eu não represento nada. Tudo o que se diga são mentiras. Sou uma pessoa como qualquer outra e a única coisa que me resta é a satisfação de ter cumprido. A glória não existe. A glória é ter amigos que gostem de ti. Foi uma casualidade termos roubado o título do Brasil. Coisas assim acontecem só uma vez». É frustrante erguer um herói que recusa o plinto das estátuas. Que recusa os elogios e se faz refém da humildade. Senhor do Peñarol, nunca deixou esquecer a forma como os negros foram correndo como o sangue das veias abertas da América Latina: «Antes, nós, os negros, éramos puxados por uma argola no nariz. Esse tempo já passou». Carlos Heitor Cony, escritor brasileiro, foi mais concreto: «A partir de hoje deixei de acreditar em Deus!». Um Deus azul-celeste..."