8.ª Taça de Portugal

Madeira SAD 30 - 31 Benfica
(14-18)

Triplete, com o Bicampeonato e a Supertaça, faltou a Taça Federação e na Europa aquele erro na contagem de golos ficou atravessado!!!

Jogo muito complicado, contra uma equipa com individualidades muito fortes, mas nos momentos finais, acabámos por vencer...

Mais uma vitória clara...

Benfica 7 - 3 Corruptos

Mais uma vitória clara, da equipa superior... Factor casa mais uma vez decisivo, em mais um jogo, onde as simulações e agressões, não intimidam os apitos, e assim tudo fica mais complicado para os Corruptos!!!

Estamos a vencer por 2-1, mas o 4.º jogo não será mais fácil... Teremos, a negra na Luz, em caso de empate!

Iniciados - 14.ª jornada - Fase Final

Setúbal 0 - 1 Benfica


Vitória sofrida, mas importantíssima, numa partida complicada, com uma arbitragem surreal (até nos Iniciados...), valeu a defesa do Lopes no penalty absurdo, contra o Benfica, e depois valeu o Anísio, que saltou do banco, para dar os 3 pontos...

A equipa parece que não está a dominar os jogos, como nas primeiras jornadas, parece-me que tem havido demasiada rotação, mas voltámos a ficar com 5 pontos de vantagem, após o empate dos Corruptos em Guimarães! A 4 jornadas do fim, com 3 jogos no Seixal, e somente uma deslocação a Braga, temos tudo para sermos Campeões!

Exercício de desperdício...

Benfica 1 - 3 Braga

Não se consegue ganhar, sem marcar golos! Total falta de eficácia, absurda mesmo!!!
O problema é que não é a primeira vez, sendo que o azar não explica tudo...

Agora temos que ganhar dois jogos em Braga, algo muito complicado, se as coisas não mudarem...

Obrigado, Campeões!


"O título é nosso e está muito bem entregue. Merecemos este Campeonato pelo futebol apresentado e pela regularidade patenteada, pela dinâmica de conquista desde o início da prova, pelo extraordinário apoio na Luz e em todos os estádios onde a nossa equipa jogou. Este é um título de todos os Benfiquistas, no campo, nas bancadas e pelo mundo fora.

1
Ganhou a melhor equipa do Campeonato em 2022/23. Triunfou aquela que conquistou mais pontos, liderou desde a primeira jornada, obteve mais vitórias (28), foi máxima goleadora (82), sofreu menos golos (20), fez grandes exibições assentes numa filosofia de futebol ofensivo, teve regularidade, consistência e brilhantismo. O Campeão voltou! O Benfica é Campeão Nacional pela 38.ª vez!
Na última jornada, 3-0 ao Santa Clara, na Luz. Veja o resumo da partida.

2
"É um título da união, que é do nosso orgulho e é do Benfica". Na primeira temporada completa à frente dos destinos do clube, veja o discurso de Rui Costa à Nação Benfiquista na Praça Marquês de Pombal após a conquista do título.

3
"Não foi só o facto de sermos campeões, foi a forma como alcançámos". Veja as declarações de Roger Schmidt.

4
Veja as declarações dos artífices do título, a festa no Estádio e no Marquês e veja, ou reveja, o direto da BTV com todas as celebrações desde o apito final até à comunhão entre plantel e a inacreditável multidão de Benfiquistas no centro de Lisboa.

5
Estamos na final da Taça de Portugal de andebol (no feminino). Após vencermos, por 31-35 o CA Leça, o jogo derradeiro é com o Madeira SAD. Apoie a nossa equipa hoje, na Maia, a partir das 17h00.

6
Na Luz, às 17h00, a nossa equipa de futsal defronta o SC Braga no jogo 1 das meias-finais do Campeonato Nacional. A equipa feminina de hóquei em patins disputa, às 16h00, o primeiro embate da final do Campeonato em Turquel.

7
Há quatro canoístas do Benfica na II Taça do Mundo de canoagem, na Polónia. Fernando Pimenta conquistou a prata em K1 1000 metros. Acompanhe aqui."

Único...


"«𝑺𝒊𝒏𝒄𝒆𝒓𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒏𝒖𝒏𝒄𝒂 𝒕𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒗𝒊𝒔𝒕𝒐 𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒂𝒔𝒔𝒊𝒎 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒗𝒊 𝒐𝒏𝒕𝒆𝒎. 𝑪𝒓𝒆𝒊𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒇𝒐𝒊 ú𝒏𝒊𝒄𝒐, é 𝒖𝒎𝒂 𝒅𝒂𝒔 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓𝒆𝒔 𝒄𝒆𝒍𝒆𝒃𝒓𝒂çõ𝒆𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒙𝒊𝒔𝒕𝒆𝒎 𝒏𝒐 𝒇𝒖𝒕𝒆𝒃𝒐𝒍 𝒆𝒖𝒓𝒐𝒑𝒆𝒖. 𝑱á 𝒕𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒗𝒊𝒔𝒕𝒐 𝒏𝒐 𝒃𝒂𝒍𝒏𝒆á𝒓𝒊𝒐 𝒇𝒐𝒕𝒐𝒈𝒓𝒂𝒇𝒊𝒂𝒔 𝒅𝒆 𝒐𝒖𝒕𝒓𝒂𝒔 𝒇𝒆𝒔𝒕𝒂𝒔 𝒏𝒐 𝑴𝒂𝒓𝒒𝒖ê𝒔 𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒎𝒃𝒂𝒍, 𝒎𝒂𝒔 𝒏𝒖𝒏𝒄𝒂 𝒕𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒗𝒊𝒗𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂𝒅𝒐 𝒖𝒎𝒂 𝒄𝒐𝒊𝒔𝒂 𝒂𝒔𝒔𝒊𝒎».
Roger Schmidt - em conversa com jornalistas promovida pela BTV ."

Benfica Campeão | Como Proceder?


"Volta o Benfica a beijar a careca dum título que lhe fugia desde 2019, quando Bruno Lage pulverizou recordes com alguns dos bons rapazes que são hoje novamente as estrelas dum conjunto campeão.
Voltando a esse Verão, poucos imaginariam o rescaldo de conquista tão épica – muito menos alguém sério imaginaria a travessia no deserto que durou até 2023, caminhada odiosa cheio de episódios mal contados, demonstrações irrepetíveis de fraqueza desportiva e moral e um profundo distanciamento entre adeptos e equipa – que só dão as mãos quando há pontos de ligação cultural entre o plantel e as gentes que o apoia violentamente.
Em 2019 como hoje, o bom futebol orquestrado por um grande treinador liga-se à personalidade do próprio e ao seu entendimento do que é o Benfica – que na Luz só faz sentido ganhar com um espectáculo gordo, de golos a pingar do céu e rebentos do Seixal a fazer o caminho contrário rumo ao estrelato.
Florentino Luís, que confirmou as previsões sugeridas pelo talento colossal depois de andar a ser desperdiçado em empréstimos sem critério, é agora o elo de ligação entre uma e outra vaga de ‘Seixalitos’ de gabarito internacional que impuseram o clube como o melhor da temporada, entre Félix ou Jota e António Silva ou João Neves.
Os elogios que Rui Costa merece por este título ser-lhe-ão entregues pelo tempo, que é sempre o melhor juiz; no presente e a reboque do delírio e do fascínio próprio dos alvores da paixão, há que ligar Roger Schmidt ao acordar do Benfica e associar para sempre 2022-23 ao seu nome, como juntamos 2018-19 a Lage ou 1982-83 a Eriksson.
Até porque ligando os três estende-se um conjunto muito próprio de valores que relacionam as três personalidades e vão criando, aos poucos e mais devagar daquilo que é desejável, um verdadeiro padrão para técnico do Benfica: precisamente pela urgência da modernidade em uniformizar sistemas táticos a todos os escalões e criar uma identidade técnica nos clubes, tendo a La Masia como exemplo máximo, aparece de tempos a tempos essa sugestão do além de que para ter transcendente sucesso no Benfica, é preciso um código de conduta muito rígido.
O clube do povo é também o clube dos cavalheiros, dos que juntam boas maneiras à competitividade, a coragem à lealdade, a frieza à sensatez – a mistura certa para honrar «valores mais altos que se levantam», Mário Wilson, atrevemo-nos a citar.
Assim, entrando descomplexadamente pela porta do departamento comparativo, encontramos Schmidt a dirigir-se para um gabinete onde já estavam Lage e Eriksson. A decoração tem troféus de Campeonato e sobre uma grande mesa redonda – e marmórea, como os carismas dos intervenientes – estendem-se folhetos, manuais, listas, ensaios e A3 com milhentos gráficos de estudo ao 4-4-2 e suas variantes, ao futebol de prego a fundo a começar pela pressão alta e a terminar na capacidade de matar ideias contrárias com recurso ao contragolpe. Recuperar, transição rápida, golo. Repetir ad eternum e também isso relaciona os três – as médias assustadoras de golos.
Schmidt chega ao gabinete de dossier debaixo de braço e cheio de bons argumentos para ganhar a confiança dos outros dois: conseguiu-o replicar dentro e fora de portas, conversa que mantém Lage em silêncio e o aproxima de Sven. Mas no essencial dão-se bem os três, porque a maneira de ser assim os obriga.
Schmidt e Lage podem-se relacionar pela forma como identificaram logo de antemão as principais lacunas, como tiveram a coragem de ir contra interesses estabelecidos para arrumar a casa e como identificaram Florentino e Rafa como peças indiscutíveis.
O trinco voltou a brilhar com um treinador do mesmo perfil e que soube identificar nele as características que o tornam num recuperador de bolas de topo; e Rafa Silva, que com Lage descobriu as maravilhas do corredor central, com Schmidt descobriu que zonas dele pisar para se tornar realmente mortífero, dentro e fora de portas.
Continuam a conversar Lage e Schmidt. E, chegados ao assunto sério – o futuro, sempre o misterioso futuro – cala-se o alemão para falar o português (uma raridade) e começa o segundo a narrar a sua história, de como depois dum primeiro ano maravilhoso, se cai daquela forma ravina abaixo.
Cabe ao primeiro ter agora a presença de espírito para manter a exigência com superiores hierarquícos e a disciplina da sua equipa técnica – que erros a evitar no segundo ano de mandato?
A história de Lage, que ainda não nos foi contada, será o melhor ensinamento; Schmidt até já escorregou junto do precipício com aquelas três derrotas seguidas de Abril e saboreou um pouco dessa maldade do destino, que muda de cara a cada esquina e assalta quem dele se ri ou não o reconhece. Foi esse o grande momento da temporada, o abanão que acabou com a histeria que já se vendia com selo Benfica nas ruas de Istambul.
O grande desafio do Benfica 2023-24 passará sobretudo pela capacidade que tem, ou não, de aprender consigo mesmo. Se a recuperação anímica e competitiva desde Chaves foi notável, culminando em exibições categóricas como a da Luz frente ao SC Braga ou a de Portimão, urge identificar o que propiciou a trágica quebra de forma da mais vistosa equipa da Europa, a par do Nápoles ou City. E sobretudo aprender com os erros de 2019, quando se pensou que um título formidável daria embalo para continuar a caçar o FC Porto em número de títulos.
Se em 2019 o Benfica tinha cinco dos últimos seis campeonatos, voltou a ficar para trás: e o Porto já vai em 12 desde 2000. O Benfica, que carimbou o 38.º, conta apenas… oito!"

Enzo cruzou, Aursnes cabeceou e o Benfica soltou o grito de campeão


"O Benfica é o indiscutível campeão nacional. Numa competição de pontos corridos, o primeiro colocado ao término de duas voltas é sempre aquele que mais fez por merecer. Nem sempre significa que também tenha sido o melhor, mas, sim, o mais regular. No caso da (intensiva e ofensiva) equipe encarnada de 2022/23, acabou por ser mesmo a mais regular... e também a melhor.
É verdade, Sérgio Conceição novamente tirou leite de pedra no FC Porto, especialmente ao dominar o rival no clássico na Luz, e Artur Jorge encantou durante várias partidas com o Sp. Braga. No geral, no entanto, Roger Schmidt foi o grande responsável por, ainda que com uma quebra - mais psicológica do que propriamente tática e técnica - na reta final, garantir um equilíbrio digno de vencedor.
Escolha certeira de Rui Costa, o treinador alemão rapidamente montou um onze-base fortíssimo que encantou nos primeiros meses de trabalho. Apostou pesado, e bem, em António Silva, Florentino e Gonçalo Ramos, confiou na volta por cima de Grimaldo, tirou proveito do perfume de David Neres e recuperou João Mário e Rafa. A cereja do bolo, por sua vez, veio do outro lado do Atlântico Enzo Fernández.
Enzo foi disparado o maior nome das águias na primeira volta. Casou na perfeição com o estilo de jogo de Roger Schimidt. Viveu os cinco meses mais frenéticos e espetaculares da história recente do futebol. Deitou e rolou em Portugal, brilhou na Copa do Mundo do Qatar e, não menos impactante, foi negociado por 121 milhões de euros com o Chelsea. Jackpot!
Depois de idas e vindas, do bom e velho chove e não molha nos tempos de mercado de transferências, o jogador argentino resolveu trocar a Luz por Stamford Bridge no meio da temporada e quase causou um apagão - dentro e fora de campo - no Benfica. Plantou, no mínimo, a semente da crise.
Não demorou nada para a luz no fim do túnel surgir por meio de um norueguês que "até ontem" era um mero desconhecido entre os portugueses. Fredrik Aursnes foi claramente o olho clínico de Roger Schmidt em ação. Um verdadeiro achado.
O famoso "jogador do treinador" assumiu o posto de melhor benfiquista na segunda volta do campeonato. Com sobras, aliás. Fez sucesso no ataque, controlou sempre que acionado no meio-campo e ainda quebrou um belo galho na lateral direita. Pau para toda a obra.
Otamendi, Grimaldo e João Mário foram o mais regulares de todos, enquanto João Neves surpreendentemente surgiu para trazer o frescor que tanto faltava no sprint decisivo, mas o Benfica que voltou a soltar o grito de campeão teve em Enzo Fernández e Fredrik Aursnes os seus principais destaques. Sem mais."

SL Benfica 3-0 CD Santa Clara: Schmidt chegou, viu e venceu


"A Crónica: Benfica Regressa Aos Títulos, Três Anos Depois

Com o título nacional a apenas uma vitória de distância, ou um empate se o FC Porto não atingisse a mesma marca de golos marcados, o SL Benfica enfrentava o já despromovido CD Santa Clara, num Estádio da Luz absolutamente lotado!
A equipa de Roger Schmidt entrava em campo com o foco total na vitória, que daria os 3 pontos e, consequentemente, o 38.º título de campeão nacional, e entrou em campo com uma pressão sufocante, sem deixar respirar a equipa adversária.
O primeiro golo encarnado foi marcado logo aos seis minutos de jogo, numa cabeçada perfeita de Gonçalo Ramos a um cruzamento também ele muito bem executado por Alexander Bah.
A partir daqui, o ritmo de jogo foi acelerado, rápido, com o Sport Lisboa e Benfica a controlar o jogo a seu belo prazer e a realizar ataques contínuos à baliza açoriana. A pressão foi tão sufocante, que o Benfica chegou mesmo ao segundo golo ainda antes do minuto 30, num lance meio-atabalhoado, em que Rafa conseguiu rematar e, com a ajuda de um jogar do Santa Clara, aumentar a vantagem benfiquista.
O primeiro tempo terminou com dois golos sem resposta a favor dos encarnados, que regressaram aos balneários com o jogo perfeitamente controlado.
A segunda parte começou exatamente como terminou a primeira, com o Benfica a encostar o Santa Clara no seu meio-campo defensivo, permitindo apenas um ou outro lance de atrevimento contrário, mas sem perigo iminente para Odysseas Vlachodimos.
O terceiro golo acabou mesmo por surgir, numa grande penalidade batida por Grimaldo, no seu último jogo de águia ao peito. O lateral espanhol ficou visivelmente emocionado com a ovação da Luz, e celebrou com festejos efusivos de amor e admiração pelas águias!
O Sport Lisboa é Campeão Nacional, somando mais dois pontos que FC Porto. Este é o primeiro título de Roger Schmidt em Portugal e ao leme das águias, numa época que começou muito bem, mas que foi perdendo algum gás, ainda assim não mancha em nada o grande trabalho realizado pelos encarnados na conquista do 38.º título do seu palmarés.
Parabéns ao Sport Lisboa e Benfica, o novo campeão nacional!

A Figura
Fredrik Aursnes Esteve muito bem quer no meio, quer na faixa esquerda, articulando bem o jogo com João Neves e com João Mário, e a dar uma ajuda decisiva a Grimaldo no flanco esquerdo das águias. No jogo do título, o norueguês provou mais uma vez que pode muito bem ter sido o reforço mais importante desta época para o Benfica.

O Fora de Jogo
Matheus Babi Com Gabriel Silva de fora da convocatória, Matheus Babi era o homem do CD Santa Clara com mais golos marcados no campeonato até ao momento. No entanto, e perante uma defesa encarnada muito sólida, o avançado brasileiro não conseguiu impor o seu jogo e passou completamente ao lado da partida durante os 90 minutos."

O que parecia inevitável foi mesmo: depois do jejum, Benfica vence o 38.º campeonato da história


"Gonçalo Ramos, Rafa e Grimaldo, que se despediu a chorar enquanto beijava o símbolo, fizeram os golos da vitória do Benfica contra o já condenado Santa Clara (3-0), no Estádio da Luz. Roger Schmidt é o primeiro treinador alemão a ganhar a Liga Portuguesa, sucede assim a Giovanni Trappatoni como estrangeiro campeão

A história estava toda do lado do Benfica. Nunca qualquer bola de futebol testemunhou, no século XXI, um líder do campeonato perder essa condição da penúltima para a última jornada. O histórico contra o já despromovido e dorido Santa Clara, o mesmo clube que esteve na festa do título em 2019, era arrasador para os lisboetas. Mas os sábios do futebol não podem viver mais avisados, então há que debitar internamente a sabedoria de que tudo é possível. Era somente necessário um ponto. E o Benfica, sóbrio e alérgico a aventuras delirantes, conquistou três, depois de bater os açorianos por 3-0, na Luz, e conquistou o 38.º campeonato da sua história. É o oitavo título nacional neste século.
Se em 2019 o Santa Clara resistiu 15 minutos e até “silenciou a Luz”, como contou à Tribuna Expresso João Henriques, o treinador daquela equipa, desta vez foram apenas sete. João Neves e Florentino Luís (ganhou o lugar a Chiquinho), os donos da bola e do miolo, encaminharam a senhora redonda para os pés de Rafa. O veloz e imprevisível futebolista, que ainda mantém a teimosa veia intermitente, meteu em Alexander Bah, que colocou um grande cruzamento beckhamiano na cabeça de Gonçalo Ramos. Golo à 9. O miúdo esticou a seguir o pescoço, cravou os cerrados olhos no céu e aspirou a glória passada daquele lugar. Na flash interview, já com o sabor de campeão no palato, falaria em “sonho concretizado”. Era o cenário ideal para aquecer a festa vermelha. O medo e a ansiedade deixavam de constar na guest list para o estádio que, ao longo da temporada, recebeu quase sempre quase 60 mil adeptos.
O Benfica ia entrando com facilidade na teia do Santa Clara, pouco espessa e mordaz. Fredrik Aursnes, já campeão com o Feyenoord, vai jogando na mesma rotação desde que aterrou em Lisboa, com uma fiabilidade e uma qualidade invejáveis. Alejandro Grimaldo é sempre uma garantia para sair a jogar com qualidade. O futuro futebolista do Bayer Leverkusen marcou o 3-0, de penálti, e chorou agarrado ao símbolo, que beijou como quem está apaixonado e magoado ao mesmo tempo. Pelo meio foi Rafa quem fez um golaço (2-0). Não pela finalização, nada disso, mas pela jogada sublime entre o avançado e João Mário. Utilizando o solidário Gonçalo Ramos como magnético para atrair defesas, foram trocando passes e superando rivais até que Rafa surgiu na cara de Gabriel Batista, um guarda-redes que não teve uma passagem anónima no Flamengo.
Até ao 3-0, aos 60’, o Benfica viveu sempre uma tarde tranquila. O marcador ia engordando, os jogadores não se davam a virtuosismos nem exageros, mantinham a sobriedade. Havia um trabalho para ser feito. As lições ficaram lá atrás e certamente serão muito úteis para a próxima temporada. Depois de ter estado com 10 pontos de avanço, jogando o melhor futebol do país e de voar na Liga dos Campeões, os encarnados quebraram e deixaram-se morder por um fantasma, o FC Porto, na Luz, o instigador da crise. Seguiu-se a eliminação com o Inter na Europa e depois a derrota com o Desportivo de Chaves. Os profetas da desgraça meteram a cabeça de fora.
Mas apareceu João Neves, ou “Aimar” segundo António Silva no balneário pós-jogo, um recuperador de bolas incansável, enérgico facilitador e bom de bola. É inevitável comparar a coragem do miúdo, de 18 anos, com a de Renato Sanches, em 2015/16. Neves, um algarvio de Tavira, talvez seja mais fino e mais sólido taticamente. Recentemente circulou um vídeo nas redes sociais onde João Neves explicava o que tinha de fazer para contornar a pequena estatura. A inteligência é sempre a resposta, coração idem, por isso tão facilmente conquistou o terceiro anel (marcar em Alvalade ajuda…). A certa altura, com uma bola a cair das nuvens, usou o corpo contra um atleta com o dobro do tamanho, fazendo aqui e ali lembrar João Moutinho, e sacou a bola como se tivesse uma colher na bota direita. A beleza também está nestes gestos singelos.
Do outro lado, o Santa Clara ia confirmando o marasmo. Era incapaz de trocar alguns passes, o marcador ia-lhes lembrando o que viveram este ano. A descida de divisão é o pior cartão de visita de todos. Bruno Almeida, no departamento da estética e fineza, ia dando sinais que salvavam a honra dos visitantes. A dignidade esteve sempre presente, pois ninguém baixou os braços, apesar de tudo. Normalmente, estas investidas, poucas, erguidas por Ítalo, Andrézinho e Ricardinho, esbarravam em Nicolás Otamendi, no impecável Morato ou em Odisseas Vlachodimos, a quem chamaram mister clean sheet, a quem foi permitido protagonismo para se sentir parte da festa.
Durante muito tempo, e surpreendentemente, o ritmo era baixo, mesmo com a energia que voava das gargantas dos que taparam as cadeiras vermelhas e brancas. Havia controlo e zero febre juvenil. Era o adulto na sala, como se aquilo bastasse, não matando a sede dos adeptos.
Roger Schmidt, o primeiro técnico alemão campeão no futebol português (sucessor de Giovanni Trappatoni quando falamos de estrangeiros campeões), lançou ainda David Neres, Petar Musa, Gilberto e Chiquinho, o que podia precipitar a equipa para a frente, num ensejo normal de participar em algo grande. Mas a toada manteve-se. Tal como a cantoria da multidão vermelha, que não sabia o que era festejar um título desde 2019, ainda por cima liderando a Liga do princípio ao fim.
O povo da Luz teve ainda a fortuna de celebrar a estreia de Samuel Soares, o guarda-redes das escolas que parecia emocionado na hora de entrar. É certo que faltou António Silva, que mais tarde buzinaria “Benfica” com uma autoridade interessante, mas ganhar um campeonato com as participações de João Neves, Florentino, Gonçalo Ramos e Soares – não esquecendo um mui emocionado presidente que foi apanha-bolas e estrela por ali – é o sonho molhado de qualquer adepto.
“O campeão voltou”, cantaram as gentes durante largos minutos. Passados três anos de jejum, as lágrimas, o suor e o champagne voltaram a regar o relvado do Estádio da Luz."

Dancing King (II) !!!

Glorioso...

Rotunda...

Rotunda, drone...

Dancing King!!!

Filme...

Abraço!

Banho!

Rui Costa, balneário...

Espectáculo Desportivo e Desporto


"A falta de literacia é responsável, em Portugal, por um léxico, uma terminologia imprópria e que, em algumas ocasiões distorce o sentido do uso do vocábulo utilizado. Um bom exemplo do que acabou de ser dito, é todos os dias praticado na televisão pública, paga obrigatoriamente por todos os cidadãos, no noticiário das 20h, quando o jornalista de serviço diz “e agora o Desporto”.

Entende-se, ou deve entender-se, por Espectáculo Desportivo toda a actividade exercida, por profissionais remunerados, que se exibem, publicamente, perante público, que normalmente paga um bilhete para assistir a demonstrações profissionais de carácter dito desportivo. Salvaguarda-se, desde já, que tal actividade remunerada nada tem a ver com Desporto já que este não é remunerado e por vezes é enquadrado por Federações Desportivas Amadoras. Quer isto dizer que o Desporto é 100% amador, não é remunerado, e está associado à ocupação do tempo-livre e da saúde mental e física das pessoas, ao contrário do espectáculo desportivo no qual, por vezes, os “artistas”, estão sujeitos a lesões temporárias ou até permanentes. A falta de literacia é responsável, em Portugal, por um léxico, uma terminologia imprópria e que, em algumas ocasiões distorce o sentido do uso do vocábulo utilizado. Um bom exemplo do que acabou de ser dito, é todos os dias praticado na televisão pública, paga obrigatoriamente por todos os cidadãos, no noticiário das 20h, quando o jornalista de serviço diz “e agora o Desporto”, e começa a falar de Futebol Profissional, que é espectáculo desportivo profissional e o emprego de milhares de cidadãos, que prestam um serviço público importante para “distrair o povo” a par do circo e da tauromaquia, tradição cultural muito antiga do Povo Português. Os clubes de Futebol Profissional, são empresas comerciais com o objectivo de promoverem negócios e realizar lucros, por vezes, milionários e, são hoje, uma indústria, em todo o Mundo, que alimenta milhares de pessoas, que vivem dessa actividade.
Em termos sociológicos, tem havido uma exagerada protecção do Futebol Profissional pela parte do Poder Político e uma enorme confusão com a sua tutela que só foi corrigida em 2022 pela lucidez, visão e determinação do Primeiro-Ministro, já que era um absurdo o Futebol Profissional, uma indústria, estar subordinado, à tutela do Ministério da Educação, como esteve até essa altura. Mas apesar de tudo, continua a existir uma interpenetração e uma promiscuidade entre Política e Futebol, permitindo até que o Futebol tenha uma “Legislação” própria para a sua actividade, ou seja, a forma como as ocorrências são tratadas, em termos judiciais, constituí uma Justiça à parte, a que nós chamamos da área do Futebol, já que as multidões também votam e os políticos precisam de votos, em Democracia. Mas como, internamente os administradores dos clubes também precisam de dinamizar os sócios, são obrigados a recorrer às claques profissionais, que fogem ao seu controlo e entram no campo da violência, da agressão, dos distúrbios e coisas mais graves, como têm sido comunicados na imprensa. Sugerimos à tutela que contracte sociólogos jovens, para estudarem esta questão, que se está a agravar, e que pode prejudicar a actividade do Futebol e obrigar o Governo a tomar medidas que “matem” os objectivos da ocupação do tempo de ócio dos trabalhadores, que até, politicamente, é relevante para o Governo."