Por que erram os árbitros? Pouca gente se dedica a pensar. Há sete razões, entre elas o ego e a sobranceira


"Os erros dos árbitros são tema transcendente no futebol. E pouca gente dedica-se a pensar, com calma, porque é que eles acontecem, independentemente dos meios de apoio que dispõem.
Vou tentar ajudar, fazendo uma espécie de inventário sobre o que pode originar equívocos na análise de lances de jogo:

1. INCOMPETÊNCIA
Há árbitros que simplesmente não têm qualidade para dirigir jogos. Têm boa vontade, são bons teoricamente, são sérios, empenhados e comprometidos, mas quando põem o apito na mão... não têm jeito. Não têm sensibilidade. São uma espécie de alunos em fim de curso, com nota máxima na licenciatura, mas que não sabem aplicar na prática tudo o que aprenderam na sala de aulas. Não têm culpa, mas também não têm condições para ir longe.

2. FALTA DE CONCENTRAÇÃO
Arbitrar requer foco a 100%. Quando o jogo está a acontecer, a concentração tem que ser máxima. A cabeça tem que estar limpa e todos os problemas devem ficar à porta do estádio. Há quem consiga fazer isso de forma exemplar e há quem tenha dificuldade em dissociar pessoal de profissional. Se um árbitro não consegue deixar de pensar nas dificuldades pontuais da sua vida (problemas conjugais ou financeiros, por exemplo), o seu desempenho será afetado, porque parte dele simplesmente não está lá, onde deve estar. Parte dele não está disponível para a decisão. E é aí que os erros aumentam e tudo piora.

3. CONDIÇÃO FÍSICA
Este aspeto diz-me muito, porque passei parte importante da minha carreira enquanto “profissional” dependente desta variável. Quando temos (ou pensamos que temos) lesões recorrentes, passamos parte do jogo a pensar que o tendão vai rasgar, que o gémeo vai contraturar ou que o joelho vai doer. Cada sprint, cada travagem ou mudança de direção está presa a esse receio. E se a mente está demasiado ocupada com essas variáveis, a disponibilidade para ver e acertar é menor, muito menor. A preocupação afeta diretamente a forma como os árbitros leem e analisam as jogadas. Acontece o mesmo se simplesmente estiverem mal preparados ou acima do peso desejável: não conseguem acompanhar os lances de perto, estão menos lúcidos (pela fadiga), mais intolerantes ao diálogo, logo... decidem pior. Erram mais. É também por isso que são menos respeitados pelos outros intervenientes, porque é percetível a sua dificuldade. A imagem conta (muito), por ser algo que (des)credibiliza à partida.

4. DIFICULDADE DA MISSÃO
Arbitrar é uma arte muito difícil. Quem arbitra, tem duas opções: acerta ou erra. É um trabalho diretamente associado à tomada de decisão, tal como o do piloto na estrada ou do cirurgião na sala de operações. É preciso avaliar constantemente, a cada segundo, sendo que durante um jogo podem ser mais de trezentas as situações alvo de escrutínio. Na arbitragem, o erro mora muito próximo do acerto, até porque há fatores externos que também perturbam a qualidade da decisão. Só quem tem coragem de pegar num apito e ir lá para dentro brincar aos árbitros é que percebe a dificuldade dessa profissão.

5. PERSPETIVA E ENGANO
Como se já não bastassem os tais fenómenos intrínsecos (foco, preparação física, teórica, emocional, etc.), há também outros que podem toldar a qualidade das decisões. Um deles é o ângulo de análise: se um árbitro estiver mal colocado ou permitir que a sua visão fique obstruída, deixa de ver o que está obrigado a ver. A responsabilidade é sua, que deve aprender a posicionar-se no melhor local para avaliar corretamente. Mas há ainda a questão dos mergulhadores, ou seja, a dos jogadores que acham que simular faltas ou agressões “faz parte” do seu trabalho. Passam parte do jogo a tentar enganar o árbitro com quedas aparatosas e reações teatralizadas, só para tentarem o benefício maior. Só para tentarem ludibriar o juiz, levando-o a punir injustamente colegas de profissão que nada fizeram de errado. Os árbitros devem estar atentos a quem evidencia essa tendência e serem firmes na forma como os sancionam. São eles ou eles.

6. TRABALHO DE EQUIPA
Nenhum homem é uma ilha e nenhum árbitro sobrevive sem uma equipa de topo, que o ajude a toda a hora. O processo de comunicação entre todos deve ser bem preparado e orientado para o acerto. Os colegas devem também incentivar, apoiar, fazer com que o árbitro se sinta “escudado” e seguro. É importante que quem está em campo sinta que não está só e que tudo o que os seus olhos não veem está a ser “varrido” por alguém, atento a tudo o que se passa nas suas costas. Este é um dos fatores que mais determina sucesso ou fracasso da missão.

7. EGO/SOBRANCERIA
Quando o árbitro é o seu pior inimigo. Quando acha que é o maior, o melhor. Quando pensa que já chegou ao topo e que todos os seus pares o veneram, por serem referência de excelência. É nesse momento que começam a queda aos trambolhões. A arbitragem requer humildade constante, espírito (auto)crítico e muito trabalho, sobretudo quando se chega ao mais alto dos patamares. É importante perceber que não há Maradonas nesta atividade e que os recordes são para serem batidos pelos jogadores, esses sim os verdadeiros protagonistas, os únicos craques do jogo. Toda e qualquer carreira construída com mérito durante anos, pode desvanecer se o ego for excessivo. Quem flutua demasiado, deixa de ter os pés no chão. Um árbitro a sério sabe disso.

Haverá outras razões que justificam erros de análise, mas estas serão eventualmente as mais impactantes.
Uma que definitivamente não entra nesta equação é a premeditação. A maldade a avaliar, a atuação deliberada, a vontade de prejudicar uns em detrimento dos outros. Por muito que existam ovelhas negras em todas as famílias, elas serão sempre raras e colocadas de lado assim que mostram ao que veem.
É preciso acreditar nos árbitros, tal como se acredita nos juízes, nos médicos e em quem pilota o avião. O princípio da boa-fé é fundamental para dar mais tranquilidade e condições a quem precisa (muito) delas para ser melhor no que faz.
Às vezes isso passa simplesmente por não ver os outros à nossa imagem."

Início do play-off...

Benfica 5 - 1 Braga

Vitória no jogo 1, e tudo para no Sábado, confirmar a presença nas Meias-finais...

Vitória, no jogo 1...

Benfica 97 - 46 Póvoa
24-16, 20-12, 28-8, 25-10

Capote, num jogo que até começou ligeiramente apertado, contra uma equipa que esta época, já nos derrotou!!!

Tudo para vencer por 3-0 esta 1.ª ronda do play-off...

Destaque ainda para o comportamento dos apitadeiros, principalmente 'contra' o Makram, que após alguns protestos (justificados) resolveram 'vingar-se' do tunisino, não apitando uma série de faltas sobre o Makram de forma claramente provocatória!!!

Qualificação garantida...

Gil Vicente 2 - 3 Benfica


Dois jogos, 6 pontos, e qualificação para as Meias-finais da Taça Revelação garantida.

A ganhar por 0-2, permitimos a recuperação do Gil, que empatou de penalty (2-2), mas já nos descontos, o Melro acreditou, e beneficiou dum erro do guarda-redes adversário, para colocar justiça no marcador...!!!

Foi pena a perda da vantagem, porque assim, ficámos em igualdade pontual com o Braga  na liderança, mas com desvantagem na diferença de golos, e assim, na última jornada, no Seixal, temos que ganhar para garantir o 1.º lugar no grupo!
No outro grupo a situação é idêntica, com o Estrela e o Estoril qualificados, e na última jornada, também vão decidir, no confronto direto, a classificação e o cruzamento das Meias-finais...

O choque de realidade na formação


"No último dia 25 de Abril, fez um ano que a equipa de juniores do SL Benfica conquistou a primeira UEFA Youth League da sua história, ao derrotar a equipa do Red Bull Salzburgo por 6-0.
Com esta conquista, houve muitos adeptos benfiquistas que ficaram naturalmente deslumbrados com a qualidade que esta equipa possuía, exigindo que vários jogadores desta equipa fossem aposta na equipa principal a breve prazo. E a verdade, é que essa mesma oportunidade não tardou a surgir para alguns.
Na altura, Henrique Araújo e Tomás Araújo já tinham jogos disputados pela equipa principal, Martim Neto e Diego Moreira fariam a sua estreia na última jornada do campeonato diante do FC Paços de Ferreira, sendo que todos eles viriam a cumprir a pré-temporada pela equipa principal.
Estes eram aqueles jogadores nos quais se depositavam mais expectativas a curto-prazo. Aqueles de que se esperava que viessem a causar um maior impacto na equipa principal. No entanto, o tempo tem mostrado que não tem sido bem assim.
O sucesso de uma equipa de formação não é definido pelos troféus que esta conquista, mas sim pela quantidade de jogadores que não só consegue promover para a equipa principal, mas também que conseguem atingir o nível mais elevado no escalão sénior.
Muitos adeptos de futebol têm dificuldade em perceber que existe uma diferença brutal entre o futebol formação e o futebol de alto rendimento. Independentemente do quão talentosa seja uma equipa de miúdos de 17/18 anos, apenas uma pequena fracção de jogadores dessa equipa conseguirá ser bem-sucedida ao mais alto nível.
Isto, porque na transição para o futebol sénior, existe uma infinidade de factores que interferem na evolução de um jogador, seja de forma positiva ou negativa. Factores físicos, técnicos, táticos, mas acima de tudo, factores mentais e extra-campo.
E neste caso, há vários jogadores nesta equipa que têm sido tema de conversa, mas não pelas melhores razões. Martim Neto, Diego Moreira e Luís Semedo estão em final de contrato e não se mostram dispostos a renovar, sendo que estes têm sido muito pouco utilizados ao longo da época. Cher Ndour já esteve na mesma situação, mas o médio italiano nunca deixou de ser opção regular na equipa B, tendo já chegado a fazer a sua estreia pela equipa principal diante do Vitória SC, de maneira que há razões para acreditar que esta situação esteja encaminhada.
Mesmo assim, tendo já passado um ano após a conquista do troféu, pode-se dizer que esta geração de jogadores tem tido relativo sucesso. Mas o mais surpreendente é que os responsáveis pelo sucesso desta geração até ao momento, são dois jogadores dos quais não se esperava que tivessem impacto na equipa principal a tão curto prazo.
António Silva fez a pré-temporada pela equipa principal e seria lançado na quarta jornada do campeonato diante do Boavista, superando Verthongen na hierarquia de defesas-centrais do Benfica e aproveitaria as lesões de Morato, João Victor e Lucas Veríssimo para mostrar todas as suas qualidades.
Já João Neves – que nem estaria disponível na Final Four da Youth League devido a lesão – integrou os treinos da equipa principal na pausa para o Mundial e aos poucos, foi somando minutos pela equipa principal, sendo que já é titular há três jornadas consecutivas e pelas exibições que tem rubricado, não deverá perder o lugar no que resta da época.
Mas o mais incrível nestes dois jogadores, é que apesar do talento e da maturidade que possuem, estes também têm a mentalidade desejada para vestir a camisola do Benfica. São dois jovens talentosos, mas também são profissionais exemplares e com a cabeça no lugar. Ao contrário de outros."

Competência!!!


"Parabéns ao Futebol Clube do Penalti pela conquista do 31º campeonato. Foram mais competentes onde verdadeiramente interessa no futebol Português, como sempre aliás, e onde ainda não conseguiram arranjar um rival à altura.
As nomeações desta jornada parecem ter saído directamente da casa do Vitor Catão e do Fernando Madureira. São verdadeiramente inaceitáveis e são a confirmação (se é que dúvidas houvesse) que o futebol Português é um dos maiores estercos à face da terra.
Rui Costa e Fernando Seara, obrigado pela fiscalização/monitorização das jogadas de bastidores! Foram realmente importantes e fundamentais. Conseguimos levar com um Godinho a semana passada a condicionar-nos do princípio ao fim e conseguimos com que nesta jornada fossem nomeados 4 andrades fanáticos para os lugares de árbitro´s e VAR´s nos dois jogos dos dois primeiros classificados. Contado ninguém acredita! É que até para o VAR de Portimão conseguiram meter um árbitro dos recém-paridos que é do Porto (cidade e clube!) mas que para não darem muito nas vistas nas subidas de árbitros da AF Porto, desviaram para a AF Aveiro, seu nome Cláudio Pereira.
Fazemos daqui um apelo à comunidade Benfiquista toda: uma vez que estamos entregues a nós mesmos apenas, que em Portimão não saia de campo vivo quem não esteja disposto a cumprir com a verdade desportiva e que o jogo termine a partir do primeiro momento em que isso seja factual. Contamos com vocês todos para que deixem de fazer passar-nos por palhaços, de uma vez por todas! É o momento de dizer chega, é o momento de voltar a limpar o futebol Português!"

Mistério...!!!

Comadres...!!!

Stand Up !!!


"Malta, e este 1 minuto e 48 segundos do melhor Stand Up Comedy que se faz em Portugal?
Otamendi ou Niakhité? Niakhité!😂😂😂😂 Obrigado ao Ricardo Sousa e ao Canal 11 por nos terem brindado com este brilhante momento na passada Sexta-feira!
Se não levarmos isto na brincadeira mesmo, estaríamos mais uma vez a questionar o que leva o Canal 11 (CMTV´s, RTP´s, TVI´s, SIC´s não são diferentes) a convidar para os seus painéis fanáticos adeptos da Aliança do Altis, simultaneamente doentes anti-benfiquistas. Já agora, o acordo fechado nessa reunião no Altis é ad-eternum ou a termo? É que isto já está a atingir níveis absurdos e perigosos...muito perigosos."

Histórias Sem Interesse Nenhum (6) O último cigarro



"Cresci numa pequena vila provinciana e uma das imagens mais antigas da minha memória é a da contemplação de uma senhora, “de Lisboa”, fumando dentro de um carro junto à casa da família mais abastada, surpreendendo numa terriola onde nenhuma mulher fumava.
Aos 14 anos, eu já fumava tão regularmente quanto a clandestinidade me permitia e demorei muitos anos a perceber, por falta de informação, os malefícios do tabagismo. Estudei e trabalhei ao longo de duas décadas rodeado de fumadores e de tabaco, como se vivesse contaminado e não pudesse fazer nada contra. Mas passei os últimos a preparar-me mentalmente para a libertação.
Tive uma primeira experiência de privação durante quase dois anos, a meados da década de 80, pensei voltar a ser fumador ocasional, fracassei ao vício e voltei à luta, apoiado pela determinação de nunca permitir que os meus filhos me vissem fumar ou crescessem num ambiente poluído pelo fumo.
E, assim, no dia 8 de Julho de 1990, em plena bancada do estádio Olímpico de Roma, vendo jogar Diego Armando Maradona e Lothar Matthäus, dois dos melhores de sempre, fumei o meu último cigarro. Um momento tão inesquecível, o do apagamento, como fora aquele da ignição do desejo, vinte e tal anos antes ali ao pé da capela de São Sebastião.
Um ano depois, em trabalho, viajei com Rosa Mota nos Estados Unidos. Estávamos na imensa gare do novo aeroporto de Denver, quando ela me convidou:
- Venha aqui ver uma coisa.
Atravessámos o enorme saguão até se deparar ante os nossos olhos uma cena inesquecível: sobressalente no vazio da área gigantesca, estava desenhado no chão um espaço de uns 6 metros quadrados, onde se acotovelavam umas vinte pessoas, fumando, debaixo de enormes extractores que aspiravam uma coluna giratória de fumo como um tornado no meio de uma pradaria arejada.
Este episódio coincidiu com a renovação das instalações do Expresso na Duque de Palmela, quando o Desporto e a Economia passaram do 3.º andar fumegante para um rés-de-chão renovado e à estreia. Com o poder que o cargo me conferia, decretei livres de fumo três das quatro salas e o corredor da nossa secção, deixando a remanescente cumprir a função do quadrado-chaminé do aeroporto de Denver, para os inveterados dos charutos, cachimbos e cigarros sem filtro, grandes companheiros e amigos José Pereira, Daniel Reis e Francisco Rosa. A proibição e o exagero do afrontamento, contra o fumo e contra o cheiro, são fundamentais para o sucesso do ex-fumador, sobretudo nos primeiros dias, semanas, meses, nos primeiros dois anos até nos sentirmos completamente livres.
Creio ter sido a primeira zona de não fumadores da história da imprensa portuguesa, acompanhada primeiro pelos vizinhos da Economia liderada pelo Virgílio de Azevedo e, mais tarde, por outras zonas da empresa.
Anos mais tarde, voltei a abusar do poder impondo a mesma lei nas instalações do Record no Bairro Alto, afrontando o saudoso diretor, Rui Cartaxana, de cuja sala fugia a sete pés, por causa do odor impregnado a Gama de cachimbo.
Isto tudo passou-se nos últimos 30 anos. Hoje, ninguém fuma no trabalho, nem nos jornais nem nas outras profissões, porque a mais eficaz das medidas anti-tabágicos, agora novamente em cima da mesa legislativa, é mesmo a redução drástica dos locais onde se pode cometer este acto de insana estupidez.
Se é fundamentalismo, sejamos fundamentalistas."