sexta-feira, 31 de março de 2023

Vitória nos Quartos...

Benfica 6 - 1 Lusitânia

Entrada com uma vitória confortável, na Final 8, da Taça de Portugal, contra um adversário da II Liga, mas com vários 'veteranos' da Liga principal, um dos principais candidatos á subida!

Vamos defrontar o Ferreira do Zêzere na Meia-final, equipa que no campeonato deu-nos muito trabalho!

PS: Qualificação Olímpica para o nosso fenômeno das piscinas, nos 50m Livres. Para o Diogo, esta não é uma conquista, é só mais um passo normal!!!

Regresso ao futuro com os olhos no passado


"O Sport Lisboa e Benfica regressa este domingo à competição, depois de mais uma (a última da época) paragem para compromissos internacionais. Em Vila do Conde, no mítico Estádio dos Arcos, os encarnados vão procurar bater o Rio Ave FC e, pelo menos, manter a vantagem de dez pontos para o FC Porto, que visita a Luz na sexta-feira seguinte. Em qualquer condição, a visita aos Arcos é sempre difícil. Com um Rio Ave FC em forma, como tem estado, bem classificado, como está, e a causar dificuldades a todos os visitantes, como tem causado (recordar que os dragões perderam em Vila do Conde, por exemplo), a partida reveste-se de uma dificuldade ainda mais superlativa.
Como tal, independentemente do posicionamento da partida no calendário, este seria sempre um confronto a encarar com a máxima responsabilidade. No entanto, há um fator extra que coloca ainda mais tónica na necessidade de as águias olharam apenas e só para este jogo e olharem com toda a atenção: nos dois anteriores regressos à Primeira Liga após as pausas para jogos de seleções, o SL Benfica não venceu e nem sequer marcou (nulo em Guimarães e derrota por 3-0 em Braga).
Agora, os encarnados regressam de novo com uma partida fora frente a um top-8 e a um histórico da competição. Além disso, mais uma vez, os líderes do campeonato ficaram bastante desfalcados nos trabalhos realizados nesta semana e meia que passou, com baixas em todos os setores. Retomar a carburação da máquina, com a mesma rotação ofensiva, será um desafio adicional que o desafio já de si complicado encerra.
Já com dois avisos, é crível que Roger Schmidt e a sua equipa técnica estejam muito mais e melhor preparados para contornar aquela que tem sido uma das poucas debilidades da turma benfiquista esta temporada. De resto, a substituição de Florentino na última partida, quando se pensava, de forma generalizada, que o português iria forçar o amarelo, ficando premeditadamente indisponível para o jogo em Vila do Conde, mostra a forma séria como Schmidt encara a partida.
Para o técnico alemão, o respeito para com a partida com o Rio Ave FC é o respeito para com a partida com qualquer outra equipa. O germânico claramente só está a pensar na próxima partida, em vez de pensar dois jogos à frente. O clássico logo se vê. E, sinceramente, parece-me a filosofia correta. O jogo mais importante da época benfiquista, neste momento, é o próximo, em Vila do Conde, e todos são necessários para vencer essa partida.
E, diga-se, com tanta gente convocada para as suas seleções e com Florentino desconvocado, teria sido um risco desnecessário ter Florentino a forçar o amarelo e ficar fora das opções para o jogo deste domingo, sobretudo sendo dos poucos que iria ficar a trabalhar com Schmidt e com o (que sobrava do) plantel encarnado. Com a cautela a que nos tem habituado, Schmidt preferiu não preterir de Florentino para o embate com o Rio Ave FC. E isso, volto a sublinhar, é prova cabal de que, para o treinador do SL Benfica, não há partida mais importante no horizonte benfiquista, neste momento, do que o confronto com os vila-condenses.
Está, claramente, avisado. Resta saber se estar de sobreaviso chegará para vencer nos Arcos e manter a diferença pontual para o segundo classificado. Sabê-lo-emos cerca das 20h de domingo."

Do FC Porto vs Portimonense até à vergonha...



"Sem sombra de dúvida, é o jogo mais previsível, desinteressante e monótono do futebol português.
Apesar da classificação confortável em que a equipa algarvia se encontra, o treinador Paulo Sérgio, prepara-se para poupar 6 jogadores pelo facto de estarem carregados com 5 cartões amarelos e em risco de participarem na jornada seguinte.
Até podia ser um argumento válido, não fosse ser repetido. Na época passada o treinador do Portimonense, depois de poupar 7 jogadores - com o mesmo argumento - mostrou-se indignado com a FPF e o seu CD por ser levantado um inquérito, por, no entender do CD, o Portimonense se ter apresentado com uma "equipa inferior".
O jogo, esse, saldou-se por uma goleada histórica (0-7) sofrida pela turma de Portimão.
"𝐄𝐧𝐯𝐞𝐫𝐠𝐨𝐧𝐡𝐚-𝐦𝐞, é 𝐮𝐦𝐚 𝐚𝐟𝐫𝐨𝐧𝐭𝐚 𝐡𝐚𝐯𝐞𝐫 𝐚𝐥𝐠𝐮é𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐨𝐬𝐬𝐚 𝐩ô𝐫 𝐚 𝐡𝐢𝐩ó𝐭𝐞𝐬𝐞 𝐝𝐞 𝐞𝐮 𝐚𝐥𝐢𝐧𝐡𝐚𝐫 𝐧𝐞𝐬𝐬𝐞 𝐭𝐢𝐩𝐨 𝐝𝐞 𝐣𝐨𝐠𝐚𝐝𝐚𝐬. 𝐎 𝐟𝐚𝐜𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐥𝐞𝐯𝐚𝐧𝐭𝐚𝐫𝐞𝐦 𝐞𝐬𝐬𝐚𝐬 𝐝ú𝐯𝐢𝐝𝐚𝐬 𝐞 𝐬𝐮𝐬𝐩𝐞𝐢𝐭𝐚𝐬 𝐞𝐧𝐯𝐞𝐫𝐠𝐨𝐧𝐡𝐚-𝐦𝐞. 𝐓𝐞𝐧𝐡𝐨 𝐟𝐚𝐦í𝐥𝐢𝐚, 𝐩𝐚𝐢𝐬", disse na altura Paulo Sérgio.
A VERGONHA durou pouco porque esta época vai repetir a dose.
O mais engraçado é constatar que na verdade:
• A última vitória do Portimense sobre o FC Porto para o campeonato português ocorreu há 36 anos, em 14 de março de 1987;
• A última vez que o Portimonense conseguiu pontuar foi a 4 de fevereiro de 1989, empatando 1-1 com o FC Porto;
• Desde 1989 que o Portimonense só soma derrotas para a liga frente ao FC Porto;
• Em 1956 deu-se o primeiro confronto entre as duas equipas para competições oficiais. Desde aí, o FC Porto marcou 114 golos à equipa algarvia;
• Em contraste, o Portimonense apenas apontou 24 golos ao FC Porto ao longo destes 67 anos.

#oportofazmalaofutebol #41anosdisto"

Histórias sem interesse nenhum (5) O nascimento de um mito


"Nas últimas semanas, muita gente tem comparado o efeito do treinador Roger Schmidt, neste primeiro ano no Benfica, à revolução provocada por Sven-Goran Eriksson há precisamente 40 anos, não só no clube encarnado, mas em todo o meio futebolístico nacional e europeu.
Compreendo a comparação, mas vejo muito pouca semelhança, para lá dos resultados invulgares que a equipa encarnada tem alcançado em campo: uma boa carreira nacional, não obstante os títulos prematuramente perdidos nas taças, e uma notável campanha europeia.
No seu primeiro ano, Eriksson ganhou Campeonato, Taça de Portugal e chegou à final da Taça UEFA, sofreu apenas duas derrotas (Sporting e Anderlecht) em 49 jogos, marcou 112 golos e sofreu 25.
Curiosamente, o Benfica de Schmidt também marcou 112 golos nas 44 partidas já disputadas, só foi derrotado uma vez (Braga) e é, precisamente, pela preocupação do jogo positivo, pela intensidade ofensiva de todos os planos de acção e pela frescura física e mental da equipa, que se chegou à comparação com o sueco. Embora os mitos nasçam do desconhecimento, o de Eriksson resultou de uma personalidade aberta. Aprendeu português em menos de três meses, teve a visão de emprestar a imagem jovial e empática a uma marca nacional e popular, concedia entrevistas com regularidade, não escondia métodos nem soluções, tinha prazer em partilhar, acabando por fazer escola, gerando e cultivando um estilo para gerações sucessivas de treinadores, alguns dos quais foram seus jogadores na Luz, quer na primeira, quer na segunda passagem, quando voltou a conduzir o Benfica a uma final da Taça dos Campeões.
Ao contrário, de Schmidt sabemos e saberemos muito pouco e dificilmente o seu legado ultrapassará as paredes do Seixal e as parangonas das grandes vitórias. As suas curtas e circunstanciais conferências de imprensa não mitigam a sede de conhecimento dos segredos do seu trabalho, em particular o modus operandi sobre jogadores dados como “perdidos”, como Florentino ou Chiquinho, ou a exponenciação de valores estagnados, como Vlachodimos, Grimaldo ou Rafa, ou o desenvolvimento de promessas relativas, como António Silva ou Gonçalo Ramos. E o que sabia ele sobre o lado oculto de Fredrik Aursnes que os próprios noruegueses só estão a descobrir agora?
Quando chegou a Lisboa, Schmidt foi apresentado a editores e jornalistas de referência num jantar informal, uma tentativa saudável de aproximação que mereceu rancorosos comentários de rivais viciados em teorias de conspiração, doutores milagreiros e “coaches” paramentais. Depois disso, o alemão fechou-se com os seus rapazes, protegido pelo biombo dos diretores de comunicação, e o mais próximo que estivemos do seu pensamento mais íntimo foi através de uma entrevista a uma publicação germânica, na qual cometeu a heresia de equiparar o Benfica aos colossos Real Madrid e Barcelona.
Tenho simpatia pelos jornalistas de hoje, enclausurados numa agenda de rotinas, anos e anos limitados a uma pergunta por evento, segurando microfones na esperança de captar um som, um bit, um desabafo - expressões sem sentido ou contexto que possam ser postas a render uma manchete ou um “lead” creditável e comentável. Nunca sentirão a atmosfera de um balneário, de uma boleia à saída do treino em máquina de alta cilindrada, da digressão num autocarro ou num avião de equipa, de um almoço confidencial que ajudasse a entender o que os jogadores realmente pensam do treinador e como o treinador julga os jogadores, o que ouvem, o que lêem, como brincam ou, até, como se alcunham uns aos outros. Às vezes, imagino que os comentadores da atualidade sejam como os repórteres de há 30 ou 40 anos e os veredictos que vão exarando nos seus programas diários, embora disfarçadas no bordão “eu acho que” e em “whataboutismo” primário, resultem mesmo de acesso privado ao treinador alemão de Rui Costa na mesma medida em que nós tínhamos acesso público ao sueco de Fernando Martins. Com que outro fundamento e conhecimento de causa alguém poderia sentenciar, em Outubro, que o Benfica de Schmidt estava preso por arames e iria cair a pique quando começasse a enfrentar adversários mais fortes?"