Liderança...

Benfica 3 - 1 Caxinas

No rescaldo Europeu, ainda com muitos ausentes, mas com o regressado Carlinhos no banco, vencemos sem fazer um grande jogo, com o André em grande na baliza...

Mais uma vitória...

Benfica 95 - 82 Esgueira
19-18, 23-18, 32-24, 21-22

Como tem sido habitual, temos alternado as grandes exibições, com jogos mais mornos, consoante o grau de dificuldade do adversário, mas até agora, não 'falhámos'!

Os 5 melhores golos de Gilberto ao serviço das águias


"Gilberto Moraes Júnior chegou ao SL Benfica em agosto de 2020, tendo custado aos cofres da Luz três milhões de euros. O brasileiro foi um pedido de Jorge Jesus que pretendia reforçar a lateral direita dos encarnados. Na época de 2020/21 realizou 36 jogos e, apesar de ter feito três assistências, não marcou nenhum golo pelo clube. Na época seguinte, em 35 jogos fez o mesmo número de assistências e conseguiu somar às estatísticas quatro golos.
Na presente temporada, conta com 20 jogos, uma assistência e com três golos marcados. Podem não ser muitos os remates certeiros do lateral direito, mas há alguns bonitos de se ver e até mesmo importantes. Assim sendo, decidi eleger os cinco melhores golos de Gilberto pelo SL Benfica.


5. FK Spartak Moscovo 0-2 SL Benfica: O tão aguardado primeiro golo. Decorria o minuto 73 do jogo frente aos russos, quando o até então “patinho feio”, como Jorge Jesus viria a dizer acerca do modo como Gilberto era conhecido no universo benfiquista, selou a partida, marcando o segundo golo das águias. Rafa tinha aberto o marcador, no jogo a contar para a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, mas o remate do brasileiro, que tinha entrado ao minuto 65, também foi muito festejado pelos benfiquistas.
Tudo começou nos pés de Lucas Veríssimo que desmarcou Gilberto. A desmarcação foi tão boa que, depois de ter marcado o golo, o lateral até limpou as chuteiras do defesa central.


4. FK Dínamo Kiev 0-2 SL Benfica: Que melhor maneira de abrir o marcador frente aos ucranianos. Foi logo aos nove minutos de jogo que Gilberto conseguiu esse feito, na primeira mão do play-off da Liga dos Campeões 2022/23.
Antes do remate fulgurante do brasileiro, a bola ainda passou pelos pés de Grimaldo, Gonçalo Ramos e João Mário, mas foi o lateral que conseguiu marcar um belo golo, depois de uma jogada coletiva irrepreensível.



3. SL Benfica 2-1 CD Tondela: Este pode não ter sido dos golos mais bonitos, mas foi dos mais importantes. O SL Benfica recebia o CD Tondela, na Luz, na jornada quatro a contar para o campeonato. As águias entraram a perder na partida (sofreram o golo aos 22 minutos), mas nos últimos 20 minutos de jogo deram a volta ao resultado. O golo do empate veio dos pés de Rafa Silva, aos 71 minutos, mas a vitória ficou ao encargo de Gilberto.
Aos 87 minutos, o brasileiro serviu João Mário, direcionou-se para o meio da área, onde recebeu a bola do português, e aproveitou o corte mal feito de Quaresma para garantir os três pontos para a equipa da Luz.



2. SL Benfica 4-0 FC Arouca: Arrancava a presente temporada, com um jogo frente ao FC Arouca, na Luz. As águias venceram por 4-0 e tudo começou na cabeça de Gilberto. Depois de mais uma jogada coletiva digna dos grandes clubes, Grimaldo assistiu o brasileiro de forma exemplar e este atuou como um verdadeiro ponta-de-lança.
O brasileiro veio de fora para dentro da área e com um cabeceamento indefensável abriu o marcador da partida e da Liga 2022/23.



1. SL Benfica 3-0 CS Marítimo: Decorriam os 33 minutos de jogo da jornada 15 do campeonato português, na época 2021/22, quando Gilberto decidiu ampliar a vantagem dos encarnados frente aos madeirenses, com uma bomba que só parou no fundo das redes da baliza adversária.
A assistência de Rafa foi direitinha ao pé do brasileiro que, já estando dentro da área, disparou um remate indefensável, marcando assim o terceiro golo da partida. Apesar de a bola ainda ter batido na trave, Paulo Victor nada podia fazer para parar o golaço do lateral."

Catarses 1️⃣5️⃣ Bruno Fernandes, o Lidador


"Se a etimologia gótica do nome Fernando [Fardi+Nand] estiver certa e realmente significar “pronto para a viagem”, como me diz a sábia internet, terei desvendado o mistério da ousadia do sócio-gerente da FEMACOSA ao propor-se, com a benção de todos os Santos, só regressar a casa depois da final do Mundial, como já fez no Europeu de 2016.
Os Fernandos heroicos ocupam um lugar especial no coração dos portugueses. Fernando de Bulhões, o Santo António de Lisboa, D. Fernando I, o Rei Formoso, primeiro grande diplomata e reformista agrário e tributário, Fernão Lopes, o patrono dos cronistas, Fernando Pessoa, o poeta universal, Fernando Chalana, o pequeno génio, Fernando Gomes, o goleador cavalheiro. E, até, um Fernando selecionador, a edificar contra todos os oráculos e videntes, um património de troféus que vai pesar insuportavelmente nas costas de quem o herdar: “depois de mim virá…”
Todos fizeram extraordinárias viagens, foram campeões dos seus enormes desafios, exemplos para gerações e gerações. E do primeiro Fernando que se conhece, um nobre do Condado Portucalense que viveu dois séculos anos antes de Afonso Henriques, descenderam os cerca de 300 mil Fernandes dos nossos dias que constituem uma das maiores famílias patronímicas - o mais famoso dos quais é hoje o número 8 da seleção de Portugal, Bruno Fernandes, a extensão em campo do treinador Fernando.
Para quem acredita na generalização das personalidades por efeito do nome ou em função astronómica do dia e hora em que se nasce, estaria escrito nas estrelas o sucesso das arábias de Bruno Fernandes, legítimo novo Conde de Portucale, nascido na Maia, portanto natural sucessor do “Lidador”, o herói que, segundo a lenda, derrotou os mouros na batalha de São Mamede.
“Batalhador incansável, equilibrado e determinado, que leva até ao fim tudo o que começa”, diz a matriz dos Fernandes. “A sua persistência faz com que consiga quase sempre resultados positivos”.
Por estes dias, chegou-me a história dos primeiros sete meses de Bruno Fernandes em Itália, vivendo em retiro na academia do Novara para poupar os escassos 50 euros que a mãe lhe pôde dar para a viagem em busca do sonho que decidiu empreender no final da adolescência. Não tinha dinheiro, mas tinha vontade - e isso bastou-lhe. Estava tão pronto e seguro de bolsos vazios como está hoje, milionário e reconhecido, mas humilde que baste para aproveitar as boleias no avião do parceiro a quem paga com subtis retoques no penteado.
Se juntarmos a proverbial tendência “esperta, culta e audaciosa” dos Fernandes, ao significado de Bruno, outro nome germânico que quer dizer “polido, com lustro”, descrevemos uma personalidade de pioneiro com grande visão, que explica esta afirmação como líder de dimensão mundial, com participação decisiva em quatro dos cinco golos de Portugal no Catar.
Bruno Fernandes cresceu à margem dos sistemas de formação dos grandes clubes portugueses e das seleções jovens, ao contrário de quase todos os nascidos em Portugal que estão em Doha, e foram essas qualidades de autodidata que lhe permitiram aprender a falar italiano, castelhano e inglês tão fluentes como todos os segredos da função de centro-campista moderno, entre o “trequartista”, desenvolvido em Itália, e o “box-to-box” universal que é hoje.
As mesmas esperteza, cultura e audácia a que apela para transformar os penáltis que o guarda-redes Antony Lopes, colega da seleção, ontem etiquetou como “impossíveis de defender”. Se Panenka não tivesse existido, estaria por estes dias a reclamar um novo penálti de autor que talvez o marketing social não lhe reconheça, por falta do efeito surpresa. Mas um dia será estudado: o penálti à Panenka qualquer um pode marcar, é apenas uma “cavadinha” a direito e defensável; o penálti à Bruno Fernandes exige uma coordenação motora e um domínio dos nervos muito especiais, com efeito desconcertante e praticamente infalível. Com 28 anos, antes de se tornar num treinador esperto, culto e audaz como sugere a facilidade com que comanda as operações dentro do campo, Fernandes, o “afilhado” de Fernando, ainda está a tempo de compor um currículo ao nível da sua qualidade, por enquanto deficitário por causa das escolhas menos criteriosas de clube, que foi fazendo.
Bruno Fernandes só ganhou até agora uma Liga das Nações, por Portugal, e uma Taça de Portugal e duas Taças da Liga, pelo Sporting - muito pouco para tanto futebol."