segunda-feira, 28 de novembro de 2022
On fire...!!!
Sporting 78 - 89 Benfica
23-25, 23-21, 7-20, 25-23
Estamos a jogar muito bem, com muita confiança e com o talento individual a sobressair: o Broussard está mesmo on fire!!!
A jogar assim, com atitude nas duas tabelas - apesar de hoje, termos perdido demasiados ressaltos -, nem os 'empurrões' dos apitadeitos conseguem inverter o resultado, e assim provocando uma azia assustadora, do outro lado!!!
Nota ainda para o regresso ao banco do Zé Silva, ainda não jogou, mas deve estar quase...
Bicampeões Nacionais de Corta-mato Longo
Revalidámos o título coletivo (8 pontos: 1.ª, 3.ª e 4.ª), o 'nosso' Reuben Longosiwa ganhou a prova, o Samuel Barata revalidou o título individual nacional, e o Etson Barros sagrou-se campeão nacional de sub-23!
Vamos representar Portugal no Europeu de Corta-Mato em Espanha...
Vitória...
Benfica 5 - 2 Famalicense
Confesso, esta partida 'passou-me' ao lado ontem! Com tantos jogos do Benfica, e o Mundial, 'esqueci-me' que o Benfica tinha de jogo de Hóquei!!!
Mas vencemos, mantemos a invencibilidade, e lideramos o campeonato...
Sábado de triunfos
"A News Benfica hoje é dedicada a mais uma vitória no futebol, desta feita na fase de grupos da Taça da Liga, e à restante atividade desportiva, em particular o apuramento para a final four da UEFA Futsal Champions League, mas não só.
1
Roger Schmidt valoriza novo triunfo: "Foi um jogo difícil, mas merecemos vencer. Criámos várias oportunidades e podíamos ter marcado mais golos. Os jogadores esforçaram-se por marcar, mesmo depois de estarmos a vencer por 2-0, e isso é positivo."
Sobre o excelente percurso desde o começo da época, Schmidt enaltece jogadores e adeptos: "Estão sempre preparados para dar tudo em cada jogo. Estão sempre concentrados e dão tudo para ganhar. Os adeptos também nos apoiam e esse registo é consequência da atitude e disponibilidade dos jogadores para lutarem sempre pelos três pontos. Vamos manter esta abordagem para o resto da temporada."
Uma ideia corroborada por Gilberto: "Sabemos que é um grande mérito da nossa equipa, mas acontece porque pensamos jogo a jogo, procuramos manter o nosso padrão e entrar focados em todos os jogos, só assim vamos conseguir os nossos objetivos."
Veja, na íntegra, a conferência de Imprensa de Roger Schmidt.
2
As 27 partidas sem derrotas perfazem a segunda melhor série de sempre do Benfica no que respeita a invencibilidade desde o início da temporada (competições oficiais nacionais e internacionais).
Com o regresso à competição em 17 de dezembro, há pausa nos trabalhos da equipa até 7 de dezembro (os jogadores têm planos individuais de treino, conforme revelado por Roger Schmidt), estando previsto um jogo de preparação com o Sevilha, no Estádio Algarve, no dia 11.
3
Os Benfiquistas são essenciais no trajeto da equipa. Ontem estabeleceu-se novo recorde de espectadores na fase de grupos da Taça da Liga. 43 263 viram, ao vivo, o Benfica vencer o Penafiel, a segunda maior assistência de sempre em toda a competição (49 652 na meia-final com o Sporting, na Luz, em 2010/11).
4
Já está disponível, no Site Oficial, a entrevista a António Simões, uma das lendas vivas do Benfica, transmitida pela BTV e conduzida por Hélder Conduto no programa Aquecimento. Não perca!
E não deixe de ver ou rever também o golaço de Enzo ao serviço da Argentina, frente ao México.
5
Estamos na final four da UEFA Futsal Champions League. Na terceira partida da Ronda de Elite, vencemos o Kairat Almaty, no país deste, por 1-2. O treinador Pulpis enalteceu o desempenho dos jogadores: "Estamos pelo segundo ano consecutivo na final four e isso é muito importante para nós. Temos de valorizar a concretização deste objetivo, todos os jogadores mostraram raça e merecem nota máxima."
6
A nossa equipa feminina de judo conquistou o bronze na Liga dos Campeões realizada na Geórgia.
7
Para saber os restantes resultados dos jogos nos últimos dias e os horários das partidas de hoje (futebol e modalidades de pavilhão) clique aqui.
Da atividade de ontem, destacamos o triunfo no hóquei em patins frente ao Famalicense, por 5-2, que nos permite a liderança isolada do Campeonato de hóquei em patins, e a vitória na deslocação ao Belenenses, em andebol (29-33)."
Catarses 1️⃣3️⃣ Bernardo “Griezmann” Silva
"Ainda mal refeito das inesperadas exibições de Antoine Griezmann como “meneur” de jogo da França, entre dois médios de cobertura e três avançados a ser o melhor jogador da primeira semana do Mundial, apareceu-me Bernardo Silva a revelar que o seleccionador lhe dá autonomia para actuar onde e como entender.
As minhas primeiras reações foram de não acreditar numa coisa nem noutra. Mas, de facto, Griezmann assumiu com mestria uma posição de diretor de jogo dos campeões do Mundo. E, sim, o chefe da FEMACOSA corroborou a revelação do médio português durante a sua “aula” aos jornalistas na véspera da partida com o Uruguai: “tem liberdade total”.
E fez-se luz. Qual epifania, estava ali a solução para aquela frustração crónica que me matraqueava a cabeça após cada jogo da seleção, para dissolver aquela sensação de que, fosse qual fosse o resultado, faltava sempre qualquer coisa, para, enfim, satisfazer aquele desejo por “outro patamar” exibicional ao nível de um conjunto de atacantes de classe mundial.
O pequeno “je ne sais quoi” que falta na seleção de Portugal é, muito singelamente, a reinvenção do Bernardo Silva de sempre à dimensão do Griezmann de agora. E, assim ele queira, porque pode, vamos já hoje ver a transformação do humilde Smart em extravagante Corvette - que os carros que conduzem revelam muito sobre a personalidade de cada um.
Fui ver o que dizem especialistas sobre o francês e a discrição genérica assenta à medida no português, como se fossem gémeos falsos: “jogador versátil, pouco atlético, mas rápido a pensar e a executar, tecnicamente evoluído, excelente na construção ofensiva, no passe, que pode actuar como médio de ataque, extremo, falso 9 ou segundo avançado”.
Voilá!
Se Antoine Griezmann, que até podia defender Portugal como Raphael Guerreiro, está apenas a uma assistência de igualar Thierry Henry e ultrapassar Zidane como o jogador com mais passes para golo na história da seleção gaulesa, Bernardo Silva deveria ser, hoje também, o recordista da seleção nessa função fundamental. Mas está tão longe do topo dessa tabela como distante da frente de ataque em campo.
Portugal foi desenvolvendo nos últimos anos tantos médios defensivos, trincos profissionais, retranqueiros coriáceos, “duplos pivôs” (nunca pensei que um dia escreveria esta insanidade linguística) e todo o género de tutores e zeladores defensivos, que este sacrifício generoso mas patético de Bernardo Silva andar a correr atrás da bola e dos adversários a 50 metros da baliza se me afigura um autêntico atentado às ambições da seleção.
Não haverá por lá quem possa dar o corpo ao manifesto, inclusive com maior eficácia defensiva, e lhe garanta a liberdade e o espaço para pegar na bola e fazer jogar a equipa, como asseguram Tchouameni e Rabiot no esquema inteligente da França?
No Mundial, só empatam em toques na bola, 75 para Griezmann, 76 para Bernardo. Mas como explicar que o português praticamente só apresente zeros na estatística de ações ofensivas do jogo com o Gana e o francês já some cinco grandes oportunidades criadas (com uma assistência), nove passes-chave, quatro cruzamentos precisos?
Eu pensava que era culpa do treinador. Afinal, dizem-me que é responsabilidade do jogador que deve escolher o que for melhor para a seleção, em função “do que o jogo pede”.
“Se a equipa precisar mais de mim no apoio aos jogadores da frente…” Se precisar? Meu caro Bernardo, não só precisa como também dispensa completamente o que tem andado a “escondê-lo”, o desperdício de talento em trabalhos defensivos inglórios, tarefa muito nobre, mas pouco inteligente e contra-natura."
Catarses 1️⃣2️⃣ Deixem jogar o Neymar!
"Se ninguém pode esperar que algum jogador faça 9 dribles, 9 cruzamentos ou 9 remates num jogo, também não devia ser possível, nem admissível, que sofra 9 faltas ríspidas em 79 minutos, como aconteceu a Neymar no jogo de estreia do Mundial, perseguido pelas gárgulas da Sérvia.
Da dureza de uma “falta necessária” - como a justificou o novo inimigo público n.º 1 dos brasileiros, Nemanja Gudelj - resultou uma entorse grave nos ligamentos do tornozelo que o afasta das próximas duas partidas do Mundial e um prejuízo inestimável para o Brasil e para o próprio campeonato.
Isto é cruel: Mundial sem lesão grave de Neymar é como Carnaval do Rio sem violência.
Pela terceira vez, sofre grave trauma impeditivo em campeonatos do Mundo, bem como na Copa América de 2019, e é impossível dissociar estes azares crónicos de uma grande quota de responsabilidade pelos insucessos do “escrete” na perseguição ao “hexa”, a começar pelos 7-1 da meia-final do Brasil-2014, que teve de ver da bancada, impotente, por causa de uma joelhada assassina do colombiano Zuñiga, que ainda hoje tem a cabeça a prémio em Fortaleza.
Em estado de choque, a torcida esconjura a fatalidade com a desconfiança de quem se sente perseguido e injustiçado: ao Messi e ao Cristiano, dizem numa tv, os adversários não fazem batidas como ao Neymar!
Percebe-se a revolta, a denúncia de conspiração, apesar de a razão mais plausível ser a forma de jogar do brasileiro, viciado no drible, na firula e na “provocação”, em contraste com o sentido prático, linear e de menor exposição ao perigo do argentino ou com a fortaleza atlética do português.
Neymar aposta no “chega mais” brasileiro, na vertigem do risco, como moleque que se recusa a crescer. Messi e Cristiano são de outro coturno, sabidos e calculistas, aprenderam a antecipar as ameaças e a escapar à maioria dos contactos. Messi e Cristiano são caçadores, Neymar é presa.
No Mundial da Rússia, tornou-se Ney-même, pelo número absurdo de quedas, mergulhos e trambolhões que forçou ou a que foi forçado, gerando dúvidas metódicas, retratadas em inúmeras “insónias em carvão” sobre a verdade e os truques dos seus desequilíbrios. Dúvidas que foram plantadas no cerebelo de juízes e algozes, germinaram e dão “fruta” à discrição até hoje, o que explica, parcialmente, a indulgência de uns e a impunidade dos outros.
O Neymar caiu? Ah, está bem, levante-se, siga, siga. Com a Sérvia, foram nove faltas (num total de 12) e mais três ou quatro escaparam no crivo. Convenhamos, uma falta sofrida a cada dez minutos não é jogo, é martírio.
Este número é superior aos de Maradona, que detém o recorde das três maiores médias de faltas sofridas em Mundiais (em 1982, 1986 e 1990), sempre acima das 7 por jogo: no primeiro acabou expulso quando se fartou da marcação impiedosa e se vingou no brasileiro Baptista, no segundo sobreviveu à perseguição de ingleses, belgas e alemães e no terceiro acabou a disputar a final ao pé coxinho, com uma lesão igual a esta última de Neymar, o que custou o terceiro título à Argentina.
Neymar podia ser o melhor jogador brasileiro depois de Pelé e Zico, talvez acima de Ronaldo Fenómeno, e teria tido uma carreira inolvidável se lhe fosse possível conjugar o talento com a integridade dos membros inferiores, mas desde que chegou a Barcelona em 2013, sofreu 24 lesões, dez das quais traumáticas em ambos os pés. Só nas últimas cinco temporadas esteve de baixa 598 dias: impedido de jogar em um de cada três dias e, mesmo assim, chegou a este Mundial ainda como membro emérito do triunvirato de honra.
É muito azar, há que desconfiar de tanto azar!
Se à FIFA interessasse tanto a saúde e a aptidão física dos atletas como interessa a segurança das contas financeiras, já teria promovido um Fair Play Verdadeiro, uma regulação sob o pungente mote “Deixem jogar o Neymar”, pelo rigor do jogo, pelo castigo exemplar, por exemplo suspendendo o agressor enquanto a vitima estivesse impedida, de modo a inibir a brutalidade dos açougueiros desta vida contra os tornozelos dos protagonistas.
Foi feito algo há 30 anos para proteger os tendões de Aquiles, agora esperemos que não seja preciso van Basten “morrer” de novo.
O mal está feito, resta aguardar o restabelecimento do garoto paulista, que promete voltar nos “oitavos”, quem sabe se frente a Portugal, pois “brasileiro, com alma de guerreiro, não cansa de lutar”, como diz Seu Jorge, o cantor: “tropeçando e levantando, sempre com você”."
O melhor João Mário de sempre
"João Mário Naval da Costa Eduardo caminha, pisando sobre a sabedoria que só a proximidade dos 30 anos oferece, para a melhor época da sua instável carreira, dicotómica pela disparidade de rendimento entre território nacional e enquanto emigrante nas grandes Ligas.
Desde a afirmação capaz à beira Sado em 2013-14 que lhe valeu o lugar no plantel principal daquele Sporting CP de Leonardo Jardim ao brilhantismo sob a alçada de Roger Schmidt – a quem pode agradecer a convocatória mundialista – João Mário provou ser craque fora-de-série que se dá mal com a condição de emigrante, como tantos outros craques portugueses pré-Geração de Ouro.
Como Rogério Pipi, que se viu rejeitado pelo balneário botafoguista por ordem directa de Heleno, a rebelde lenda brasileira, ou Chalana, que custou a fazer amigos em Bordéus, João Mário não provou em Milão ou Londres o dinheiro gasto em si nem o talento argumentado por especialistas.
Quando volta a Portugal, porém, torna o Sporting campeão 20 anos depois, ajuda o Benfica a chegar aos Quartos da Champions League e vice-capitaneia os encarnados ao segundo melhor arranque de sempre numa temporada desportiva, em registo só ultrapassado pelo Benfica de Béla Guttmann.
Além de se ter tornado atleta imprescindível nos grandes de Lisboa, o que o mais recente documentário disponibilizado pela BTV demonstra é a sua outra grande valência, o factor humano, que lhe garantiu também a imprescindibilidade dentro do balneário, sítio onde só Otamendi tem voz mais activa.
João Mário é o destaque em todos os momentos de concentração e lazer, é o farol que guia colegas dentro e fora de campo, assumindo a responsabilidade que o determinante futebol que vem jogando em 2022-23 chama para si: em Novembro já cumpre o melhor ano de sempre quanto a golos e assistências, uma enormidade estatística que assombra ainda mais pela importância no caminho invencível da equipa – foi decisivo em Turim, em Paris e novamente com a Juventus na Luz, no jogo que apurou portugueses para os Oitavos de Final.
Define-se como uma das grandes figuras do clube por mérito próprio, com os minutos cumpridos a colocarem o português num patamar de importância que perdera em Fevereiro de 2021-22, quando se vê amanhado pelo vírus da Covid e perde o comboio da titularidade.
Com 24 participações até ao momento, conta com 1995’, mais que Tino (1985’) e Rafa (1947’) e a conta pouca dos quatro mais utilizados (Vlachodimos, Otamendi, Grimaldo e Enzo, todos com mais de 2000’) – aliás, João Mário só falhou dois jogos até agora – por castigo, a visita a Famalicão na 6.ª jornada; por impossibilidade física, o confronto com o CD Estrela da Amadora para a Taça da Liga.
Contas ainda mais interessantes se compararmos com os dados de 21-22, onde cumpriu com mestria o papel de ‘8’ naquele 3-4-1-2 de Jorge Jesus: até 20 de Novembro, João Mário tinha inscrito o nome em 20 partidas (1498’), conseguindo dois golos e três assistências – compreensivelmente, pelo papel mais conservador em campo, o mesmo que assumiu quando levou o Sporting de Amorim ao título nacional duas décadas depois.
Até principio da presente época desportiva, a grande discussão em torno da carreira de João Mário era definir, primeiro, qual a melhor posição – como ‘8’ ou como interior direito, como o arrumou Jesus no Sporting 15-16? – e em qual delas tinha tido a melhor performance.
O mesmo discernimento em serviço dos últimos homens marcou quem acompanhou de perto o João Mário à direita em 2016 e marca agora quem vê de perto o Benfica de Schmidt, com João Mário alternando entre direita e esquerda, a partir da ala para resgatar o controlo do jogo e a liberdade posicional como vagabundo no segundo terço, ali já depois da sala de máquinas e na chegada ao palco.
Roger Schmidt reuniu o melhor desses dois mundos, responsabilizou-o pela gestão de tráfico e, ao contrário de Jorge Jesus, permitiu-lhe ganhar fôlego longe da linha lateral. E o português cumpre já a melhor época da sua carreira, como protagonista em todos os grandes momentos do Benfica. Continuando neste embalo, ganhará finalmente os títulos que o seu estrondoso QI futebolístico merece."
Cadomblé do Vata
"1. Dreiundvierzigtausendzweihundertdreiundsechzig... mais impressionante do que 43.263 espetadores num jogo de Taça da Liga contra uma equipa da II Liga, só o número em alemão.
2. O Enzo a marcar um golo no Campeonato do Mundo enquanto os colegas defrontam o 11° classificado da II Liga... isto é pior do que trabalhar na hora de almoço.
3. Este Grimaldo em fim de contrato é muito melhor do que o outro Grimaldo com 3 ou 4 anos por cumprir... parabéns ao Departamento de Prospecção do SLB, demoraram 8 anos a acertar neste lateral esquerdo, mas conseguiram.
4. Não fizemos uma grande exibição, mas faltou ali mais 1 golinho para abrilhantar o jogo... até porque tinha uma piada fantástica com Tripple Secco.
5. Não me quero precipitar, mas penso que já é seguro considerar John Brooks como o Flop do Ano... contrata-se um porteiro de discoteca e ao fim de 5 jogos, nem um pé em riste, uma peitaça, um dedo esticado no meio dos olhos, porra nem um cartão amarelo."
SL Benfica 2-0 FC Penafiel: Pistola encarnada tentou disparar, mas só foi lá com recargas
"A Crónica: Pegou Na Bola, Deu Certo E Lá Foi O Gilberto
No multiverso podem acontecer muitas situações em simultâneo, mas sem que o que se passa num lado tenha influência de maior no que acontece no outro. Fora do contexto da ficção científica, num mundo baseado em evidências, um Mundial no Qatar tem efeitos visíveis numa Taça da Liga com o qual partilha, não o espaço, mas o tempo. Enquanto SL Benfica e FC Penafiel jogavam a segunda jornada do grupo C da competição nacional, Enzo Fernández e Otamendi, habituais titulares nas águias, estavam a jogar no Médio Oriente ao serviço da seleção da argentina. Do que se viu no Estádio da Luz, bem que a representação encarnada no campeonato do mundo teria sido ajuda útil.
Antes do SL Benfica começar a mostrar que produz menos sem alguns dos habituais, houve um momento a assinalar. Como a morte não olha a méritos, antes do início do jogo, foi prestado um minuto de silêncio em honra de Fernando Gomes, lenda de FC Porto e Sporting CP, que faleceu este sábado.
Rolou a bola e a desilusão que pairava no ar por o SL Benfica não estar a jogar tanto como o habitual foi pior para os adeptos que saltaram da cadeira, mas viram que não valia a pena terem deixado arrefecer o lugar, porque Draxler tinha rematado para a rede, mas do lado de fora.
O FC Penafiel, não criando perigo, conseguia ter a bola por períodos prolongados e em zonas altas do campo. Como sempre, o tempo encarregou-se de melhorar o que parecia não estar a correr de feição. No final da primeira parte, já era um SL Benfica mais perto do seu nível. Rafa, por duas vezes, em cima do intervalo, deixava antever o que a segunda parte viria a confirmar: um domínio avassalador.
O central encarnado, João Victor, quase fazia um autogolo por ter trocado os pés e a noção da baliza para onde devia atacar. Baliza essa, defendida por Caio Secco, onde o SL Benfica ia chegar ao golo pouco depois. Grimaldo arrancou e quando ia depositar a bola na baliza, acabou por ser Musa a conseguir a finalização. O defesa penafidelense intercetou o remate e, na recarga, Gilberto rematou com imparável potência para o golo.
Dois minutos depois, da mesma maneira, ou seja, de recarga, Neres aumentou a vantagem. Seguiram-se oportunidades para Rodrigo Pinho e Henrique Araújo, dupla atacante que saltou do banco, mas o resultado não se mexeu. O SL Benfica venceu e fica a aguardar pelo jogo do Moreirense FC para fazer contas à passagem aos quartos de final.
A Figura
Gilberto – Tentou uma assistência de calcanhar para Rafa que foi mais bonita do que o golo que marcou aos repelões. Todas estas ações no último terço, o brasileiro só as conseguiu por se ter disponibilizado muito para atacar e ter estado particularmente feliz na hora de definir lances ofensivos.
Fora de Jogo
Simãozinho – Foi a vítima preferencial dos dribles de Neres e ainda teve que lidar com um Gilberto embalado que o atropelou sempre que subia. Acabou substituído por Afonso Figueiredo.
Análise Tática – SL Benfica
Com as esperadas e inevitáveis mexidas em relação ao onze base, o 4-2-3-1 procurou, perante um bloco baixo do adversário, usar os três corredores. Mesmo variando muito o jogo, o SL Benfica teve dificuldade em descobrir a profundidade quando o espaço entre linhas era negado. Foi via ala direita que, ora por Gilberto, ora por Neres, os encarnados descobriram espaço para realizarem cruzamentos.
Na segunda parte, a equipa melhorou na reação à perda da bola. Com isso, recuperou a bola em zonas mais subidas e encontrou um FC Penafiel desposicionado abrindo espaços passíveis de serem explorados.
11 Inicial e Pontuações
Odysseas Vlachodimos (5)
Gilberto (7)
João Victor (4)
Morato (6)
Álex Grimaldo (6)
Florentino (6)
Chiquinho (6)
David Neres (7)
Julian Draxler (5)
Rafa Silva (7)
Petar Musa (6)
Subs Utilizados
John Brooks (4)
Rodrigo Pinho (4)
Henrique Araújo (5)
Paulo Bernardo (4)
Análise Tática – FC Penafiel
O FC Penafiel operou uma revolução no onze. Filipe Rocha dispôs a equipa rubro-negra em 4-3-3. Deste modo, foi possível aos durienses, com um meio-campo em 1-2, ter sempre um jogador, no caso, Filipe Cardoso, à frente da defesa a vigiar os movimentos em apoio de Rafa e Musa. Os laterais, a defender, fecharam bastante por dentro e com os extremos a fazerem um acompanhamento intenso aos laterais do SL Benfica. Os médios interiores, João Oliveira e Feliz, encarregavam-se de controlar os movimentos interiores de Draxler e Neres.
Nas saídas para o ataque, o FC Penafiel beneficiou do critério de jogadores como Feliz e Adriano Castanheira para espreitar o golo. A equipa trouxe as situações de bola parada ofensiva bem trabalhadas, conseguindo várias vezes situações de finalização, tendo por base a referência de João Miguel no jogo aéreo.
11 Inicial e Pontuações
Caio Secco (5)
Robinho (5)
João Miguel (5)
Leandro (4)
Simãozinho (4)
Filipe Cardoso (5)
João Oliveira (5)
Feliz Vaz (5)
Edi Semedo (4)
Adriano Castanheira (4)
Marcus Molvadgaard (4)
Subs Utilizados
Roberto (5)
Vasco Braga (4)
Rúben Freitas (4)
Afonso Figueiredo (4)
Silvério (-)
BnR na Conferência de Imprensa
FC Penafiel
Bola na Rede: Notou-se que o FC Penafiel, através do posicionamento do Filipe Cardoso, mostrou uma grande preocupação em controlar os apoios frontais do Musa e do Rafa. Negar as combinações do SL Benfica no corredor central era parte importante da estratégia que a equipa trazia para o jogo?
Filipe Rocha: Era mesmo isso. Sabíamos que o SL Benfica coloca três jogadores entre linhas: o Rafa, no corredor central, o Neres e o Draxler. A estratégia passou por tentar evitar as ligações a esses jogadores, porque quando esses jogadores se viram para as defesas, são jogadores perigosíssimos, não só no passe à profundidade, como no remate exterior. A equipa, nesse aspeto, foi cumprindo. Não gostei da defesa dos corredores. Acho que aí não estivemos tão bem. Permitimos entradas em tabelas a partir dos corredores e não pode acontecer. Mérito do SL Benfica, demérito nosso.
SL Benfica
Bola na Rede: Na primeira parte, os jogadores do SL Benfica não reagiram à perda da bola como costumam fazer. Por que é que isso aconteceu?
Roger Schmidt: Acho que começámos bem. Criámos algumas oportunidades. A determinado ponto, o adversário começou a defender muito baixo e com uma linha de seis – com três defesas para um avançado nosso. Não estávamos a encontrar o tempo certo para as movimentações de ataque à profundidade. Falámos sobre isso ao intervalo. Tínhamos que investir mais no ataque à profundidade. Na segunda parte, estivemos muito bem. Marcámos os golos e criámos excelentes ocasiões para marcar golos. Às vezes, precisas de paciência. Se marcas no início do jogo, tudo bem. Se não consegues marcar, tens que mostrar qualidade e mentalidade. Foi o que fizemos."