segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Bronze Mundial...


Depois de tudo o que se tem passado na relação dos atletas com o Presidente da Federação, esta medalha de Bronze, vale Ouro... Ainda por cima, uma das atletas, não-nascidas em Portugal!!!
Grande Barbara, que só perdeu o combate da Meia-final com a Japonesa, que acabou por se sagrar Campeã Mundial!

Qualificação...

Stockerau 21 - 37 Benfica
(11-15)

Segunda mão, novamente na Luz, confirmando a nossa superioridade...

Europa, só regressa em Dezembro, agora é concentração nas competições internas.

Sábado vitorioso


"Perante mais de 56 mil benfiquistas nas bancadas da Luz, e com muitas alterações no onze inicial, a nossa equipa fez uma boa exibição e venceu, por 4-2, o Rio Ave, num dia preenchido por vários triunfos vermelhos e brancos.

1
A intermediar o duplo confronto com o PSG na Liga dos Campeões num intervalo de seis dias, não seria surpreendente se o desafio com o Rio Ave, vindo de um ciclo de jogos positivo, representasse um obstáculo difícil de ultrapassar. Roger Schmidt salientou isso mesmo: "Nunca é fácil jogar este tipo de jogos que vêm depois da Liga dos Campeões" e "sabíamos que o Rio Ave era uma equipa perigosa."
Schmidt promoveu cinco mudanças no onze inicial, sem que a equipa se ressentisse no plano exibicional: "Fizemos algumas alterações na equipa, mas creio que jogámos bom futebol e criámos várias oportunidades. Podíamos ter marcado mais cedo e controlado o jogo mais cedo. Descansei alguns jogadores e foi uma boa noite para a nossa equipa."

2
Mais uma vez, os benfiquistas foram essenciais para o triunfo obtido. A sintonia entre jogadores e adeptos após a desvantagem prematura ajudou à rápida reviravolta no resultado. O nosso treinador realça que "demonstrámos que estamos com confiança e os adeptos confiam na equipa. Continuámos a jogar ao ataque e acabámos por marcar".
Musa, que se estreou a marcar de águia ao peito, enalteceu o apoio prestado à equipa: "Jogar num ambiente destes é incrível. Obrigado a todos os adeptos que estiveram aqui, estou muito feliz pela nossa vitória."
Veja a conferência de imprensa de Roger Schmidt e as declarações de Musa.

3
Foram várias as vitórias conseguidas ao longo de sábado. No andebol continuamos o percurso integralmente vitorioso no Campeonato, ao vencer, por 30-31, na deslocação ao Póvoa AC. No basquetebol somámos mais um triunfo, desta feita ante o CAB, por 83-71. No hóquei em patins, excelente vitória obtida em Oliveira de Azeméis, por 1-4, frente à Oliveirense. E, no voleibol, 1-3 na visita ao Leixões na abertura do Campeonato. No futebol de formação, a equipa B empatou a duas bolas no reduto da Oliveirense.
No que respeita às equipas femininas, destaque para o apuramento da nossa equipa de andebol para os 16 avos de final da Taça EHF, num regresso, 29 anos depois, às competições europeias (ganhando ambos os jogos com o Stockerau: 35-19 no sábado e 21-37 esta manhã). No futsal batemos o Povoense por 11-1.

4
Hoje, encontro na Luz entre candidatos ao título no basquetebol feminino. O jogo com o GDESSA tem início marcado para as 19h00. A equipa feminina de hóquei em patins visita o Stuart Massamá (18h30), e a equipa feminina de voleibol joga às 17h00 no pavilhão do CS Madeira."

Cadomblé do Vata


"1. Há uma semana enchíamos o papo para dizer que ao Benfica, o Messi e o Ronaldo nunca marcaram golos... entretanto o PSG e o Rio Ave vão à Luz e pronto...
2. Pela terceira vez, Guga que foi formado no Benfica, marcou ao Glorioso... depois admira-se do Danilo ir ao Mundial e ele não
3. Fiquei na dúvida... quando os adeptos começaram a cantar "Benfica dá -me o 38" referiam-se ao 38° título ou à 38° golo cantado desperdiçado?
4. Foi bonita a homenagem da Catedral ao Samaris, mas parece-me demasiado romantizada a ideia de ele ter chorado devido aos Gloriosos aplausos... se repararem nas imagens, as lágrimas começam a escorrer-lhe pelo rosto abaixo quando ao limpar o suor da testa à camisola, repara que está vestido de verde e branco.
5. Temo seriamente pelo futuro da simbiose no centro da nossa defesa ... porque não sei por durante quanto mais tempo vai ser possível esconder ao António Silva que "Otamendi" é um nome italiano."

SL Benfica 4-2 Rio Ave FC: Um hino ao futebol


"A Crónica: Competência Ofensiva Do Benfica Compensou Desatenção Inicial

Duelo da nona jornada da I Liga, onde o Rio Ave visitou a casa do Benfica, um local onde nunca vencera. A invencibilidade desta época das águias seria posta à prova contra o atual campeão da II Liga, que só perdera um dos últimos seis encontros.
No meio de dois encontros com o Paris Saint-Germain, Roger Schmidt alterou quase metade do onze inicial em relação ao jogo da última quarta – começaram Gilberto, Ristic, Aursnes, Diogo Gonçalves e Draxler. Do outro lado, estava uma equipa do Rio Ave a melhorar de jogo para jogo e que pretendia olhar o adversário nos olhos.
Prova disso foi o golo madrugador dos vilacondenses – a equipa ultrapassou a pressão alta do Benfica com classe, o ex-benfiquista Samaris abriu em Aziz, que arrastou consigo António Silva e assistiu Fábio Ronaldo, que faturou isolado na grande área.
A resposta encarnada não demorou e o golo do empate chegou com naturalidade, através de uma jogada perfeita: Enzo insolou João Mário na grande área, que só teve de assistir para Gonçalo Ramos encostar confortavelmente.
Pouco depois, consumou-se a reviravolta no marcado, graças a um lapso extraordinário de Jhonatan; o guardião recebeu um atraso de Baeza, controlou mal a bola e deixou-a entrar na própria baliza.
O Rio Ave não se foi abaixo, procurou controlar a bola e criar perigo, mas o Benfica teve um ascendente que culminaria com o terceiro golo antes do intervalo – Diogo Gonçalves e Enzo ainda foram muito perdulários (aqui, Jhonatan esteve em bom plano), mas Gonçalo Ramos não.
O jovem fugiu à defesa verde e branca, recebeu um belo passe de Enzo e atirou a contar sem deixar a bola tocar no chão (foi o seu sexto golo no campeonato).
O Rio Ave entrou bem na segunda parte, jogando com personalidade, como se vira no início da partida. O ritmo do jogo foi quebrado depois por algumas interrupções, até que chegámos ao quarto golo do Benfica. Ristic, fez um cruzamento rasteiro para Musa e o croata estreou-se a marcar pelo Benfica. Pedro Amaral ficou mal na fotografia, por colocar Musa em jogo.
Pouco depois, Samaris foi substituído e recebeu para uma ovação dos adeptos encarnados, provocando lágrimas no grego.
As duas equipas pareciam estar conformadas com o resultado, os benfiquistas na Luz pediam “só mais um” golo, mas não esperavam que fosse do Rio Ave…
Aos 86 minutos, Hernâni, de calcanhar, colocou em Costinha, este passou para Guga que, de primeira, fez um golo absolutamente sensacional – daqueles para ver e rever. O Rio Ave ainda teve vontade de procurar o terceiro, mas o marcador deste belo jogo não mais se alterou.

A Figura
Gonçalo Ramos (SL Benfica) – Uma verdadeira dor de cabeça para os centrais adversários, movimentou-se muito bem para fugir deles. Foi essa qualidade a ganhar espaço na área que lhe permitiu bisar no encontro e ser, por isso, o jogador mais influente dos encarnados.

O Fora de Jogo
Trio defensivo do Rio Ave – Aderllan Santos, Josué e Patrick William não deram a segurança defensiva necessária para a sua equipa sair de Lisboa com pontos. Foram demasiado erráticos nas marcações, e pouco influentes com bola.

Análise Tática – SL Benfica
Partindo do já habitual 4-2-3-1, o Benfica procurou sobrepovoar o corredor central, inclusive com os laterais Ristic e Gilberto. Caso o Rio Ave fechasse por dentro, as águias jogavam pelas alas, sendo esta uma estratégia que deu muitos problemas à turma de Vila do Conde.
Na tentativa de desfazer as marcações do Rio ave, Diogo Gonçalves chegava a ser o segundo avançado e Draxler chegou a atuar como um segundo extremo-direito, ao lado de João Mário.
Sem bola, a procura pela mesma procurava ser incessante e incomodativa para o adversário.

11 Inicial e Pontuações
Vlachodimos (4)
Gilberto (7)
António Silva (7)
Otamendi (7)
Ristic (7)
Enzo (7)
Aursnes (5)
Diogo Gonçalves (5)
João Mário (7)
Draxler (6)
Gonçalo Ramos (8)
Subs Utilizados
Musa (7)
Florentino (6)
Rodrigo Pinho (5)

Análise Tática – Rio Ave FC
Defendendo em 5-4-1, com Aziz na frente e Fábio Ronaldo a descair na esquerda, o Rio Ave procurou aplicar uma pressão alta, mas também sabia ficar recuado no seu meio-campo e defender a sua área.
As marcações individuais, no entanto, não tiveram sucesso e permitiram muitas desmarcações dos jogadores do Benfica em zonas perigosas.
A equipa saía a jogar em 3-5-2, formando um triângulo no meio-campo com Samaris (o médio mais recuado), Guga e Baeza. Conseguiram ultrapassar a pressão alta com sucesso diversas vezes.
Aziz e Ronaldo eram muito móveis e disruptores (como se viu no primeiro golo), mas a falta de uma referência de área também foi notória, tendo muitas jogadas morrido sem nenhum perigo criado.

11 Inicial e Pontuações
Jhonatan (4)
Josué (4)
Aderllan Santos (4)
Patrick William (4)
Costinha (5)
Guga (6)
Samaris (6)
Miguel Baeza (6)
Pedro Amaral (5)
Fábio Ronaldo (6)
Aziz (5)
Subs Utilizados
Ukra (5)
Vítor Gomes (5)
Leonardo Ruiz (5)
Hernâni (6)
Miguel Nóbrega (5)

BnR na Conferência de Imprensa:
SL Benfica
O Bola na Rede foi impedido de fazer perguntas ao treinador do SL Benfica, Roger Schmidt.

Rio Ave FC
Bola na Rede: O Benfica costuma colocar muitos jogadores na zona central do terreno, tentou contrariar isso ao colocar três médios mais centrais, o Samaris, o Guga e o Miguel Baeza, para travar esse fluxo de jogadores do Benfica no centro do terreno, e depois também para conseguir sair a jogar e ligar o setor defensivo ao ataque?
Luís Freire: Defensivamente, nós procurámos defender como costumamos defender. O Benfica tem uma capacidade grande de jogar por dentro dos adversários, de tabelar, estão confiantes, as coisas saem-lhes bem e conseguem desequilibrar em curto espaço de terreno, o que foi difícil de defender para nós. No entanto, não foi tanto o número de jogadores, foi mais tentar fechar a baliza, fechar ao meio, obrigar a jogar no corredor. Não conseguimos suster os passes atrasados, as ruturas do Benfica, aqueles passes a tabelar para a área, as bolas por cima da nossa defesa depois de um passe atrasado. Foi aí que o Benfica conseguiu desequilibrar, depois cruzar para a área.
Há um demérito nosso, vamos ter que trabalhar isto, e há um mérito do Benfica, é mesmo assim, não é fácil contrariar aquele jogo interior. Em termos ofensivos, costumamos fazer este tipo de jogo."

O susto desapareceu sob a batuta de Enzo


"O Benfica voltou aos triunfos, batendo o Rio Ave por 4-2. A equipa de Vila do Conde até entrou a ganhar, mas um primeiro tempo de alto nível do craque argentino catapultou os líderes do campeonato para uma vitória fácil, com um bis de Gonçalo Ramos e o primeiro golo de Musa pelas águias

Ver Enzo Fernández jogar em Portugal produz uma sensação estranha. Além do normal gosto em ver um médio atuar com tamanha personalidade, conforto e domínio das situações, como se tudo o que se passasse em campo obedecesse aos seus desejos e ordens, olhar para Enzo Fernández com a camisola do Benfica é imediatamente pensar que estamos a ver um postal com prazo de validade. Qual imagem que desaparecerá após breves instantes, bomba-relógio para os olhos, também a passagem do argentino pela I Liga está condenada a ser uma visão efémera.
Foi essa explosão de qualidade que foi evidente no Estádio da Luz depois de, logo aos 6', o Rio Ave ter-se adiantado no marcador, através de Fábio Ronaldo. Com o Benfica em desvantagem, anormais mudanças no onze e entre os dois compromissos frente à distante galáxia do PSG, poder-se-ia pensar numa tarde mais difícil que o esperado para os líderes do campeonato. Mas, sob o comando sereno, mas afirmativo, que Enzo exerce no meio-campo, é mais difícil que esta equipa trema.
O argentino uniu as pontas da equipa, recebendo dos centrais, tricotando com João Mário, acelerando com Draxler ou definindo com Gonçalo Ramos, para levar o Benfica para o descanso a vencer por 3-1. Uma primeira parte com 21 remates das águias, oito deles à baliza, atesta bem o domínio dos líderes do campeonato, que viram Ramos e Enzo saírem ao descanso. Na segunda parte, em modo gestão, mais um golo em cada baliza selaria o resultado final.
Com Ristic a estrear-se a titular, João Mário a partir da direita e Diogo Gonçalves da esquerda, o Rio Ave entrou na Luz a vencer num lance que exemplificaria muitas das intenções de Luís Freire para a partida. O guardião Jhonatan, paciente e criterioso, fez um passe vertical para Baeza, que tocou logo para Samaris. O grego conduziu e soltou para Yakubu, que deu o golo a Fábio Ronaldo. 1-0 e uma afirmação de qualidade dos vila-condenses.
Mas logo o Benfica mostrou argumentos para ferir a baliza dos visitantes. João Mário, que com o seu critério sereno está a mostrar utilidade em zonas mais avançadas do que no ano passado, serviu Ramos, que atirou ao lado. Sete minutos depois do primeiro golo, viria mesmo a igualdade.
Aos 13', uma tabela entre João Mário e Enzo Fernández desmontou a defesa do Rio Ave, como se quisesse demonstrar que uma associação inteligente e subtil entre dois esclarecidos interpretes pode ser mais útil do que a força bruta de um carro de assalto. O português assistiu Gonçalo Ramos para o 1-1.
Gonçalo Ramos teve, logo a seguir, oportunidade para bisar, mas o 2-1 surgiria num erro enorme de Jhonatan. Falhando a tentativa de uma receção, o guardião colocou a bola na sua própria baliza.
Em vantagem, o Benfica partiu para um vendaval de futebol ofensivo. Na esquerda, Ristic mostrava audácia e argumentos técnicos; no último terço, João Mário fletia da direita para o meio para cozinhar as acções com tomada de decisão perspicaz; tudo ordenado e liderado por Enzo Fernández, o médio de 21 anos que os preconceitos fazem dizer que joga como um veterano, mas que na verdade joga na justa dimensão do craque que é, independentemente de há quantas voltas ao sol anda a pisar a casa em que todos vivemos.
João Mário, Gilberto e o próprio Enzo tiveram oportunidades para aumentar a vantagem mas, por falta de pontaria ou acerto do guardião rival, o golo não chegou. Só em cima do descanso viria o 3-1.
O Rio Ave cometeu o pecado mortal de deixar Enzo Fernández ler a jogada. Com tempo para analisar, o médio fabricou o passe que deu o espaço para que Gonçalo Ramos estivesse cómodo para finalizar. O 3-1 colocava o triunfo muito bem encaminhado para os locais.
Para o segundo tempo, Roger Schmidt fez entrar Florentino e Musa, dando descanso a Gonçalo Ramos e Enzo. Depois de dois meses a todo o gás para os habituais titulares, o alemão pareceu hoje, pela primeira vez, ativar um certo modo de gestão.
Foi esse controlo que se viu no segundo tempo. Com menos esticões, mais pausa e serenidade. Sem tanto desgaste, tendo em vista a visita a Paris da próxima terça-feira e o calendário que não dará tréguas até uma semana antes do Mundial do Catar.
Aos 62', o 4-1 chegaria em novo lance em que João Mário colocou a engrenagem da equipa a mexer. O internacional português parece cada vez mais cómodo sendo não só pensador de jogadas em zonas recuadas, mas também executor perto da área, relembrando a versão que Jorge Jesus extraiu dele no Sporting em 2015/16.
Dos pés de João Mário a bola foi para Ristic, que confirmou a boa estreia no onze com uma assistência para Musa. Para culminar a tarde em que vários jogadores menos utilizados se mostraram a Schmidt, o ex-Boavista estreou-se a marcar pelo Benfica.
Até final, o momento mais emotivo seria mesmo a saída de Samaris, muito aplaudido pelo público da Luz. Aos 86', Guga, num grande remate de fora da área, ainda selaria o 4-2 final, confirmando a tendência para marcar ao clube onde se formou. Depois da apreensão que o 1-0 poderia ter causado, o desafio terminou sereno para o Benfica, muito devido a um médio que está de passagem pelo Estádio da Luz e pela I Liga."