domingo, 28 de agosto de 2022

Cadomblé do Vata


"1. A vantagem de ter em campo, um capitão que jogou no Sporting... quando o árbitro assinala penalty a favor do SL Benfica, ele sabe do que se trata e pode explicar aos colegas.
2. Não quero dizer que o Toni Silva jogou bem, mas... ainda vamos dar boleia ao Vertonghen para Lisboa?
3. Neres e Ramos entendem-se cada vez melhor... até já têm os olhos direitos iguais.
4. O que se passa com o marketing do SL Benfica? Colocam à venda camisolas do SLB amarelas e cinzentas, mas não se encontra em lado nenhum este belo fato de macaco utilizado pelos jogadores, hoje no Bessa.
5. Nos anos 90, o melhor programa de apanhados da televisão italiana era o Scherzi Aparte... actualmente, o melhor programa de apanhados da televisão italiana é a proposta só de 20 milhões que o AC Milan enviou ao Benfica pelo Morato."

Afinal, foi a bela tarde de João Mário que ficou para a coleção


"O Boavista teve grandes momentos, sobretudo nos inícios da primeira e segunda partes, mas o Benfica soube encontrar o caminho para a baliza e morder na altura certa. João Mário, com a braçadeira de capitão na ausência de Otamendi, marcou dois golos na vitória no Bessa, por 3-0, a sétima em sete jogos

Os futebolistas são quase sempre os mesmos. Às vezes estão melhor, outras vezes caem um pouco, às vezes a vida pessoal nem corre bem, noutras estão a voar. Há sempre quem sentencie um final precoce para um certo jogador de quem tanto esperavam. É quase sempre precipitação. Os futebolistas são os mesmos, os contextos contam e alteram fados e narrativas. João Mário é um bom exemplo disso. Viu chegar à Luz um treinador que compreende o futebol que leva nas botas (e na cabeça, claro) e, mesmo numa posição diferente (que lhe dá mais tempo e liberdade), vai sendo muito influente.
Esta tarde, o médio até recebeu a braçadeira de capitão, uma imagem tão difícil de conceber há uns anos. Aquele pedaço de tecido conta algumas histórias, nomeadamente sobre a existência de uma voz importante no balneário, seja falando, seja atuando. João Mário já era isso tudo na formação do Sporting, os relatos vão sempre nesse sentido. Era quem puxava as orelhas aos colegas, era quem cobrava. Era adulto, treinava bem. Uma vez, perante um cenário negativo, disse ao treinador Luís Gonçalves para ele não se preocupar, que eles resolveriam a coisa lá dentro. As palavras foram: "Não se preocupe que eu sei o que temos de fazer. Vamos dar a volta a isto". E assim foi.
O Boavista entrou melhor do que o Benfica esta tarde, no Estádio do Bessa, e só quando a bola chegava aos pés de João Mário os benfiquistas sentiam o lado bom do tempo e do jogo. Ativista contra a precipitação, o médio, que beneficia de uma vida menos afobada que existe num meio-campo a dois, é um homem do mais fiável que há na tarefa de manter a bola como a ferramenta mais redonda alguma vez vista.
Quando já estava 1–0, depois de um golo de Felipe Morato, a seguir a um canto de David Neres, João Mário teve uma chance escandalosa para fazer o segundo da tarde. António Silva, um estreante nestas andanças aos 18 anos (e amarelado desde os 8’, revelando maturidade depois), bateu longo e Rafa soube amparar com os pés o que parecia ser uma granada caída do céu. Depois, generoso, ofereceu a alegria a João Mário. O número 20 atirou ao lado, chocando-se. As mãos, claro, foram à cabeça. “Foi mais uma para a coleção”, diria no final, com fair-play.
Mas a redenção – goleadora porque, em termos de futebol, nada tinha a dever a ninguém – chegou mesmo, já na segunda parte. Primeiro, aos 67’, aceitou o trabalho de Petar Musa, que funcionou como pivô já dentro da área, batendo depois na baliza sem grandes cálculos. Depois, de grande penalidade, novamente com Musa em destaque (sofreu a falta de Vicent Sasso). João Mário assumiu e golo, 3-0. Celebrou como celebra quem tem o sangue quente, apesar de ser sempre o mais sereno de todos, até a voz fala sobre um homem seguro e tranquilo.
Apesar de tudo, o marcador tresanda a exagero. O Boavista – montando e desmontando um 3-5-2 e 5-3-2 – teve momentos muito interessantes, principalmente saídos dos pés de Kenji Gorré, mas era tudo graças à agressividade coletiva. Os axadrezados também contaram com as participações valiosas de Pedro Malheiro, Seba Pérez, um homem que já jogou na Bombonera, e Salvador Agra.
Foram uns primeiros 15 minutos importantes na primeira parte, derretendo todos os preconceitos que ainda existem em relação ao treinador Petit. As linhas estavam juntas, não havia espaço para Rafa, por exemplo. As dinâmicas eram interessantes, a troca de bola, às vezes ao primeiro toque, seduzia, era líquida como um belo néctar. Sopuruchukwu Onyemaechi, com um cruzamento malandro torto ou desviado, obrigou Odysseas Vlachodimos a fazer uma grande defesa.
Depois de cair, de perder as rotas para a área do Benfica e de já dar mais espaço aos rivais, os futebolistas da casa voltaram a encontrar-se no início da segunda parte, fruto de uma pressão mais ambiciosa e subida, obrigando Schmidt a colocar em campo pernas frescas (fatura da Champions?), como Alexander Bah, Diogo Gonçalves e Petar Musa. Os atrevidos da frente de preto e branco continuaram a dar cabo do juízo aos de vermelho, encontrando o maior obstáculo em Florentino Luís, em grande destaque esta tarde (e os números comprovam-no). Enzo Fernández manteve o nível, embora menos influente no pensamento ofensivo.
Perto do apito final, de um jogo com pedalada e muitos duelos, Mihailo Ristić e Fredrik Aursnes, que estavam no banco (onde não estavam Weigl e Yaremchuk), saltaram para o relvado e estrearam a camisola do Benfica. Os lisboetas estavam prestes a carimbar a sétima vitória em sete jogos. Enzo Fernández foi o substituído para entrar o norueguês e, mais uma vez, tal como contra o Dynamo Kiev, voltou a ser ovacionado. O argentino, sorrindo, abraçou Roger Schmidt como se abraça um familiar de quem se gosta."

Boavista FC 0-3 SL Benfica: Encarnados fazem inferno do Bessa


"A Crónica: João Mário A Capitão Bosa Para O Sétimo Triunfo Consecutivo

Na procura da sétima vitória consecutiva, o SL Benfica viajou até à cidade invicta para defrontar o Boavista FC.
O treinador dos axadrezados nunca conseguiu triunfar perante os encarnados, contando com dois empates e 13 derrotas, portanto a tarefa dos anfitriões conseguirem travar Roger Schmidt previa-se difícil.
As duas equipas entraram bem na partida, especialmente a equipa da casa que ia anulando o Benfica e conseguiu criar perigo primeiro através de um remate de Gorre sendo defendido por Vlachodimos.
No minuto 30, os encarnados ganharam um pontapé de canto. David Neres bateu o canto e este ia acabar por valer a sua quinta assistência a serviço do Benfica direcionado a Morato que não desperdiçou a oportunidade.
Na segunda parte, as dificuldades aumentaram para o Boavista tanto dentro de campo, como nas bancadas, pois os adeptos visitantes faziam sentir a presença.
Foi no minuto 67 que o segundo golo da partida chegou, através de uma assistência de Musa (ex-pantera) para João Mário que marcou na estreia como capitão do Benfica.
Ambos os treinadores procuraram fazer algumas mexidas no onze, porém, Roger Schmidt ganhou esse duelo e perto do final, o seu clube ganhou uma grande penalidade (com recurso ao Var) concretizada por João Mário para bisar no encontro.

A Figura
João Mário Na estreia como capitão (e mesmo com a quinta assistência em cinco jogos por parte de David Neres), João Mário leva nota mais neste encontro frente ao Boavista FC. Marca dois golos e dinamiza o meio-campo num dia menos bom de Enzo Fernandez, enquanto Florentino cobriu o campo a nível defensivo.

O Fora de Jogo
César – Foi dia de estreia na equipa do Boavista FC e não lhe correu bem. O seu posicionamento deixou a desejar, bem como algumas saídas da baliza algo mal pensadas e mal executadas.

Análise Tática – Boavista FC
Petit alinhou o Boavista FC num 3-5-2 com César a estrear-se na baliza axadrezada.
Na defesa alinharam Reggie Cannon, Sasso e Abascal – o trio jogou com bastante espaço entre si de forma a trabalhar na largura do campo e abrir espaço de jogo.
Onyemaechi e Malheiro a jogar como alas bastante subidos no terreno de jogo a dar profundidade na construção ofensiva.
No meio-campo, Bruno Lourenço jogou mais recuado no espaço, com Makouta e Pérez a assumirem a parte frontal do terreno.
Kenji Gorré e Salvador Agra foram os avançados de serviço, com o português mais recuado para jogar entrelinhas.

Onze Inicial e Pontuações
César (5)
Reggie Cannon (6)
Sasso (5)
Rodrigo Abascal (6)
Onyemaechi (5)
Makouta (6)
Sebatian Perez (5)
Bruno Lourenço (6)
Pedro Malheiro (6)
Kenji Gorré (5)
Salvador Agra (6)
Subs Utilizados
Bozenik (6)
Ricardo Mangas (6)
Martim Tavares (6)
Joel Silva (6) Masa (6)

Análise Tática – SL Benfica
Roger Schmidt permaneceu com o mesmo desenho tático: um 4-3-3.
Vlachodimos continuou debaixo dos postes, numa defesa que teve de ser obrigatoriamente alterada. Morato aliou-se a António Silva – estreante a titular – na zona central, com o jovem português a mostrar-se destemida nas saídas e na pressão defensiva ao adversário. Nas laterais, Alex Grimaldo e Gilberto não saem do lugar, com uma importância vasta perante a atuação dos extremos encarnados.
No meio-campo, Enzo Fernandez atuou como box-to-box e Florentino Luís a trinco, de forma a pressionar na construção ofensiva boavisteira. João Mário foi o terceiro médio a ajudar na construção das águias.
Na frente, David Neres e Rafa Silva ocuparam-se na posição de extremos, com movimentos interiores com a finalidade de chegar à área e abrir espaços à subida dos laterais. Como ponta-de-lança, estava lá Gonçalo Ramos.

Onze Inicial e Pontuações
Odysseas Vlachodimos (6)
Alex Grimaldo (6)
António Silva (7)
Morato (7)
Gilberto (6)
Florentino Luís (8)
Enzo Fernandez (6)
João Mário (8)
Rafa Silva (6)
David Neres (8)
Gonçalo Ramos (6)
Subs Utilizados
Diogo Gonçalves (6)
Alexander Bah (6) 
Petar Musa (6)
Aursnes (6)

BnR na Conferência de Imprensa:
Boavista FC
BnR: A equipa acabou por vencer os dois primeiros jogos do campeonato e agora leva duas derrotas consecutivas sem marcar qualquer golo. O que é que sente que a equipa precisa de fazer para melhorar depois destes dois jogos?
Petit: Quando ganhas és bom, quando perdes és mau. Temos de analisar e preparar para o próximo o jogo. Tivemos a introdução de novos jogadores, que ainda não têm noção do que é o clube. Conquistámos duas vitórias e agora estamos num momento menos bom. Temos de reagir, levantar a cabeça. Preparámos uns exercícios, mas a verdade é que apanhamos um Benfica forte e quando joga assim não há muito que se possa fazer. Agora é descansar e começar a preparar já na segunda-feira o jogo com o Paços de Ferreira.

SL Benfica
O Bola na Rede não teve oportunidade de fazer questões."

Vermelhão: Alma...


Boavista 0 - 3 Benfica


Uma das grandes diferenças este ano no Bessa, foi a resposta do Benfica, à agressividade, pressão e intensidade do adversário: mais agressividade, mais pressão, mais intensidade! Não fizemos um jogo cheio de malabarismos, com jogadas geométricas, e grandes momentos... mas, metemos o pé, metemos a perna, o ombro, o corpo, e quando um dos nossos chegava atrasado à bola, os restantes, compensavam! Só assim é possível chegar ao fim do jogo, e o adversário não fazer um único remate à baliza do Ody!!! A única semi-oportunidade, foi um cruzamento que desvia nas costas do Gilberto e poderia ter entrado 'directo' senão fosse a intervenção do Odysseas!

O jogo foi desbloqueado novamente numa bola parada (Canto), a partida estava repartida na luta, mas a bola estava longe da nossa área... O 0-1 ao intervalo acabou por ser mentiroso, a defesa ao remate do Ramos, foi meritória, mas o falhanço do João Mário na última jogada, foi escandaloso...
Na segunda parte, a dinâmica não mudou... e após a substituição tripla, injetámos sangue novo, e todos os jogadores entraram bem: o Bah, o Digi e o Musa... aliás o Musa já tinha mostrado bons pormenores com o Dínamo, e hoje com mais ritmo e confiança, foi decisivo nos últimos dois golos!!! Vai ser muito útil, joga bem de costas para a baliza, tem bom toque de bola, de primeira nas tabelas, é lutador e para a altura que tem é bastante móvel...

Difícil escolher o MVP, como tem sido habitual! Mais um grande jogo do Tino, também do Enzo... também do João Mário (apesar daquele falhanço!), e também do Grimaldo...
Jogámos com uma das duplas de Centrais mais novas da história do Benfica (seguramente), com o nosso Tó Silva, em grande! Mesmo com o Amarelo aos 7 minutos, não ficou condicionado, e esteve em excelente plano...

Eu sei que vão desvalorizar, novamente, o nosso adversário, mas o facto, é que o Benfica continua ganhar, com margens consideráveis, sem que o Odysseas tenha muito trabalho... A equipa apresenta-se mais mecanizada, especialmente na recuperação de bola, os jogadores estão confiantes e felizes... Hoje, estrearam-se o Aursnes e o Ristic... o Musa está a ser 'integrado', e ainda temos os Centrais lesionados, que brevemente estarão disponíveis!


Em relação a potenciais saídas, as ausências do Weigl e do Chuk do banco, são reveladoras! Só falta mais uns dias, para finalmente o Mercado fechar, até lá...!!! Continuo a achar que deveríamos contratar mais dois jogadores para o meio-campo ofensivo: um extremo e um '10', com características de 2.º avançado, com faro de golo apurado!

Inacreditável o tempo que se perdeu na marcação do penalty a favor do Benfica! E ainda houve mais dois lances que passaram em claro: sobre o Rafa, empurrado antes de tentar desviar a bola...; e no 1.º canto para o Benfica, o Tino cabeceia para um Tó Silva em fora-de-jogo, mas após o cabeamento o Tino é completamente abalroado... lance que passou em claro, até aos Benfiquistas!

Uma nota ainda sobre as várias bancadas vazias do Bessa! No Tugão existem Clubes que preferem terem bancadas vazias, criando restrições absurdas para os forasteiros, aumentando o preço dos bilhetes, só para não passarem pela 'vergonha' do adversário ter mais apoio do que a equipa da casa!!! Ridículo...!!!


Terça, novo jogo, com um Paços que vem desfalcado, que tem tido um início de época complicado, mas que tem um treinador que gosta de jogar futebol positivo. Fundamental manter o foco, sem descompressão... provavelmente no próximo sábado, novo jogo, desta vez com o Vizela e depois a Champions...

Castigo nas penalidades...

Braga 1 (4) - (3) 1 Benfica

Gomes; Martim(Negrão, 101'), Coser(Muller, 46'), Faria, Montoia(Spencer, 78'); N. Félix(Malcolm, 69'), Prioste, H. Félix; Nóbrega(Matos, 78'), Precatado; Franculino

Sofremos um golo nos primeiros segundos do jogo, empatámos de Canto... e acabámos por beneficiar de uma expulsão aos 66' minutos (entrada assassina sobre o Nuno Félix... Espero que não tenha sido grave)!!! Apesar do domínio territorial após a expulsão, não conseguimos concretizar... Com o prolongamento, jogámos praticamente 60 minutos em superioridade numérica!
O Braga já tinha vencido nas Meias-finais, em casa, nos penalty's, e fez tudo para levar o jogo para as penalidades! Conseguiu... E acabou por vencer...
Competição mal perdida, num torneio oficial de pré-época, onde fomos obrigados a jogar a Meia-final na casa do adversário (horas depois de vários jogadores desta equipa, disputarem a Final da Intercontinental no Uruguai), e a Final, igualmente na casa do adversário!!!