João Mário e Roger Schmidt: Um casamento feliz?


"Achas Que O Português Vai Renascer Sob A Alçada De Schmidt?

João Mário Naval da Costa Eduardo casou-se com Marta Branco Oliveira no passado dia 25 de Junho, justamente no mesmo dia em que o plantel do SL Benfica realizou testes médicos com vista à nova época.
Numa altura em que se falou muito sobre o futuro do médio luso no clube da luz, será que João Mário casará também com Roger Schmidt?
Para já, e depois da primeira semana de trabalho, o médio proveniente do Inter de Milão, destacou-se no minijogo que Schmidt organizou no fim do treino aberto do passado Domingo.
A juntar às palavras elogiosas do treinador alemão, aos bons sinais que o jogador tem mostrado como número dez, e à desistência do SL Benfica na contratação de Reinier, poderá dizer-se que João Mário poderá ter nova vida.
E não sou da opinião que o número 20 das águias seja uma má escolha para organizar jogo. Já são conhecidas as suas qualidades no passe, na manutenção da bola e na distribuição de jogo, e será dado assim um novo desafio à sua capacidade no último passe.
Depois de Götze e de Reinier, a terceira escolha para o lugar parece ter sido encontrada dentro de portas, e se tudo correr como esperado, parece-me ter sido a melhor (e mais barata) escolha das três.
De resto, cabe ao jogador mostrar nestas próximas semanas – uma vez que é certo que não é um dos dispensados pelo treinador – que os 12 milhões de euros que o Benfica pagou aos nerazzurri pelo seu passe, foram poucos comparados com a imensa qualidade que tem.
Para já, é apagar a fraca imagem da época passada, em que apontou três golos e fez sete assistências, e aumentar a preponderância na Luz nesta época de 2022/23. Até porque no fim do ano há um mundial e acredito que é seu desejo ainda fazer parte dos escolhidos por Fernando Santos.
A camisola dez das águias está sem dono desde a saída de Waldschmidt, irá o treinador alemão entregá-la ao renascido médio português?"

Primeiras impressões


"Ninguém, exceptuando talvez aqueles que acabaram de chegar ao clube, terá ficado verdadeiramente surpreendido com a presença de 23470 benfiquistas no treino aberto realizado no domingo passado, apesar de se tratar de um recorde neste estádio.
São assim os benfiquistas, já dizia Béla Guttmann: 'Nem que o jogo seja no fim do mundo, entre as neves da serra, ou no meio das chamas do inferno, por terra, por mar ou pelo ar, eles aí vão, os adeptos do Benfica atrás da sua equipa... Grande, incomparável, extraordinária massa associativa!'
O Benfica é o conjunto de todos os benfiquistas. É por isso que o Benfica é o maior e, normalmente, o melhor, mesmo que, de quando em vez a ânsia colectiva pela prossecução dos objectivos (às vezes desmedidos) possa ser perniciosa, mas há que saber lidar com isso. Afinal, não é qualquer um que pode representar o Benfica e, por definição, milhões de benfiquistas.
Foi, sim, uma agradável surpresa termos sido presenteados com um treino de conjunto. Talvez me falhe a memória, mas não me recordo de tal iniciativa desde o antigo estádio, em 1999, numa noite em que as mãos levadas à cabeça pela aparente demonstração de incapacidade de Bossio foram as mesmas que se esfregaram de entusiasmo pelo potencial de um miúdo na outra baliza, o Enke.
Desta feita não creio que tenha havido motivos para grandes preocupações, antes algumas primeiras impressões foram muito positivos, tratando-se efetivamente de confirmações.
Desde logo o tipo de futebol que parece estar a ser implementado. Cada posse de bola é aproveitada para se tentar criar uma oportunidade de golo. Claro que não era diferente num passado recente, mas prefiro que se tente com meia dúzia, de passes do que com infindáveis trocas de bola sem o mínimo rasgo ou risco.
Depois algumas apreciações individuais. Gostei de vários jogadores, mas destaco quatro: David Neres, Henrique Araújo, António Silva e Diego Moreira. Qualquer deles confirmou, numa primeira impressão 2022/23, as muitas impressões positivas deixadas anteriormente. Se de Neres e Araújo espero um contributo imediato, dos outros estou convicto de que despontarão mais cedo do que muitos esperam.

P.S.: Tinha nove anos quando conheci Henrique Vieira. Acompanhei de muito perto aquelas equipas de basquetebol fabulosas do Benfica do final dos anos 80 e anos 90 e o Henrique foi, para mim, um ídolo, uma referência de liderança e um compêndio vivo de como jogar bem basquetebol. Houve jogadores melhores, mas muito poucos os que conheceram o jogo tão profundamente como ele. Deixo um forte abraço aos seus filhos Filipe e Pedro."

João Tomaz, in O Benfica

Muito maior do que Portugal


"O treino aberto da equipa sênior de futebol do Sport Lisboa e Benfica continua a dar que falar. Os 23470 espectadores que foram à Catedral no passado domingo bateram o recorde de presenças de adeptos num treino no Estádio da Luz, mas a realidade dos números esconder aquilo que é o resto do futebol português. Vamos a factos, não opiniões.
Nos 17 jogos em cada realizados durante o campeonato de 2021/22, o Santa Clara teve 21292 adeptos nas bancadas - em todos os jogos -. uma média de 1252 pessoas por partida. O Portimonense, sempre tão elogiado pelo 'brilhantismo' dos seus dirigentes e dos seus cortadores de relva, ficou-se pelos 23399 pagantes nos 17 jogos (1376 de média). Quanto ao Arouca, chegou ao total de 23968 pessoas (1470 de média), e o Estoril ficou por 24143 (média de 1420 espectadores por jogo em casa). São os 4 emblemas que não conseguiram sequer chegar a ter 25 mil interessados nos seus 17 jogos caseiros.
O desfiar da triste realidade continua: apenas os 3 grandes têm médias superiores, a 25 mil pagantes por partida. O quarto classificado da lista é o Vitória SC, que chega a 10768 adeptos em cada jogo disputado em Guimarães. Sporting CP ficou com uma média ligeiramente acima das 25 mil pessoas, FC porto com poucos mais de 31 mil espectadores e o Glorioso à beira dos 32 mil adeptos. Tudo isto numa época que ficou marcada pelo regresso do público aos estádios após a pandemia.
Resumindo, depois de três épocas de desilusão, os adeptos benfiquistas continuam a mostrar que são a maior força do clube. E que não têm comparação com o restante cenário de uma liga portuguesa sem expressão, gerida por mentes pequenas, mais preocupadas em manter o status quo do que em trazer credibilidade (e adeptos na bancada) aos jogos e às competições."

Ricardo Santos, in O Benfica

Rumo ao 38!


"Agosto é um mês de agradáveis tradições há um feriado no dia 15, as camisolas da selecção nacional invadem as ruas de Portugal com a chegada dos emigrantes e arranca a primeira jornada do campeonato nacional. A estreia de Roger Schmidt na Liga será diante do Arouca na Luz, o que significa que o roteiro das minhas férias no Algarve vai passar por Portimão, Albufeira, Vilamoura e Lisboa. Podia ser pior, se o sorteio inaugural - apesar de eu até ser um acérrimo fã dos pastéis de chaves.
Quanto aos restantes jogos, não há surpresas haverá uma deslocação a Arouca na segunda volta e 32 duelos contra as restantes 17 equipas da Liga com um jogo fora e outro em casa. Esta é a perspectiva do meu pai, cuja sobriedade com que olha para o sorteio do calendário desportivo demonstra que a vida dele podia ser bem mais feliz. Já eu, percorri 15 vezes as 34 jornadas de uma ponta à outra e fui prevendo diferentes cenários. Como sou um gajo positivo, mas comedido e de pés bem assentes no chão, em todas as previsões imaginava o mesmo desfecho: o mister Schmidt em tronco nu e uma cerveja em cada mão, de braços no ar e às cavalitas do presidente Rui Costa a caminho do Marquês. Obviamente, com um rodapé da CMTV a dar conta da enorme insatisfação de Roger Schmidt, porque o homem preferia as cavalitas do Luisão para ficar ainda mais alto e com a melhor visão possível para a festa nas ruas da cidade. Depois da minuciosa e exaustiva análise que fiz à nossa equipa, isto é, depois de assistir ao treino aberto, o meu entusiasmo não podia ser maior. Espero que um dos sistemas táticos seja o passem-a-bola-ao-neres."

Pedro Soares, in O Benfica

Bancadolândia


"Mas que boa Onda!
Com uma assistência à Benfica no treino aberto realizado no Estádio da Luz no primeiro domingo de Julho (23470 espectadores, número que constitui um recorde na Catedral neste género de eventos), recolheu-se uma amostra já substantiva da expectativa gerada pela nova era no Clube e também do entusiasmo proporcionado por traços futebolísticos que prometem vincar-se na equipa que está em processo de moldagem e de caracterização pelas ideias do treinador Roger Schmidt. Fora e dentro do relvado, a energia e as boas vibrações desafiaram-se positiva e mutuamente, como par que, à desgarrada, prenuncia um casamento feliz. Estamos no início do ano desportivo, é verdade, mas o reforço dos sinais de exigência, de qualidade de intensidade é galvanizador e, por este caminho, muitas enchentes e muitos mais banhos de benfiquismo vão voltar a tomar conta do mapa do futebol português (e não só). No dia em que os Sócios e adeptos se 'apresentaram' a Roger Schmidt e, em particular, aos novos rostos do plantel, a Onda Vermelha entoou e afirmou que está de volta para ganhar.

Ambição a ferver
O ponto final na época das equipas seniores das cinco modalidades de pavilhão foi dado sobre rodas e com brilhantismo no Seixal, onde o colectivo feminino liderado por Paulo Almeida celebrou o sucesso na prova-rainha do hóquei nacional no domingo, 3 de Julho. Contabilizando-se em conjunto os êxitos obtidos nos dois géneros, o Benfica encerrou a temporada 2021/22 com um pecúlio de 17 troféus amealhados: 5 no basquetebol, 4 no hóquei em patins, 3 no voleibol, 3 no andebol e 2 no futsal. Uma média superior a três conquistas por modalidade, ou seja, um saldo positivo nas contas de somar do ecletismo, mas que o Clube tem condições (e ambições comprovadas) para tornar mais expressivo em 2022/23. As movimentações de mercado, com saídas, renovações/prolongamentos de vínculos e contratações, já fervem e, apesar de ainda estarmos no início do defeso, prometem muitas, boas e sensacionais notícias em todas as frentes. O nível, estimamos, vai subir. È o que se quer."

João Sanches, in O Benfica

Esperança...


"Não tenho memória de ver tanta gente num simples treino. Quase 25 mil adeptos deslocam-se ao Estádio da Luz no passado domingo, apenas para sentir de perto o regresso dos seus ídolos ao trabalho. Tratou-se de uma enorme manifestação de benfiquismo, mas também de um poderoso sinal de esperança face a uma temporada futebolística que terá de ser melhor do que a anterior - nomeadamente no que diz respeito às competições nacionais.
A contratação de um novo e prestigiado técnico marca um ponto de viragem, e o mercado tem trazido boas notícias, com a integração de jogadores de qualidade insuspeita.
As expectativas estão elevadíssimas. E no Benfica, é isso mesmo que se pretende.
Infelizmente, o entusiasmo arrefece logo que nos lembrarmos das obtusas arbitragens que marcaram o último campeonato, e que nos subtraíram cerca de uma dezena de pontos na tabela final. Se nada mudar na arbitragem, não nos bastará ser melhores do que os adversários. Teremos de ser muito melhores.
E se o Benfica parece, de facto, estar a mudar, contratando um bom treinador e reforçando-se com bons jogadores, já quanto aos árbitros temo seriamente que tudo continue na mesma.
Cabe-nos estar precavidos, ser vigilantes e denunciar, desde a primeira hora, toda e qualquer situação susceptível de nos prejudicar. Não podemos tolerar outro campeonato como o anterior, subvertido jornada após jornada por árbitros e vídeo-árbitros sem qualidade nem isenção.
Se não houver seriedade, todo este investimento do Benfica irá para o lixo. Esse é o meu maior receio, e o motivo pelo qual a palavra esperança ainda leva reticências."

Luís Fialho, in O Benfica

Futebol e Cidadania


"Futebol é sempre futebol e é isso que atrai os jovens. Mas o que aconteceria se cada jornada metesse no mesmo saco o que se passa no campo e fora dele? Se a comunidade fosse um objetivo em si mesmo, também ele medido em pontos e capaz de trazer satisfação, realização pessoal e prestigio social aos jovens? Bom, se fosse assim, o futebol seria bem mais que futebol e não perderiam nada, nem a competição nem o futebol em si, apenas ampliariam a sua importância e os seus impactos.
É isso mesmo que se passa no Community Champions League, envolvendo uma cidade inteira e grande como Lisboa, com jovens dos bairros de onze freguesias a aceitarem o duplo desafio da competição futebolística e da acção comunitária. O mesmo é dizer: do Futebol e da Cidadania. os atrativos são imensos e em grande estilo com o Benfica e outros grandes clubes europeus a dar dimensão internacional e brilhantismo à participação, coroando de louros a vitória.
É a sério, grande e bom: é Benfica e por isso mobiliza, aproxima e transforma. Por isso educa e constrói cidadania a partir de uma simples bola!"

Jorge Miranda, in O Benfica

Núm3r0s d4 S3m4n4


"4
Portugal sagrou-se vice-campeão europeu de futsal (feminino), perdendo o título no desempate por penáltis. Na final foram 4 as jogadoras do Benfica em acção (Ana Catarina, Inês Fernandes, Maria Pereira e Sara Ferreira);

8
Mais uma época extraordinária do Benfica na vertente feminina do hóquei em patins. Depois da Supertaça e do Campeonato, a 8.ª Taça de Portugal do palmarés benfiquista, perfazendo mais um triplete;

19'63''
O nosso atleta Reynier Mena percorreu os 200 metros em 19,63'', uma marca nas dez melhores de sempre na especialidade;

37
O Benfica foi campeão nacional de futebol 37 vezes e consta 37 vezes como campeão no palmarés oficial do Campeonato Nacional. Tal não seria mencionável em circunstâncias normais, mas trata-se do futebol português;

65
Henrique Vieira, uma das maiores figuras da história do basquetebol benfiquista, faleceu aos 65 anos. Em 11 temporadas, ajudou o Benfica a vencer 7 Campeonatos Nacionais (só Carlos Lisboa, 10 e Mike Plowden, 8, ganharam mais). 1 Taça de Portugal, 1 Taça da Liga e 1 Supertaça. É o terceiro com mais jogos pela equipa de honra do Benfica, superado apenas por Carlos Lisboa e José Alberto, e um dos melhores marcadores de sempre de águia ao peito. Como treinador, em 5 épocas, venceu 2 Campeonatos, 1 Taça Hugo dos Santos, 2 Supertaças, 2 Troféus António Pratas e Supertaça Luso-Angolano;

23470
A maior assistência de sempre a um treino neste estádio da Luz aconteceu no domingo. Foram 23470 os espectadores presentes, numa tarde repleta de benfiquismo e durante a qual se começou a forjar o simbiose entre plantel e adeptos na perseguição do 38.º título nacional."

João Tomaz, in O Benfica