quinta-feira, 9 de junho de 2022
Orçamento para 2022/23 aprovado por larga maioria
"Reunidos em Assembleia Geral na noite de quarta-feira, 8 de junho, no Pavilhão n.º 2 da Luz, os Sócios do Sport Lisboa e Benfica deliberaram e aprovaram, por larga maioria, o orçamento ordinário de exploração e de investimentos e o plano de atividades, elaborados pela Direção do Clube, para o exercício de 2022/23.
RESULTADOS DA VOTAÇÃO
Sim 74,52%
Não 18,81%
Abstenção 6,67%
Número total de votantes 749
Com ponto único na ordem de trabalhos, a reunião magna principiou com o Presidente Rui Costa a dirigir-se aos associados, num discurso que pode ler aqui na íntegra...
INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE RUI COSTA
"Exmo Senhor Presidente da Assembleia Geral; Exmo Senhor Presidente do Conselho Fiscal; caros colegas de Direção e demais Órgãos Sociais do Sport Lisboa e Benfica; caros consócios...
Gostaria de fazer uma muito breve introdução antes de passarmos à apresentação do orçamento. É com orgulho que me apresento perante vós na minha primeira Assembleia Geral de aprovação do orçamento como Presidente eleito do Sport Lisboa e Benfica.
Um orçamento que expressa equilíbrio e uma enorme vontade de vencer. Um orçamento que traduz um forte aumento do investimento nas modalidades e futebol feminino, com o objetivo de reforçar o que de bom fizemos e melhorámos este ano, mas que ainda está longe daquilo que todos nós ambicionamos.
A época não terminou, há ainda sete títulos em disputa e, com o apoio dos nossos Sócios e adeptos, estou certo de que saberemos elevar o nome e tradição do Sport Lisboa e Benfica.
Devo aqui expressar a minha gratidão pelo vosso apoio nos pavilhões ao longo dos últimos meses. Hoje assistimos a uma dinâmica nos pavilhões a que já não assistíamos há algum tempo. Abrir os pavilhões aos associados revelou-se ser uma medida acertada e com grandes benefícios para o Clube e para os Sócios, motivo pelo qual será para manter na próxima época. Com mais adeptos nos pavilhões, as nossas equipas têm mais possibilidade de vencer.
Independentemente dos títulos e vitórias, nunca nos poderemos desviar de uma verdade essencial: são os Sócios a alma e a força deste Clube.
Este é um orçamento que procura também ir ao encontro das suas ambições, aproximando ainda mais o Clube dos Sócios.
Um exemplo claro é aquilo que vem sendo planeado para as Casas do Benfica, às quais gostaria de deixar um público reconhecimento pelo extraordinário trabalho que desenvolvem.
Por fim, não posso estar perante vós e – embora não esteja no perímetro deste orçamento – não deixar uma palavra sobre aquilo que é o coração do Clube, o Futebol.
Foi um ano que ficou aquém das expectativas e sou o primeiro a assumir essa responsabilidade.
Não tivemos a nível interno a mesma excelência demonstrada no plano internacional onde, passados seis anos, voltámos aos quartos de final da Liga dos Campeões e os nossos jovens conquistaram pela primeira vez a UEFA Youth League.
Sabíamos que não ia ser um ano fácil. Foi um ano que ficou abaixo dos pergaminhos que o Benfica exige. Não estou satisfeito e sei que nenhum de vós estará.
Por esse motivo, iniciámos já uma alteração na estrutura do futebol e escolhemos um treinador que mudará o paradigma do que pretendemos para o futuro, com o objetivo de tornar a equipa cada vez mais competitiva, sendo certo que a formação, como tenho dito, ocupará sempre um lugar especial na definição do plantel.
Caros associados, após apresentação do orçamento, que se segue, estaremos disponíveis para esclarecer todas as vossas questões num ambiente à Benfica, com a exigência, o respeito e elevação que o Clube merece.
A maior alegria que poderei ter enquanto Presidente do Sport Lisboa e Benfica é que todos e cada um de nós tenha, em todas as circunstâncias, orgulho do Clube que tanto amamos.
Viva o Benfica!""
Devia acontecer mais vezes...
Continuem a bater no Benfica e é isto que acontecerá todas as semanas!
Quem com ferros mata, com ferros morre!
Excelente medida.
CARREGA BENFICA! 🔴⚪️"
19+04 = Et Pluribus Unum
"Esta é a terceira vez que tenho a oportunidade de falar numa Assembleia Geral, é a terceira vez que tenho o privilégio de participar num momento maior do Sport Lisboa e BENFICA.
Não duvidem que participar, votar ou falar numa AG são momentos fundamentais do Benficar e são gestos da maior importância no associativismo que nunca nos irão roubar. E mesmo que alguns reles sucessores de Borges Coutinho se tenham atirado a pescoços de consócios, se distraíssem no telemóvel ou nos insultem em programas que nada dignificam o clube, o Benfica será sempre nosso e faz-se nestas noites marcantes.
Desta vez, não falarei de tipos de benfiquistas nem da indústria alimentar portuguesa, desta vez venho falar de educação e formação.
Esta semana saiu uma notícia sobre as alterações previstas para os conteúdos programáticos de matemática. Parece que vamos ter um reforço da estatística, probabilidades e que temos de trabalhar para melhorar a literacia financeira. Digo já que concordo. Acho fundamental e urgente.
Veja-se a forma como tantos portugueses não percebem porque lhes sobra tanto tempo no final do dinheiro. Ou como não percebem como funciona a inflação dos tomates Guloso ou dos laterais menos apetitosos. Mas também não percebem como se paga tanto por jogadores que são a custo zero. Sim, os benfiquistas, tal como os portugueses precisam de mais literacia financeira para perceber a criatividade financeira de alguns camisolas 10, que não o presidente.
Se soubermos um pouco mais de números talvez consigamos discutir que não chega ter mais 6,3% de crescimento de receitas no merchandising, rede de escolas ou casas do Benfica, que 10% das quotizações para as modalidades é bom, ou que estamos mesmo a precisar de uns NFTs jeitosos para começar a ganhar no tablet lá de casa.
O que devia ser evidente, é que precisamos sobretudo de fazer melhor. Temos de ser mais exigentes e mais certeiros. Não podemos continuar a falhar de baliza vazia e culpar os árbitros, a bola ou um presidente antigo — o Vale Azevedo, calma. Precisamos de investimento na equipa, melhorias no estádio, mas, sobretudo, de mais benfiquismo e benfiquistas.
Ganhamos quando somos exigentes e precisamos ainda de mais exigência quando não ganhamos — lembro, que no Benfica nunca se perde — e é por isso que é óbvio que precisamos de mais exigência e transparência. Algo que uma auditoria ou novos estatutos poderiam ajudar. E não é preciso ser professor de Matemática para saber isso.
Sim, precisamos de mais benfiquistas profissionais e de mais profissionais benfiquistas. Precisamos de acreditar, de confiar, de amar o clube sem reservas.
Precisamos de união e estabilidade, mas essa não se consegue calando a oposição ou desprezando aqueles fazem algo pelo clube.
Se querem um Benfica unido — sabendo que isso nos torna imparáveis — façam-nos sentir parte do nosso próprio clube. Não queremos ser clientes, queremos ser loucos da cabeça, uma extensão das camisolas berrantes em todos os estádios, pavilhões e cafés.
E, para não dizerem que isto são só palavras, fica a última equação para repetirem com os vossos filhos: 19+04 = Et Pluribus Unum."
Os 3 excedentários que o SL Benfica devia despachar
"Acrescentarias Alguém À Lista?
Todos os anos as equipas precisam de fazer uma espécie de limpeza ao plantel. O treinador tem de decidir quem quer manter no lote dos escolhidos e dispensar aqueles que ficam fora dos seus planos. A preparação desta temporada que se avizinha não será exceção.
Como dizia o célebre escritor inglês Aldous Huxley, “Todo o excesso traz, em si, o germe da autodestruição” e no SL Benfica há jogadores que se encaixam perfeitamente nesta frase. Para além de não fazerem parte das opções de Roger Schmidt, em nada contribuem para o ambiente que se vive no balneário. Se for preciso chegam mesmo a prejudicar a equipa e até mesmo eles próprios.
Posto isto, decidi eleger o top 3 de jogadores excedentários que os encarnados deviam despachar neste mercado de verão, tendo em conta oportunidades e prestações que tiveram dentro das quatro linhas e as restantes opções existentes para esses lugares.
1. Seferovic
Para muitos esta escolha de Seferovic para este top pode ser uma surpresa, mas acho que o suíço já não tem lugar no plantel das águias. Apesar de estar na equipa desde 2017 e de ter contribuído muito para algumas conquistas do clube, o avançado teve poucas oportunidades nesta época. Esteve praticamente todo o tempo lesionado, mas as opções que os treinadores escolheram para o substituir renderam e bem.
Não podemos esquecer que ainda realizou 10 jogos, tendo marcado três golos e feito duas assistências. No entanto, ter jogadores como Gonçalo Ramos; Yaremchuk; Peter Musa, que chegou à Luz em maio com o propósito de representar as águias em 2022/23, e sobretudo Darwin, que para todos os efeitos ainda não saiu do clube, como concorrentes dificulta e muito a manutenção e a aposta no suíço para a próxima temporada.
Não me esqueci de Rodrigo Pinho. Uma lesão grave bateu-lhe à porta no início da época e, consequentemente, não teve oportunidades suficientes para se mostrar. Por isso, a temporada 2022/23 deve contar com o jogador. Seferovic não deve entrar no leque dos escolhidos de Roger Schmidt e até há quem aponte a liga alemã como principal destino do jogador de 30 anos.
2. Pizzi
O médio de 32 anos, que chegou ao SL Benfica em 2013/14, protagonizou um dos momentos mais tensos vividos esta temporada, na Luz. Para muitos, Pizzi merece um especial agradecimento por ter estado na origem do despedimento de Jorge Jesus.
No entanto, para os adeptos encarnados está na hora de Pizzi rumar a outro destino. Depois de 360 jogos, 94 golos e 96 assistências, o português, natural de Bragança, teve bilhete direto, ainda que em forma de empréstimo, para a Turquia.
Representou as cores do Basaksehir FK em 10 jogos. Foram 256 minutos de jogo pelos turcos, que contaram com um golo, apontado na estreia, e uma assistência. Não obstante, o regresso à Luz deve ser por pouco tempo, até porque é um dos jogadores com o salário mais alto.
A imprensa tem apontado como destinos para o médio a Arábia Saudita ou os Emirados Árabes Unidos. O Médio Oriente será, muito provavelmente, onde se encontra o futuro do jogador, que termina o contrato com as águias em 2023.
3. André Almeida
Esta escolha não foi surpreendente para ninguém. Acho que é praticamente unânime a opinião de que o lateral direito português, que representa o SL Benfica desde 2011, já não tem lugar no plantel. Para além de já ter uma certa idade, 31 anos, a verdade é que, neste caso, a expressão “quanto mais velho, melhor” não se aplica.
Ninguém lhe tira os 308 jogos, 11 golos e 41 assistências ao serviço das águias, nem os troféus conquistados durante estes anos todos. No entanto, André Almeida já não consegue render em campo, como outrora conseguia. Para além das lesões que já sofreu, já não tem o mesmo ritmo de jogo nem a mesma qualidade.
A juntar a isto temos o leque de opções que podem render ao português: Gilberto, que foi uma das maiores surpresas desta temporada; Valentino Lazaro, que teve bastantes oportunidades e até mesmo Diogo Gonçalves, que também pode desempenhar a função de lateral direito. Sem esquecer que Alexander Bah também já é reforço das águias para a época 2022/23."
Mais investimento nas modalidades
"O destaque desta edição da News Benfica vai para a Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica agendada para esta noite e para a posição do Clube relativamente à divulgação dos áudios das comunicações entre membros das equipas de arbitragem.
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Hoje, às 20h30 (segunda chamada às 21h00), no Pavilhão n.º 2, realiza-se a Assembleia Geral para apresentação, discussão e votação do orçamento do Sport Lisboa e Benfica para 2022/23. Destaque para o aumento de cerca de 14,5% do investimento nas modalidades. Consulte a proposta de orçamento aqui. Participe!
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Não faz sentido a aprovação de medidas que se sabe chumbadas de antemão na instância relevante. O Benfica é, como anunciou e reiterou várias vezes, completamente favorável a todas as medidas que promovam a transparência, nas quais se inclui a divulgação dos áudios das comunicações das equipas de arbitragem, nomeadamente com o VAR.
Mas esta medida indispensável tem, necessariamente, de ser iniciada através do Conselho de Presidentes, cuja reunião o Benfica proporá com caráter de urgência para interpelar a FPF e assim se esclarecer, cabal e definitivamente, junto das instâncias internacionais, qual o âmbito da divulgação possível de tais áudios.
Seremos sempre a favor da revelação pública dos áudios do VAR, queremos a sua aplicação o mais breve possível, mas queremos também que o processo seja bem-sucedido e cumpra todos os trâmites necessários.
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Estamos a uma vitória do título no basquetebol. Na Luz frente ao FC Porto, com a ajuda impressionante dos Benfiquistas presentes nas bancadas, obtivemos dois triunfos que nos deixam a um passo de regressarmos ao topo da modalidade. O terceiro jogo é no Dragão Arena, quinta-feira, às 18h00.
No hóquei em patins, ontem perdemos, por 4-2, no Pavilhão Rocha. A eliminatória está 2-1, a favor do Sporting, e o próximo jogo é na Luz, sexta-feira às 17h00.
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O dinamarquês Alexander Bah é a mais recente contratação para o plantel da equipa de futebol. Conheça as primeiras declarações do reforço.
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O Benfica é o primeiro clube português a lançar um fan token na app Socios.com, aplicação líder mundial de tecnologia blockchain de interação de fãs e prémios, com mais de 150 parceiros, entre as quais as maiores organizações desportivas a nível mundial, da Premier League à NBA e outros. Saiba mais, aqui.
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O projeto social AMINGA, criado por Betinho Gomes, basquetebolista do Benfica, e Sofia Ramalho, nossa antiga basquetebolista, e que tem como embaixador, neste ano, o capitão da nossa equipa de andebol, Paulo Moreno, é apoiado pela Fundação Benfica e dedica-se a auxiliar crianças desfavorecidas em Cabo Verde. Veja a reportagem da BTV."
A desmistificação da "profissionalização" de Luis Filipe Vieira
"1. O ex-presidente do Sport Lisboa e Benfica concedeu uma entrevista programada num canal televisivo de grande audiência para expressar as suas opiniões sobre a atualidade benfiquista.
Está no seu pleno direito.
Entre os temas abordados, criticou abertamente uma proposta de alteração estatutária, apresentada há mais de 2 meses à atual Direção, que permitiria remunerar os órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica.
Sublinhou Luis Filipe Vieira que se trataria de um retrocesso, pois seria contrária à profissionalização do Clube que ele implementou e que os membros da Direção não devem intervir na gestão, quando muito fiscalizar se e quando chamados a essa função…
2. Ora bem, este tipo de afirmações acabam por não ser devidamente contraditadas, neste género de entrevistas, ficando no ar dúvidas que podem prejudicar, gravemente, o presente e futuro do Clube, como tantas vezes o prejudicaram desde que os "profissionais" da "profissionalização" tomaram o controlo do futebol benfiquista.
Os nomes mais visíveis da dita profissionalização, além do próprio Luis Filipe Vieira, são Domingos Soares de Oliveira, Miguel Moreira e Paulo Gonçalves.
Além de terem em comum o exercício prolongado de funções no Sport Lisboa e Benfica (entre 10 a 20 anos) com condições estatutárias e salariais muito acima da média, em padrões comparativos nacionais e internacionais, têm algo mais em comum: todos foram constituídos arguidos por motivos relacionados com a atividade profissional que exerceram no Benfica. Três deles cessaram antecipadamente funções após avaliação da consistência dos indícios imputados. Resiste Domingos Soares de Oliveira.
Ou seja, perante estes factos a profissionalização defendida por Vieira não é sinónimo de garantias de "compliance", reforço ético ou boas práticas empresariais.
3. Com esta constatação chegamos rapidamente a outras que põem em causa essa fé na "profissionalização", mesmo em termos de gestão de processos estratégicos.
Foi anunciado por Luis Filipe Vieira que a OPA seria o marco estratégico que consolidaria, no Benfica, um modelo de gestão similar ao Bayern de Munique, sinónimo de sucessos continuados.
Então, porque é que a OPA falhou? Porque o pedido de registo foi indeferido pelo regulador do mercado de capitais, a CMVM, fundamentando-se "na existência de um vício que afeta a legalidade da oferta, decorrente da estrutura de financiamento da contrapartida". Em causa estaria a verificação "que os fundos que o Oferente pretendia utilizar para liquidação da contrapartida tinham, de forma não permitida pelo Código das Sociedades Comerciais, origem na própria Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD, sociedade visada por esta Oferta Pública de Aquisição". Explicitou, ainda, a CMVM que os termos legais impedem uma sociedade de "conceder empréstimos ou por qualquer forma fornecer fundos ou prestar garantias para que um terceiro subscreva ou por outro meio adquira ações representativas do seu capital".
Pelo meio demitiram-se o Presidente do Conselho Fiscal e o Presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Resumindo, a equipa profissional não soube planear, instruir e concretizar uma OPA, nem dispondo de milhões de euros para contratar os serviços de suporte e optou por não respeitar os órgãos sociais do Clube gerindo "à socapa" este assunto no seio do Sport Lisboa e Benfica.
4. Outro "dossier" que levaria à destituição de qualquer equipa de gestão profissional é o da contratualização do "naming" do estádio da Luz.
Remontam a 2005 as primeiras notícias sobre a intenção de angariar mais receita com a cedência do nome do nosso estádio. Na altura avançavam-se valores na ordem dos 3.000.000 milhões/ano. De conversa em conversa, o Benfica precisou de cerca de 15 anos para concluir que seria melhor intermediar a operação – técnica comercial tão querida no universo profissional benfiquista - com uma operadora especializada em marketing internacional. Em síntese, o Benfica em quase 20 anos de estudo e análise do tema, nunca angariou um cêntimo e poderá ter desperdiçado uma receita direta entre 40.000.000 a 50.000.000 de euros, sem contar com receitas indiretas de projeção e associação de imagens. A apregoada internacionalização não passou por aqui, não sabemos onde estacionou.
5. Outra das expressões da incapacidade da gestão profissional diz respeito às próprias instalações do estádio da Luz. Parte delas ainda não se encontrava legalizada em 2015 (áreas comerciais de 3.453 m2, bilheteiras, instalações de apoio ao campo de treinos e serviços complementares à atividade desportiva, "no total de 9.111 m2), apesar de terem sido construídas em 2003/2004. Sucede que o Benfica anunciou - mais um anúncio - que pretendia construir um piso sobre construções existentes, para ampliar os balneários do campo de treinos, os serviços do museu, instalar a fundação Benfica e serviços administrativos, numa ampliação de 10.798 m2. Mas como não tinha as anteriores construções legalizadas - e foi confrontado com o risco de liquidação adicional de taxas urbanísticas - optou por nada fazer, nem quanto à legalização das construções antigas, nem quanto às novas. Manteve-se tudo como estava. Onde está a eficiência desta gestão profissional? Na gaveta para onde foram atirados estes projetos.
6. Poderíamos continuar a expor situações de mau desempenho, promessas várias, anúncios populistas, como a reação mediática aos crimes informáticos cometidos contra o Benfica, incapacidade de intervenção associativa junto das federações e da Liga de Clubes de Futebol Profissional. Temas mais que esgotados.
7. Centremo-nos, para concluir, na gestão do futebol profissional.
Contabilizando desde 2001 até 2021, temos José António Camacho (1 taça de Portugal), Trapattoni (1 campeonato), Ronald Koeman (1 supertaça), Fernando Santos, José António Camacho, Fernando Chalana, Quique Flores (1 taça da liga), Jorge Jesus (3 campeonatos, 1 taça de Portugal, 5 taças da liga, 1 supertaça), Rui Vitória (3 campeonatos, 1 taça de Portugal, 1 taça da Liga, 2 supertaças), Bruno Lage (1 campeonato, 1 supertaça), Nelson Veríssimo, Jorge Jesus.
Qual o fio condutor entre estes diferentes projetos? Nenhum. Mudaram-se treinadores no início de época, contrataram-se treinadores com outros em funções, pagaram-se salários a treinadores após a cessação do contrato, regressou um treinador que insultou o clube e os seus adeptos. Tudo acontecia em função da pressão mediática e da oscilação de humor dos adeptos nas bancadas. A propalada recusa da gestão de "fora para dentro" foi o que sempre aconteceu na verdade. Com uma única exceção: a continuidade de Jorge Jesus na época de 2013/2014. As dificuldades de tesouraria tão invocadas para explicar o fraco pecúlio entre 2001 e 2013 não resistem a uma análise comparativa. Um concorrente com limitações impostas pela UEFA e outro saído de uma crise institucional sem precedentes obtiveram sucessos rápidos, num período em que o Benfica nadava em dinheiro.
A causa mais direta da maioria dos insucessos do Benfica neste período, que superam largamente os sucessos, está na errática política de aquisições de jogadores e na oscilação entre apostas e desinvestimentos na formação.
Vimos Luis Filipe Vieira e Rui Costa fotografarem-se com jogadores contratados sem qualquer perfil técnico, ou percurso profissional para vestirem de vermelho e branco. Alguém se lembra de Cabral, Fuchs, Bonfim, Neles, Thornton, Zé Rui, Quesnel, Fausto, Inzaghi (da Ovarense), Francisco Fonseca, Jaílson, Balboa, Patric, Leandro, Élvis, Fernández, Michel, Nuno Coelho, Da Silva, Cortez, Candeias, Djaló, Farina, Celis, Pedro Nuno, Benitez, Agra, Lema, Cádiz, Todibo…?
Com estes chegaram muitos outros que tanto elevaram o nome do Benfica, assim como os salários e comissões pagos, mesmo quando, em algumas situações, a contratação era assumida diretamente pelos serviços do Clube. Mas se chegaram também saíram, quase que empurrados, para a estrutura atingir objetivos financeiros em claro prejuízo do desempenho desportivo. Saíram jogadores e muito profissionais competentes, desrespeitados com as condições salariais insuportáveis, especialmente quando comparadas com os valores pagos na "bolha" da presidência.
O balanço das receitas pode ser financeiramente interessante apesar de a redução do passivo só ter ocorrido, substancialmente, com a antecipação de receitas da cedência de direitos televisivos.
Mas o que pretendo destacar é que o Seixal, tem sido muito mais fonte de receitas líquidas do que de proveitos desportivos. Já para não falar em fábrica de prendas para intermediários. Veja-se a troca dos 126.000.000 de João Félix pelo SUV de jogadores contratados a preços ao nível dos mercados espanhol e alemão (Raul de Tomás e Weigl) e pelo insano investimento de 100.000.000 euros com o regresso de Jorge Jesus. Com essa ilusão de riqueza vieram, também, renovações de contratos milionárias para jogadores que deixaram de ter rendimento desportivo (Pizzi, Seferovic, André Almeida).
Será, pois, caso para dizer que o insucesso dos últimos 5 anos, após a aposta em Tiago Pinto, é fruto da ausência de critérios sustentáveis de gestão – a política salarial durante a pandemia é mais um exemplo – e não refletem qualquer trabalho competente, como ontem disse Luis Filipe Vieira. Uma gestão profissional não demora mais do que dois anos a substituir Nelson Semedo, Renato Sanches, Gaitan, Sálvio ou Jonas. As suas memórias pairam nas tardes e noites do relvado do Estádio da Luz, onde se acumulam empates e derrotas que nos afastam dos títulos.
8. É, então, altura de afirmar que uma direção executiva, legitimada pelos sócios, benfiquista, presente, justamente remunerada, seria uma garantia de prevenção da repetição destes erros crassos. Luis Filipe Vieira e os que acompanham as suas ideias, que delas têm beneficiado e que ainda subsistem na administração da SAD do Benfica terão medo de provarem perante este modelo? Muito provavelmente."
Oito questões para amanhã
"A minha cidadania benfiquista rege-se por princípios bastante simples. Quando estão títulos em jogo, considero ter a obrigação de fazer o possível para defender o Benfica e tento contribuir para o seu sucesso com as ferramentas ao meu alcance. No entanto, quando a bola deixa de rolar nos relvados, acredito que é essencial olhar para dentro e fazer um balanço da época precedente, celebrando as nossas conquistas e diagnosticando os nossos insucessos.
Por estar ausente no estrangeiro, não irei à Assembleia Geral do próximo dia 8 (amanhã), mas deixo aqui as oito questões que gostaria de fazer, predispondo-me desde já a pagar uma rodada a qualquer bom samaritano que as possa colocar por mim.
1. Num clube com largos milhares de sócios a residir além-fronteiras, para quando a implementação de ferramentas que permitam assistir às Assembleias Gerais remotamente?
2. Quando será divulgada a auditoria forense prometida aos sócios? Enquanto não existe essa auditoria, o clube alterou preventivamente algum processo interno?
3. Porque motivo ainda não foi apresentada aos sócios a proposta de estatutos que foi entregue à direcção há quase três meses? Vamos ter novos estatutos este ano?
4. O acesso gratuito para sócios aos jogos das modalidades foi uma excelente medida. Qual foi o seu impacto no número de espectadores?
5. A conquista do campeonato nacional de futebol feminino no Estádio da Luz foi um dos momentos mais marcantes da época desportiva. Continuaremos a apostar em disputar os duelos chave do campeonato na Luz?
6. Qual o motivo para termos abdicado da época de futebol masculino em Dezembro? O que é que a Direcção faria de diferente se soubesse como a temporada terminou?
7. O clube anunciou um 'murro na mesa', mas tardou em cortar relações institucionais com quem procurava prejudicá-lo. Qual será a nossa postura na próxima época?
8. O Benfica assumiu um papel de liderança na importante luta contra o cartão do adepto. Para quando uma postura semelhante na questão da centralização dos direitos televisivos?
Depois de uma temporada que ficou muito aquém das expectativas, a AG não pode de trazer respostas claras para estas e outras perguntas. Afinal, quando se fala de dentro de campo, não se pode mesmo claudicar fora dele. Haja Benfica amanhã no pavilhão da Luz."
A dobrar!!!
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— SL Benfica (@SLBenfica) June 8, 2022
Pervis Estupiñán | O próximo defesa esquerdo do SL Benfica?
"Gostarias De Ver Pervis Estupiñan Na Luz?
O Sport Lisboa e Benfica está no mercado e tem os alvos bem definidos. A chegada do novo treinador, Roger Schmidt, indica que existirão muitas mudanças de forma a moldar o plantel a seu gosto. São esperadas muitas saídas, bem como algumas entradas para colmatar os lugares deixados em vago.
Ao que tudo indica, uma das posições que o clube encarnado tem estado mais alerta é no reforço daquela que tem sido um dos maiores problemas dos últimos dez anos. A lateral esquerda foi um problema desde a saída de Fábio Coentrão e a posição só ficou bem com a chegada de Alejandro Grimaldo.
Contudo, Grimaldo parece estar na porta de saída do SL Benfica ao fim de seis anos de águia ao peito. Ainda com um ano de contrato, a renovação parece estar cada vez mais distante e a saída do defesa espanhol parece ser a única opção.
Com vista a colmatar uma eventual saída de Grimaldo, o SL Benfica já identificou um possível substituto, o equatoriano Pervis Estupiñán.
O lateral de 24 anos atua no FC Villareal e assumiu-se como titular indiscutível da equipa espanhola tendo realizado 41 partidas e feito duas assistências para golo. Estupiñán fez uma excelente temporada ao serviço de Villareal CF e o seu valor de mercado está em alta, pelo que uma venda é bem vista pelos responsáveis do clube espanhol.
O Sport Lisboa e Benfica tem em vista a contratação a título de empréstimo com opção de compra, uma vez que uma compra a título definitivo significaria pagar uma verba a rondar os 18 milhões de euros.
A imprensa internacional indicia que o Villareal CF está disposto a deixar sair o seu lateral titular, até porque tem no plantel bastantes ativos para esta mesma posição e, por isso, vê com bons olhos a saída de Pervis Estupiñán.
Conhecido no seu país de origem como “a bala do Equador”, Estupiñán é bastante rápido e muito forte a pisar zonas mais avançadas do terreno, ainda que não seja um jogador com golo. Bastante competente no plano defensivo, é no ataque que mais se destaca e a sua capacidade de cruzar para a área torna-o numa ameaça para as defensivas adversárias.
Forte fisicamente e rápido, com e sem bola, é um lateral bastante interessante. Para além disso, tem uma capacidade de passe acima da média e creio que encaixava perfeitamente no SL Benfica. Esta será uma contratação com a aprovação de Roger Schmidt e, por isso, o clube estará mesmo a tentar levar a bom porto as negociações.
Pervis Estupiñán seria, de facto, uma opção bastante viável para substituir Alejandro Grimaldo na lateral esquerda encarnada, mas os valores de um possível negócio poderão ser um entrave nas negociações. Pagar 18 milhões de euros por um lateral é um valor um pouco irrealista para o Sport Lisboa e Benfica, contudo, um empréstimo pode viabilizar a transferência."