terça-feira, 1 de março de 2022

Fundação Benfica ajuda Ucrânia


"O Sport Lisboa e Benfica informa que tem vindo a preparar, através da sua Fundação, uma campanha integrada de apoio humanitário em prol do povo ucraniano.
Esta campanha, que prevê uma ampla mobilização nacional, contará com diferentes componentes e com um calendário previsto para atuar na assistência humanitária de emergência, mas também através de colaboração ao nível do acolhimento de refugiados.
Já a partir de amanhã, 2 de março, serão detalhadas as diferentes formas de ajuda a que os portugueses se poderão associar, ajudando o povo ucraniano em articulação com a Fundação Benfica. Contamos com todos!"

As 4 piores épocas da história do SL Benfica


"Recorda quatro das piores épocas do SL Benfica. Acrescentarias alguma?

O SL Benfica vive mais uma de muitas épocas conturbadas. As permanentes questões judiciais deixam cheiro nauseabundo na vivência encarnada e incomodam quem ainda tenta impor o mínimo de rigor competitivo.
Nos últimos cinco anos, um título de campeão nacional, e a certeza de que a espera continuará por mais uma temporada, já que 2021-22 não transparece grandes ambições de sucesso final.
A escapatória Champions parece esvanecer-se, apesar da boa réplica ao AFC Ajax – o resultado é curto para sonhar com a passagem aos quartos de final, se quisermos ser realistas. No ar pairam já novas sensações de fracasso, de inaptidão e de um distanciamento brutal para os rivais diretos.
O tetra alcançado a meio da década passada permitiu sonhar com outro SL Benfica. Muito mais próximo do dominador das décadas de 60, 70 ou 80, que do moribundo dos anos 90.
Apesar da discrepância de qualidade individual em relação a esse período de seca, o SL Benfica de 2022 está muito próximo a nível de resultados e do profissionalismo a nível diretivo.
Se quisermos eleger algumas das piores épocas de sempre do clube, vemo-nos confrontados por uma limitação cronológica que tira logo muita da piada intrínseca às aventuras de pesquisa histórica: das 15 piores épocas de sempre em termos de aproveitamento de pontos, 12 contam-se desde 1988. Mais: nove delas são desde 1995-96.
Desse período do ’Vietname’ são quase todas – 1996/97, 98/99, 99/00, 00/01, 01/02, 04/05, 05/06, 07/08. Todas com menos de 60% de vitórias. Claro que 2004-05 estará fora desta questão pela importância do título conquistado, 2005-06 idem pela caminhada europeia.
Outras, com aproveitamento pontual acima do estipulado, também foram ponderadas – 2010-11, pelos momentos de fraqueza perante o maior rival, ou 2020-21, pela dualidade entre maior investimento de sempre e resultados desportivos. Estão mencionadas mas não entram.
O objetivo foi perceber em qual das outras se atingiu o verdadeiro abismo. Tivemos em conta o contexto de cada uma, todos os desenvolvimentos, como foram planeadas e processadas as piores das piores. Aqui vão as nossas quatro épocas eleitas.

1. Época 2007/08
O quarto lugar final refletiu bem a instabilidade vivida pelo clube durante uma temporada com três treinadores, e pelo planeamento errático do plantel, que tinha perdido duas referências no Verão – Simão e Petit – e outras figuras influentes, como Micolli, Karagounis ou Manuel Fernandes.
Na tentativa de suprimir estas ausências, chegaram 18 (!!) atletas, na sua maioria sem qualquer capacidade de ajudar. No meio deles, chegaram Maxi, Di Maria, David Luiz ou Cardozo, mas não existiam ainda condições para se assumirem como preponderantes. Muito cedo.
13 vitórias apenas em 30 jornadas, com 13 empates e quatro derrotas a ditarem 52 pontos, que obrigavam a usar binóculos para conseguir ver o líder FC Porto, com 75. Quem aproveitou, foi o Vitória SC de Manuel Cajuda, que, nestas circunstâncias, alcançou o terceiro lugar e se classificou para a Liga dos Campeões.

2. Época 2001/02
O plantel do sexto lugar foi reformulado. O autor da revolução? Luís Filipe Vieira, no primeiro ano como diretor geral do futebol encarnado. Ao longo do ano, saem 15, entram 18. Na comunicação social falava-se de uma suposta dream team. Porquê?
À Luz chegavam, por exemplo, Mantorras – prodígio do Alverca -, Simão – flop em Barcelona -, Zahovic – finalista da Champions pelo Valência CF e moeda de troca por Marchena – ou Drulovic, o melhor servente do Jardel no FC Porto e que tinha sido dispensado dos dragões pela idade avançada.
Toni mantinha-se no comando apesar da derrocada do ano anterior, e antevia-se um SL Benfica bem melhor – o que não era difícil -, mas, acima de tudo, mais fiel aos pergaminhos do pré-1994.
Resultado final? Quarto lugar lugar, 12 empates e cinco derrotas em 34 jornadas, e eliminação na quinta ronda da Taça de Portugal, na primeira época de sempre sem competições europeias – o que exigia outro brio no ataque às competições internas.
Toni perdera a aura sebastiânica e sairia logo em Dezembro, sendo substituído por Jesualdo Ferreira, seu adjunto no último título de campeão.

3. Época 2000/01
Atente-se que a pior classificação de sempre foi capitalizada por dois erros de palmatória que se revelaram históricos – dispensa de João Pinto e impulsividade de parte a parte na rescisão do contrato de Mourinho – , gerados por uma instabilidade institucional sem precedentes.
O SL Benfica teve uma época com dois presidentes e três treinadores, 31 jogadores utilizados e um leque de contratações que misturou o muito bom – Van Hooijdonk ou Marchena – com a tendência duvidosa daqueles anos – Escalona e Dudic.
Ora, o mais que provável rebuliço final até estava longe de acontecer à 22ª jornada, quando o SL Benfica vinha de seis vitórias consecutivas e com a certeza de que se ganhasse ao Boavista FC na Luz, alcançava o primeiro lugar.
Houve 0-0 e ponto de viragem rumo às previsões mais comuns: até ao final, o SL Benfica perdeu seis e empatou quatro nos últimos doze jogos. Sexto lugar a 18 pontos do campeão Boavista FC. Ao todo, foram 40 jogos na totalidade da época.
Quantas vitórias? 17. No campeonato? 15. Um aproveitamento de 44%. Para melhor compreender o tamanho do fracasso, o SL Benfica de 2020-21 de Jorge Jesus fez 67%. O deste ano vai com 69%. Incomparável.
E para atestar a total degradação do futebol benfiquista, a percepção de que pela primeira vez desde 1957/58 o clube estaria fora das competições europeias: só lá voltaria em 2003.

4. Época 1999/00
Bem, ninguém diria que a segunda pior época de sempre se seguiria à contratação do treinador responsável pelo Real Madrid campeão da Europa em 1997-98.
Vale e Azevedo conseguira sacar outro coelho da cartola depois de Graeme Sounness, convencendo Heynckes a sair do período sabático e agarrar a oportunidade de recuperar um clube histórico.
Tarefa que se revelou impossível: a instabilidade era tanta, e a qualidade tão pouca, que nem o maior feiticeiro da tática conseguiria construir uma verdadeira equipa e prepará-la para resultados minimamente decentes.
Correu tudo tão mal que foi possível alcançar-se a maior derrota europeia de sempre e colocar a reputação do clube em mínimos históricos."

Devagar, devagarinho, mas não abuses Benfica


"Depois dos jogos com Ajax e Vitória, Bruno Vieira Amaral fala de um Benfica que aos poucos parece ir dando passos de convalescente, a comer caldinhos que é para lhe cair bem no estômago, com moderação. Mas alerta para a “complacência exagerada”

Devagar, devagarinho, lá vai o Benfica dando os seus passos de convalescente, a espreitar pela janela que é para ver se não se constipa, a comer um caldinho que é para lhe cair bem no estômago, tudo com moderação e sem entusiasmos precoces porque agora, neste estado, o que é preciso é não abusar, ir aos poucos, um dia de cada vez, de preferência sem fazer muito barulho, em pezinhos de lã, que é para os outros não darem por ele. Porém, cuidado com a complacência exagerada.
Por agora, tudo se aproveita e tudo se aplaude. O Darwin que vai disparado na lista do goleadores, os cruzamentos milimétricos de um Gilberto que não acertava um, a ressurreição de um tal Meité, o miúdo Ramos segundo avançado, terceiro médio e central nas horas vagas, as defesas providenciais de Vlachodimos que, de tão frequentes, já perderam o carácter milagroso e, domingo, até a entrada emocionante de Yaremchuk que, com lágrimas, agradeceu a homenagem sentida da bancada (o avançado ucraniano viu que os festejos por um golo soam de outra maneira; domingo ouviu uma salva de almas que não esquecerá).
O jogo contra o Ajax já tinha saído melhor do que a encomenda. Veríssimo, com ou sem bazófia, apanhou as expectativas estilhaçadas do chão, pôs-se a fazer remendos e ofereceu aos adeptos aquilo que, tendo em conta o ponto de partida, pareceu um recital, pelo menos na garra, na entrega e na vontade. É pouco? De barriga vazia cada migalha é um manjar. Os instrumentos não estão afinados, os músicos não tocam pela mesma pauta, mas já não se notou aquela resignação antecipada, aquele derrotismo cervical.
Como se costuma dizer, ninguém embandeirou em arco porque isto de inopinados restabelecimentos e fulgores súbitos às vezes trazem más notícias. E, ontem, se a aselhice de Estupiñan e a intrepidez de Vlachodimos não se tivessem juntado para proteger o Benfica nos minutos iniciais lá haveria mais uma semana de divã, de dúvidas existenciais, de “isto só a nós” para aqui e “assim não vamos lá” para ali. Depois, a equipa respirou fundo, agarrou-se ao corrimão, mandou duas batatas para o saco e “já me sinto um bocadinho melhor, obrigadinho.”
É óbvio que um clube como o Benfica, ou qualquer outro grande, não pode viver para sempre neste estado semi-competitivo, tenteante, não ponhas o pé em ramo verde, enquanto os adversários andam lá em cima, onde o risco é maior, sim, mas onde tudo se decide. Este limbo em que se festejam empates nas competições europeias e cada vitória é recebida com um suspiro de alívio e aplausos de incentivo como os que se dão aos convalescentes é uma realidade paralela da qual o Benfica tem de fugir o mais depressa que puder.
Mesmo com todos os problemas vividos nesta época, o maior erro será baixar a fasquia só para se festejar cada saltinho, cada passinho do menino que, coitadinho, está a aprender a andar. Que se reconheça a debilidade geral, está muito bem. Que se use tudo para dar injeções de ânimo, também é de louvar. Mas, vá lá, um bocadinho de tensão também não fica mal ou qualquer dia os jogadores vão com o pratinho da canja e a mantinha para os joelhos e o terceiro anel explode em aplausos só por entrarem em campo."

Futebol estruturado: teoria e prática


"Cada vez mais me convenço de que as escolhas dos jogadores definem tanto o pensamento de um treinador como o modelo de jogo que persegue. E que é muitas vezes na opção pelas individualidades que se faz o teste do algodão. No discurso todos manifestam ambição, vontade de repartir jogo e protagonismo, assumir iniciativa. Como nas palavras todos afirmam valorizar o talento, a qualidade com bola, a criatividade que acrescenta o inesperado. A verdade é que à vontade verbalizada de audácia sucede com frequência a concretização de abordagens tímidas e que a preferência propalada por criativos desemboca depressa em atletas sobretudo robustos e burocratas. Como dizia um velho sábio “a teoria na prática é outra coisa".
O Sporting entra em défice definitivo de criatividade quando lhe faltam Sarabia e Pote, sobretudo em simultâneo, como foi o caso do jogo na Madeira. Rúben Amorim ainda lançou Daniel Bragança, o médio que vê mais jogo com bola, mas a verdade é que, no caminho tático que definiu, Bragança só parece caber, pelo menos de início, quando falta algum dos mais talentosos à frente, com quem o seu jogar liga(ria) melhor. Não está em causa a opção no jogo com o Marítimo, natural e correta perante as ausências. Acontece que, com a estrutura sempre repetida, de três centrais e dois alas, sobram apenas dois lugares no miolo, quase dogmaticamente destinados a médios pressionantes e de grande disponibilidade física, o que faz com que Bragança parta da quarta posição entre os candidatos a essas duas vagas, após Palhinha, Matheus e Ugarte, e só raramente acrescente pausa e critério, que é o que faz mais falta ao futebol competente dos leões.
Antes do jogo frente ao City, quase todos agarraram na metáfora da primária e da universidade – jornalisticamente mais apetecível –, mas foi no resto da frase que Amorim deu mais uma prova de humildade incomum no futebol e sobretudo de inteligência, quando se afirmou, autocriticamente, um treinador muito estruturado, por comparação com a flexibilidade única do jogar de Guardiola. O diagnóstico teórico está correto, falta-lhe o ganho na prática. Trata-se, literalmente, de desestruturar, seja por via de posicionamentos diferentes ou de jogadores distintos. Ou ambos. Porque não é o treinador, é o jogar do Sporting que surge ainda muito estruturado, além de cada vez mais identificado pelos adversários. Se não mexer no sistema – a estrutura com dinâmica – dificilmente encontrará espaço para mais uma unidade ofensiva. Se mexer, pode perder em robustez defensiva o que ganhará em criatividade adiante.
Um pintor de paredes, mesmo se competente na arte, não arrisca pintar quadros a óleo. Do mesmo modo, só um jogador talento pode acrescentar algo inacessível a um profissional das rotinas. Rúben Amorim também identificou, na análise feita aos homens do City, a dificuldade em “tapar-lhes qualquer ideia, porque eles mudam”. Mudam precisamente por serem jogadores de inteligência e intuição e é com futebolistas desses que se conseguem equipas menos estruturadas e previsíveis. E não, não os há só a preços exorbitantes, que a qualquer escala se pode privilegiar um jogar de iniciativa e agrupar mais ou menos o talento disponível. Vejo o Marítimo parar o Sporting com a coragem tática de juntar no onze, e em simultâneo – o que só acontece desde que Vasco Seabra chegou –, Beltrame, Guitane e Xadas, além de Vidigal e Alipour. Do mesmo modo assisto a nova e eloquente prova de qualidade do Gil Vicente, mesmo com 10 quase o tempo todo no Dragão, a jogar, após a expulsão do médio defensivo, com dois criativos no meio, Pedrinho e Fujimoto, sem abdicar de qualquer dos atacantes, Léautey, Samuel Lino e Fran Navarro. Quando uma prática corajosa, que envolve treino e escolha dos jogadores, respeita uma teoria bem idealizada, o sucesso fica mais próximo. E não há ponta de romantismo nisto, que o Gil é quinto e o Marítimo já se colocou a um ponto apenas do sexto lugar. E o Paços de Ferreira, onde também já tanto mudou e melhorou, vem logo a seguir."

Coincidências. Meras coincidências. Não façam nada que não é preciso!


"“Todos os clubes top 6 da Liga, com exceção do SC Braga, jogaram mais de 40 minutos com -1 na deslocação ao Dragão para o jogo com o FC Porto.
Sporting - 51'
Benfica - 47'
Gil Vicente - 99'
V. Guimarães - 42'”

by O Fura-Redes"

A verdade a vir à Luz do dia


"Pedro Monteiro Fernandes, vice-presidente do Conselho de Justiça da AF Lisboa, numa publicação no Facebook, atacou o Canal 11 e apelidou o SL Benfica de «uma seleção de estrangeiros vestida de vermelho».
Estas declarações vergonhosas são de uma tremenda gravidade. Falamos de um sujeito do Conselho de Justiça da AF Lisboa que não consegue despir a camisola e tem o despudor de verbalizar uma diarreia destas. É absolutamente surreal.
Depois disto, podemos confiar no Conselho de Justiça da AF de Lisboa?
Ele, imparcialmente verde que é, não fara menção de uma clubite cega em cada caso desportivo que surja? Nunca julgará em causa própria?
Assim se entende a razão pela qual o Rocha, em 101 jogos pelo Sporting nunca ter sido expulso e no Benfica, em apenas 5 jogos, já ter sido expulso 2 vezes. Os organismos de justiça do futebol e modalidades estão totalmente minados.
Benfiquistão, dizem eles...

Post Scriptum - Mais imagens nos comentários."

Trova do vento que passa


"Pedimos por empréstimo a Adriano Correia de Oliveira o título para este artigo. Porque “Pergunto ao vento que passa / Notícias do meu país / E o vento cala a desgraça / O vento nada me diz.”
Fevereiro de 2022 trouxe-nos a morte de um adepto do Palmeiras, no exterior do estádio deste clube, aquando da final do Mundial de Clubes entre este e o Chelsea, em São Paulo. Fevereiro também nos trouxe a morte de um futebolista grego, de 21 anos, durante um jogo da 3ª divisão do futebol helénico, vítima de uma paragem cardíaca. Tal como nos trouxe, também na Grécia, a morte de um jovem adepto de apenas de 19 anos em confrontos ocorridos em Salónica…
Foi também em Fevereiro que, num jogo do escalão sub-21 entre o Grupo Desportivo Sobreirense e o União Mucifalense, da AF Lisboa, se verificaram comportamentos impensáveis no futebol nesta faixa etária: agressões violentas, enormes desacatos e 21 expulsões – sim, vinte e uma – no final da partida, talvez um reflexo do ocorrido entre os mais velhos no final do Porto-Sporting também neste Fevereiro. O que nos leva a uma interrogação: quais os resultados práticos da existência de um organismo denominado «Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violênia no Desporto» para além da campanha denominada «Violência Zero» lançada em de Abril de 2019?
Foi também neste mês que se realizaram os J. O. de Inverno em Pequim… uns jogos em que vimos uma patinadora com apenas 15 anos – a quem em Dezembro tinha sido detectado o uso de ‘doping’ – falhar uma medalha de ouro à qual era a principal candidata e quedar-se num quarto lugar. Curiosas as competências pedagógicas que a sua treinadora evidenciou no final dessa prova, pois ao invés de tentar consolar ou apoiar a patinadora – Kamila Valieva – revelou um comportamento completamente reprovável. Ficou célebre o “Por que paraste de lutar? Explica-me. Porquê?” Pedagogicamente condenável! Sim, falamos de Eteri Tutberidze. Uma produtora de talentos através de treinos que, em certos casos, vão até às 12 horas. Uma fabricante de vencedoras de medalhas de ouro através de crianças com 15 ou 16 anos mas que descarta aos 18, 19, 20 e 21. Algumas que regressam a casa com lesões para toda a vida. Que o digam Julia Lipnitskaia, Evgenia Medvedeva, Elizabet Tursynbaeva, Darya Usacheva ou Polina Shuboderova. Quando o treinador se centra apenas nas preocupações inerentes aos seus próprios objectivos pessoais, quando esses objectivos se centram na apresentação de um ‘curriculum’ e na obtenção de um ‘status’ elevado, quando a valência dos factores pedagógicos é suprimida no alto rendimento em favor única e exclusivamente dos factores lógico-objectivos, o desporto deixa de ser desporto e passa a ser apenas arte circense. O espectáculo assim o exige! Tal como o negócio… “O capitalismo transformou os Jogos olímpicos em vastas operações comerciais e feiras-exposições turísticas. Os Jogos modernos são os Jogos da mercadoria triunfante, as divindades não se chamam mais Zeus e Hera, mas Adidas e Coca-Cola ou Philips e Toyota” diz-nos Jean-Marie Brohm (1). Sacrifiquem-se os atletas, os competidores, os desportistas, mas haja lucro para as grandes marcas! E para o COI!
Fevereiro de 2022 trouxe-nos a UEFA a retirar a final da Liga dos Campeões da Rússia, a qual estava prevista para São Petersburgo. Tal como nos trouxe a FIA a cancelar o Grande Prémio da Rússia de Fórmula Um que se iria realizar em Sochi. E como nos trouxe, do mesmo modo, a FIJ a cancelar o Gram Slam de Judo agendado para Kazan. Este mês mostrou-nos também a UEFA a tentar uma rescisão unilateral do vínculo com a empresa de fornecimento de gás natural Gazprom e a Polónia a rejeitar defrontar a Rússia no ‘playoff’ de qualificação para o Mundial de 2022, afirmando a Federação Polaca de Futebol que não vai participar no "jogo de aparências" proposto pela FIFA. Decisões tomadas por motivos políticos, por motivos bélicos…
Fevereiro de 2022 mostra-nos decididamente a natureza humana. Bastará reflectirmos nestes factos ocorridos e nos contextos em que os mesmos se situam. O que é bem exemplificado no diálogo seguinte, entre a autora de um projecto para um programa audiovisual e um produtor televisivo (1):
“ – Isso é tão… nojento.
– Não, sabes o que é, querida? Natureza humana.
Os olhos dela faiscavam.
– Parece-me mais baixeza e ganância.
– Exato. Foi o que eu disse. Natureza humana.
– Isso não é natureza humana! É lixo!
– Deixa-me dizer-te uma coisa. O ser humano é apenas mais um primata. Talvez mesmo o mais nojento e mais imbecil. Essa é a realidade. Eu sou realista. Eu não criei a merda do jardim zoológico. Simplesmente ganho a vida à custa dele. Sabes o que faço? Alimento os animais.”
Bastará reflectirmos… porque o vento nada nos diz."

Mensagem do Presidente do Sport Lisboa e Benfica


"Celebramos hoje 118 anos de uma História gloriosa e magnífica. Uma História de conquistas memoráveis, de triunfos extraordinários, que transformaram o Sport Lisboa e Benfica naquilo que é hoje: um dos maiores clubes do mundo.
Mas se o Benfica "é maior que Portugal", no sentido de que vai muito para além das fronteiras do país e das vitórias alcançadas, é nos seus adeptos e, em particular, nos seus sócios que se encontram as razões para esse Benfica global.
A mística Benfiquista, que é única, tem alicerces bem sólidos nos valores que fundaram o Clube, no ecletismo, nas vitórias alcançadas, mas também numa massa adepta igualmente única, como ficou bem patente, uma vez mais, na Cerimónia de Entrega de Emblemas que decorreu no passado sábado.
Imbuídos de um enorme sentido de missão e responsabilidade, olhamos para o futuro com muita confiança. Confiança em vitórias e conquistas que continuem a escrever a ouro a nossa Gloriosa História. Confiança num Benfica à imagem dos seus fundadores e exemplar em todos os domínios. Confiança na união, na tranquilidade e na coesão necessárias para alcançar o que todos ambicionamos. Confiança no Sport Lisboa e Benfica.
Parabéns, Glorioso Sport Lisboa e Benfica!"