sábado, 26 de fevereiro de 2022

Intervenção do Presidente do Sport Lisboa e Benfica por ocasião da cerimonia de entrega de emblemas de dedicação


"Estádio da Luz, 26 fevereiro 2022
Caros membros de direção e dos órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica,
Caros antigos jogadores, que honraram a nossa camisola e que hoje nos enobrecem com a sua presença,
Caros associados, que hoje recebem as mais relevantes distinções pela sua ligação ao clube,
Caras e caros Benfiquistas, 
Nesta cerimónia de entrega dos emblemas de dedicação quero em primeiro lugar expressar-vos o enorme orgulho que sinto em estar entre vós e viver, enquanto presidente do nosso Sport Lisboa e Benfica, este dia tão especial de enorme Benfiquismo. 
Parabéns a todos os que hoje, a dois dias de completarmos 118 anos de uma história gloriosa, recebem a sua distinção por apaixonada e vibrante dedicação ao clube ao longo de 25, 50 e 75 anos. Uma salva de palmas para todos vós.
São momentos como este que nos testemunham a vitalidade e a grandeza do nosso querido clube, e que tanto nos enchem de vaidade. 
Mas são também momentos como este, que aqui celebramos, aqueles que pela sua expressão de Benfiquismo nos convocam para o imenso sentido de missão e de enorme responsabilidade que representa liderar o Sport Lisboa e Benfica.
Caros Consócios, sou o primeiro a assumir a responsabilidade de não estarmos onde gostaríamos de estar.
Porque a exigência mínima no Benfica é vencer, gostaria que hoje, pudéssemos viver este momento em circunstâncias desportivas diferentes. Mas sou também o primeiro a reconhecer que esta época está aquém daquilo que ambicionámos.
Percebo a vossa frustração porque ela não é diferente da minha. Antes de ser presidente, diretor ou jogador profissional, já vivia o nosso clube da mesma forma que vocês vivem: com intensidade, amor e uma vontade enorme de vencer sempre. Porque são esses os sentimentos que o Benfica desperta em nós.
Estive desde o início consciente de que esta temporada representaria um desafio enorme. Tudo apontava para aí. Aquilo por que passámos, e continuamos a passar, não antecipava tempos fáceis. E a realidade veio a prová-lo.
Passados vinte anos, o Benfica mudou de liderança. E naturalmente, essa mudança traz consigo a necessidade de algo que num clube como o nosso nem sempre é fácil se pedir e de se ter: TEMPO.
Tempo para reorganizar o clube à imagem da nova liderança, tempo para implementar ideias diferentes, tempo para alcançar a estabilidade que ambicionamos.
E é natural que assim aconteça. Seja no Benfica, seja em qualquer outra grande organização que passe por um processo semelhante.
Este foi um ano atípico. Um ano em que atravessámos profundas mudanças internas mas, também, fomos alvo de grandes interferências externas.
Caros Consócios, temos assistido ao longo das últimas semanas a uma erosão sem precedentes da reputação e da honra do Sport Lisboa e Benfica.
Mas quero deixar aqui muito claro perante todos: o que o Benfica conquistou, conquistou por mérito próprio. O Benfica quando ganhou, ganhou sempre porque foi melhor. Que não reste qualquer dúvida.
É com estranheza e sentida revolta que assistimos a uma asfixia mediática do Sport Lisboa e Benfica, numa depreciação sem paralelo da reputação do maior clube e da maior instituição desportiva em Portugal.
Estamos há seis anos a ser enredados numa devassa pública do Sport Lisboa e Benfica, seja por emails que nos foram roubados, seja por escutas telefónicas onde, em muitos casos, não se afigura qualquer relevância criminal. Deparamos, com justificada indignação, com uma sistemática violação do segredo de justiça, com prejuízo grave para a imagem e a credibilidade do Sport Lisboa e Benfica.
Os tempos que atravessamos, mais do que nunca, são por isso de união e confiança. Convoco aqui as sábias palavras do nosso antigo presidente Maurício Vieira de Brito: “Quanto mais querem atingir o Benfica, mais honradamente benfiquista me sinto".
Nunca como nos dias de hoje a nossa união, a nossa coesão, uma intransigente defesa dos superiores interesses do Sport Lisboa Benfica foi tão premente e tão decisiva.
União no apoio às nossas equipas e aos nossos atletas, em cada jogo, em cada campo, em cada pavilhão, espelhando o orgulho e a honra de ser benfiquista.
Coesão na defesa da nossa história, do nosso legado, da nossa grandeza, que se confunde com o nome de Portugal.
Estes são igualmente tempos desafiantes, de transformação e mudança para o futuro que pretendemos construir e sedimentar com vitórias e títulos.
Mudança que já começámos, que tem o seu tempo mas, estou convicto, nos levará onde ambicionamos. Mas, reafirmo, onde todos precisamos de dizer presentes. Juntos. Unidos. Porque, dessa forma, o futuro será nosso.
Uma última nota para o momento triste que vivemos por estes dias, com um conflito armado na Europa.
Quero expressar a minha solidariedade em nome do Sport Lisboa e Benfica ao povo ucraniano.
O desporto pode e deve ser um sinal de união entre os povos.
Aqui, no Benfica, sabemos bem o quanto isso é possível e o quanto pode representar. Aqui, atletas de nacionalidade ucraniana e russa envergam ao peito o mesmo símbolo e comungam dos mesmos valores: união, amizade, solidariedade e fraternidade. Comungam daquilo que eles, como nós, sem excepção, ambicionamos para todos os povos e territórios: PAZ.
Termino exaltando uma vez mais o vosso enorme Benfiquismo, evocando as palavras de Borges Coutinho neste dia tão especial: “a alma do Benfica sempre foi e sempre deverá ser a sua massa associativa”.
Viva o Sport Lisboa e Benfica."

Processar por processar !!!


"O Conselho de Disciplina que diz que, «não havendo dolo, a agressão não passa de uma tentativa», é precisamente o mesmo Conselho de Disciplina que agora instaura um processo disciplinar à SAD do Benfica por «ofensas à honra da arbitragem».
É caso para perguntar:
1. Essas ofensas provocaram dolo ou estamos na presença de apenas uma tentativa?
2. Honra da arbitragem? Qual honra?
Os agentes da arbitragem só se sentem lesados na honra quando é o Benfica a apontar-lhes o dedo, quando são os outros metem a viola no saco.
Relembramos que já se passaram 14 dias desde que o maqueiro Frederico Varandas criticou, de forma absolutamente corrosiva, a arbitragem do clássico no Dragão. Até ver, não lhe foi instaurado qualquer processo. Devem estar com medo dos dois juízes-conselheiros do Supremo, do procurador da República e do juiz-desembargador que o maqueiro se gabou de ter na sua lista.
Que degredo, senhor Alfredo!"

Empate em trás-os-montes!

Chaves 1 - 1 Benfica B
H. Pereira


Empate amargo, numa partida, onde fomos superiores durante a maior parte do tempo, mas acabámos por chegar à vantagem num momento onde o Chaves até estava melhor, aproveitando um contra-ataque rápido! Mas numa bola parada, acabámos por ceder o empate, pouco depois... Depois do 1-1, o adversário foi superior, e nos últimos minutos, o reaparecido Kalaica foi essencial a defender a nossa área no jogo aéreo!!! Mesmo assim, escandalosa a forma como o Umaro falhou o 1-2...!!!

Inacreditável a quantidade de porrada que o Henrique Araújo leva por jogo, impunemente... o autor do golo do Chaves, nem devia ter chegado ao intervalo!!!

Realço o desfalque da equipa: Tomás Araújo e Rafael Brito, provavelmente convocados para o jogo da equipa principal no Domingo.

Manita...

Braga 0 - 5 Benfica

Vitória clara, numa boa exibição, contra uma equipa que tem bons valores individuais, mas esta época (com o Joel e antes do Joel!) não consegue engrenar!

Com a 'quebra' de forma no pós-Europeu ultrapassada, parece que estamos no bom caminho... Com a integração do Rocha consolidada e sem lesões no plantel, as esperanças crescem... mas até hoje, apesar da goleada, os apitos voltaram a ser obstáculos absurdos!!!

Amanhã com o Azeméis é para ganhar...

Juniores - 3.ª jornada - Fase Final

Sporting 0 - 1 Benfica
Neves


Não fizemos um grande jogo, o Sporting até foi superior em vários momentos do jogo, mas ganhámos e somámos os 3 pontos...
Já com o Estoril na última jornada, apesar da goleada, podiamos e devíamos ter jogado mais...
Nestas 3 jornadas, temos demonstrando frieza e pragmatismo...

A aposta no nacional de Juniores, em detrimento da Liga Revelação, deve-se essencialmente à qualificação para a UEFA Youth League, com os 'reforços', esta equipa tem tudo para ser Campeã, os Corruptos serão seguramente os nossos principais adversários, mas podemos jogar mais!!!

VAR sob escuta


"O futebol tem uns assomos de modernidade esporádicos, na maior parte das vezes desmerecedores de entusiasmo pela habitual inacção resultante do ultraconservadorismo latente no 'Desporto-Rei'. Mas é justo reconhecer que, nos últimos anos, têm sido dados alguns passos contrários a esta característica tão vincada, abrindo-se novas perspectivas quanto a uma modalidade menos relutante ao progresso para além do comercial, motivado pela necessidade de maior facuração.
Serve esta introdução para me confessar entusiasmado pela possibilidade de ouvir, durante os jogos, a comunicação entres os elementos das equipas de arbitragem, de resto os elementos das equipas de arbitragem, de resto já há uns anos no basquetebol (NBA) e nas principais competições internacionais do râguebi.
Para já não passa de uma notícia sobre uma alegada petição oficial ao IFAB por parte da Federação Francesa de Futebol, mas já é um começo. E dou por mim a fantasiar um qualquer jogo normal da nossa liga...
VAR auxiliar - Não me digas que vai apitar.
VAR - Espero que não ou seremos obrigados a dizer qualquer coisa.
VAR auxiliar - Bolas, apitou mesmo. Dizemos alguma coisa?
VAR - Não sei. Vê-se claramente que não é falta, mas estamos no Dragão, o conceito de penálti e muito lato, uma questão de interpretação, sabes, muito a considerar, há a intensidade, a intencionalidade, a ilusão de óptica, a subjetividade e mais o que te lembres que nos ajude e alijar responsabilidade...
VAR auxiliar - Já em Alvalade é a mesma coisa. Ao menos se fosse na Luz teríamos respaldo automático, chateiam-se mais com a equipa não jogar nada e têm pudor em falar de arbitragens. Assobiam um bocado, mas isso é o pão nosso de cada dia.
VAR - Pois, é mesmo isso. Os chatos dos adversários é que não se calam, já vai em três amarelos por protestos, temos mesmo de dizer alguma coisa... (Para o árbitro): Atenção, vê-se claramente que não é penálti, mas como é no Dragão a favor do Porto, há uma interpretação abusiva que talvez nos safe. É melhor reveres.
Árbitro - Escuto. Não é penálti? O que é este ruído? Não oiço. Interferências. Está assinalado.
VAR - Fez bem, eh eh eh. Na pior das hipóteses seremos castigados e lá teremos nós um fim-de-semana disponível para irmos à Arábia Saudita ganhar uns trocos valentes.
VAR auxiliar - Grande Fontelas, pá!"

João Tomás, in O Benfica

Último dia para votar


"Até às 19h04 de hoje, 25 de Fevereiro, é possível decidir os vencedores dos Galardões Cosme Damião referentes a 2021. È simples, basta fazer o registo no site oficial do Sport Lisboa e Benfica, escolher os preferidos e esperar pelos resultados. São 30 candidatos, distribuídos por 8 categorias, e neste ano revolvi partilhar as minhas escolhas.
Na Revelação do Futebol Masculino, entre Gonçalo Ramos, Morato e Paulo Bernardo, voto no avançado português da selecção nacional sub-21. Quanto à nova cara no feminino, entre Kika Nazareth, Lúcia Alves e Beatriz Cameirão, balancei entre as duas primeiras, mas a escolha recai sobre Kika, em jeito de tudo aquilo que ainda poderá fazer no futuro.
O prémio Revelação nas Modalidades vai ser entre José Miranda (Hóquei em Patins), Silvestre (Futsal), Mariana Silva (Basquetebol) e Inês Severino (Hóquei em Patins). O meu voto pende para a, até agora invicta, equipa feminina de basquetebol, onde Mariana tem sido uma força fundamental.
Na escolha da Modalidade de 2021, estão a votos Voleibol e Atletismo no masculino e Basquetebol, Futsal e Hóquei no feminino. Aqui, qualquer uma destas brilhantes equipas pode levar a distinção. Que me perdoem as senhoras, mas escolho o Voleibol masculino, a dar cartas nas competições nacionais e internacionais com o apuramento para a Champions.
A categoria Atleta de Alta Competição junta três nomes de peso: Pedro Pichardo (Atletismo), Fernando Pimenta (Canoagem) e Joana Soeiro (Basquetebol). Com todo o respeito pela fantástica carreira dos restantes, voto em Pichardo, campeão olímpico nos Jogos de Tóquio realizados em 2021. Quanto a Treinador do Ano é mais uma escolha difícil, agora entre Eugénio Rodrigues (Basquetebol no feminino), Marcel Matz (Voleibol masculino) e Filipa Patão (Futebol no feminino). Segundo a lógica da equipa mais eficaz e dominadora, voto no treinador brasileiro.
Ficam a faltar os Futebolistas do ano, homens e mulheres. Neles, escolho Darwin em detrimento de Rafa, Odysseas, Otamendi e Vertonghen. Nelas, é Cloé Lacasse a minha eleita, com Pauleta, Andreia Faria e Catarina Amado ali bem perto. Dois avançados com garra, ambição e espírito de luta, que é do que precisamos."

Ricardo Santos, in O Benfica

Bancadolândia


"São coisas tão naturais e automáticas como respirar, quase nem damos por elas, mas, no melhor, no pior no assim-assim, as decisões estão presentes em praticamente todas os instantes das nossas vidas. Das comezinhas às relevantes a impactantes, (vi)vermos de tudo por baixo de um teto de infinito escrutínio e avaliação do qual também somos e fazemos parte. A sensatez suporta-nos, facilita-nos o dever de respeitar, mas jamais nos poderá tolher a capacidade de diagnóstico das circunstâncias e das ações, porque a tolerância tem limites. E é neste ponto que transito para o lamentável mar de interpretações desprovidas de bom senso em que a arbitragem teima em ser náufraga no futebol português.
Das duas, uma: ou a essência do futebol (com que crescemos) mudou e esqueceram-se de nos avisar... ou então, por cá, o absurdo está em acelerada reprodução por contágio no que respeita ao cariz dos juízos técnicos e (sobretudo) disciplinares que tendem a comprometer e a mascarrar a verdade desportiva.
Apitar por tudo e por nada já é enervante, não saber discernir ou confundir ou conceitos de intencionalidade e de causalidade, no momento de, por exemplo, ir ao bolso sacar cartões e baralhar as cores, é 'só' ainda mais irritante, distorcivo e aniquilador.
O futebol dos livros é uma coisa, o futebol jogado é outra. No entendimento e na sábia conjugação destes dois mundos, o teórico e o prático, encontraremos, acredito, a virtude. Menos letra e mais bola, pro favor! Será pedir muito para o futuro? Também aqui, a formação será chave.
Se, por hipótese, a prática continuada desde desporto por um período não inferior a três/quatro/cinco anos, num contexto (amador que seja) de compromissos e responsabilidade, de apresentar aos árbitros de amanhã como um imperativo curricular, talvez as esperanças cresçam no sentido de virmos a ter arbitragens mais alinhadas com a equidade e com o bom senso. Porque não é somente a aprovação num curso que faz de nós melhores ou piores decisores! Garantidamente, não será somente pela capacidade de decorar as regras e as leis do jogo de uma ponta é outra que um árbitro profissional será melhor ou pior. Quanto a isto, julgo que (infelizmente) já estaremos bem esclarecidos nas bancadas."

João Sanches, in O Benfica