sábado, 15 de janeiro de 2022

Vermelhão: Desperdício...

Benfica 1 - 1 Moreirense


Praticamente impossível analisar este jogo, sem olhar para o resultado! Empate muito ingrato, é verdade que não jogámos bem, mas fizemos mais do que o suficiente para vencer...

Um jogo onde o Benfica foi dominador, criou muitas oportunidades claras, sem jogar especialmente bem no último terço. Durante um pequeno período na 1.ª parte, e um outro período ligeiramente 'maior' na 2.ª parte, o adversário conseguiu sair em contra-ataques relativamente perigosos, mas o Ody não fez uma defesa... Dominámos mesmo o resto do jogo, desperdiçando vários golos feitos, com duas bolas nos postes, e acabámos por sofrer um auto-golo, com um fora-de-jogo claro não assinalado na jogada... e com um golo anulado ao Benfica nos descontos, numa jogada que só seria marcada esta falta ao Benfica e a mais nenhum dos candidatos ao título do Tugão!!!

Defrontámos um autocarro de dois andares, que fez anti-jogo desde do 1.º minuto, e que de facto defendeu com muitos jogadores na zona central, e sem o Gonçalo a jogar 'entre-linhas', nunca conseguimos criar desequilíbrios na zona central...

Com a ausência do Everton, ficava a dúvida se haveria alterações no Modelo, mas o Veríssimo acabou por fazer uma troca directa, com a entrada do Paulo Bernardo, e com o Darwin a jogar no 'meio' no lugar do Gonçalo! Pessoalmente acho que foi um erro, pois o Darwin nestes jogos com blocos baixos, tem muitas dificuldades a jogar no 'meio', e nem o Uruguaio nem o Haris, sabem jogar de 'costas', com tabelinhas ou trocas rápidas...

Resumidamente, não faltou atitude, faltou discernimento na zona de concretização... e eficácia no remate!

O apitador como era esperado, mais uma vez, teve influência no resultado! O golo validado ao Moreirense é absurdo: o fiscal-de-linha tem dois jogadores em fora-de-jogo e não marca nada, e o VAR não tem qualquer desculpa! O avançado do Moreirense, tem clara influência na forma como o Nico e o Gilberto se fazem à bola... Mais uma vez, este golo, nunca seria validado a um adversário dos Corruptos ou dos Lagartos, repito nunca!!!
No golo anulado no final, até posso admitir que o contato do Roman é faltoso, mas com o vergonhoso mergulho para a piscina do defesa do adversário à mistura, volto a fazer uma comparação: será que se o fosse o defesa a encostar o braço no Roman, e o Ucraniano se atirasse para a piscina, o árbitro marcaria penalty?! E se fosse na área do Benfica, se um defesa do Benfica, fosse 'empurrado' daquela forma, será que o árbitro anularia o golo ao nosso adversário?!
Eu creio que sabemos a resposta a estas perguntas...
Mas mesmo assim, o 'momento' do jogo para mim, foi o Amarelo ao guarda-redes do Moreirense ao minuto 96!!! Depois de 96 minutos de anti-jogo, o corrupto do apitador, resolve mostrar um Amarelo ao minuto 96, para queimar mais uns segundinhos!!! Este Amarelo, para mim, prova, premeditação...

Falta de facto muito campeonato, mas muito sinceramente acho que o 3.º lugar será a nossa classificação! Com todos os 'defeitos' do nosso plantel, que são alguns, mesmo se o Benfica jogar relativamente melhor até ao fim da Liga, nunca iremos conseguir aproximar dos lugares da frente, porque estamos constantemente jogar em inferioridade numérica! As regras são diferentes nos nossos jogos! O zelo ou não do VAR, depende se a decisão é a favor ou contra o Benfica! Este jogo, seria uma daquelas partidas, onde o favorito sem deslumbrar ganharia os 3 pontos no final dos 90 minutos, sem grandes 'ondas', como acontece a todos os Campeões, em todas as Ligas!!! A ideia que um equipa tem que cilindrar os adverários em todos os jogos para ser campeão, é ridícula!

Focados em vencer


""Obviamente que a ambição passa por receber o Moreirense e conquistar mais três pontos na nossa caminhada", começou por dizer Nélson Veríssimo na conferência de antevisão ao jogo com o Moreirense, com início marcado para hoje, às 18h00, no Estádio da Luz.
A mentalidade da equipa passa por encarar cada jornada como uma etapa na perseguição de um título que, por difícil que seja o contexto, é para se tentar conquistar. "Na posição em que estamos, o nosso desafio será, encurtando distâncias, chegar ao segundo lugar e depois pensar no primeiro. Acreditamos que ainda é possível alcançar este objetivo", confidenciou Veríssimo.
O nosso treinador reconhece que "não temos margem de erro", o que não nos impede de olhar para o Campeonato com ambição renovada. "Temos de abordar cada jogo como se fosse o último, com a entrega, o empenho e a determinação que temos tido nos treinos e que tivemos no último jogo, é isso que queremos que se prolongue para a segunda volta", acrescentou.
O adversário deste final de tarde apresenta-se na Luz com um novo técnico e vem de uma vitória na última jornada. Para Veríssimo, perspetiva-se um Moreirense "moralizado" e que tem "qualidade e capacidade" para "causar dificuldades" ao Benfica, o que não nos desvia do essencial, "focados naquilo que temos de fazer".
Importantes aliados da equipa são os adeptos, que hoje, mais uma vez, a podem ajudar a vencer. Veríssimo sabe-o bem e, por isso, relembrou que, "quando há uma grande ligação entre os adeptos e os jogadores, a nossa força enquanto equipa transcende-se, é maior" e, por isso, apelou aos Benfiquistas que "estejam presentes no Estádio da Luz para assistir ao nosso jogo com o Moreirense".
E, como na semana passada, é possível ser testado nas imediações do Estádio (parque P8, junto ao Alto dos Moinhos), um serviço prestado aos adeptos que mereceu muitos elogios pela rapidez e eficiência.
Vamos ajudar a nossa equipa a ganhar mais um jogo. Vamos, Benfica!"

Vitória...

Torrense 0 - 2 Benfica
Pauleta, Cintra

Leté; Amado, Sílvia, Carole, Lúcia; Pauleta, Faria(Cintra, 75'), Cameirão(Negrão, 90'); Vitória, Valéria(Kika, 58'), Cloé(Cassandra, 90')

Jogo muito complicado, com o 0-2 a chegar perto do fim, depois de alguns sustos, com a Leté a ser decisiva!

Inacreditável, como em todos os jogos do Benfica apitados por esta senhora, é uma sorte não existirem lesões graves das nossas jogadoras!!!

Ai, Portugal...


"Parafraseando Machado Assis, para quem Belo Horizonte não era uma cidade, mas uma exclamação, em certos aspectos Portugal não é um país, mas uma lamentação.
Nos últimos dias temos sido bombardeados com o conteúdo de escutas no âmbito de um processo de investigação que, se bem percebo, está ainda numa fase em que o acesso é muito limitado, restrito ao Ministério Público e, eventualmente, a partes interessadas como a Autoridade Tributária e outros. Nem sequer os visados terão conhecimento oficial do conteúdo das investigações. Certo é que a comunicação social parece estar inteirada de tudo o que tem sido feito na investigação (ou do que interessa que se saiba), ao ponto de conhecer o conteúdo das escutas telefónicas, ou parte delas.
Nada disto é novo. O segredo de justiça, em Portugal, é uma brincadeira. A doutrina vigente neste tema aparenta ser inspirada num verso da The Fly, dos U2, em que Bono canta 'diz-se que um segredo é algo que se conta a alguém'. E alguém, aqui, trata-se da comunicação social que, em troca de um punhado de euros nas bancas e cliques na Internet, escudando-se numa noção vaga de interesse público, aceita servir de ponta de lança na formação da opinião pública, fomentando-se o julgamento popular para que se condicione a justiça, o que a acontecer de facto, é absolutamente inaceitável.
Para agravar a situação, parte significativa do que tem vindo a ser noticiado nem sequer parece estar relacionado com o processo em causa. Refiro-me a conversas privadas, nada ou, quando muito, remotamente relevantes para o que está a ser investigado, como, por exemplo, um treinador sugerir outro treinador para o Benfica. É nojento, é uma devassa ignóbil ainda mais aviltante do que aquela que foi feita com os emails roubados ao Benfica, pois, nesse caso, houve ladrões e receptadores, neste há uma fuga de informação, presumivelmente do Ministério Público, restando saber se propositada ou não, e já são demasiadas fugas ao longo dos anos para se aceitar acriticamente que o país é assim, faz parte, não se pode fazer nada.
Salva-se o seguinte: no meio de tanta coisa que tem vindo a público, nada aponta para que o Benfica tenha agido erradamente nos âmbitos ético, legal ou fiscal. O que se terá passado a jusante, que seja investigado. E se se concluir que houve ilicitudes, então que sejam provadas e os prevaricadores devidamente castigados."

João Tomaz, in O Benfica

Aguentar as consequências


"Nesta semana, não vou falar da mentira que se instalou no futebol português. Já não vale a pena, porque quem o vende e defende já perdeu toda a vergonha na cara. Lances iguais com decisões diferentes, uma associação de árbitros que só sai a terreiro para criticar os mais fracos, jogos da primeira categoria com pouco mais de 300 pessoas na bancadas, uma equipa-fantasma que continua a jogar na principal divisão (mas que não tem adeptos), bombas de fumo sobre o SL Benfica sempre que os rivais de Lisboa e de Porto perdem jogos ou são beneficiados... é à escolha do freguês. E depois admiram-se quando as crianças deste país querem as camisolas do Real Madrid, do Liverpool ou da Juventus e não querem ir para a escola com o equipamento de equipas portuguesas.
O cheiro a podre já está tão presente, que mais vale dedicar a crónica desta semana ao grande escândalo internacional desportivo do momento: Novak Djokovic. O tenista sérvio, número um mundial (e que está à beira de se tornar o tenista com mais torneios do Grand Slam conquistados) está a dar nas vistas na Austrália. Primeiro, foi-lhe negada a entrada no país por não estar vacinado, condição imposta pelas autoridades da ilha-continente. Depois passou umas noites no centro de detenção, apresentou recurso e versões contraditórias do seu passado recente quanto a viagens nos últimos dias e contacto com o vírus da covid-19. Tudo porque ele, a sua família e os seus seguidores defendem a não-vacinação.
Não vou sequer discutir tal realidade paralela em que estas pessoas parecem viver. Vou partir do princípio de que têm direito à sua opinião, mas também têm de saber viver com as consequências dos seus atos. Sem vacina, não entra. Se não entra, não joga. Se não joga, não ganha. Ponto final. Qualquer um de nós não entraria sequer num avião à partida para a Austrália sem teste e vacina, mas há sempre quem pense que está acima da lei. Djokovic perdeu por estes dias um fã - eu. Mas isso é indiferente para ele. Tal como é indiferente para quem manda no futebol português que os adeptos nacionais liguem cada vez menos à modalidade."

Ricardo Santos, in O Benfica

Bruno 24x24 - Parte II


"Neste fim de semana há um embate absolutamente decisivo, e o leitor sabe muito bem do que estou a falar: as votações do Big Brother. Bruno de Carvalho está nomeado para sair no domingo, e não há nenhum português mais interessado na permanência de Bruno na casa do que Rúben Amorim. Só com o antigo presidente do Sporting lá dentro, sem fazer ideia do que se passa cá fora, poderá o Rúben sentir-se seguro em Alcochete no treino de segunda-feira, caso saia de Vizela no domingo com mais uma derrota.
Por um lado, seria engraçado se os portugueses expulsassem o Bruno. Será que voltaríamos a vê-lo agarrado ao lugar como no Sporting? Sentado no confessionário a recusar-se a abandonar a casa? Teríamos uma conferência de imprensa de duas horas a explicar que deveria ter sido o Nuno Homem de Sá a sair porque o ator nunca lava a loiça? Haveria lugar a um comunicado no Facebook para pôr as culpas no Rui Patrício? Será que o Bruno iria seguir o rasto das chamadas para se vingar de todos aqueles que se atreveram a votar na sua expulsão? O leitor já imaginou a Dona Maria a deixar a panela ao lume para ir espreitar quem tocou à campanha a ver à porta do prédio 50 delinquentes encapuzados de bastão na mão? Pelo sim, pelo não, já liguei para a operadora da minha avó a pedir para lhe cortarem as chamadas de valor acrescentado.
Por outro lado, ter a possibilidade de ligar a TV e lembrar-me de que o mesmo homem que tentou destruir a imagem do Benfica está agora a tentar recuperar a sua num programa que normalmente serve precisamente para a destruir nunca deixará de ser hilariante."

Pedro Soares, in O Benfica