quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Lutar pelos títulos


"O Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, eleito há três meses, concedeu ontem, à BTV em sinal aberto, uma entrevista de fundo onde nenhum tema do quotidiano benfiquista ficou por abordar e na qual foi desvendado o rumo traçado para o Clube em diversas linhas de atuação.
O plano desportivo foi aquele que esteve mais em foco ao longo da hora e meia da entrevista. A reiterada ambição de elevar o Benfica ao patamar almejado em todas as modalidades é o mote para a mentalidade competitiva exigida a todos os que representam o Clube. O Benfica compete sempre para vencer e nunca vira a cara à luta por mais adversos que possam ser os contextos.
Relativamente ao futebol, Rui Costa explicou que a promoção de Nélson Veríssimo ao comando técnico da equipa A se deveu ao reconhecimento da competência do treinador, demonstrada anteriormente pelo seu desempenho enquanto adjunto e treinador interino e, sobretudo, pelo excelente trabalho desenvolvido na equipa B. Acresce a plena identificação com o projeto de formação do Clube e o facto de, no passado recente, já ter orientado parte significativa do plantel. Para já esta solução tem um horizonte temporal de seis meses, mas Rui Costa manifestou a convicção de que esta ligação nos moldes atuais perdurará além do final da temporada.
Ainda no âmbito do futebol, foi também revelada a estratégia gizada para a composição do plantel, onde se releva a opção clara por uma aposta numa mescla de jogadores experientes e atletas jovens provenientes da formação, e a preferência por plantéis mais curtos e competitivos, algo que a pandemia veio desaconselhar, mas que, já a partir do chamado "mercado de inverno", se pretende retomar.
Sobre as modalidades, Rui Costa lamentou os resultados aquém das expectativas até ao momento das equipas masculinas, exceção feita à de voleibol, advertindo, no entanto, que ao assumir o cargo da Presidência fora avisado de que se perspetivava uma época difícil. Ainda assim, a mentalidade competitiva exigida é inegociável, competindo a todos os que servem o Benfica lutar pelos títulos em disputa, sendo já ponto assente que, na próxima temporada, se pretende mais e melhor investimento.
Houve também oportunidade para se abordar questões relacionadas com associativismo, infraestruturas e governance.
Sobre o associativismo, Rui Costa deu conta dos trabalhos da Comissão de Revisão dos Estatutos e frisou a independência da mesma, composta por associados identificados com diferentes sensibilidades no Clube, e, como tal, faz questão em não interferir neste processo, manifestando somente que atribui enorme relevância à limitação de mandatos. O apelo à militância associativa, em particular a afluência aos pavilhões em jogos das várias modalidades, foi também feito pelo Presidente, aproveitando para anunciar uma medida que visa aproximar os adeptos das equipas com esperados reflexos positivos no desempenho de cada uma delas, consubstanciada na possibilidade do acesso grátis aos jogos pelos associados.
Ao nível das infraestruturas, além da já anteriormente referida renovação do Estádio (numa primeira fase, ecrãs novos, os leds à volta dos anéis e as luzes em led novas; depois, sistema de som e cadeiras e, ainda em estudo, a parte exterior), Rui Costa levantou um pouco o véu do que está a ser planeado em relação à Cidade Desportiva, referindo que se quer ir além do que foi falado no passado, tornando o conceito bem mais amplo, passando de Centro de Alto Rendimento para Cidade Benfica, considerando que, a ser edificado nos moldes preconizados, se trata de um projeto único no mundo. E, a este propósito, deixou uma garantia aos benfiquistas: estes projetos são importantes, mas a prioridade será sempre desportiva.
Quanto ao governance, Rui Costa deixou claro que considera que o reforço dos mecanismos de compliance é essencial, de forma a conferir mais clareza das ações e a robustecer a confiança dos sócios na gestão do Clube e empresas participadas. Está a decorrer uma auditoria forense e aguarda-se por desenvolvimentos na investigação do Ministério Público quanto a processos do conhecimento público, com a total colaboração do Clube e o desejo de celeridade quanto à atuação das autoridades competentes.
Rui Costa fez ainda um apelo aos adeptos quanto à união no seio do Clube. Relembrou que há muito por disputar na presente temporada e que as nossas equipas necessitam da onda vermelha para conquistarem os títulos tão desejados por todos nós.
Estes foram alguns dos temas abordados ao longo dos cerca de 90 minutos de duração da entrevista, mas houve mais. Para ver ou rever!"

Rui Costa tem a bola da mudança nos pés | SL Benfica


"A bola é das águias. Haverá nova estratégia comunicacional na Luz?

O vídeo que circulou há quatro dias atrás nas redes socias do SL Benfica, referentes à dualidade de critérios presente nos jogos do Estoril Praia SAD frente ao clube da Luz e ao FC Porto é prova cabal de que algo mudou no lado encarnado da segunda circular.
Ninguém o pode negar. Houve uma alteração na forma como o SL Benfica comunica, desde que Rui Costa tomou rédeas do clube da Luz.
Como é de domínio público, a comunicação do clube nos últimos tempos tem deixado a desejar. Não sabendo se de forma propositada ou mera incapacidade da administração, não tem havido grande defesa dos interesses do SL Benfica na via pública. Foi assim em muitas situações em que se pedia intervenção mais acentuada por parte de quem manda.
Mas se tais intervenções não ocorreram nessas situações, o facto tornou-se mais grave ainda quando o bom nome da instituição ficou manchado no momento em que esta se tornou o epicentro de um dos maiores escândalos do futebol português desde o apito dourado.
Não estando em causa se Luís Filipe Vieira cometeu algum ilícito de natureza criminal, isso caberá à Justiça averiguar, a verdade é que o clube, na pessoa de Rui Costa, deveria dar respostas inequívocas e assertivas, com o objetivo primordial de defender os reais interesses do Sport Lisboa e Benfica.
Ao que parece, relativamente às arbitragens, as coisas estão a mudar. Usar o perfil oficial do clube para expor dualidades gritantes de critério é mostra de que uma nova era na comunicação agora começa. E, talvez, outras mudanças têm de acontecer para esta renovação ser forte e eficaz.
Pede-se que, a seu tempo, Rui Costa limpe a imagem e atualize a administração da SAD, incluindo o diretor de comunicação. Não por incompetência, mas porque o novo presidente necessita de pessoas ao seu lado que estejam na mesma página.
Pessoas que olhem para o futuro juntamente com ele, que pensem de forma síncrona e que não transportem reminiscências de direções anteriores que possam prejudicar o clube.
Que façam os adeptos e sócios acreditar que os tempos mais negros já passaram, porque uma coisa é certa: não acredito que haja um benfiquista sério que queira ganhar em campo a todo o custo.
Em primeiro lugar devem estar os valores pelos quais o Sport Lisboa e Benfica sempre se regeu. A portugalidade, a tolerância, a união, o associativismo, a mística, a democracia, o respeito e o desportivismo. Sendo a ética a linha que sublinha todos eles.
Para finalizar, referir que essa mudança também passa pelo banco da equipa de futebol. A escolha de Nelson Veríssimo, não só para ser treinador interino, mas também para conduzir os destinos da equipa até ao fim da época, quer mostrar que o SL Benfica procura tempos de paz e tranquilidade, e que Veríssimo pode ser um aliado valioso nesse objetivo.
Por isso acredito que não é uma decisão a pensar apenas no plano técnico, mas também no ético e de imagem. Porque se no primeiro, o novo treinador das águias já encetou mudanças no esquema tático, voltando ao clássico 4-4-2 e recuperando a aposta na formação, na imagem também veio ajudar o SL Benfica.
A sua forma de comunicar é muito menos incendiária e segregadora do que a do anterior técnico, e mais condizente com a imagem que o SL Benfica quer passar, sem qualquer desprimor a Jorge Jesus. Aliás, basta estar atento à linguagem corporal dos próprios jogadores no antes, durante e pós jogo.
O momento dos festejos do golo marcado por João Mário no último jogo é exemplo máximo dessa agregação, também da equipa com os adeptos. E agora é ver se a equipa se levanta dos maus resultados do passado recente e se o clube se ergue dos maus ventos que ainda pairam sobre si. Que seja dignificado o lema do clube. Tem a palavra Rui Costa."

Tribunal Unânime!!!


"Mais um jogo. Mais um cartão vermelho para Otamendi."


Quando é que a justiça chega a Rui Pinto?


"Mesmo peso, duas medidas diferentes. Assim se vê quem é protegido e quem não é. Uns são hackers, outros são ácaros."

Era tão mais fácil controlar a opinião pública sem vozes vindas de fora...


"Há muito que as regras de arbitragem deixaram de ser aplicadas nas análises de "especialistas" de arbitragem nacional convidados estrategicamente para cada orgão de comunicação ou nos comentários dos célebres paineleiros cartilhados. O objectivo é apenas um: validar os roubos descarados que os boys do Fontelas e Paulo Costa andam a praticar de há 4 anos para cá a favor do Calor da Noite e Cashball e transformar lances bem ajuízados em jogos do Benfica em lances de "vergonha" ou "escândalo".
Já só cai quem quer e quem tira benefícios dessas opiniões avençadas. Ou pensam que os Anibais Pintos, os Amarais, os Vitor Pintos, os Octávios Lopes, os Fernando Mendes, os Fortunatos Azevedos, os Leirós, os Coroados, os Marcos Ferreiras, os Pedro Henriques estão onde estão por serem pessoas intelectualmente honestas e garantirem a imparcialidade e isenção dos seus comentários?"

Opinião dos árbitros estrangeiros


"• Golo do Estoril absolutamente legal e mal anulado.
• Amarelo a Otamendi bem mostrado.
• Jogador do Paços de Ferreira bem expulso.
• Amarelo a Paulinho bem mostrado.
Por analisar fica o pisão de Mbemba contra o jogador do Estoril, num lance sem intenções de disputar a bola, ao contrário dos lances de Paulinho e Otamendi. Talvez não fosse conveniente dar este lance para análise a Iturralde González.
Só neste antro de lixeira aberta que é o desporto português é que se manipula a opinião geral e se tenta camuflar o roubo que foi o jogo entre o Estoril e FC Porto."

E quando a oportunidade surge?


"Se há coisa que já foi provada ao longo do tempo no futebol é que o sucesso depende muito da oportunidade. Essa questão tem levantado inúmeras questões no posicionamento de jovens promessas em plantéis mais fortes ou, pelo contrário, em plantéis que lhes permitam disputar pelo lugar no 11 titular semana após semana.
A oportunidade depende de vários fatores, uns que os jogadores controlam melhor e outros que não controlam, portanto terá de ser nos fatores que controlam que os jogadores têm de mostrar que estão bem e preparados para responder quando surge a tal oportunidade.

Fatores que controlam: Rendimento técnico-tático e preparação física
Fatores que não controlam: Aposta do treinador e Adversários Diretos


Para exemplificar, trago dois casos da Liga BPI 2021-2022: Ana Seiça e Joana Prazeres.
A Ana Seiça (Defesa-Central, 20 anos, SL Benfica) tem, para disputar o lugar com ela, as duas centrais com mais internacionalizações em Portugal, Carole Costa e Sílvia Rebelo, e portanto, uma tarefa muito complicada para se assumir como titular numa equipa que luta pelo título e que se expõe a momentos de alta competitividade e alta pressão, como é o caso da Liga dos Campeões. Na época transata, Ana Seiça cumpriu muitos minutos na equipa do Benfica mas… a lateral. Com Carole e Sílvia bem fisicamente e sem lesões, e a sua equipa com poucas opções nas laterais, Ana Seiça acabou por ser chamada à função – que cumpriu com rigor – apesar de não ser a sua posição natural. A atitude, a entrega e a qualidade nos processos acabou por chamar à atenção de quem a acompanhava principalmente por ter aceite o desafio com tamanha dedicação. Em janeiro o treinador de 2021 o treinador mudou, houve o regresso de Lúcia Alves para a posição de lateral esquerdo e o espaço de Ana Seiça voltou a ser menor. No entanto, o trabalho e irreverência que tinha demonstrado serviu para mais tarde, agarrar a oportunidade de entrar no 11 titular com alguns problemas físicos da sua colega e capitã Sílvia Rebelo. A Ana Seiça tem sido muito utilizada, incluindo a titular na Liga dos Campeões na equipa campeã nacional, aos 20 anos. Porquê? Porque respondeu sempre bem quando teve a oportunidade.
Isto não quer dizer que vá jogar sempre, ou que não vai perder o espaço com algumas contratações, mas a verdade é que sempre que foi chamada a jogar demonstrou que tinha capacidade para estar ao mais alto nível. A Seiça aproveitou a(s) oportunidade(s) que lhe foram dadas porque se manteve focada, porque nunca baixou a guarda e porque sempre acreditou que a oportunidade podia aparecer. Quando apareceu ela respondeu.

É por isto que trago este exemplo. Os jogadores muitas vezes têm que ser capazes de esperar, mas esperar trabalhando ainda mais para que consigam responder bem quando forem chamados. Muitas das vezes é a única oportunidade que vão ter aquele nível, e se não estiverem preparados, quem lhes diz que terão outra?

(O jogo escolhido para a Análise da Ana Seiça foi um jogo de alta dificuldade, contra a equipa nº1 do ranking – para a Liga dos Campeões – outro nível de exigência)

A Joana Prazeres, jogadora do Famalicão, 18 anos apenas, é o segundo caso que gostaria de analisar.
A Joana tem passagens seguras pela formação do Sporting e do Benfica. É também uma central de qualidade, e que este ano teve a oportunidade de sair de um clube onde era titular, Amora – 1ª divisão, para um clube fora da sua zona de residência e com um plantel mais competitivo, pondo em causa assim a sua utilização. O Famalicão.
O Famalicão disputa o apuramento de campeão e por isso, joga com as melhores equipas mais vezes, no entanto, a Joana não joga contra essas equipas. Muitos questionaram esta decisão, mas realmente demonstra estar bem acompanhada pois é sem dúvida a oportunidade (que ela agarrou!). A oportunidade de trabalhar como profissional, a oportunidade de treinar com profissionais e ser exposta a este estímulo que não teria se continuasse a ser titular no Amora, pois o clube ainda não oferece essas condições. O que será melhor para o desenvolvimento dela? Vai depender de vários fatores, mas a verdade é que foi chamada à seleção do seu escalão – Sub-19 – e liderou a equipa para a manutenção na Liga A, sempre a titular, rigor, agressividade, preparação física, posicionamento. Isto só é possível porque ela treina bem, está sempre no máximo, e está inserida num contexto que a estimula – contexto profissional. E também só é possível porque a Joana mantém a mesma capacidade de trabalho e está a saber esperar. Caso contrário, porque seria uma jogadora não utilizada convocada para uma seleção nacional? O facto de não ter a competição garantida ao fim de semana não serviu como desculpa para trabalhar menos, não serviu como desculpa para não aceitar o desafio, serviu sim como mais um estímulo, mais um risco a ser tomado para que possa ser mais forte no futuro. Quando a oportunidade surgir na Liga BPI? A Joana vai estar preparada.
(A Joana foi agora emprestada ao clube que representava anteriormente, o Amora, e vai então ganhar os minutos que não tem tido no seu clube. Provavelmente estarão a prepará-la para aquilo que será, na próxima época, a possibilidade dela integrar mais vezes os momentos competitivos. No entanto, é certo que, a Joana está hoje mais capaz de trabalhar porque tem consigo um contrato profissional que a motiva e que a suporta no seu desenvolvimento. E só o tem porquê? Porque soube aproveitar a oportunidade que lhe foi dada. O futuro? Será risonho com certeza.)
Para finalizar, a competição tem um fator PREPODENRANTE no desenvolvimento das jogadoras. Uma coisa é treinar, outra é jogar. E por isso, analisar detalhadamente cada situação é muito importante para diminuir a probabilidade de errar. O futebol tem tantas variáveis que é muito mais difícil tomar a decisão certa do que aquilo que aparenta ser."