sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Bancadolândia


"Na terra onde nasci, os mais serôdios, no contexto apropriado, tinham por hábito soltar a expressão 'para trás muja a burra'. Escutei essa reprimenda com vestes de conselho, entendi-o mais tarde, nas vezes em que, fosse por que motivo fosse, teimava em ancorar no passado, insistia em remoer factos idos ou recuava em vez de avançar. A nossa existência faz-se de recomeços, mas é igualmente vital que não negligenciamos o que nos leva a começar de novo.
A modificação operada no comando técnico da equipa de futebol profissional do SL Benfica nos últimos dias de Dezembro do ano deixámos para trás, com a passagem do mister Nélson Veríssimo para o posto de comandante, encerra, mais do que a esperança, a promessa de abertura de um novo ciclo virtuoso. Não concebo outro pensamento, quando verifico o valor congregado no plantel e, em cima disso, quando constato o muito talento e potencial aglutinados nas camadas altas da Formação. Matéria-prima, descrevamos assim, é coisa que não falta ao Benfica para que o futuro seja seu. A outra parte, no âmbito da natureza e das ambições centenárias do Clube, será gestão, estratégia, liderança, decisão, etc., etc., etc.
Muito provavelmente todos concordaremos que não foi por falta de 'argumentos' que não se construiu uma narrativa desportiva mais favorável nas primeiras 16 jornadas do Campeonato, em específico, mas vamos ao 'novo futuro', que conhece o seu capítulo de estreia no domingo, 9 de Janeiro, no Estádio da Luz, no jogo frente ao Paços de Ferreira.
Olhar sobretudo para dentro, perceber como, por onde e para onde palmilhar, procurar o 'nós' e ignorar os 'outros', nomeadamente as linhas que tecem a malha de intoxicação identificável no dia a dia, será, acredito, um bom princípio para, jogo a jogo, se evoluir nesta temporada futebolística. Agarremo-nos ao calendário da Liga Bwin, estão por disputar 18 jornadas, há 54 pontos para ganhar, possíveis de juntar aos 37 somados nesta edição da prova. Sim, o Benfica pode terminar a primeira volta com mais dois pontos (40 contra 38) do que os averbados no ano da Reconquista (2018/19). E, sim, o Benfica ainda pode totalizar um número recorde de 91 pontos num Campeonato com 18 equipas. Jogo a jogo, uma vitória de cada vez, com trabalho e competência, não será pedir nada que ao Benfica não se exija, na verdade. Se chegará para ser campeão? Eu acredito, assim a performance seja perfeita!"

João Sanches, in O Benfica

Esta liga não é para artistas


"Nos últimos oito clássicos com o FC Porto, empatámos dois, perdemos seis e não vencemos nenhum. Marcámos cinco golos e sofremos dezessete(!).
Com mais ou menos ocasiões desperdiçadas, com mais ou menos erros de arbitragem em nosso desfavor, o perfil de todas estas partidas de algum modo se repetiu: um FC Porto muito mais agressivo, muito mais combativo, muito mais intenso, muito mais rápido, perante um Benfica permeável, de pezinhos de lã, a tentar, sem sucesso, explanar o seu futebol tecnicista e suave.
Os sistemas tácticos diferiram, os próprios treinadores também. E parto do princípio de que os jogadores querem sempre vencer. O que acontece é que o nosso plantel não terá, em número suficiente, elementos com capacidade de choque e disponibilidade física e atlética equivalente à dos gladiadores que aparecem do outro lado. Isso nem é de agora. É assim desde os tempos de Paulinho Santos. E até se estende a outras modalidades.
Trata-se de uma questão quase de âmbito cultural. Os próprios adeptos do Benfica pouco valorizam quem não é capaz de fazer um drible. Veneramos sempre o talento, desprezamos o músculo.
Em tempos em que os campeonatos cada vez mais se decidem nos confrontos directos, isto torna-se dramático. De nada nos serve das seis ou sete aos Marítimos oferecendo espectáculos de grande beleza plástica, se depois, no Estádio do Dragão, já entramos derrotados pelas evidências. Acresce que o Sporting também entendeu isto, e é hoje uma equipa forte, combativa, rápida e rigorosa sob o ponto de vista defensivo, como se viu recentemente na Luz.
Fica a reflexão para o futuro."

Luís Fialho, in O Benfica

ReFood


"Recomida, seria o termo em português se não ocultasse o verdadeiro escopo desta ação da Fundação. Melhor seria dizer, combate ao desperdício, solidariedade e mais um pequeno passo no caminho da sustentabilidade, da coesão social e da economia circular. Mas é verdadeiramente de cultivar atitudes social e ambientalmente responsável que se trata. É necessário mudar coisas no mundo: necessário e cada vez mais urgente agora que o telejornal diário, em todos os países, oferece imagens chocantes que nos revelam uma realidade incontornável. Que nos mostram que não podemos continuar a virar a cara para o lado, que os continentes mais ricos não podem continuar verdes pela frente mas a despejar os seus resíduos mais nefastos nos países mais pobres do mundo comprometendo a sua vida imediata à força das moedas fortes. Hoje, o mundo revela-se-nos cada vez mais como verdadeiramente é: redondo, e devolve-nos em dobro, todo o mal que lhe fazemos com o nosso estilo de vida.
É necessário, dizia, mudar coisas no mundo, mas talvez não seja necessário virar todo o mundo do avesso se tivermos a coragem de adoptar comportamentos responsáveis, em comunidade, em família e individualmente. Por isso, evitar o desperdício alimentar, mais que uma ação de elementar justiça social, é contribuir para diminuir a nossa pegada de carbono e, quando é feito pelo SLB, é inspirar outros, aos milhões, a fazer o mesmo. É dar todos os passos, os grandes e aqueles que aparentemente são menores mas que, aos milhões, farão toda a diferença em prol de todos e cada um de nós."

Jorge Miranda, in O Benfica

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"2
Anos de Bplay, um projeto que merece mais atenção dos benfiquistas e que foi essencial para a disponibilização, também noutras plataformas de comunicação do Benfica, de conteúdos diferenciados, mais direcionados para os adeptos;

3
A equipa A do Benfica, agora liderada por Nélson Veríssimo, voltou ao 'tradicional' e predominante nas últimas 4 ou 5 décadas 4-4-2. Foi apenas a 3.ª vez num 'jogo oficial' da presente temporada que se apresentou neste modelo (Arouca, Tondela foram os anteriores). As aspas são propositadas: convencionou-se que a tradição benfiquista nos remete para o 4-4-2, mas, em rigor, vencemos a Taça Latina com o WM, as Taças dos Clubes Campeões Europeus em 4-2-4 e fomos campeões invencíveis em 4-3-3. Têm razão os que dizem que mais importante do que o modelo são as dinâmicas;

39
Rafa, com a assistência para golo de Yaremchuk no último jogo no Dragão, a 14.ª na presente época, chegou às 39, o que o coloca na 5.ª posição, a par de André Almeida, dos jogadores com mais assistências nas últimas 10 temporadas (desde 2012/13). Pizzi (94), Gaitán (58), Grimaldo (42) e Salvio (41) são os líderes nesta contagem;

301
André Almeida chegou aos 301 jogos em competições oficiais pela equipa de honra do Benfica. Foi o 31.º a consegui-lo e igualou o registo de João Pinto, o 30.º no ranking. Incluindo jogos particulares é o 36.º, com 344 jogos;

2911
Pontos marcados por 'Betinho' Gomes no Benfica, superando Carlos Andrade. É o 24.º melhor marcador de sempre do basquetebol benfiquista (não inclui o jogo com o Sporting - ficou a 7 de Luís Silva) e já é preciso recuar a Sérgio Ramos (10.º), retirado em 2012, para encontrar o atleta numa posição acima neste ranking que deixou de jogar pelo Clube há menos tempo."

João Tomaz, in O Benfica

Editorial


"1 - Há um novo ciclo que arranca domingo, diante do Paços de Ferreira. Podemos escalpelizar o mês de Dezembro e encontrar dezenas de teorias sobre o que correu mal e quem é mais ou menos culpado. Mas uma coisa é certa: há uma Taça da Liga para disputar com ambição de vencer; oitavos de final da Champions para passar e um campeonato que está muito longe de se encontrar perdido. Juntos, com o apoio de todos os benfiquistas, com o Estádio da Luz repleto e empurrar uma equipa que já deu inúmeras provas de qualidade, vamos trilhar uma nova etapa. Ponto a ponto, vitória a vitória. No final, faremos as contas;

2 - Nesta edição do jornal O Benfica colocamos os pontos nos is numa discussão que ameaça irromper, mas sem qualquer fundamento: os pretensos 23 títulos de campeão do Sporting. Num trabalho substantivo, fica exposto de forma cristalina que essa é uma reinvindicação sem qualquer crivo ou veracidade histórica;

3 - Destaque ainda nesta edição para o Protagonista desta semana, Filipe Grenho, e o futuro do râguebi no Benfica. Visão e a paixão. A mesma que sentimos nas palavras de Chiquinho Carlos quando recorda a sua passagem pelo Benfica e um momento singular: a final da Taça dos Campeões Europeus."

Pedro Pinto, in O Benfica

Em busca de vitórias


"No primeiro fim de semana do ano, são várias as nossas equipas em ação.
Começando pelo futebol, o regresso à Luz dos comandados por Nélson Veríssimo está agendado para domingo, às 18h00. O adversário é o Paços de Ferreira, 10.º classificado na Liga. Perspetivam-se algumas ausências, mas o objetivo de vencer permanece imutável.
A equipa feminina tem um encontro marcado com a sua congénere do Atlético, num desafio referente à 2.ª eliminatória da Taça de Portugal. O pontapé de saída é às 15h00 de domingo, na Cova da Piedade.
Quanto às equipas da Formação, destaque para o dérbi nos Sub-19, em Alcochete. É amanhã, sábado, às 10h30. No dia seguinte, às 11h00, os Sub-17 deslocam-se a Setúbal para defrontar o Vitória e os Sub-15 recebem, no Seixal, o Belenenses.
O jogo dos B está marcado para segunda-feira, às 16h00, frente ao FC Porto B, no Benfica Campus, na estreia de António Oliveira no banco benfiquista, um regresso de um filho da casa, plenamente identificado com o projeto de formação do futebol no Clube.
Relativamente às modalidades de pavilhão, no sábado à tarde, na Luz, há os jogos entre Benfica e CAB, em basquetebol (15h00), e Benfica e Leixões, em voleibol (17h00), logo seguidos, às 19h00, da receção ao Golpilheira em futsal (feminino). Há ainda dupla jornada para a equipa feminina de voleibol: no sábado, visita ao Porto Vólei (17h00), e, domingo, dérbi na Luz com o Sporting (20h45).
Todos os jogos são para ganhar. Cá estaremos para apoiar e ajudar as nossas equipas a cumprirem os seus objetivos.
Vamos, Benfica!"

Expert's!!!!


"Coincidências da vida. Segundo surto no plantel do Benfica, pelo segundo ano consecutivo, após jogar com o Calor da Noite no Dragão. Vlachodimos, Pizzi, Yaremchuck, Meite Radonijc, até ver.
O País está a precisar de um workshop de duas Instituições em como gerir uma pandemia:
1 - Do Calor da Noite em como o Covid no Porto apanha apenas jogadores suplentes ou casos isolados à vez, como aconteceu com Luis Diaz recentemente. Há dois anos que assim é!
2 - Do Dr. Varandas em que vai um jogador de cada vez também, sendo que curiosamente vão apenas quando os jogadores que os substituem estão disponíveis. É à vez! De há um ano para cá tem sido assim.
Dr. Varandas e Dr. Pinto da Costa a Chefes Nacionais de Controlo da Pandemia! Para ontem!"