quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

5 grandes voos da Águia no Dragão | SL Benfica


"Em dia de clássico, recorda estes 5 grandes voos encarnados no reduto portista!

Os sete golos do amasso aos insulares maritimistas dão folga mental para encarar o duplo-confronto com o rival com outros preparos, menos obsessivos mas não desleixados.
A história dos confrontos a Norte do Mondego, na Constituição, nas Antas ou no Dragão, não dão benesse aos benfiquistas: são 17 vitórias em… 114 jogos, com um registo de golos acima do paupérrimo e abaixo do medíocre – 120 marcados contra 220 sofridos.
É, pela força dos números, o campo mais traumático para o SL Benfica – e desengane-se quem pensa que é fenómeno recente e que se originou com o salto competitivo que os portistas deram desde a entrada de Pinto de Costa.
O primeiro jogo (oficial, a contar para uma das principais e sobreviventes competições nacionais) entre ambos na cidade do Porto deu-se a 26 de Junho de 1932, no Campo do Ameal (já que era maior e mais moderno que o da Constituição).
Eram as meias-finais do Campeonato de Portugal – ainda não era Taça de – e o FC Porto, que já houvera vencido a primeira-mão na capital, esmagou os encarnados por 3-0.
O choque deve ter sido tão grande que o SL Benfica tentou lá triunfar durante… dez anos. E só em 1942-43 conseguiu pela primeira vez vencer no território dos dragões , como veremos de seguida.
Na década de 40 mais duas vitórias: 45/56 por 0-2 e 49/50, num 1-0 que significou passo acertado na luta pelo título contra o Sporting dos Violinos. Mas vejamos: na década seguinte, quantas vitórias? Zero.
O SL Benfica só venceria novamente em… 1963 (como também esmiuçaremos a seguir) – depois dos primeiros dez anos a seco, agora 13. E nem a equipaça gloriosa que chegou a cinco finais europeias mudou o legado das deslocações periclitantes a Norte – só mais uma vitória nos anos 60, já no virar da esquina dos 70 (um 1-2 puxadinho a ferros).
É nos setes que o SL Benfica arrebata importante e triunfal série vitoriosa a Norte (e a única da sua história), com seis vitórias nas Antas em dez anos – e com sequências inolvidáveis (que claro está, aprofundaremos no terceiro jogo da lista) e superioridades que prometiam a partir daí um equilibrio mais a condizer com o estatuto dos dois clubes.
Errado. Pinto da Costa e Pedroto saíram vitoriosos das politiquices contra Américo de Sá do Verão Quente e como dupla exigiram para o FC Porto metade do gigantesco domínio que os encarnados tinham a nível nacional.
Portanto, na década dos oitos, o SL Benfica só lá ganhou uma vez, em 1982-83 que já era 1983-84 (sim, é o quarto jogo enunciado) e teria que esperar oito anos para lá ir silenciar a plateia (o quinto).
De 1991 a 2005 vão quantos anos? Os que forem são quanto durou a próxima seca encarnada – terminada com o bis de Nuno Gomes na luta holandesa dos bancos (Koeman levou a melhor com vitória nas duas voltas a Co Adriaanse).
E a próxima seca durou quanto? Seis anos, até 2011, quando Jesus foi vencer a primeira mão da Taça de Portugal. Na última década o SL Benfica inverteu a tendência de uma vitória a cada dez anos e venceu, além dessa da Taça, mais três vezes.
Em 2013-14 (nos penáltis), 2014-15 e 2018-19, na gloriosa, saborosa, talentosa e imaculada aula tática de Bruno Lage a Sérgio Conceição.
Nos últimos cinco jogos a Norte? O SL Benfica só perdeu um. Não há, portanto, especiais más memórias recentes – também não as há boas, a última já foi há dois anos e muito mudou desde aí.
Haverá estofo para duas vitórias numa semana? Seria a primeiríssima vez e um recorde institucional.

1. FC Porto 0-2 SL Benfica (Campeonato Nacional, 1990-91)
No auge da rivalidade azul-rubra, era Eriksson novamente o comandante das tropas encarnadas e seria ele o símbolo da coragem benfiquista: depois do feito de 1983, seria ele a aguentar o choque duma chegada atormentada pelo ódio clubístico às Antas, onde os balneários destinados aos visitantes estavam inacessíveis.
Os jogadores equiparam-se no corredor de acesso a um relvado encharcado nas laterais, numa tentativa de estancar o fluxo ziguezagueante que Paneira e Pacheco ofereciam ao jogo lisboeta.
Estava tudo pronto para o sucesso portista e para a troca classificativa, mas César Brito – um suplente útil e não mais do que isso – entrou a tempo de decidir com um bis um jogo onde o treinador sueco teve (mais uma vez) engenho para manietar taticamente os portistas em sua casa.
Cada jogador teve direito a 1500 contos de prémio (o salário mínimo eram qualquer coisa como 30…) e o SL Benfica confirmaria o título nacional umas poucas jornadas depois.

2. FC Porto 0-1 SL Benfica (Final da Taça de Portugal,1982-83)
A FPF marcara a final da Taça para as Antas, em decisão controversa mas no início de temporada. Com o avançar da época, percebeu-se que o desfecho mais provável da competição seria um ‘Clássico’ e o SL Benfica tratou de recorrer aos tribunais para devolver a Taça ao Jamor.
Do Norte chegaram ecos de uma assembleia geral onde Pinto da Costa instruiu as tropas rumo à intransigência – ou se mantinha a final ali ou não havia jogo para ninguém. O conselho de disciplina da Federação, sem saber para onde se virar, adiou o jogo, que só ocorreria em agosto de 1983, já na pré-época de 83/84.
Fernando Martins, emoldurando seus dotes diplomáticos, confiou nas garantias que Eriksson lhe houvera dado e acedeu a que a sua equipa fosse às Antas disputar a Taça: e do alto de uma assumida superioridade moral, Carlos Manuel coroou o banho tático com uma bomba do meio da rua.
O Presidente, orgulhoso do seu sucesso, mas sem querer colocar em causa as boas relações institucionais que tentava manter com Pinto da Costa, rematou assim no final: “Fui eu que decidi que viéssemos às Antas, por uma questão de respeito pelo futebol e para evitar que o FC Porto pudesse estar sujeito a terríveis consequências”. Chapeau!

3. FC Porto 1-3 SL Benfica (1ª Divisão, 1971-72)
Os anos 70 significaram um volte-face nas relações competitivas entre SL Benfica e FC Porto, sobretudo em solo nortenho.
Os encarnados lá puxaram pelo brio e dignidade, que até aqui contavam com cinco vitórias em… 30 anos de jogos oficiais e nesta década venceriam seis jogos no Porto, com uma série irrepetível de quatro vitórias consecutivas, de 1973 a 1977.
A reviravolta começou no duelo de 1971-72, já o SL Benfica era o de Jimmy Hagan e já a linha atacante era monstruosa: Vitor Baptista, Jordão, Artur Jorge, Eusébio e Néné a serem suportados por Simões, Vítor Martins ou Toni.
Os portistas até se adiantaram primeiro e foram para o intervalo em vantagem, mas na segunda metade deu-se abalroamento das águias – com menos um, porque Humberto Coelho seria expulso aos 55 minutos – e o balanço certo para mais um campeonato imaculado.

4. FC Porto 1-2 SL Benfica (1ª Divisão, 1962-63)
Nunca foram fáceis as visitas benfiquistas à Invicta. Nos anos 40, apenas três triunfos; nos anos 50 nem um e era preciso chegar a 1963 para ver o SL Benfica triunfar novamente – treze anos de interregno – ou seja, nem ambos os conjuntos campeões da Europa conseguiram superiorizar-se ao FC Porto em sua casa.
Só a terceira equipa, a que alcança a terceira final da Taça dos Campeões consecutiva já com Fernando Riera, é que consegue quebrar o enguiço – e foi preciso Eusébio marcar o seu primeiro golo nas Antas dos 25 que marcou no ‘Clássico’.
1-2 final no placard e o primeiro de dois (!) triunfos do SL Benfica nas Antas na década dourada. Pouco. Aliás, eram batalhas tão pesarosas e intensas que foi numa delas que Eusébio foi expulso pela primeira vez na sua carreira, a 4 de Outubro de 1964.
Num empate a um para a Taça que foi depois resolvido em Lisboa, o remédio habitual às enfermidades sofridas a Norte.

5. FC Porto 2-4 SL Benfica (1ª Divisão, 1942-43)
Na 14ª jornada e ao 14ª jogo oficial em território portista, o SL Benfica ganhou, finalmente.
Em ano de banquete farto de conquistas – acumulando campeonato à Taça – os benfiquistas já tinham despachado de Lisboa os portistas com um… 12-2 (!) na bagagem, e viajaram até ao Campo da Constituição para empurrar os azuis e brancos para a cauda classificativa: acabariam a 20 pontos de diferença os rivais.
De consolo apenas a receita deste 2-4 com o SL Benfica, a maior da época e por pouco não foi a maior de sempre (o recorde vinha de 1939, ano de título portista): 117 contos. 585 euros aos dias de hoje. Curiosidade última o confronto húngaro nos bancos, com Lipo Hertzka, ex-benfiquista agora trabalhando a Norte, a opôr-se a Janos Biri."

Só a vitória interessa


"São assim as finais e todas as eliminatórias disputadas num só jogo, só a vitória interessa. Hoje, às 20h45, no Dragão, frente ao FC Porto, não é diferente, independentemente de se tratar de um adversário forte no seu reduto. Ganhar é a palavra de ordem. É com esse objetivo que a nossa equipa entrará em campo mais logo.
O treinador adjunto João de Deus reiterou, em conferência de imprensa de antevisão à partida, a mentalidade ambiciosa com que abordamos o jogo: "A equipa do Sport Lisboa e Benfica tem o intuito de ir ao Dragão para se qualificar para os quartos de final da Taça de Portugal."
Para João de Deus, será "um jogo de grau de dificuldade muito elevado", frente a um adversário "muito forte nas dinâmicas coletivas e individuais", o que "vai-nos obrigar a uma atenção permanente".
Este reconhecimento do valor do nosso oponente não implica, ainda segundo o adjunto de Jorge Jesus, que haja uma atitude expectante face ao que o FC Porto possa fazer na partida: "Também temos as nossas armas, queremos impor o nosso jogo e, dentro da estratégia que o míster definiu e planeou, ter sucesso e vencer." João de Deus acrescentou ainda: "Queremos ser uma equipa capaz de sobrepor as nossas virtudes e de alguma forma diminuir as nossas dificuldades."
É com o fito de vencer que hoje defrontamos o FC Porto. Queremos muito ganhar, é para obter triunfos, sempre, que todos trabalhamos dedicada e incansavelmente.
Vamos, Benfica!"

Vitória em Ovar...

Ovarense 79 - 86 Benfica
22-22, 21-16, 16-31, 20-17

Deu para ter uma 'branca' no 2.º período, e recuperar na 2.ª parte... apesar do aperto final!

Sofrido...

Modicus 1 - 2 Benfica

Muito sofrido, contra adversário extremamente agressivo, mas deu para somar os 3 pontos...

VAR: onde traçar a linha entre emoção e verdade desportiva?


"O VAR estragou-nos os golos. O júbilo da bola sacudindo as redes adversárias, aquele instante mágico em que saltávamos da cadeira, ficou contaminado pelo medo.
Já não sabemos celebrar. Devemos festejar loucamente, assustar a vizinha de cima com urros de alegria e correr o risco de levar com a desilusão do anulamento? Ou esperar como eunucos, indiferentes ao facto de a nossa equipa ter acabado de fazer um golaço bíblico, na cara do rival, no jogo do título?
O que é o futebol, afinal? Paixão ou ciência? E nós quem somos? Adeptos, ou monges zen da bola, que esperam placidamente que o árbitro comunique de forma assética o que se decidiu no posto de comando do VAR, para então erguer, timidamente, um punho ou encolher os ombros e prosseguir, como se fossemos meros funcionários da emoção?
O VAR – fique claro – veio melhorar em muito a verdade desportiva. O número de erros graves caiu drasticamente. Não podemos nem queremos voltar atrás, ao tempo em que não existia; mas, para cumprir a sua promessa de objetividade, precisa de ser melhorado. É que o VAR continua a ser humano, demasiado humano, e onde há intervenção humana, há possibilidade de erro. Só que, antes, aceitávamo-lo melhor porque o árbitro tinha de decidir na hora e podia não estar sequer na melhor posição para o fazer; agora, é mais difícil entender uma falha quando se levou uma eternidade a decidir, viu e reviu o lance de todos os ângulos e mais algum, bem sentado no conforto de uma régie na cidade do futebol ou onde quer que seja – e quando, entretanto, se deixou o estádio minutos sem fim em suspenso e se matou todo o clima do jogo que crescemos a ver e a amar.
Então, onde e como podemos melhorar o VAR e, com isso, melhorar o futebol?
O VAR continua a errar, particularmente na questão do fora-de-jogo, por duas razões. Um: porque a linha sobre a parte ativa supostamente mais adiantada do corpo do jogador não é traçada por uma máquina, mas pelo operador, em consenso com o vídeo-árbitro. E essa linha pode passar encostada aos dedos do pé ou sobre eles, ou no peito ou já quase no ombro, etc, etc, etc. E dois: porque, ao contrário do que se quer fazer crer, o momento escolhido para parar a imagem também é uma decisão humana e não completamente objetiva.
Mesmo as câmaras mais modernas não filmam a mais do que 50 frames por segundo. Na prática, isto significa que tiram uma fotografia a cada 0,02 segundos. A sequência rápida das imagens produz, ao olho humano, a sensação do movimento, mas o problema começa quando se quer identificar, com precisão cirúrgica, o instante em que é feito o último passe. Em que frame foi? Num, a bola parece ainda não ter tocado o pé do jogador; no seguinte, já toca totalmente… O operador, em princípio, vai escolher o segundo frame, mas o mais certo é que o passe tenha ocorrido algures entre um e outro.
Parece picuinhice? Em alta competição, as pequenas variáveis fazem toda a diferença. A questão já foi estudada em Inglaterra: se o jogador se movimentar a 35 km/hora, a margem de erro entre a escolha de um frame ou de outro pode resultar numa diferença tão grande como 38 centímetros. E sabemos como se anda a anular golos por dois e três centímetros… Até os radares da polícia têm uma margem de tolerância; não deveria haver uma para o VAR? Ou queremos transformar o futebol num arremedo de ciência exata?
Aguardamos, por isso, com expectativa as conclusões que a FIFA vai tirar da experiência da Taça das Nações Árabes. A competição foi o primeiro balão de ensaio do novo VAR semiautomático. O sistema baseia-se num conjunto de novas tecnologias, basicamente assentes em câmaras com sensores de movimento que transmitem a informação a um software equipado com inteligência artificial, que vai continuamente gerando um mapa 3D do posicionamento da bola e dos jogadores. A intervenção humana é reduzida ao mínimo, basicamente à decisão do VAR sobre se a linha e o instante do passe propostos pela máquina estão ou não corretos (daí que lhe chamem apenas "semiautomático"). Se as conclusões forem positivas, o sistema será adotado já a partir do Mundial do Qatar. E significará a redução do erro a quase zero no fora-de-jogo, e talvez mais importante ainda: do tempo de espera. A decisão será tomada de forma imediata, quase tão rapidamente como quando não havia VAR.
Esperemos que o futebol português aprenda com os bons exemplos e evolua depressa para este entendimento da margem de erro e implemente as mesmas regras que em Inglaterra já na segunda volta.
Se tudo correr bem, um dia destes nem nos lembraremos de que o VAR está lá. E vamos recuperar a alegria do golo – para desgraça da vizinha."

Informações falsas na CNN Portugal


"O Sport Lisboa e Benfica e o seu treinador Jorge Jesus refutam cabalmente a existência de qualquer acordo com o Flamengo para a libertação da sua equipa técnica mediante entendimento entre os clubes.
Jorge Jesus tem contrato com o Sport Lisboa e Benfica e está focado nos objetivos desportivos do Clube, sendo manifestamente falso e descabido que tenha demonstrado qualquer vontade de regressar ao Brasil nesta altura.
O Sport Lisboa e Benfica lamenta que, na véspera de uma partida decisiva para a sua continuidade na Taça de Portugal, um órgão de informação com a chancela CNN se predisponha a disseminar informações falsas e já desmentidas em direto pelo próprio representante do Flamengo.
Jorge Jesus, ao contrário do que foi divulgado pela CNN Portugal, não deseja voltar ao Brasil, mas sim voltar a ser campeão pelo Sport Lisboa e Benfica."