terça-feira, 16 de novembro de 2021

Vitória na Finlândia...

Cocks 32 - 37 Benfica
(18-15)

A 'boa notícia' está no facto do Benfica ter ganho, apesar de ter jogado mal... muito mal mesmo, principalmente na 1.ª parte!!!
Se hoje deu para vencer, para a semana com os Dinamarqueses, temos que jogar muitíssimo melhor!

Falsas informações sobre o Benfica


"O Sport Lisboa e Benfica repudia de forma veemente a campanha de desestabilização de que tem sido vítima ao longo dos últimos dias.
Nesta segunda-feira, a estratégia de propalar falsidades para desunir e dividir os Benfiquistas atingiu uma dimensão intolerável. É falso que o Benfica se encontre a preparar a saída de Jorge Jesus do comando técnico da sua equipa. É falso que o Benfica tenha estabelecido contactos com outros treinadores ou com os seus agentes.
Tal mentira desrespeita, de forma grave, não apenas o Benfica e o seu treinador Jorge Jesus, como também o Vitória SC, o treinador Pepa e, não menos importante, todos os princípios básicos do jornalismo.
Aos nossos adeptos deixamos um apelo claro. Que continuemos unidos, serenos e focados no objetivo que todos desejamos: ganhar. Ganhar sempre!
Saberemos ignorar quem nos quer mal e desvalorizar o que é falso e nos quer dividir.
Sucessivas mentiras, vezes sem conta repetidas, não se tornam verdade. Antes tornam-nos mais coesos e mais determinados em cumprir as ambições que temos para esta época."

De subestimados a campeões


"Em Portimão, o Benfica passou das críticas aos elogios

O mau arranque do Benfica no Campeonato Nacional 1976/77, em que nas primeiras cinco jornadas apenas venceu uma vez, para além de ter custado pontos também criou dúvidas acerca do seu valor. Mesmo após ter vencido quatro jogos consecutivos, a contestação à qualidade do futebol produzido pelos benfiquistas permanecia. Não era o Benfica que ganhava, eram as outras equipas que perdiam.
À entrada para a 10.ª jornada, apesar de os encarnados ocuparem o 2.º lugar  e de o Portimonense estar na antepenúltima posição, a certeza da vitória impregnada no discurso dos algarvios dava a sensação de que era o conjunto de Portimão que estava na vice-liderança da prova.
Adolfo, antigo jogador do Benfica, mostrava-se bastante confiante, afirmando: 'Já o disse várias vezes nesta semana, o Portimonense é cem por cento favorito! De momento, não somos nada inferiores ao Benfica'. Matine corroborava a opinião do colega: 'O Benfica tem, neste momento, a sua pior equipa dos últimos anos'.
Galvanizados pelo suposto mau momento dos encarnados, os algarvios entraram muito bem na partida e dominaram na primeira parte. Nos primeiros minutos do segundo tempo, a situação agudizou-se para o Benfica, com a expulsão do defesa Barros, e, pouco tempo depois, o Portimonense inaugurou o marcador. O lance do golo mereceu protestos por parte dos benfiquistas, que acreditavam que Sapinho estava em fora de jogo. Toni contestou de forma veemente, recebendo ordem de expulsão.
A perder por 1-0 e apenas com nove elementos, a derrota parecia certa! Contudo, os encarnados tiveram uma reação excepcional. Em poucos minutos, empataram o encontro, por intermédio de Vítor Baptista, e lançaram-se ao ataque. Perto do final, num livre à entrada da área do Portimonense, o mesmo Vítor Baptista, com uma execução sublime, fixou o marcador em 1-2.
A forma hercúlea como garantiram o triunfo mereceu rasgados elogios: 'Benfica, sub-Benfica de 1976/77, tão gloriosamente subestimado, e que estava condenado a perder. Passou para um Benfica que acabou por virar as coisas do avesso e impor, in extremis, a sua lei perante a surpresa e a perplexidade de um adversário meio deslumbrado e tonto'.
Motivados pela excelente prestação, os encarnados partiram para uma sequência fantástica, em que nas restantes 20 jornadas venceram 19 e empataram uma vez, conquistando o título. Saiba mais sobre esta brilhante campanha na área 6 - Campeões Sempre, no Museu Benfica - Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

Finalmente, encontraram o 'culpado'!!!


"Jogadores de FCP e SCP que são invariavelmente dispensados da seleção em alturas cirúrgicas. Uma seleção a arder com maus resultados e más exibições. Um treinador que se percebe a prazo e jogadores de topo mundial sem rendimento.
Mas a culpa é de um jogador que nunca contou!"

O regresso de Haris Seferovic | SL Benfica


"O regresso de Haris Seferovic promete agitar o ataque encarnado

Praticamente terminada a pausa para seleções, o futebol de clubes está de volta já este fim de semana e, no caso do futebol português, regressará com a disputa dos 16 avos-de-final da Taça de Portugal.
O SL Benfica defrontará o FC Paços de Ferreira, no Estádio da Luz, pelas 20:45h e constará na lista de convocados um nome que não surge noutro lugar senão na ficha clínica há bastante tempo.
Dois meses depois de ter estado afastado por uma lesão muscular que o impediu de alinhar pela equipa principal dos encarnados por um total de 16 jogos, Haris Seferovic está finalmente apto para voltar aos relvados e ser mais uma opção para Jorge Jesus.
O jogador suíço terá, na frente de ataque, a concorrência de Darwin Núñez, Roman Yaremchuk e Gonçalo Ramos – Rodrigo Pinho encontra-se a lidar com uma rotura de ligamentos, o que o afastará o restante da temporada -, pelo que a luta por um lugar no onze inicial será bastante acesa.
Darwin e Yaremchuk têm sido os habituais titulares da posição. Por sua vez, Gonçalo Ramos tem sido o habitual suplente. Não obstante, Seferovic tem histórico de aparecer quando menos se espera, isto é, a marcar bastantes golos vindo do banco de suplentes, tal como já aconteceu em temporadas passadas.
O suíço esteve convocado na goleada ao SC Braga, mas acabou por não ser utilizado por Jorge Jesus, que decidiu não lançar o avançado no jogo. Agora, após ter voltado aos golos num particular/treino frente ao Estrela da Amadora e beneficiando das ausências de Rafa Silva e Darwin Núñez, que se encontram lesionados, há uma janela de oportunidade para o suíço.
Também o facto de o internacional ucraniano Yaremchuk e o jovem internacional português Gonçalo Ramos terem estado ausentes para representar as suas seleções podem influenciar as escolhas do técnico do Sport Lisboa e Benfica.
O ponta-de-lança helvético já provou anteriormente a importância que tem na equipa e não sendo a “estrela da companhia” tem tudo para ser um elemento importante para atacar as diversas competições disputadas pelo SL Benfica. Pode-se considerar Haris Seferovic um verdadeiro suplente de luxo, até porque seria titular indiscutível em praticamente todas as equipas da liga portuguesa.
Na temporada transata o avançado de 29 anos apontou 26 golos e sete assistências em 48 partidas disputadas de águia ao peito. Pois bem, estes são números que fariam a maioria dos adeptos praticamente venerarem os jogadores, mas isto não acontece com Seferovic.
O internacional suíço ficou rotulado como o “patinho feio” desde que chegou e ainda que tenha mostrado mais do que suficiente para merecer a confiança dos adeptos, estes não lha concedem.
Esta é a sua quinta temporada a envergar o símbolo do Sport Lisboa e Benfica ao peito e apresenta um saldo de 69 golos e 23 assistências num total de 175 jogos. Estes são números de um avançado que merece mais do que aquilo que tem vindo a receber por parte dos adeptos.
Confesso que não sou apreciador do jogo de Seferovic, mas reconheço-lhe toda a importância que este teve nos últimos anos no SL Benfica.
Creio que, como já se tem tornado usual, Haris Seferovic vai conquistar o seu espaço no xadrez de Jorge Jesus e tornar-se-á numa peça fulcral para que o SL Benfica ataque todas as frentes em que se encontra."

Masoquismo nacional


"Não, não é por termos perdido que escrevo - escreveria mesmo que tivéssemos ganho, porque, de certeza, que teria sido à rasquinha essa vitória - aliás, como de costume.
Sejamos sinceros: tomou-nos o sangue uma estranha propensão para a auto-tortura, para a auto-flagelação. 
Feitos grandiosos levam-nos à exaurição - ficamos de rastos e toma-nos o pânico só de pensar em repetí-los. A grandeza sempre como excepção!
Temos Ronaldo, temos Cancelo, temos Bernardo e temos até o Jota, mas não temos uma grande equipa e, como acontece nestes casos, não temos um grande treinador. Somos adeptos da excepção, não da regra (o nosso feitio transgressivo faz com que nos pelemos por uma escapadela, como atestam as histórias de Alves dos Reis, de Dona Branca, João Rendeiro, ou do Robin dos Bosques à portuguesa, o Zé do Telhado): há um insanável hiato entre a inspiração individual e a transpiração colectiva, ou seja, temos, por exemplo, quem seja bom de bola, como nos demais sectores de actividade, mas não o somos enquanto expressão colectiva dessa privilegiada inspiração.
Somos boa gente, sem dúvida, mas algo nos falta que faça de nós um grande povo: precisamente a consciência de sê-lo. Temos Viriato, Afonso Henriques, Gama, Dias e Cabral, Magalhães e Colombo (sim, pois 15 anos de aturada investigação científica empreendida por Manuel da Silva Rosa e Eric J. Steele, arrasam a versão oficial: Colombo não era genovês, mas sim um espião português ao serviço de D. João ll), Nuno de Santa Maria, Vieira (o Padre pregador) e Bartolomeu dos Mártires, Pedro Nunes e Egas Moniz, Mouzinho, Sidónio, Salazar e Sá Carneiro- sim, temos, que a grandeza expressa-se sempre no presente, não no passado. Mas os feitos destes nossos maiores são invariavelmente entendidos como motivo de espanto- não era de esperar tamanha façanha.
É sempre o minimamente digno aquilo que nos satisfaz - só que apontar certeiramente para alvo tão ambíguo dá quase sempre para o torto: quem joga para empatar perde pela certa. Que era o que teria acontecido à Sérvia se tivesse vindo à Luz conformada com a fatalidade da aritmética. Está mais que visto que nos damos mal com o desígnio de fazer o que tem que ser feito: as expectativas do povo paralisam os protagonistas que, face ao desafio definitivo, se encolhem até à inanição - como aconteceu em 2004, ironicamente no mesmo palco.
Apesar da conjunção favorável de múltiplos factores - ou talvez por isso mesmo - o medo de falhar sobrepôs-se à vontade de triunfar.
Os treinadores não podem continuar a negligenciar o peso opressivo do antecedente: o subconsciente guarda tudo com beneditina diligência. E, como estamos muito mais habituados às experiências negativas, é a estas que mais prontamente nos dispomos a reeditar - como aconteceu ontem no Estádio que, sendo da Luz, virou casa assombrada em que todos os fantasmas da nossa estimação se juntaram para nos estragarem o S. Martinho. E, agora? Agora aguarda-nos esse objecto tão da estima dos portugueses, autêntico ícone da idiossincrasia nacional: a máquina calculadora!"