sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Futebol para todos!


"Na verdade, o grande jogo, batizado na língua inglesa como football, desenvolveu-se no devir dos tempos em muitas latitudes diferentes, baseado na competição de grupos pela posse de uma bola e na conquista de posições ou alvos. Foi assim em diferentes tempos e culturas, até que, durante a afirmação plena da economia industrial, as elites educadas inglesas inventaram as regras modernas, e estas foram sendo importadas um pouco por todo o lado por imitação do império inglês, que era hegemónico e o principal modelo desenvolvimento ocidental. Globalizou-se então o jogo, e não tardou a organização de estruturas associativas e federativas de níveis sucessivamente alargados, do regional ao continental e mundial. À medida que se acentua a globalização, acentuou-se a vivência social de futebol encurtam-se as distâncias em relação à vida dos clubes e, sobretudo, em relação aos jogadores.
O futebol é hoje, sem sombra de dúvida, o jogo mais popular e transversal da humanidade.
Ele é intrinsecamente democrático, nivelador das pessoas independentemente da sua condição, aproxima os diferentes e valoriza todo(a)s a cada um(a) de nós.
Mas só quando se dissiparem todas as desigualdade que ainda persistem na sua prática será verdadeiramente inclusivo e justo. O mesmo será dizer quando as mulheres, os cidadãos portadores de deficiência, os idosos e outros tradicionalmente arrecadados da sua prática passarem das bancadas, ou do sofá, para os relvados.
Na verdade, a paixão do futebol é património de todos, e a sua prática e fruição plena são um direito universal! O futebol é de todos e tem de ser para todos. É o que pensam os promotores do curso Football dor All, e é isso que procuramos, também, fazer na Fundação Benfica."

Jorge Miranda, in O Benfica

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"1
E já só resta 1. Até sábado passado, dos 143 adversários portugueses que a equipa de honra do Benfica já defrontara em competições oficiais, só a 2 não ganhara, o Trofense e o Gondomar. Que venha o Gondomar já na próxima época;

3
E são 3 as Supertaças ganhas pela nossa equipa feminina de polo aquático;

7
As dificuldades sentidas na Trofa já não surpreendem. Nas últimas 9 temporadas, foram 7 as vezes que selámos o apuramento pela margem mínima (Cinfães, Covilhã, Vianense, 1.º Dezembro, Olhanense, Paredes e Trofense). As excepções fora o Sertanense e o Cova da Piedade;

12
O Benfica completou 15 jogos em competições oficiais na presente temporada e alcançou a 12.ª vitória. Nas 96 temporadas em que disputou pelo menos 15 'jogos oficiais' (considerando todas as competições oficiais regionais, nacionais e internacionais), só em 12 venceu 12 ou mais vezes nas primeiras 15 partidas, sendo que apenas em 1982/83 fez melhor (15 vitórias);

15
Restam 15 clubes da Liga nos 16 avos de final da Taça de Portugal. Aos primodivisionários juntam-se 10 clubes da Liga 2, e 3 da Liga 3 e 4 do Campeonato de Portugal. O sorteio foi efectuado já depois do fecho da edição, espero que nos tenha calhado em sorte o Mafra ou o Serpa, clubes que nunca defrontámos, nem mesmo em jogos particulares;

30
Pizzi integra agora o top 30 dos futebolistas com mais jogos, incluindo particulares, pela 'primeira equipa' do Benfica. Soma 373, os mesmos que Jacinto Marques. Está a 9 de Artur Santos e a 12 de Ângelo;

32
André Almeida chegou aos 290 'jogos oficiais' pela equipa de honra do Benfica, igualando o registo de Adolfo. É agora o 32.º do ranking de jogos em competições oficiais pelo Benfica, a 3 de Cardozo."

João Tomaz, in O Benfica

Editorial


"1 - Personalidade, carácter, qualidade. Durante mais de 70 minutos o Benfica jogou de cabeça levantada perante o Bayern de Munique. Faltou a sorte do jogo num ou noutro momento decisivo em que poderíamos ter ficado por cima no resultado. O desenlace pesado não reflete nem a qualidade da exibição nem as oportunidades de que o Benfica também dispôs. É na capacidade de nos reerguermos já no domingo diante do Vizela que se desenha a nossa identidade. Os aplausos do público no final do encontro de quarta-feira dizem tudo: não é um revés que nos vai fazer deixar de acreditar nesta equipa e no enorme valor já bastas vezes por ela demonstrado.

2 - Nesta edição do jornal O Benfica destacam-se duas entrevistas que nos colocam entre as glórias que construíram a nossa história e as muitas que a vão continuar a escrever. Bastos Lopes leva-nos pela não numa viagem a grandes momentos de superação, momentos à Benfica! Bárbara Timo desvenda todo um horizonte brilhante que se vislumbra por aquilo que já fez e pela ambição que coloca em cada combate. Duas gerações distintas, a mesma indómita vontade de vencer pelo Benfica. Um privilégio para todos nós."

Pedro Pinto, in O Benfica

Supertaça para conquistar


"Assistimos a mais uma extraordinária noite de voleibol na Luz, com a nossa equipa a vencer, por 3-0, os finlandeses do VaLePa Sastamala, colocando-nos em vantagem na segunda ronda de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.
Os comandados de Marcel Matz voltarão a defrontar este adversário no próximo dia 27, desta feita em casa do adversário, e terão a oportunidade de carimbar a passagem à ronda derradeira para a definição dos dois clubes que se juntarão aos 18 já apurados para a fase de grupos da mais importante prova europeia de clubes. Antes, haverá mais um desafio a contar para o Campeonato Nacional, amanhã, dia 23, às 17h30, em Santo Tirso, no qual a nossa equipa procurará somar novo triunfo.
Mas a noite não foi perfeita, pois a nossa equipa de hóquei em patins saiu derrotada do rinque do FC Porto, por 4-3, num jogo em que, mais uma vez, a arbitragem se fez notar, com influência negativa, no decurso da partida. O facto de constatarmos que não começámos bem a temporada não nos pode impedir de exigir equidade na aplicação das leis do jogo.
O hóquei em patins, mas no feminino, dá-nos oportunidade, neste fim de semana, de conquistarmos mais um troféu. Sábado, às 12h00 em Alverca, a nossa equipa lutará com o CACO pelo triunfo na Supertaça. Apelamos aos Benfiquistas que se desloquem ao Pavilhão Municipal de Alverca para apoiar as octocampeãs nacionais.
Serão muitas mais as nossas equipas a defender as nossas cores e emblemas ao longo dos próximos dias.
Desde logo, no futebol, teremos o regresso ao Campeonato Nacional, em Vizela (domingo, 18h00), com o objetivo de regresso aos triunfos. A equipa B atuará no Benfica Campus, frente à Académica, às 18h00 de sábado. Haverá dérbi nos Sub-23, em Alcochete (domingo, 13h00). E as equipas de Sub-19, Sub-17 e Sub-15 jogarão todas na condição de visitado: Amora (sábado, 11h00), Casa Pia (domingo, 11h00) e Oeiras (domingo, 11h00), respetivamente.
No andebol, com a nossa equipa regressada da Alemanha com um notável triunfo na bagagem, hoje é dia de deslocação curta à Boa-Hora (20h00). Vencer é o objetivo. A equipa feminina visita a SIR 1.º de Maio (amanhã, 19h00).
No basquetebol, depois da vitória antes os russos do Parma-Parimatch, a nossa equipa tem a deslocação à Madeira para enfrentar o CAB (sábado, 12h30), enquanto, no feminino, as campeãs nacionais em título recebem o CDEFF (domingo, 15h00).
Finalmente, no que a equipas seniores respeita, está ainda agendado um Benfica-Leixões em voleibol feminino (Luz, domingo, 17h00) e um Técnico-Benfica, em râguebi, hoje às 20h00.
Há muito Benfica para apoiarmos e ajudarmos a somar vitórias.
Vamos, Benfica!"

Rui Costa: ser pessoa para ser líder!


"Se bem me lembro, desde que me conheço sempre convivi com jogadores de futebol: em criança e rapaz, no Estádio das Salésias, com a veemência de quem neles via a elite dos meus sonhos e dos meus mais calorosos sentimentos; já adulto e como dirigente do Belenenses e estudioso do “fenómeno desportivo”, consciencializando que um clube não se refaz com os discursos e as arengas de alguns oportunistas, mas acima do mais com os desempenhos gloriosos dos seus atletas, fruto de uma indispensável gestão sapiente e criteriosa; hoje, tendo a certeza que o calor (o sentimento) penetra mais fundo do que a luz (a razão), no entanto só há histórias de sucesso, com trabalho, competência e liderança, onde sentimento e razão se encontram integrais e em colaboração permanente. O atual presidente do S.L.Benfica e antigo futebolista, Rui Costa, foi, entre os profissionais portugueses desta modalidade (e eu vejo futebol, com assiduidade, desde 1939) um dos mais dotados intérpretes (refiro-me a portugueses tão-só) de um futebol pensado, racionalizado, com presunção magistral. Antes dele, conheci outros: o Mariano Amaro, do Belenenses; o Pinga e o Hernâni, do F.C.Porto, o José Travassos, do Sporting, o Coluna e o Toni do S.L.Benfica e o Rocha (o Rochinha, como lhe chamavam) da Associação Académica de Coimbra. Depois, com as características deste friso de intelectuais que venho de apresentar, é que surgiu o Rui Costa. Intelectuais? É evidente: para mim, só alguém que sabe pensar interpreta o futebol como eles (incluindo o Rui Costa) o interpretavam. Nenhum deles tinha a rapidez, a espontaneidade, a velocidade do Albano, do Bentes, do António Simões; nem a elegância do José Augusto, do José Águas, do Artur Jorge, do dr. António Oliveira (F.C.Porto e Sporting); nem a força e a certeza no remate do Fernando Peyroteo, do Araújo, do Eusébio, do Matateu e do Fernando Gomes (F.C.Porto) – mas ensinavam, com a bola nos pés, que no futebol também há o sentimento da medida e das proporções, em poucas palavras: que o futebol é ciência também. A propósito do Fernando Peyroteo: por que se esquece, demasiadas vezes, que este possante rematador marcou 694 golos, nos 432 encontros em que participou?... Há sempre aquela resposta muito apressada: “O futebol era outro”. Se assim é, daqui a 100 anos, o futebol é outro necessariamente e portanto o que o Cristiano Ronaldo genialmente conseguiu… não vale nada!
Estou certo que no outro mundo o Sr. José Maria Pedroto (que tanto gostava de ouvir-me porque, dizia-me ele: “é que o meu amigo diz diferente”), com a sua probidade meticulosa, aprova esta minha afirmação: já era tempo de um antigo (e famoso) jogador de futebol ser, de facto e de direito, o presidente de um Clube, como o Sport Lisboa e Benfica. O meu querido Amigo, Jorge Jesus, já disse o mesmo. Ele sabe que a teoria não é prática, quero eu dizer: que, sem a prática, a teoria não transforma. Ou seja, numa ação, há uma relação mediata da teoria com a prática. Um exemplo: só quando os agentes sociais encarnam uma determinada teoria, uma revolução é possível. Portanto, para mim, a prática é mais importante do que a teoria e a teoria só é válida, quando é a teoria de uma determinada prática. Mas, tudo isto, sem esquecer o papel orientador da teoria. Jogadores, como o Rui Costa foi, inundavam de inteligência os campos de futebol e não só da labareda vivaz do sentimento clubista. Sim, é verdade que o ser humano é mais emoção do que razão, mas não é menos certo que se notava, no seu futebol, uma original inteligência. Ainda hoje, se pudesse voltar aos 20 ou aos 30 anos de idade, ele teria lugar, sem muitas dúvidas, na seleção nacional.
E uma pergunta levanto, imediatamente: E por ter sido um grande jogador de futebol tem as características necessárias a um grande dirigente desportivo? Pode ter, ou pode não ter. De facto, a primeira qualidade de um líder é esta: ser pessoa! Ou seja, ser um exemplo de humanidade. Quero eu dizer então que o líder não tem defeitos? Todos temos defeitos. Lembram-se das palavras de Jesus Cristo, quando meia dúzia de hipócritas pretendiam lapidar a mulher adúltera? “De todos vós quem não pecou nunca seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. Repito-me: todos temos defeitos. A diferença entre uma pessoa honesta e quem o não é, não está na ausência de erros, defeitos ou pecados, mas no arrependimento do mal que praticou e na subsequente transformação. Também muitos dos santos de maior culto foram pecadores que sucumbiram às tentações de funestos pecados (Santo Agostinho, por exemplo). Mas arrependeram-se e transformaram-se e são santos, hoje.
Para mim, o facto de o líder ser uma pessoa de “virtude” (a palavra pode não ter aqui qualquer conotação religiosa) significa um enraizamento, em tudo o que procura fazer, no Bem, no Belo e no Justo. E permite-lhe, assim, que os seus colaboradores o admirem e nele confiem – admiração e confiança, que me parecem a “conditio sine qua non” de uma liderança. Não sou um especialista na “liderança no desporto”. Conheço dois, em língua portuguesa: os Doutores Jorge Araújo e Luís Lourenço. Em sua homenagem os cito, como estudiosos desta área do conhecimento. Começo pelo Jorge Araújo: “A oposição é um factor de progresso. Quanto maior é a oposição que se nos depara, melhores condições temos para o desenvolvimento das nossas capacidades e optimizar o rendimento. Importa, por isso, apelar constantemente aos que vencem num determinado momento, para que não esqueçam que hoje eles, amanhã outros, precisam da presença competitiva daqueles que os confrontam” (A Busca da Excelência (Guerra & Paz, Lisboa, 2011). Abro agora o livro de Luís Lourenço, Liderator – A excelência no desporto, Prime Books, Lisboa, 2011): “A ausência de pretenciosismo, em Guardiola é acompanhada por uma feroz, quiçá até férrea, determinação, em relação à vitória, mas, na hora de ganhar, o técnico é um líder que manifesta uma modéstia e uma humildade invulgares. Após alcançar títulos, para o Barcelona, a imprensa atribuía o mérito a Pep, mas a resposta do catalão é representativa da sua forma de ser e de estar: os títulos são do Barcelona, não são meus. Guardiola minimizava assim a sua importância e olhava claramente mais para a janela do que para o espelho, na medida em que, apesar dos grandes feitos alcançados para o seu clube, atribuía as memoráveis conquistas aos seus colaboradores”(p. 133). De facto, o pensamento do especialista, na nossa pós-modernidade, é um “pensamento débil”, porque em qualquer processo investigativo, não se procura só a “coisa-em-si”, mas todo o jogo de relações que a constituem também. Daí, a interdisciplinaridade, nos grandes centros de investigação…
O italiano Gianni Vattimo, em livro que tenho em minha casa, em tradução castelhana, Las aventuras de la diferencia (Ediciones Península, Barcelona, 1986) escreve, com o aceno concordante de muito “aristocrata intelectual”(usei, aqui, o termo “aristocrata”, no mais puro significado etimológico do “aristos” grego): “Construir el superhombre, en el Zarathustra, significa, ante todo, construir un mundo. El superhombre no es posible como simple indivíduo excepcional (…): el existe solo en cuanto que tiene un mundo” (p. 87). Hoje, a cabeça de um presidente, n um clube de futebol, afoga-se em indecisões, se não tem por si a colaboração de um grupo, de certas áreas do saber e com o “quantum satis” de saber do futebol. É o líder que decide, mas com a humildade de reconhecer que não sabe tudo, mesmo no futebol. Já li muitos livros sobre treino desportivo, já procurei aprender com muitos treinadores e jogadores e, no fim de dez ou vinte anos de leituras e conversas, perceciono que de largas manchas daquele discurso se evola o ranço do já muito lido e ouvido. Na alta competição, designadamente no futebol, há “génios” em demasia… por isso o erro é tão frequente! Não, eu também não sei de futebol e o pouquíssimo que sei o devo, tanto a alguns “agentes do futebol” como ao grupo reduzido de pessoas, que nunca me converteram em discípulo, mas que são de facto meus Mestres. A uma revolução científica precede-a sempre uma revolução das mentalidades e o esfarelar da ditadura de algumas certezas. Ora, no futebol, há certezas que estão por criticar e desmantelar. Mas não só no futebol. O Agostinho da Silva assim o pensava: “uma das desgraças de Portugal é que foi sempre governado pelo vedor da Fazenda, quando este deveria ser o simples caixa de uma empresa a dirigir pelo Ministério da Cultura” (Dispersos, p. 563). Quero eu dizer, afinal, que não basta ser ex-jogador de futebol. para ser o presidente do Benfica, nem um adepto intransigente do Benfica. Mas que ser ex-jogador de futebol ajuda, desde que o presidente saiba valorizar o humano, em si e nos outros."

Caminho aberto...

Benfica 3 - 0 Sastamala
25-23, 25-21, 25-18


O melhor elogio a esta equipa, é que na Europa, na Champions, estivemos longe do nosso melhor, e demos 3 secos!!!
Para a semana, na Finlândia, 2 Set's são suficientes, para passar para a 'última' eliminatória antes da fase de grupos da Champions...

Mais do mesmo...!!!

Corruptos 4 - 3 Benfica

Jogo estranhíssimo, que acabou da mesma forma, como normalmente terminam os jogos com os Corruptos!!!

Esta equipa está num péssimo momento, hoje, começamos o jogo a perder, e o 3-0 ao intervalo, parecia antever uma goleada...!!!
Mas no 2.º tempo, as coisas, mudaram... e o Benfica fez uma coisa super-anormal: fomos eficazes nas Bolas Paradas... a pressão começou a fazer-se sentir, e empatámos 3-3...
O empate foi tão surpreendente, que nem o 4-3 conseguiu 'acalmar' os Corruptos! Continuámos a ser perigosos, e nos últimos minutos só não empatámos, novamente (ou até poderíamos ter passado para a frente...), porque os apitadeiros não quiserem!!! Foi um festival de faltas inventadas contra... e nenhuma a favor do Benfica na parte final! Até conseguiram transformaram uma falta em três contra o Benfica...!!!