segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Comunicado


"A Direção do Sport Lisboa e Benfica reuniu formalmente pela primeira vez após as eleições de dia 9 de outubro, com um ponto central em agenda: a atribuição de pelouros a cada um dos seus elementos.
Nesse sentido, ficou definido que Luís Mendes assumirá o pelouro Financeiro e Relações com o Mercado; Jaime Antunes será responsável pelas áreas do Património e Revisão Estatutária; Fernando Tavares manterá o pelouro das Modalidades; Manuel Brito irá supervisionar a Expansão Internacional; Sílvio Cervan permanece responsável pela área jurídica e Domingos Almeida Lima pelas Casas do Benfica e Fundação Benfica; Rui do Passo assume a área da Inovação e Tecnologia e José Gandarez a área Comercial e Relações Institucionais.
Após explícita solicitação pública, e indo ao encontro do que foi anunciado antes do período eleitoral, a Direção do Sport Lisboa e Benfica deliberou receber o Sr. John Textor no Estádio da Luz, esta quinta-feira, com o intuito de ouvir as suas intenções relativamente ao Clube."

Fim de semana agridoce


"Temos mais uma Supertaça a caminho do Museu Benfica — Cosme Damião (polo aquático), celebrámos medalhas no judo e obtivemos bons triunfos ao longo do fim de semana, mas as derrotas inesperadas e desapontantes no futsal e hóquei em patins impedem-nos a plena satisfação sempre almejada.
A nossa equipa feminina de polo aquático tem-nos habituado, ao longo dos últimos anos, à incessante conquista de títulos e troféus. Desta feita, as bicampeãs nacionais venceram a Supertaça pela terceira vez consecutiva, triunfando, por 15-12, ante o CA Pacense.
No judo, Bárbara Timo esteve em grande destaque no Grand Slam de Paris ao subir à posição cimeira do pódio na categoria -63 kg. O ouro da nossa magnífica atleta não foi caso isolado no pecúlio benfiquista conseguido na competição: Anri Egutidze, na categoria -90 kg, alcançou o bronze.
Ontem já abordámos a passagem à 4.ª eliminatória da Taça de Portugal de futebol, cumprindo-nos agora destacar os triunfos das equipas de juniores e juvenis nas deslocações a Alverca (1-3), frente ao 2.º classificado, e Cova da Piedade (0-3), que ocupa a 5.ª posição, respetivamente. Somos líderes de ambas as séries, isoladamente no caso dos Sub-19.
Nas modalidades de pavilhão, o triunfo, por 3-0, ante o SC Espinho, que se apresentou na Luz invencível na presente temporada, tratou-se de mais uma demonstração do bom momento que a nossa equipa de voleibol atravessa. Vencemos também em basquetebol, ante a Oliveirense (97-70) e andebol, frente ao Póvoa (38-30). No hóquei sofremos uma derrota, por 3-5, na Luz com o Tomar e, no futsal, perdemos 3-1 em Ponte de Sor com o Eléctrico.
Quanto às equipas femininas, ganhámos em basquetebol (no Guifões, 26-87), empatámos a 27 golos na visita ao ABC, tivemos uma vitória (V. Guimarães) e uma derrota (AJM/FC Porto) em jornada dupla no voleibol e perdemos na visita ao CACO no hóquei em patins, em que a nossa equipa esteve desfalcada de cinco atletas ao serviço da Seleção Nacional para o Campeonato da Europa.
Por fim, voltamos a apelar aos benfiquistas para que enchamos o Estádio da Luz na próxima quarta-feira e apoiemos a nossa equipa frente ao Bayern. E aproveite para marcar presença nos nossos pavilhões no mesmo dia: Benfica-Braga, em futsal, às 17h00, e Benfica-Parma Parimatch, em basquetebol, para a FIBA Europe Cup, às 21h30.

P.S.: A não perder hoje, na BTV, a Reportagem Especial "O Manto Que Os Une". Quando duas gerações se tocam numa conversa sobre a pureza do futebol, o resultado só pode ser especial. José Augusto, bicampeão europeu pelo Benfica, e Gonçalo Ramos, uma das novas pérolas provenientes da formação, refletem sobre o ontem e o hoje do Clube. A bola, as chuteiras, a amizade e a camisola são parte da conversa. E até os tempos livres nos estágios são comparados. Dos jogos de cartas de ontem aos videojogos de hoje
E numa altura em que o popular FIFA 22 lança a camisola dos anos 60 do Benfica, para gáudio dos aficionados, José Augusto tem a palavra sobre os méritos de colegas que tanta saudade deixaram.
Uma reportagem que culmina com vistas-meias para o Barreiro do antigo extremo-direito. Local de reflexão sobre a vida. A não perder, esta noite na BTV, às 21h30."

Cancelo, o outro melhor do mundo


"Listam-se os melhores jogadores portugueses do momento, desconta-se Cristiano Ronaldo que as lendas não se devem misturar nem sequer com os incomuns dos mortais, alinham-se obviamente Bernardo Silva e Bruno Fernandes, por esta ou outra ordem, consoante se valorize mais o jogo associativo ou o rasgo finalizador, espera-se pela explosão de Félix, o atacante mais diferenciado nascido desde a mudança de século, mas normalmente esquecemo-nos dele. E não devíamos. Por uma razão simples: João Cancelo é muito provavelmente o melhor lateral que o país viu em mais de 40 anos e seguramente tão bom na função que lhe reservam, no mínimo, quanto qualquer dos outros que citei com exceção de CR7.
Naturalmente não vi Cavém em campo, nem Virgílio ou sequer Hilário, mas cresci com Artur, o ruço da raça insuperável, benfiquista que também jogou no Sporting, depois com Gabriel, o primeiro a quem me lembro de chamarem “lateral moderno” por atacar como ninguém naquele FC Porto de Pedroto cheio de campeões com bigode, mais Pietra, do Belenenses e depois do Benfica, talvez o único tecnicamente comparável a Cancelo, como ele destro natural mas lateral competente em qualquer dos lados e com tanta qualidade nos pés que jogar a médio também se tornava frequente e fácil para o lisboeta da cabeleira farta. Apareceu depois João Pinto, sempre o homem da primeira Taça dos Campeões do FC Porto, de pulmão imenso e fibra para dar e vender, Veloso, na mesma linha, de entrega total e longevidade rara com a braçadeira da águia, e depois Inácio e Álvaro, mais tarde Secretário, Dimas, Abel Xavier, Rui Jorge, Paulo Ferreira, Nuno Valente, Miguel, Bosingwa, Fábio Coentrão, Nélson Semedo, Raphael Guerreiro, tantos de qualidade, outros que agora esqueço, estou mesmo convencido que nenhum como João Cancelo.
Filho do Barreiro, como tantos históricos de gerações anteriores, fez o percurso mais comum desses que o antecederam (José Augusto, Bento, Frederico, Carlos Manuel), do Barreirense para o Benfica, craque anunciado na puberdade dos sub-15 encarnados, desperdiçado pelo Benfica apesar do dinheiro da venda, na tradição de dificuldade nacional de acreditar a sério nos mais novos, mesmo nos melhores. Aparentou sempre alguma instabilidade emocional mas a qualidade foi tanta que superou a trintena de jogos, em qualquer das épocas no Valência como depois no Inter e na Juventus. E finalmente o City. E Guardiola, que quer sempre atacar também com os defesas, soltar desde trás os que superam o homem e ganham espaço. Foi preciso domá-lo primeiro para o libertar a seguir, e agora é vê-lo até em zona defensiva a driblar avançados, como só me lembro de acontecer com Leandro, lenda de pernas arqueadas do Flamengo e daquele Brasil de 82 que os tipos da minha idade não esquecem.
Cancelo é único no modo como galga metros em posse ou para recolher a bola no espaço, ao longo da linha como nos pedaços de relva onde mais adversários se acumulam, é o lateral que pode ser o que quiser: passa como um médio, assiste como um extremo, finaliza como um avançado. Em linguagem matemática seria um conjunto singular, para mim é o paradoxo admirável do jogador que é ao mesmo tempo especialista e multifunções. O que Cancelo faz, tanto e tão bem, poucas vezes vi noutros laterais em décadas, eu que me lembro de Kaltz e Gerets, Júnior e Briegel, que amei Cafu, Lahm, Roberto Carlos e Marcelo, que talvez nunca tenha visto melhor que Dani Alves. Na atualidade há dois ou três que caminham num nível próximo, Hakimi e Alexander-Arnold, com Dest a prometer chegar-se, mas nenhum me surge tão completo como o português. O melhor do mundo é designação guardada para habitantes do Olimpo, como Messi e Ronaldo, etiqueta só muito pontualmente colada um degrau abaixo, em Modric ou Lewandovski, raramente reservada a outras funções em campo, mesmo se este ainda pode ser o ano de Donnaruma, na tarefa mais específica de todas. Na tarefa de Cancelo, nessa que ele cumpre com competência mas depois multiplica como num milagre bíblico, não há outro igual. Estou mesmo convencido de que é o melhor lateral português que já vi e parece-me justo que se olhe para ele como o nosso outro melhor do mundo por estes dias."

Em frente na Taça


"Está selada a passagem à quarta eliminatória da Taça de Portugal com o triunfo na Trofa, por 1-2 após prolongamento, ante um Trofense que, com mérito, soube dificultar ao máximo a tarefa da nossa equipa.
Não está em causa, no entanto, a justiça do resultado. A nossa equipa, como era a sua obrigação, desde cedo tomou conta do jogo e foi criando, ao longo da primeira parte, várias oportunidades de golo que pediam outro resultado. A vantagem benfiquista de um golo, assinado por Everton, verificada ao intervalo era manifestamente curta face ao que se passou em campo.
No segundo tempo, a toada do encontro manteve-se, apesar do menor número de ocasiões de golo criadas pela nossa equipa. Até que, já à entrada dos últimos dez minutos do tempo regulamentar, num dos poucos lances contrários junto à nossa baliza, surgiu o empate, que se manteve até ao apito final. No prolongamento, com ambas as equipas a denotarem dificuldades físicas, continuámos mais fortes e o golo solitário de André Almeida selou o nosso apuramento.
Para Jorge Jesus, a exibição da equipa na primeira parte justificava uma vantagem de “dois ou três a zero”. Não aconteceu e há que reconhecer o mérito do adversário que, tal como Jorge Jesus fez questão de enaltecer, “acreditou sempre, procurou e empatou”.
André Almeida, autor do golo do triunfo, considerou que “o mais importante foi sairmos daqui com a vitória e a passagem à próxima fase da prova”.
Numa partida realizada praticamente um ano depois da grave lesão que o afastou dos relvados durante dez longos meses, o capitão fez o primeiro jogo completo desde o regresso ao ativo, um facto que não passou despercebido: “Estou muito feliz por me sentir cada vez melhor fisicamente, espero que com o meu crescimento também possa ajudar a equipa como fiz hoje.”
Agora é tempo de iniciar a preparação para o desafio com o Bayern Munique, a contar para a terceira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões (quarta-feira, dia 20, às 20h00). O apoio dos benfiquistas coloca sempre a nossa equipa mais perto de atingir os objetivos. Todos à Luz!"


PS: Parabéns ao Anri Egutidze, pela medalha de Bronze, no Grand Slam de Paris, a prova rainha do circuito do Judo internacional! Não foi o Ouro da namorada(!), mas o Bronze merece destaque!

FC Porto e a suprema hipocrisia


"Estávamos em junho de 2017 quando o SL Benfica é escandalosamente roubado frente ao Sporting CP, em hóquei em patins, num jogo decisivo que daria o campeonato ao Benfica, em caso de vitória. O Benfica marca um golo limpo a poucos segundos do final e o árbitro decide anular o golo de forma premeditada numa decisão absolutamente inexplicável. Esse golo daria a vitória ao Benfica e o respetivo campeonato, mas o árbitro assim não o quis e ofereceu o campeonato ao FC Porto, que se viria a sagrar campeão graças ao empate do rival.
Como manifesto de revolta, o Benfica entendeu que deveria tomar uma posição de força e decidiu não comparece à “final four” da Taça de Portugal, falhando o jogo frente ao FC Porto, onde se adivinhava novo roubo, como é apanágio nesta modalidade quando o adversário é o clube da cidade invicta.
Rapidamente a Comunicação Social e os peões afetos ao FC Porto se apressaram em criticar de forma implacável a posição do Benfica. Paulo Rodrigues, vice-presidente da Federação de Patinagem de Portugal, apelidou como “falta de respeito” a atitude do Benfica e disse que representava uma “página negra no hóquei em patins português”. Este mandou ainda a indireta de que o Benfica deveria descer de divisão, referindo que "uma equipa que desista na primeira divisão é despromovido à 3ª divisão, uma equipa que falte à Supertaça António Livramento é despromovido à 3ª divisão, no caso da Taça de Portugal essa penalização não existe. É óbvio que esta é uma situação que ninguém espera, ninguém prevê. Vamos ter que prever no futuro.”.
Hélder Nunes, capitão da equipa de hóquei em patins do FC Porto, foi ainda mais longe, e disse que "a falta de comparência propositada não é só uma 'falta'. É a falta de respeito pelo adversário, é a 'falta' de consideração pela organização da prova, é a 'falta' de desportivismo pelos clubes que eliminaram, é a 'falta' de afeto pelos amantes da modalidade, é a 'falta' de dever por todos aqueles que investiram monetariamente para comprar o ingresso para assistir ao jogo e, substancialmente, é a 'falta' de amor pela modalidade... Quem toma esta atitude não deve nem pode estar no desporto. Independentemente dos argumentos, só perdes quando desistes de lutar.”. Ou seja, nas palavras do então capitão da equipa de hóquei em patins do FC Porto, o Benfica deveria ser erradicado para sempre do hóquei em patins.
Agora tudo mudou.
No desfecho do último jogo da final dos 'play-offs' em basquetebol, ganho pelo Sporting por 86-85, na época passada, o FC Porto criticou duramente a arbitragem e admitiu deixar a modalidade. A equipa azul e branca sentiu-se injustiçada e, em comunicado, disse que não disputaria mais nenhum jogo que fosse arbitrado por Fernando Rocha, Paulo Marques (ambos da AB Porto) e Carlos Santos (AB Lisboa).
Como a Federação Portuguesa de Basquetebol se considera idónea e entende que não é o FC Porto quem estipula que árbitros podem ou não arbitrar os seus jogos, decidiu então nomear Paulo Marques para o FC Porto - Ovarense, num encontro que estava agendado para as 17h de ontem. O FC Porto, numa tomada de força, decidiu reforçar as palavras do comunicado lançado na época passada e não compareceu ao jogo, boicotando o mesmo e voltando para casa sem o disputar.
Não bastava roubarem em praticamente todas as modalidades onde estão inseridos e ainda exigem escolher os árbitros que arbitram os seus jogos. Parafraseando as palavras do antigo capitão do FC Porto, “quem toma esta atitude não deve nem pode estar no desporto”. Não poderíamos estar mais de acordo.
Esperemos que a Comunicação Social, tão lesta em criticar o Benfica, esteja atenta às movimentações do FC Porto e aborde o assunto sem rodeios. Este é o verdadeiro ADN do FC Porto, que, como uma vez disse Alex Ferguson, “compra os campeonatos no supermercado”."

Hora de ser Feliz, Jota


"Há sempre a tendência de ao vermos o sucesso de um jogador num determinado contexto, lamentarmos a sua partida, e até culparmos tudo menos o próprio jogador por não ter resultado no clube anterior. Já foi assim com tantos jogadores, e será também com Jota.
Não sei se o extremamente talentoso extremo da formação do Benfica teria condições para ser mais utilizado ou para render mais. O que me parece claro é que Jota precisava de um contexto no futebol sénior que o transportasse para a realidade que viveu enquanto atleta de formação. Ser o melhor, ter sucesso, recuperar a felicidade de jogar futebol e com isso voltar a ter confiança para “soltar os seus truques”.
Não lamento não ter (ainda) triunfado em Portugal. Não conhecendo nem tendo dados para o afirmar, e num mero exercício especulativo, acredito que Jota mentalmente precisava muito deste desafio para que um dia mais tarde possa ainda cumprir o tanto que prometeu.
Fica a saber que não vais nada tarde, miúdo! Essa pressa que vos colocam na cabeça é o que tantas vezes vos prejudica e faz passar ao lado do próprio destino."

CD Trofense 1-2 SL Benfica: Não faltou alma…nem Almeida


"A Crónica: (Quase) Houve Taça, Em 120 Minutos de Alma, e Almeida
O SL Benfica deslocou-se à Trofa e sofreu para vencer o CD Trofense por 1-2 num jogo marcado pela grande alma trofense e pela ineficácia da equipa da luz, que teve em André Almeida o grande decisor de jogo.
Foi um SL Benfica intranquilo porém mais forte que, finalmente, quebrou o enguiço perante o CD Trofense. À terceira foi mesmo de vez para o clube da luz, que venceu, pela primeira vez na história (uma vitória e uma derrota nos únicos confrontos em 2008/2009) o emblema da Trofa num jogo que se verificou bem mais complicado do que se esperava.
O jogo principiou e acabou, surpreendentemente, tremido para a equipa da Luz. O CD Trofense – subido e destemido – entrou com tudo e várias vezes forçou o erro na defensiva encarnada. Desde cedo, seja no momento sem bola, ou na hora da bola parada, foi notório que a equipa da casa não vinha para ‘picar o ponto’. Pelo contrário.
O primeiro susto para Jorge Jesus surgiu logo ao minuto 12, com um facilitismo de Helton Leite que quase dava num golo de bandeja para Bruno Almeida.
De seguida, João Paulo Gomes cabeceou por duas vezes e deu o mote para o que se seguia – o golo anulado à equipa da Trofa. A jogada foi quase perfeita: Vasco Rocha encontrou Bruno Almeida entrelinhas, que perfurou e encontrou Elias – entrado ao minuto dois – naquele que seria o único golo da equipa da casa, no entanto, irregular.
Ainda assim, esta pressão alta do CD Trofense teve os seus malefícios, principalmente quando a bola chegava com tempo e espaço para os criativos encarnados.
Pizzi, Cebolinha e Taarabt foram os principais homens em destaque no primeiro tempo.
Cebolinha, após duas tentativas, consegui mesmo marcar. Pode-se dizer que à terceira foi de vez. Numa deambulação da esquerda para o meio, Cebolinha atirou uma autêntica bala fora de área e inaugurou o marcador na Trofa. 0-1 ao minuto 22.
Depois do golo, uma tempestade de oportunidades para o SL Benfica, que via Rodrigo Moura realizar uma partida tremenda.
Ao intervalo, a vantagem mínima permitia o CD Trofense sonhar, enquanto o SL Benfica apenas podia queixar-se de si próprio por não conseguir ampliar o marcador.
No início da segunda metade, a toada não se alterou. O SL Benfica por cima, porém, com a sensação de que o CD Trofense a qualquer momento poderia ter o «o seu momento».
Aliás, a ineficácia e incapacidade de gerir ritmos, até podem não ser amigos, mas andaram de mãos dadas com o SL Benfica o jogo praticamente todo. O clube da luz não foi eficaz e, ao minuto 80, sem criar muitas oportunidades os homens da casa avivaram a partida com um golo de Pachu após assistência perfeita de Tiago André.
Tudo empatado ao fim dos 90 min (1-1), o jogo seguiu para prolongamento.
O início do prolongamento não podia ter sido mais penalizador para a equipa da casa. O passe a rasgar de Weigl foi perfeito e André Almeida – numa arrancada de assinalar – não vacilou perante Rodrigo Moura.
1-2 para o SL Benfica. Um resultado que, até final, não iria sofrer quaisquer alterações. Vitória para os encarnados num jogo de grande espírito e muita festa, como é costume na Taça de Portugal.
Independentemente do desfecho final, a equipa da Trofa pode afirmar que se agigantou perante o clube encarnado e que «quase fez Taça».

A Figura
André AlmeidaPodíamos ter destacado Vasco Rocha – exibição exímia e sentido posicional fantástico – mas André Almeida foi quem acabou por efetuar o golo decisivo do SL Benfica e quem trouxe a alma necessária num jogo dificílimo.

O Fora de Jogo
Lesões prematuras O minuto 2 já pressagiava, e acabou mesmo por se revelar um jogo marcado por três lesões, sendo que duas delas aconteceram de forma muito precoce no jogo. Uma para o CD Trofense – Barthélémy Diedhiou – e duas para os encarnados – Gil Dias e Lázaro. Um jogo que teve, de facto, de tudo.

Análise Tática - CD Trofense
A equipa orientada por Rui Duarte alinhou no seu 3-4-3 habitual, com Tiago André e Lionn nas alas, sendo estes os responsáveis por dar largura ao jogo do CD Trofense. Depois, com dois médios defensivos de referência – Vasco Rocha e Índio – permitiu – a espaços – que Bruno Almeida tivesse mais liberdade para criar com bola. Dois guarda costas que ofereciam segurança e, igualmente, serenidade com bola.
Defensivamente, e no momento do jogo posicional ofensivo do SL Benfica, Rui Duarte impôs uma forte pressão sobre a primeira fase de construção da equipa encarnada. Ofensivamente, como esperado, os homens da casa procuraram ser pragmáticos e rápidos nas suas ações com Bruno Almeida a ser – em conjunto com Elias – o principal destaque da equipa da Trofa.

11 Inicial e Pontuações
Rodrigo Moura (7)
Lionn (5)
João Faria (6)
João Paulo Gomes (6)
Caio Marcelo (6)
Tiago André (6)
Matheus Índio (5)
Vasco Rocha (8)
Bruno Almeida (6)
Henrique Pachu (7)
Barthélémy Diedhiou (-)
Subs Utilizados
Elias Achouri (6)
Bruno Moreira (6)
Andrezinho (6)
Simão Martins (6)
Keffel (6)
Rodrigo Ferreira (5)

Análise Tática – SL Benfica
Caras novas e o mesmo sistema de sempre (3-4-3). Jorge Jesus apesar das muitas mudanças, não apresentou nenhuma surpresa tendo em conta o esperado.
Ora, com um trio de centrais diferente do habitual – Vertognhen, Morato e André Almeida -o SL Benfica tinha em Pizzi a referência na construção e criação de jogo, enquanto Cebolinha foi quase sempre o principal homem-alvo para ferir a linha do CD Trofense.
Já com Weigl, João Mário e Roman Yaremchuk dentro de campo, a equipa encarnada jogou de forma mais apoiada e sempre na procura da melhor decisão, ainda que a turma da casa tenha dificultado muito a tarefa de todos. Substituições que vieram com o intuito dos encarnados gerirem a partida de forma mais asseverativa e possante.

11 Inicial e Pontuações
Helton Leite (5)
Gilberto (6)
André Almeida (8)
Vertonghen (6)
Morato (6)
Gil Dias (-)
Meité (4)
Pizzi (6)
Taarabt (5)
Everton Cebolinha (7)
Gonçalo Ramos (5)
Subs Utilizados
Julian Weigl (6)
João Mário (6)
Roman Yaremchuk (6)
Nemanja Radonjić (5)
Ferro (5)
Lázaro (5)

BnR na Conferência de Imprensa
CD Trofense
Bola na Rede: Boa noite mister, gostaria de lhe perguntar sobre a pressão alta que exerceu no SL Benfica, principalmente no primeiro quarto de hora. Sentiu que, ao não baixar tanto as linhas, que poderia forçar o erro no SL Benfica e consequentemente chegar ao golo?
Rui Duarte: “Sim, a estratégia passava por aí, passava por pressionar alto a equipa cima do Benfica e condicionar muito e conseguir roubar a bola nas alas para depois conseguir ferir o adversário nesse momento. Podia ter sido outra estratégia, mas acho que optamos pela mais correta, pelo menos agora no final do jogo poderia ter sido ainda melhor, mas podemos valorizar a grande exibição”.

SL Benfica
Não foi possível realizar quaisquer perguntas ao mister Jorge Jesus."