domingo, 17 de outubro de 2021

Dois minutos de Benfica


"Passando por todos os momentos do jogo de forma fluída. A jogar com bola, variando corredores, contornando pressão e posteriormente concentração adversária, agressivo na perda e no duelo, permitindo recuperar para contra atacar primeiro, e para guardar a posse depois. Dois minutos que deveriam ter sido transportados para todo o jogo. Mas, não foram."

Uma noite de sofrimento contra os bravos da Trofa


"O Benfica derrotou (2-1), após prolongamento, o Trofense, na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal. Perante um conjunto da II Liga que deixou uma imagem de qualidade, lutando pela passagem até ao último suspiro, Everton e André Almeida marcaram os golos das "águias", que tiveram de suar muito para evitar uma eliminação precoce

Os caminhos da Taça de Portugal levam ao cruzamento de realidades que, normalmente, se encontram, em quase tudo, separadas. Num desses duelos de mundos diferentes, o Trofense provou, frente ao Benfica, ser possível uma equipa da II Liga bater-se com honra, qualidade e coração durante 120 minutos, complicando muito a vida de um conjunto que, provavelmente, esperava uma noite tranquila nas vésperas de receber um colosso chamado Bayern Munique.
O Benfica está na 4.ª eliminatória da prova, mas precisou do prolongamento para bater, por 2-1, o Trofense. Num jogo muito bem disputado, com períodos de equilíbrio, a equipa de Jesus só pôde mesmo respirar de alívio após o apito final, visto que mesmo até ao fim do tempo extra esteve a sofrer para evitar uma surpresa ainda maior.
A Trofa não é terreno habituado a receber os grandes, mas não era reduto de boas memórias para o Benfica. Aqui, a 4 de janeiro de 2009, o Benfica de Quique Flores, com Maxi Pereira, Luisão, Rúben Amorim, Di María ou Aimar no onze , e David Luiz ou Cardozo no banco, foi surpreendido por 2-0 frente ao Trofense (Binya foi expulso, o que não terá sido assim tão surpreendente). Na única temporada da formação da Trofa na I Liga, também na Luz o Benfica não foi além de um empate, pelo que os precedentes aconselhavam prudência às "águia".
As rondas iniciais da Taça são, muitas vezes, uma espécie de programa novas oportunidades, com vários elementos menos utilizados a terem a chance de provar que merecem mais minutos. No Benfica, Helton fez o primeiro encontro da temporada, e Gil Dias, Meïté, Pizzi ou Gonçalo Ramos, que não eram titulares desde agosto, também alinharam de início. Mas a partida não estava desenhada para que habituais suplentes brilhassem.
O desafio ainda estava na sua alvorada e já havia um homem a chamar a atenção de todos. E não vestia de vermelho. Bruno Almeida, de número 10 nas costas, pé esquerdo na bola e meias para baixo fazia jus, com a sua técnica, a todos os estereótipos sobre o criativo. Desde o apito inicial, Almeida quis ter a bola para explicar que o talento se esconde em muitos estádios de Portugal.
Nos primeiros 20 minutos, o Trofense, sob a batuta do seu número 10, esteve perto de marcar por duas vezes, sendo que Elias Achouri, irrequieto atacante que muito cedo substituiu o lesionado Diedhiou, chegou mesmo a colocar a bola no fundo da baliza de Helton, mas o golo foi anulado por posição irregular. O Trofense perdoou, mas o Benfica não.
Everton, internacional brasileiro e nome de créditos firmados do lado de lá do Atlântico, não tem tido vida fácil na Luz. As fintas e dribles que tão facilmente lhe saiam em Porto Alegre custam a aparecer na Europa. Mas, ao minuto 21, o "cebolinha" fletiu da esquerda para o meio, num movimento muito seu, e atirou, de pé direito, para o 1-0.
Pouco depois de uma boa notícia, veio uma má para Jesus: Gil Dias, lesionado, teve de abandonar a partida, substituído por Lazaro. Mas, com 1-0 no marcador, o Benfica terminou o 1.º tempo sendo muito perigoso, aproveitando o arrojo do Trofense, que nunca se fechou atrás, para sair em velocidade e com espaços. No entanto, nem Everton, nem Gonçalo Ramos nem Taarabt conseguiram aumentar a vantagem.
Na bancada, Rui Costa, a viver o seu primeiro jogo após vencer as eleições, ia vendo a partida ao lado de um antigo profissional do golo, como foi João Tomás, o agora presidente da SAD do Trofense.
No recomeço da contenda, as lesões voltaram a trazer um dissabor para o treinador do Benfica. Lazaro, pouco depois de entrar, teve de abandonar o terreno de jogo por lesão, sendo substituído por Ferro, que realizou os primeiros minutos pelo clube esta temporada.
A boa organização da equipa de Rui Duarte, que como futebolista foi um médio de qualidade que foi referência do Olhanense, ia contrastando com um Benfica com alguns laivos de displicência. Um passe falhado de calcanhar de Taarabt, que levou a um remate perigoso de Achouri, foi a gota de água para Jesus, que ao minuto 62 lançou na partida Yaremchuk, João Mário e Weigl. O técnico do Benfica não queria surpresas.
Mas as intenções de Jesus contrastavam com o entusiasmo e capacidade do Trofense. Em momento algum Achouri deixou de tentar desequilibrar, Henrique Pachu de ganhar duelos ou Bruno Almeida de aplicar o seu pé esquerdo para servir os homens da frente. E, ao minuto 80, chegou o momento que deixou o Trofense nas nuvens. Pachu tirou a bola João Mário, numa rara perda de posse do médio português. Almeida abriu na esquerda e, após cruzamento largo de Tiago André, Henrique
Pachu elevou-se mais alto, bateu Helton Leite e fez o 1-1 que levou a eliminatória para prolongamento. A igualdade foi, mais do que um prémio, um atestado à qualidade da exibição da equipa da casa.
No prolongamento, o Benfica demorou somente quatro minutos para marcar o tento da vitória. Aos 94, André Almeida, isolado por Weigl, fez o 2-1 que, mais do que um golo, foi um enorme suspiro de alívio para as "águias".
Ainda assim, havia um Trofense disposto a lutar até final. Andrezinho, o miúdo que em tempos Paulo Fonseca lançou juntamente com Diogo Jota na equipa principal do Paços de Ferreira, representou bem o esforço final dos locais. Saído do banco, o médio não parou de tentar aproximar a equipa de Helton Leite com uma qualidade que, por vezes, pensamos não existir na II Liga.
Cumprindo-se a lei do mais forte, o Benfica está na próxima eliminatória. Mas há muitas maneiras de ganhar e perder, e dizer que o Trofense saiu derrotado hoje talvez não seja inteiramente certo. A equipa de Rui Duarte pode ter caído, mas fê-lo de pé. O desgaste final dos jogadores do Benfica, que acabaram o jogo a pedir assistência médica, evidencia como uma equipa de Liga dos Campeões teve de suar para levar um triunfo da Trofa."

Salvos por Almeida – Destaques no prolongamento, onde também se fala de Vasco Rocha


"Vasco Rocha. Que categoria de jogador. Aos trinta e dois anos mantêm toda a classe intacta. Um nível técnico e inteligência de jogo soberba. Nos seus pés a bola nunca se queixa. Ao longo de todo o jogo, e não apenas no prolongamento foi o porto seguro da posse do Trofense. Mais do que qualidade para ainda estar no patamar acima;
Weigl. Depois da dificuldade em entrar no ritmo da partida no tempo regulamentar, a pausa e recomeço do jogo fez bem ao alemão. Voltou a ser o Weigl habitual que descobre os melhores caminhos para a chegada à frente. Não apenas construiu de forma pausada, variando a bola de corredor a corredor, sempre a encontrar espaços vazios, como teve o descernimento para numa recuperação da posse encarnada, perceber o movimento de Almeida. Do seu magistral passe marcou o Benfica;
Vertonghen. O melhor defesa do Benfica em campo. Sempre imponente nos duelos e em situações de cruzamento, o central belga que ocupou o espaço central, não se coibiu de depois de roubar a bola progredir à procura da melhor solução ofensiva. Tremendo fisicamente e na forma como coloca o corpo, soube também proteger-se da sua debilidade maior – A falta de velocidade;
Radonjic. Demasiado individualista, facilitou no momento da decisão. Demonstrou novamente ter uma velocidade de condução bastante apreciável, contudo leva sempre as suas jogadas para a definição a solo e tantas são as vezes em que acaba por perder a posse porque não solta atempadamente a bola. Percebeu-se uma vez mais o potencial desequilibrador que é, mas não se percebeu se poderá evoluir e tornar-se um elemento objectivo;
Everton. Depois de noventa minutos de grande qualidade – pecou em demasia por ser perdulário, depois de estar em todos os grandes lances do Benfica – desapareceu por completo no tempo extra. Não parou de lutar, e a sua não afirmação não se deve à falta de empenho."

Destaques dos 90 minutos do Benfica na Trofa


"Meité. Jogo francamente mau do francês, demonstrando que nem como segunda linha poderá deveria ser tido em conta. Sucessivos erros técnicos, más decisões que trouxeram perdas e retiraram fluidez ao jogo ofensivo do Benfica. Tem argumentos físicos, mas mesmo quando levou o jogo para tal dimensão, acabou por fazer faltas e não recuperações. A desilusão da noite.
Taarabt. Com o marroquino é sempre 8 ou 80. Está no melhor e está no pior. As suas qualidades poderão torná-lo importante em contextos muito específicos – de risco máximo. Em jogos que se querem controlados ter Taarabt é como jogar na roleta russa. Ora sai desequilíbrio para a frente, ou perda com a equipa aberta e não preparada para defender. Assim foi a sua noite na Trofa.
Everton. Grande exibição do extremo brasileiro, que acabou por pecar na zona de finalização. Agressivo, ligado ao jogo na perda, soube sempre receber com qualidade em espaços curtos e com isso levou sucessivamente a bola à zona de definição. Esteve em todos os grandes lances do Benfica, mas foi perdulário no momento de finalizar e a sua exibição pecou por somar apenas um golo.
Pizzi. Enquanto a fadiga não se instalou, voltou o Pizzi mais solto na hora de rodar e decidir. Melhor do que num passado recente na velocidade e na qualidade técnica das suas acções, contribuiu para o jogo andar sempre em zonas potencialmente perigosas, e não se coibiu de ajudar sem bola o jogo da sua equipa. Serviu com qualidade os colegas da frente. Os últimos 20 minutos em queda, voltando as dificuldades para decidir e executar de forma rápida;
Gonçalo Ramos. Alternou momentos em que impôs o seu vigor físico ganhando duelos e aproximando a equipa da baliza adversária com outros lances em que poderia ter definido mais assertivamente e de forma mais veloz, quando solicitado em zona de tiro. Precisa de golo para poder competir pelo lugar."

O admirável mundo novo da justiça no futebol e o Tribunal Arbitral do Desporto


"A atividade do Tribunal Arbitral do Desporto português, criado em 2015, tem sido produtiva com centenas de decisões (344), mas tem revelado que, materialmente, é quase exclusivamente um Tribunal Arbitral do Futebol: ocupa mais de 90% das suas decisões. Se é verdade que contribuiu para a justiça desportiva e foi um avanço face ao anterior modelo, pelo menos para o futebol profissional, também é sentimento coletivo que esta é a hora da reforma do TAD

O futebol é um fenómeno galáctico nos dias de hoje — na sociedade e na economia — tem biliões de adeptos em todo o mundo, gera e movimenta milhões em transferências dos jogadores, direitos de transmissão televisiva, publicidade, comissões e outros negócios ligados a este desporto. O Direito é expressão da sociedade, pelo que não podia ficar indiferente a este fenómeno. Dada a magnitude e especificidades do Futebol, e de modo transversal, tem sido promovido um desenvolvimento legal próprio desta realidade, em termos de dimensão, complexidade e profundidade, que tem amadurecido e se destacado do próprio Direito do Desporto, pelo que, na minha opinião, já podemos falar da sua autonomia, ou seja, falar de Direito do Futebol e de Justiça do Futebol, na ordem jurídica, nacional e internacional.
A Justiça do Futebol não só tem sido produtiva, como tem estado em mudança.
O Tribunal Arbitral do Desporto de Lausanne, Suíça, (CAS), instância arbitral internacional, por excelência, de resolução de litígios relativos ao desporto, já produziu, desde a sua criação, milhares de decisões, das quais mais de metade são relativas ao futebol.
Em termos federativos, o Tribunal de Futebol da FIFA acabou de entrar em funcionamento, a 1 de outubro, sendo competente para decidir sobre litígios relativos ao futebol e à aplicação das disposições regulamentares. O objetivo da FIFA, com a criação deste Tribunal, é agilizar os processos, unindo sob a sua égide as diversas questões disciplinares e a resolução de disputas da FIFA, tendo herdado os poderes da Câmara de Resolução dos Litígios e da Comissão do Estatuto dos Jogadores.
O Tribunal é composto por três Câmaras: a Câmara de Resolução de Litígios (competente para a resolução de disputas relativas a matérias laborais entre jogadores e clubes, bem como as respeitantes a compensações de formação, e que a FIFA estima que, anualmente, terá 3.500 disputas); a Câmara do Estatuto dos Jogadores (competente para a resolução de litígios relativas a matérias laborais entre treinadores e clubes ou associações, de litígios relativos a transferências entre clubes e de questões de aplicação regulamentar quanto ao sistema internacional de transferências e de elegibilidade dos jogadores para participarem pelas suas equipas, sendo previsível para a FIFA que hajam, anualmente, 700 disputas e 6.000 questões relativas a aplicações regulamentares); e, por fim, a Câmara dos Agentes (que é uma novidade, e que, após a revisão das normas da FIFA relativas a estes, decidirá sobre as disputas que envolvam os agentes de futebol).
Nas novas regras, e como promoção de maior acesso à justiça desportiva, não são impostas custas processuais quando uma das partes for uma pessoa singular (p.e. um jogador, um treinador, um agente de futebol).
Em Portugal, a Justiça do Futebol é composta pela justiça federativa, cometida aos órgãos jurisdicionais da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) Conselho Disciplinar e Conselho de Justiça) (e da Liga — Conselho Jurisdicional — quanto às sociedades desportivas) e pela justiça arbitral (com possibilidade de recurso para os tribunais estaduais nas situações previstas na lei) atribuída ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).
O TAD, que é uma instância arbitral, única, sem par na esfera internacional, é um tribunal criado pelo Estado Português, através de legislação — Lei n.º 74/2013 —, mas sem ser uma entidade jurisdicional estatal, e independente de qualquer organização desportiva ou da administração pública desportiva. Este Tribunal surge como expressão da vontade da comunidade desportiva em ter uma justiça para as suas disputas que fosse especializada e célere, em detrimento da opção de um tribunal administrativo estadual desportivo.
O TAD, que só começou a funcionar em 2015, tem a competência para administrar a justiça relativamente a litígios que relevam do ordenamento jurídico desportivo (arbitragem necessária) ou relacionados com a prática do desporto (arbitragem voluntária). A bem da uniformidade, o TAD engloba tanto a arbitragem necessária (ou obrigatória, que deriva da imposição legal e da responsabilidade pública que o desporto representa em Portugal, e abrange também as matérias de dopagem, mas não a resolução de questões decorrentes da aplicação das normas técnicas e disciplinares diretamente respeitantes à prática da competição desportiva), bem como a arbitragem voluntária (que decorre da vontade das partes, e inclui as questões laborais).
A atividade do TAD nestes seis anos de funcionamento tem sido produtiva, com centenas de decisões (344), mas tem revelado que, materialmente, é quase exclusivamente um Tribunal Arbitral do Futebol (que ocupa mais de 90% das suas decisões) e de arbitragem necessária (ou obrigatória), onde se incluem os litígios decorrentes de atos das federações desportivas e outras entidades desportivas praticados no exercício dos seus poderes estabelecidos nos devidos regulamentos (sendo prevalecente os recursos das decisões do Conselho Disciplinar da FPF) e da Autoridade Antidopagem de Portugal em matéria de violação das normas de antidopagem.
Se é verdade que o TAD contribuiu para a justiça desportiva e foi um avanço face ao anterior modelo, pelo menos para o futebol profissional, também é sentimento coletivo que esta é a hora da reforma do TAD, especialmente nas seguintes temáticas:
1. escolha dos árbitros: alteração do método de nomeação para sorteio na lista fechada atualmente existente ou a substituição por uma lista aberta de árbitros, em nome da rotatividade e imparcialidade (já que os árbitros que constam da lista são em maior número indicados pelas federações e ligas desportivas do que pelas entidades representativas dos agentes desportivos;
2. custas processuais e sua onerosidade: que dificulta o recurso das decisões da justiça federativa pelas entidades e agentes desportivos com menor disponibilidade financeira, além da necessidade de revisão dos honorários dos árbitros que, em determinadas situações, são mais elevados na arbitragem imposta legalmente do que na voluntária;
3. maior promoção da arbitragem voluntária, mediação e recurso para a Câmara de Recurso (ao invés do recurso para os tribunais estaduais administrativos, nomeadamente o Tribunal Central Administrativo Sul (TCAS)): na primeira, são escassos os casos existentes (e os que existem largamente têm a ver com matérias laborais) e nos dois últimos sem terem sequer expressão no TAD .
4. maior agilidade na constituição do colégio arbitral e distribuição dos processos: para agilizar os processos e obviar que as providências cautelares sejam decididas pelos tribunais administrativos estaduais (TCAS).
Em suma, a Justiça do Futebol em Portugal deveria passar pela reforma do TAD, como por exemplo: o reconhecimento formal do TAD como (exclusivamente) Tribunal Arbitral do Futebol, com a resolução das temáticas aduzidas, e criar uma nova solução para a justiça desportiva nos outros desportos, nomeadamente a criação de um tribunal administrativo especializado com uma tramitação célere adequada às especificidades do desporto, que permita o acesso desses desportos à justiça não federativa, que hoje basicamente não ocorre pela onerosidade da justiça arbitral, ou, pelo menos, ser preconizada a solução adotada pela FIFA (se uma das partes for um agente desportivo, uma pessoa singular, não serem impostas custas processuais)"

Vermelhão: Trabalhos extra...!!!

Trofense 1 - 2 Benfica
Everton(21'), Almeida(94')

Helton; Almeida, Vertonghen, Morato; Gilberto, Dias(Lázaro, 31')(Ferro, 50'); Meité(Weigl, 62'), Taarabt(Mário, 62'); Pizzi, Everton; Ramos(Yaremchuk, 62')

Prolongamento desnecessário, com minutos a mais para alguns jogadores fundamentais, e mais duas lesões...!!! É o resultado desta eliminatória da Taça de Portugal!

Estes jogos pós-Selecções -  ainda por cima antes de uma eliminatória da Champions, muito antecipada, por todos... com vários jogadores de fora, alguns nem sequer chegaram das Selecções (inacreditável, como é que o Benfica teve 3 jogadores, a jogar pelas suas Selecções na América do Sul, com partidas que terminaram à menos de 48 horas!!!) -, são sempre perigosos... Sendo que o Benfica, mais uma vez, levou com um daqueles Sorteios, que fazem o menos crente, acreditar em bruxas!!! Havia muitas equipas do CNS (4.º divisão) disponíveis, mas para o Benfica a bola estava fria!!!

Não jogámos bem, tivemos muitas dificuldades em ultrapassar a primeira fase de pressão do adversário... mas antes do intervalo, podíamos estar a vencer por 2-0 ou 3-0! Seria o resultado justo! O 1-0 era curto, mas com o passar do tempo, acabámos por cair na esparrela de gerir a vantagem mínima, e no único remate que foi à baliza do Benfica, o Trofense marcou!!! O Helton até teve algumas hesitações, mais não fez um defesa, digna desse nome!!! Antes dos 90m tentámos evitar o prolongamento, mas já fomos tarde...
Com o improvável Almeidinhos, logo na entrada do tempo extra, a marcar e a dar a vitória ao Benfica...

Defrontámos um adversário bem organizado, muito motivado, e com pilhas 'duracel', e mesmo jogando abaixo do nosso potencial, merecemos a vitória... E ao contrário do que foi (e será nas próximas horas...) insinuado, vencemos com um golo limpo, basta analisar a linha do corte da relva... Aliás, ainda não foi desta que um apitadeiro do Tugão marcou um penalty a favor do Benfica, e teve oportunidades para isso...

Quarta, com o Bayern, será um jogo totalmente diferente. O Benfica continua a ter mais dificuldades quando defronta equipas com bloco baixo... com espaços nas 'costas' temos jogado melhor!
O regresso dos ausentes, vai fazer a diferença (Ody, Veríssimo, Otamendi, Grimaldo, Weigl, Mário, Darwin, Roman... e vamos esperar pelo Rafa). Dúvidas em relação à condição física do Gilberto e do Digui que hoje voltou a não ser opção!

Sem espinhas!!!

Benfica 3 - 0 Sp. Espinho
25-19, 25-20, 25-22

O Espinho venceu em Alvalade a semana passada, portanto chegou à Luz, com ambição... e quando viu que o Marcel ia rodar alguns jogadores, devem ter pensado que tinham hipóteses! Enganaram-se!!!
Aquele último Set com os Estónios, deu confiança para apostar na rotação neste jornada, e os jogadores não desiludiram...

A meio da semana, temos nova eliminatória Europeia...

PS1: Parabéns às nossas meninas do Pólo Aquático, que venceram hoje a Supertaça, depois da dobradinha da época anterior!

PS2: Enorme Barbara Timo, conquistando a medalha de Ouro, no Grand Slam de Paris, a prova mais importante do circuito do Judo, extra grandes campeonatos!
Recordo que a Barbara, após os Jogos Olímpicos de Tóquio, decidiu baixar de categoria, agora compete nos -63Kg, nada melhor do que um Ouro em Paris, na estreia...!!!

Vitória fácil...

Benfica 97 - 70 Oliveirense
34-13, 25-18, 18-23, 20-16

A equipa colectivamente dá garantias, nota-se organização, internamente, mesmo sem o Clifford, dá para ganhar a maior parte dos jogos, na Europa será diferente! Mas falta, aquele jogador que faça a diferença individualmente, quando o colectivo não chega... mas hoje, acabou por ser tranquilo...

Bem...

Benfica 38 - 30 Póvoa
(23-15)

Não deixa de ser curioso, mas neste momento a nossa secção de Andebol é claramente a mais 'saudável', com o Volei a 'espreitar'!!!
Bom jogo, com a fase de grupos da Europa, a começar esta semana... Podíamos é ter sofrido menos golos!

Mais uma derrota...

Benfica 3 - 5 Tomar

Muito sinceramente, não parece haver solução, estamos a fazer tudo ao contrário... Vai ser uma época penosa!

Derrota em Ponte de Sor...

Eletrico 3 - 1 Benfica

Nesta fase inicial da época, vai sempre existir a desculpa que o novo treinador, não esteve os principais jogadores disponíveis na pré-temporada, portanto neste momento estamos de facto na pré-época, mas muito sinceramente os sinais são preocupantes. A equipa parece extremamente ingénuo taticamente... posso estar enganado, mas tenho muitas dúvidas sobre o nosso potencial para esta época...

Não sei se houve algum problema físico, mas se estiver disponível, o Chishakla tem que jogar sempre, é com o Ronca e o Robinho, os não formados localmente indispensáveis... o Russo é normalmente objectivo no ataque, e defensivamente sabe usar o cabedal!
Má estreia do Rómulo...