SL Benfica | Os 5 nomes do Dínamo que alertam Jesus


"Aproxima-se o primeiro confronto da fase de grupo da Liga dos Campeões, desafio que o SL Benfica cumprirá no Olímpico de Kiev.
À sua espera tem o Dínamo, vencedor de tudo o que havia para conquistar internamente e que é a base da seleção ucraniana.
Na última convocatória foram dez selecionados do seu plantel, no onze titular frente à França (1-1) foram cinco – Tymchik (defesa-direito), Zabarnyi (defesa-central), Mykolenko (lateral-esquerdo), Shaparenko (médio-centro), e Tsyngakov (extremo-direito).
Três dias antes, no empate no Cazaquistão, jogaram ainda Buyalskyi (número dez), Sydorchuk (médio-centro) e Karavaev (defesa-direito). Ou seja, só não somou minutos o guarda-redes Boyko, remetido a papel de suplente por Pyatov.
Portanto desengane-se quem imagina um SL Benfica seguro na terceira posição do grupo, a tentar-se intrometer nos dois primeiros lugares – o Dínamo tem equipa muito competente, atrevida, e que, apesar da muita juventude, com uma base de anos e com muito minuto partilhado.
A favor dos portugueses surge a fase de menor fulgor físico da equipa, com lesões de elementos preponderantes: Mykolenko, carrillero canhoto, voltou da seleção com queixas; Buyalskyi, que estava em grande forma neste inicio de temporada, lesionou-se no adutor frente ao Cazaquistão e para duas semanas; e Besyedin, o ‘bad boy’ do ataque e no clube desde 2016, encontra-se igualmente fora de combate. Três lesões que podem alavancar as hipóteses encarnadas em Kiev.
Decidimos então eleger cinco dos mais importantes (e disponíveis) jogadores do plantel do Dínamo e tentar dar uma contextualização do seu papel no presente e futuro da equipa.

1. Vitinho – Chegado ao Furacão paranaense em 2015, foi no Athletico que se fez jogador de elite merecedor de incursão europeia – 86 jogos, 17 golos e quatro títulos conquistados que o introduziram nas shortlist de clubes de nomeada.
Depois de muito negociar com o Bordéus, o Dínamo chegou-se à frente com seis milhões de euros e apetrechou os corredores com um fantasista à imagem de Everton Cebolinha: pé direito a partir da ala esquerda, explorando possibilidades no último terço com diagonais de bola controlada, colada ao pé.
Remeterá, tudo indica, Verbíc ou De Pena para papéis secundários na hierarquia da equipa e junta-se a Tsyngakov e Buyalskyi para criar tridente de monstruoso potencial artístico.

2. Eric Ramirez – Contratação deste mercado, venezuelano que deu cartas na Liga Eslovaca (17 golos – melhor marcador do Dunasjka Streda, segundo classificado em 2020-21), chega ao Dínamo pronto para singrar no futebol a alto nível.
Não sendo um portento técnico, representa ameaça na vertente física do jogo, quer seja pelos seus 190 centímetros de altura como pela destreza no jogo de cabeça e uma agilidade invulgar para alguém tão forte. José Peseiro não teve pejo de o incluir nos trabalhos da seleção no Outono passado, acumulando desde aí três internacionalizações.

3. Viktor Tsyngakov – Aos 20 anos, foi o Jogador Ucraniano do Ano. Aos 23, igual. No intervalo, um segundo lugar, atrás de Zinchenko, e um terceiro. O Komanda, outro jornal que instituiu o seu próprio prémio em 1995, atreve-se ano após ano a eleger o melhor jogador da Liga, ucraniano ou não: Tsyngakov foi segundo atrás de Marlos em 2018, atrás de Taison em 2019 e finalmente primeiro em 2020.
Ou seja, a estrela da companhia do Dínamo é elemento consolidado no país, jogador de renome que já acumulou 32 internacionalizações pela seleção e que vê o seu valor de mercado cifrado nos 25 milhões de euros.
O que o fez merecer tanta distinção individual em 2020-21 foi, além das qualidades técnicas inatas, a capacidade finalizadora: 15 golos no total, tornando-o melhor marcador na equipa que ganhou tudo internamente e foi eliminada na Liga Europa pelo vencedor da competição (Villareal CF). Canhoto a partir da direita, será a principal preocupação benfiquista.

4. Mykola Shaparenko – Depois do golaço e do prémio de melhor em campo no recente empate ucraniano frente à França, Mykola só surpreendeu os menos atentos: se olharmos ao currículo dos ucranianos no Euro, por exemplo, vemos que não foi titular no primeiro jogo e que, por força da lógica e bom senso, cumpriu os restantes quatro como elemento preponderante do meio-campo amarelo.
Ou seja, há uma noção generalizada de que a sua importância em termos táticos é transcendente a qualquer conjunto onde se inclua. Shaparenko, de aparência frágil, é um gigante no retângulo de jogo, cobrindo área alargada nas compensações dos mais criativos. Em 2020-21, 39 jogos pelo clube de Kiev. O Transfermakrt diz que vale, apenas, 8 milhões de euros. Uma pechincha.

5. Illya Zabarnyi – O que dizer de alguém que se assume como titular do Dínamo Kiev e da seleção ucraniana com apenas 18 anos? Illya merece todos os elogios que lhe são endereçados Europa fora, que redundam na nomeação para Golden Boy 2021 – depois de 36 jogos (3256 minutos) em 2020-21, Chelsea FC e AC Milan foram obrigados a perguntar por ele.
O Dínamo fez cara feia, obviamente, e pediu 20 milhões de euros, valor justo para quem suportou a defesa ucraniana no Euro2020, no percurso positivo até aos quartos-de-final. Em princípio enfrentará o seu colega Yaremchuk, mais experimentado mas sem poder recorrer a um eventual efeito surpresa, num duelo que promete."

A importância do actividade física no quotidiano


"A atividade física possui numerosas virtudes e constitui um excelente meio para nos mantermos em forma, prevenindo as doenças crónicas. Ela permite melhor as performances físicas, de descontrair, de tonificar o coração e de reduzir as doenças cardiovasculares. A atividade física ajuda a reduzir o stresse e a ansiedade, melhorando a qualidade do sono e diminui o risco de desenvolver determinados cancros. A lista das melhorias é longa, logo uma boa razão para se avançar. A motivação ligada à competição parece ser relativamente secundária relativamente aos argumentos do prazer ou da preservação da saúde.
Vocês perceberam. A prática de uma atividade física é essencial em todas as idades. Para nos mantermos em boa saúde, é, habitualmente, recomendado, pelo menos, 3 horas de prática por semana, segundo, claro, as capacidades individuais. Bem sei que, no quotidiano, nem sempre é fácil libertar e consagrar 3 horas a uma prática desportiva. Mas podemos fazer em casa, arranjando uma bicicleta estática. Existem, evidentemente, outras propostas. O conselho que podemos aqui deixar é o de começar ao seu ritmo e calmamente.
É preciso fazer evoluir as representações sociais coletivas. As imagens associadas à atividade física e desportiva devem ajudar para um início ou uma retoma. Isso passa por uma comunicação junto do grande público, com perfis variados (idade, origem social, geográfica, cultural, estados de saúde).
Promover o desenvolvimento físico e desportivo é uma responsabilidade de todos: atores do mundo desportivo, professores, profissionais de saúde, eleitos locais, urbanistas, arquitetos, pais e encarregados de educação, etc. É preciso combater o sedentarismo, que tende a progredir, nomeadamente nos mais jovens."

Razões do insucesso dos jovens futebolistas


"Nas vésperas de se iniciar a época desportiva, no quadro de uma certa normalidade social, importa refletir as razões da elevada percentagem de jovens que não acedem a patamares superiores desta modalidade. Sendo mais evidente ao nível júnior, sénior e profissional. E mesmo quando alcançam um escalão formativo superior, manifestam dificuldades em dialogar com os requisitos inerentes ao treino/competição. Analisando algumas dessas razões é possível limitar-se os impactos negativos dos seus efeitos.

A família
1. Múltiplas gerações de jogadores crescem sob estratégias familiares que promovem em excesso a autoestima e a autoimagem, iludindo-os. Enfatizam que podem concretizar tudo na vida, porque são especiais. Acrescem os falsos profetas do futuro: os olheiros. Alguns desses jovens acedem a clubes não porque merecem, mas influenciando quem decide. Em vez de entenderem a importância de ajustar as reais capacidades do jovem, relativamente a clubes com outras exigências e condições, em vez da dimensão mediática.
Quer se queira ou não, os jovens jogadores não poderão ser tudo o que pretendem ser. Admitir este facto é demolidor. Contudo, significa que o jovem percecionará a envolvência do futebol de uma outra forma, refletindo melhor o que observava antes. Treinando e competindo aquém ou além das suas reais possibilidades e multiplicando todas essas horas por alguns anos, subsistirá um valor humano diluído e desperdiçado no tempo. Pergunta-se o que teria sido se tivesse aproveitado as oportunidades fruto das suas possibilidades? Talvez 5 ou 10 vezes mais, alicerçada na estrutura de uma dimensão coletiva.
A maioria destes jovens quando atingem a idade adulta, penetrando no mundo real, num ápice descobrem que não são tão competentes nem especiais como lhe diziam. Os familiares e o tal profeta não conseguem que eles acedam às etapas de formação subsequentes ou ao profissionalismo. Nada ganharam por não terem sido os melhores e, simplesmente, não conseguem ter o que querem. A sua autoimagem é destruída num instante, diminuindo a sua autoestima, quando comparados aos jovens da sua geração ou das anteriores, que se prepararam num ambiente real de treino/competição e sob um sério clima de exigência em função das suas capacidades.
Os jovens jogadores evoluem mais rapidamente se tiverem sob ambientes propícios e compatíveis, dialogando com exigências próprias às suas capacidades. Nada se ganha caso a esconder as vulnerabilidades de cada um, em vez de estas serem expostas, no sentido de as debelar ou, no mínimo, as diminuir. E, simultaneamente, beneficiar das suas margens potenciais de desenvolvimento. Para que se possa encontrar o caminho, importa estabelecer uma relação profunda com a verdade. O que cada jovem jogador tem do seu lado é fazer o melhor que sabe, e quando não é suficiente há que faze-lo melhor. O carácter de um jovem é ditado pela verdade que ele consegue tolerar.

O mérito
2. Outro fator que retroalimenta falsas noções das capacidades futebolísticas dos jovens advém das instituições desportivas (federação, associação e clube). Atribuindo por exemplo medalhas a todos, independentemente de ser último ou primeiro. Concede-se o mérito a todos, mesmo a quem não merece. Desvaloriza-se a medalha e a recompensa, em função daqueles que trabalharam duro para atingir o objetivo para que se preparam, os quais reduziram as suas incapacidades e modelaram as suas competências.
Tendo origem nos primórdios da humanidade, a competição é parte da vida dos seres humanos, lutando pelo mesmo objetivo. No caso do futebol está implícito o imaginário da dimensão estratégico/tática da guerra. Contudo, com o desenvolvimento da sociedade aperfeiçoou-se o senso, a ética e a consciência moral, criando-se e respeitando-se os valores intrínsecos do desporto. A competição gera uma satisfação externa ganhando ao adversário, mas também interna fazendo o melhor de si próprio, superando o máximo que poderiam realizar. E quando esse máximo não foi suficiente, então é essencial voltar a preparar-se com maior afinco e competência.
Se a intenção das instituições é que os jogadores não se sintam envergonhados e desapontados, muito mais sentirão tais amarguras quando recebem algo que definitivamente não merecem. Insistir nestas falsas noções de mérito terá impactos na vida destes jovens em diferentes domínios, pois apercebem-se de que os méritos conseguidos e o valor efetivo das suas prestações, do seu esforço e comprometimento não se coadunam com a realidade. Somente mais tarde entendem que outros se prepararam empenhadamente, os quais não se sentem recompensados com o seu esforço. Estes sinais contraditórios não podem fazer parte do crescimento e maturação dos jovens jogadores, pois não compreendem as diferenças entre ganhar ou perder.
A intervir-se no sentido de equilibrar os pratos da balança, as instituições rapidamente cedem a simplismos absurdos, não entendendo a complexidade das questões envolventes. Oferecendo um mau exemplo à sociedade, cedendo por razões ideológicas, pedagógicas ou psicológicas, na defesa dos menos capazes. Deveriam sim recentrar a ideia na preparação dos jovens para a vida adulta. Tais condutas terão um impacto negativo, nunca os habilitando a se superarem, mesmo para além da sua atividade desportiva. Os jovens erradamente percecionam que tudo lhes vai ser oferecido, não sendo necessário qualquer esforço para o conquistar.
As instituições desportivas têm de defender o mérito, a verdade desportiva e desenvolver estratégias organizativas das competições. Equilibrando e moldando os quadros competitivos, de modo a não evidenciarem discrepâncias injustificáveis no resultado final dos jogos. A competição terá pouco sentido, ao verificar-se amplas diferenças entre as equipas em confronto, em que a imprevisibilidade do resultado final terá de ser uma constante.

As redes sociais
3. Os jovens crescem no mundo das redes sociais (Facebook, Instagram, etc.), sendo competentes na colocação de filtros. Evidenciam que a sua vida é impressionante e incrível, embora no seu íntimo possam estar deprimidos com reduzida autoestima. Todos parecem que são fortes entendendo tudo, mas a realidade é que há pouca resiliência, sendo que a maioria dos jovens não entende o que lhes está a acontecer.
A utilização das redes sociais e a troca constante de mensagens possibilita que os jovens libertem várias substâncias desenvolvidas pelo cérebro, sendo a principal denominada de dopamina. Esta substância no sangue produz efeitos maravilhosos: mais foco, motivação e memória. Ao receber-se uma mensagem cria-se uma sensação (positiva, negativa ou neutra). Quando o jovem se sente stressado ou deprimido envia 10 mensagens a 10 amigos, de modo a melhorar essa condição quando recebe uma resposta.
A dopamina é exatamente a mesma substância química que faz as pessoas sentirem-se bem quando se fuma ou bebe, por exemplo. Sendo altamente viciante. Existe uma geração que tem acesso a um entorpecimento viciante, ajudando a lidar com o stress e a ansiedade dos jovens infelizes. Isso torna-se um padrão cerebral programado para o resto das suas vidas. Quando sofrem um stress significativo, eles não voltam para si próprios mas ao telemóvel.
Ao estar-se constantemente ligado aos dispositivos e meios de produção de dopamina, esta torna-se cada vez mais intrincada à medida que os jovens vão crescendo. Muitos deles não conseguem formar relacionamentos profundos e significativos, sendo superficiais. Não contam com os seus amigos nem se suportam neles. Divertem-se com eles, mas sabem que se algo melhor surgir, simplesmente desligam. Não tendo mecanismos para lidar com o stress e quando este aparece, eles voltam às redes sociais sentindo um alivio temporário.
Este ciclo viciante cria condições para que os jovens jogadores se tornem rancorosos, ressentidos e arrogantes, ou seja, um pacote absolutamente patológico. Esta estranha dinâmica do sistema existencial entre o julgamento social e a vulnerabilidade humana é a principal causa do sofrimento, do fracasso individual e da responsabilidade que deveriam saber adotar.
Evidenciar o que cada um realmente é será mais forte do que aquele que é forjado na base do que não é. No mínimo o jovem terá um lugar sólido para se afirmar, um lugar onde repousa a sua consciência, uma vida real e relacionamentos profícuos, em vez de se torturar com o número de likes e de seguidores. O destino de cada jovem depende de como este se organiza e toma decisões, sendo genuíno, ajudando os outros que lhes estão conectados. Mais vale pegar no seu fardo de modo adequado do que reclamar e responsabilizar os outros das suas próprias incapacidades.

A impaciência
4. A impaciência é formatada em virtude de se viver num mundo que gera uma sensação de gratificação instantânea, do que se procura ou realiza. Compra-se algo e chega no dia seguinte. Para ver um filme não é necessário verificar o horário do cinema, compra-se o filme. Tudo o que se pretende é gratificação instantânea. Exceto a satisfação no processo de treino, no prazer de jogar futebol, bem como reforçar relacionamentos, porque não existe nenhuma aplicação digital para isso.
Ao cumprir-se um calendário competitivo, em que os resultados finais dos jogos seriam imprevisíveis, os jovens jogadores teriam a possibilidade de dialogar com a expectativa, a ansiedade, o medo e os níveis de prontidão desportiva exigíveis para vencer o adversário. Caso a preparação para o jogo não contenha as suas especificidades identitárias, os jovens irão sentir-se desconfortáveis, confusos e desordenados por não ter aprendido e assimilado os mecanismos sociais de confrontação.
É igualmente paradoxal que jogadores com enormes capacidades de decisão/ação, por vezes desistem rapidamente, porque não sentem que estão a ter impacto social, isto é, a gratificação instantânea. Querem chegar rapidamente ao cume da montanha, (ao alto nível), mas não aprenderam o que realmente interessa e a serem pacientes. Sentirem prazer e realização no que fazem. Ampliando a alegria e a autoconfiança, a autoestima e a sua imagem através de um conjunto de capacidades cuja maturação exige tempo.
É sempre possível agilizar certas partes dessa capacidade, mas no seu conjunto é árduo, longo e difícil, não pedindo ajuda para assimilar esse conjunto de capacidades o jovem irá cair da montanha. Sendo um perigoso adversário à própria essência à formação de uma equipa, na qual cada jogador encontre no treinador e nos diferentes colegas o que lhe falta para ser mais capaz. Ganhando confiança das capacidades adquiridas e sentindo-se mais seguro de modo a ajudar e a interagir com os outros. Haverá gerações que passam pela vida nunca encontrando realmente a alegria e o prazer na prática do futebol.

O ambiente
5. Todos os seres humanos tendem a ampliar as suas capacidades quando estão envolvidos em ambientes que os inspiram a serem cada vez mais capazes. Para tal existem três aspetos: o propósito ou a causa que se pretende concretizar, o como se irá materializar, isto é, os processos a operacionalizar e o produto, ou seja, a performance desportiva com um valor diferenciado das outras equipas.
Não importa aquilo que se realiza, mas sim a razão dessa realização, sendo uma prova tangível do que faz. Assim, uns definem-se pelo que fazem, outros definem-se porque o fazem. Logo, o que poderá diferenciar os treinadores não é o que fazem, mas sim porque o fazem, e se os jogadores acreditam no que este acredita, serão atraídos como se fossem o próprio treinador.
Importa construir laços de confiança, capacidade de cooperação, lidar com um mundo digital, encontrar mais equilíbrio, superar a necessidade de gratificação instantânea, apreciar a alegria, o prazer, o impacto e a satisfação que se obtém de trabalhar duro em algo, por muito tempo que não poderá ser realizado em ganhos a curto prazo, mas sim com a vida a longo prazo.
A confiança nasce pela constante e consistente utilização de mecanismos onde se fomenta grandes e pequenas interações. Ligar o telemóvel no balneário evita que os jogadores falem uns com os outros antes e depois do treino, não se interessando pelos problemas dos outros. Importa gerar ambientes onde todos se sintam seguros, expressando a sua força, as vulnerabilidades e os medos. Há que encontrar o equilíbrio entre a vida e a tecnologia.
O ambiente não deverá promover que os jogadores se sintam sós e isolados. Mas também jamais poderá acontecer que alguns jogadores sintam o sucesso como se fosse somente deles próprios e não da equipa. Mesmo que tenham sido considerados os que mais contribuíram para tal sucesso. Esse sucesso terá sempre de ser partilhado pelos restantes colegas, porque na realidade a performance no futebol é alavancada pelos outros que jogaram ou que, simplesmente, participaram no processo de treino da equipa.

O treinador
6. Contrariamente ao que alguns ainda pensam, a formação prática/teórica dos treinadores é vital na eficiente concretização do processo de crescimento/maturação dos jovens jogadores. A ideia, os conceitos e os princípios de jogo a induzir no processo de treino/competição irão modelar atitudes, decisões e as ações dos jogadores. Desenvolvendo-os ou estagnando-os, em cada etapa formativa.
Repetindo-se sistémica e coerentemente métodos de treino, induz-se adaptações específicas nos mecanismos neurais e funcionais dos jovens jogadores, numa direção particular. Assegurando atitudes e comportamentos de ordem individual e coletiva, bem como desvios criativos e imprevisíveis, os quais se adaptam eficazmente às conjunturas estratégico/táticas geradas pelo processo de treino/competição.
Os treinadores utilizam diferentes metodologias, havendo assim, vários caminhos para perseguir o mesmo objetivo. Contudo, quando a equipa não consegue melhorar os seus níveis de rendimento, os treinadores fazem uma de duas coisas: realizam mais do mesmo ou fazem-no cada vez menos. O que raramente se observa é fazer diferente. Existe assim uma visão limitada dos problemas, ou seja, de miopia mental ou défice metodológico.
Os treinadores ao não exporem voluntariamente os jovens futebolistas a situações que estes evitam e receiam, sentindo-se desconfortáveis, jamais serão capazes de lidar com tais situações. Ficam assim impossibilitados de conhecer verdadeiramente os seus limites, como superá-los e atingir os seus objetivos. Haverá jogadores que poderiam ser mais capazes se, desde o início da sua formação, no quadro de uma verdadeira estrutura de valor, não tivessem sido protegidos dos seus medos, testando os seus limites.
Os jovens jogadores terão de enfrentar a realidade constituída pelo binómio treino/competição, dialogando com o desconhecido ou o medo, tornando-se mais fortes e resilientes perante qualquer que seja o resultado atingido. Quantos jogadores ao chegarem a uma certa idade percecionam que se tivessem sido mais empenhados, bem como tivessem sido envolvidos em ambientes que os expusessem a ousar os seus limites, poderiam ter atingido níveis de desempenho que no momento evidenciam.
O treinador terá de ser inovador e inspirador, entendendo as competências específicas de cada jogador, bem como as tendências evolutivas do jogo. Contudo, modificar a ideia de jogo ou a metodologia de treino não representa por si só inovação, pode ser simplesmente novidade. E esta nada produz para a transformação da equipa, senão um impacto imediato que rapidamente se esmorece.
Por fim, a UEFA impõe o fair play financeiro nas equipas profissionais, de modo a estabelecer algum tipo de equilíbrio entre estas. Questiona-se: haverá algum tipo de fair play quando clubes com melhores condições retiram os jovens jogadores com alguma qualidade a outros clubes de menor dimensão? O que as análises têm demonstrado é que a maior parte desses jovens, após uma ou duas épocas desportivas, são convidados a sair, evidenciando uma taxa residual de utilização competitiva. De um pretenso sucesso o jovem passa rapidamente ao insucesso."

Força, inspiradoras!


"A nossa equipa feminina de futebol joga hoje, às 19 horas, no Benfica Campus, a partida decisiva para o objetivo de chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões. Na primeira mão, no estádio do FC Twente, o campeão dos Países Baixos, pudemos ver um Benfica confiante e convicto do trabalho e das rotinas que tem vindo a implementar. Perante um adversário forte e mais experiente, o empate final a uma bola acabou por saber a pouco, já que as Inspiradoras conseguiram construir oportunidades para um resultado que seria mais tranquilizador para a segunda mão.
Os palcos europeus são o destino desta equipa desde a sua génese, já que todo o projeto foi gizado, ano após ano, num rumo ascendente em termos de qualidade de plantel – num misto de experiência e juventude –, de estrutura de apoio e de expectativas desportivas. Os nossos adeptos são os primeiros a reconhecer a evolução de uma aposta acertada desde a primeira hora, acorrendo aos estádios para apoiar também esta equipa e contribuindo para novos máximos de assistência nas competições femininas em Portugal.
Há pouco mais de uma semana, no estádio do Twente, a presença dos Benfiquistas fez-se sentir e foi essencial para a boa prestação das nossas jogadoras. Dispersos entre um grupo com vozes incansáveis num canto do estádio e mais alguns entre a multidão da equipa da casa, terão sido perto de duas dezenas a gritar Benfica e a fazer chegar o seu fulgor às 11 que, em campo, lutavam por elevar as probabilidades nesta eliminatória.
Ao final da tarde, no Benfica Campus, estarão muitos mais nas bancadas e não serão apenas as expectativas da equipa do Sport Lisboa e Benfica a estar em jogo.
Além de um novo formato da competição, a UEFA introduziu também esta época a reserva de "verbas de solidariedade" que estarão acessíveis a clubes não participantes em cada uma das principais ligas nacionais representadas na Women's Champions League. Estes montantes terão de ser investidos no desenvolvimento das equipas femininas dos clubes, sendo calculados em função da prestação, no caso de Portugal, do Benfica.
Existe, pois, esta responsabilidade extra para as Inspiradoras. Quanto mais conseguirem avançar na prova, maiores serão os pagamentos de solidariedade atribuídos aos clubes da Liga BPI. Acima disto, contudo, está obviamente o brio e o foco em dignificar sempre a camisola do nosso Clube que, acreditamos, tem condições para estar, na próxima segunda-feira, entre os 16 que se apresentarão a sorteio para a fase de grupos da UWCL.
Têm a palavra as nossas futebolistas. Todos ao Benfica Campus, às 19 horas!
Vamos, Benfica! A nossa missão é vencer!"

Mais um episódio do «Benfica manda nisto tudo.»


"Janeiro de 2009. António Salvador, visivelmente descontente com a derrota do seu clube, decide solicitar uma reunião de emergência na sequência da arbitragem do SL Benfica 1 – 0 SC Braga, sublinhando, após o jogo, que «é sempre com os três grandes que há polémica. Os nossos árbitros não estão preparados para entrar na Luz, Alvalade e no Dragão, sem pressão e serem isentos.»
António Salvador vai ainda mais longe e acaba por apresentar queixa na Procuraria Geral da Republica, deixando bem claro nas suas palavras que o Apito Dourado continuava bem vivo e que muita gente andava a ignorar o assunto deliberadamente «é imperativo a PGR intervir no futebol já que há muita gente a dormir à sombra da bananeira do Apito Dourado e estas questões estão a entrar no esquecimento».
Nessa reunião, o presidente do SC Braga propôs, então, ao homólogo da Liga Portuguesa de Futebol Profissional o recurso a árbitros estrangeiros para os jogos com Benfica, FC Porto e Sporting.
O tempo passou e as graves declarações caíram no esquecimento, não tendo sido aplicado nenhum castigo ou multa ao SC Braga.

Fevereiro de 2020. Benfica é escandalosamente roubado no Estádio do Dragão no jogo que interpôs o SL Benfica diante o FC Porto. O jogo ficaria manchando pela dupla Soares Dias e VAR Tiago Martins, que não viu uma agressão de Marega a Taarabt - recordamos que Taraabt perdeu alguns dentes neste lance - aos 4 minutos, outra gravíssima agressão (pugilismo) de Pepe a Taarabt aos 35 minutos, não viu as entradas de Otávio e Alex Telles para amarelo, condicionou todo o meio campo do Benfica durante o decorrer da primeira-parte, marcou uma grande penalidade a favor do FC Porto no decorrer de uma falta nítida de Soares sobre Ferro e ainda mostrou um amarelo a Vlachodimos, por este levar com bolas de golfe na cabeça, que vinham sendo atiradas da bancada onde se encontravam os Super Dragões. O jogo terminou 3-2, com vitória para a equipa da casa.
O Benfica, e muito bem, criticou a arbitragem e apelou à Liga e à Federação Portuguesa de Futebol «em nome da preservação da verdade desportiva», que tomassem «as medidas adequadas e diligenciem no sentido de nomearem árbitros estrangeiros internacionais para todos os jogos do Benfica e do FC Porto até ao final desta época».

Resultado? Queixas da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, processo disciplinar interposto pelo Conselho de Disciplina e Benfica punido com multa de 30 mil euros por pedir árbitros estrangeiros.
Setembro de 2021. O jogo entre o Paços de Ferreira e SC Braga, da quinta jornada da I Liga, será dirigido por árbitros estrangeiros. Willy Delajod, internacional francês desde 2018, será o árbitro principal, tendo Banjamin Pages e Phillippe Jeanne como assistentes, enquanto Eric Wattelier estará no VAR.
Esta dualidade de critérios demonstra, de forma clara e inequívoca, que os dirigentes dos centros de decisão do futebol português continuam a brincar com o Sport Lisboa e Benfica e todos os benfiquistas.
Da Federação Portuguesa de Futebol e do seu Conselho de Disciplina exige-se, no mínimo, coerência e equidade de tratamento. Temos tolerância zero para com quem deliberada e reiteradamente tenta prejudicar o Sport Lisboa e Benfica."

Pára tudo


"Um gajo que foi comentador durante 20 anos na televisão pública e agora é cartilheiro residente no Porto Canal a queixar-se de um comentador de um canal privado por não ser isento! Há coisas fantásticas!
Este boneco do Bernardino Barros andou décadas em tudo o que era sítio na imprensa (rádio, televisão e jornais) a fazer-se passar por jornalista isento e vem agora ver se engana tolos com a conversa de sempre se ter assumido como adepto do Calor da Noite! Genial!
Bernardino Barros a ganhar a Liga dos Campeões da lata estratosférica!
Esta gente não tem mesmo vergonha na cara? Os Bernardinos Barros, os Manuel Queiroz, os Vitor Pintos? Nem um pinguinho?"

Prémio !!!


"20/21:
- Pior arbitragem da época no FC Paços Ferreira x FC Porto;
- Erro grave na final da Taça de Portugal em prejuízo do Sport Lisboa e Benfica.

21/22:
- Penálti por assinalar em mais uma arbitragem polémica no Famalicão x FC Porto.
Más decisões sempre em benefício do #PortoaoColo.
Um árbitro, que através da coação, beija a mão ao sistema e beneficia o mesmo de sempre.
Como prémio, arbitra finais da Taça de Portugal, ganha um ano extra na arbitragem e é chamado para apitar clássicos.
Assim vale a pena errar!"

O talento de Plácido Abreu


"Um nome incontornável na história do andebol benfiquista

Plácido Abreu foi um baluarte do andebol português nas décadas de 50 e 60, tendo envergado a camisola encarnada durante 20 anos. O seu percurso no Benfica iniciou-se em 1954, em juniores, contribuindo para a conquista do Campeonato de Lisboa de 7 na sua época de estreia. Devido ao talento demonstrado, o capitão ascendeu à equipa principal estreando-se a 23 de Outubro de 1955, para o Campeonato de Lisboa de 11, e fez parte da selecção nacional de andebol, junto de outros nomes consagrados da modalidade.
O atleta viria a eleger como a 'maior alegria da minha vida desportiva' a final do Campeonato de Lisboa de 11 de 1958/59, na qual o Benfica venceu por Sporting, por uns renhidos 10-9. Os dois clubes estavam empatados a poucos minutos do fim, quando foi assinalada uma grande penalidade a favor dos 'encarnados'. Os 'meus companheiros escolheram-me para marcar a falta que, ainda que bastante nervoso, converti no golo da vitória do Campeonato'. Um momento emocionante, que recordaria por toda a vida.
Ao longo da sua carreira desportiva, conquistaria ainda mais dois Campeonatos de Lisboa de 11, em 1960/61 e um 1961/62, esta última a época mais brilhante do atleta e do andebol benfiquista. Nesta temporada histórica, a equipa 'encarnada', liderada por Plácido Abreu, conquistou o seu primeiro e único título de campeão nacional de 11, e ganhou, igualmente, o seu primeiro Campeonato Nacional, de 7, conseguindo o feito de vencer as duas competições nacionais sem derrotas.
Foi reconhecido como sócio de mérito em 1964, tendo deixado de competir dez anos depois. Todavia, continuaria ligado ao Benfica como vogal da actividade desportiva, nas Direções presididas por Duarte Borges Coutinho e por João Ferreira Queimado, e como monitor de natação na iniciação desportiva.
Saiba mais sobre este ídolo do andebol na área 2 - Joias do Ecletismo do Museu Benfica - Cosme Damião."

Lídia Jorge, in O Benfica

Radonjic – A jornada Europeia


"Velocidade a carecer de melhor definição. Potencial bem expresso na velocidade a que conduz. Ofereceu um golo, perdeu um de forma inacreditável. Assim foi o jogo de Radonjic com o Luxemburgo."