domingo, 29 de agosto de 2021

Vermelhão: Final feliz !!!

Benfica 2 - 1 Tondela


Fim de tarde de muito sofrimento, depois de uma primeira parte demasiado lenta e previsível do Benfica... e ainda por cima, deu ao Tondela, como brinde, um golo praticamente no único remate que fizeram à baliza do Ody durante os 90 e tal minutos da partida!!!

Boa leitura do treinador ao intervalo, com 3 alterações, dando mais velocidade à circulação de bola, com passes mais verticais... Tenho que destacar, o golo 'à Saviola' do Rafa! Aparentemente depois da saída do argentino, os jogadores Benfiquistas esqueceram-se que se podem marcar golos de canto, ao 2.º poste... ainda bem que o Rafa se 'recordou'!!!

Como era esperado, depois do super-esforço de Terça-feira, era previsível alguma gestão no onze, com o Otamendi, o Weigl, o Rafa a merecer 'descanso'... as excepções foram o João Mário (com o castigo do Adel, será sempre titular) e o Grimaldo (o Gil Dias aparentemente perdeu o 'comboio'). Além destes, ficámos a saber no final da partida, que o Yaremchuk foi vacinado nos últimos dias, e teve uma reação negativa, ficando doente!

Sendo assim, voltámos ao 442, mas o problema não foi a tática, o problema foi mesmo a falta de dinâmica ofensiva... Aliás, se em Eindhoven ficámos a saber que o Benfica tem um Plano B defensivo, eficaz: falta saber se o Benfica tem um Plano A ofensivo, que consiga desmontar equipas super-defensivas, exactamente aquilo que o ano passado, faltou ao Benfica...

O João Mário dá mais critério na zona de construção, mas não é suficiente... na minha opinião, continua a 'faltar' um jogador da classe do Jonas, entre-linhas, perto da área, porque continuamos a definir muito mal em zona de finalização! Não são só os remates que saem ao lado, ou as defesas dos guarda-redes adversários, os nossos avançados, decidem muitas vezes mal no último passe...

Independentemente das opções estratégicas, das substituições, e mesmo das exibições individuais de cada jogador, aquilo que deve ser destacado, é o espírito de vitória que a equipa continua a demonstrar! Motivação altíssima, atitude guerreira, como já não se via na Luz, à bastante tempo... diria deste da 'entrada' do Bruno Lage no Benfica, naquela recta final da Liga, que nos deu o último título nacional, que não víamos a equipa a jogar com esta alegria e com este 'mau perder', essencial para qualquer equipa, que queira ser Campeã!

O Gilberto foi considerado o MVP da partida, devido ao golo decisivo, e de facto o Lateral brasileiro entrou muito bem no jogo... e suspeito que depois de todas as notícias, sobre a potencial contratação do Lázaro, o golo teve um sabor especial para ele... Tenho defendido esta época, que o Gilberto iniciou a temporada, em boa forma, no entanto quase todos os Benfiquistas 'pedem' a sua dispensa...
O Meite está a adaptar-se a jogar a 6, pois em Itália jogava quase sempre a '8', vai ter que aprender com Weigl as movimentações e perceber quando deve 'arriscar' no passe... sendo que neste momento, o francês, opta sempre pelo passe mais seguro, e neste tipo de jogos, é necessário algum risco...
O Pizzi continua completamente fora...

Mais uma arbitragem vergonhosa da dupla Tiago Moedas e Hugo Macron no VAR! O penalty sobre o Rafa é das coisas mais vergonhosas que me recordo nos últimos tempos... e no início também houve penalty sobre o Darwin! Mas não foi só os penalty, num lance com Gonçalo ainda no 1.º tempo, junto da linha lateral, o nosso puto é empurrado, era falta claríssima, a bola ainda bate no pé do jogador do Tondela, e o Moedinhas dá lançamento para o Tondela!!! Foram 90 e tal minutos deste tipo de decisões... até os descontos, tenho a certeza que se o jogo tivesse 1-1, ou 0-1, nunca teria dado tantos minutos de compensação, bastou o Benfica passar para a liderança, para resolver compensar o anti-jogo declarado do Tondela!!!

Paragem para as selecções, e muito medo das lesões e do Covid!!! Ainda por cima vamos ter os casos Veríssimo e Otamendi, que só vão chegar a Portugal na madrugada do jogo do Santa Clara, depois de 3 jogos pelas Selecções! Perder dois jogadores por causa do calendário das Selecções é indesculpável... Basicamente estamos obrigados a jogar com o Morato e o Verthongen em São Miguel, contra um dos melhores ataques das equipas do meio do tabela!!!

Agora, se alguém no início de Agosto afirmasse que o Benfica ia chegar ao fim do mês qualificado para a Champions, com 12 pontos em 12 possíveis na Liga, e isolados na liderança da Liga, todos nós, assinaríamos por baixo, mas poucos acreditariam...!!! Excelente arranque, com uma equipa competitiva e com enorme vontade de superar os obstáculos, como se viu em Eindhoven e hoje com o Tondela, a lutar até ao fim...!!!

Fechar ciclo com vitória


"O PSV já lá vai, segue-se o Tondela hoje, às 18 horas, no Estádio da Luz. Já não há bilhetes disponíveis e por certo teremos milhares de Benfiquistas empenhados em apoiar a equipa e a empurrá-la para mais um triunfo.
Conforme Jorge Jesus afirmou ontem, em conferência de imprensa, "os adeptos do Benfica ajudam a equipa a ganhar, são fundamentais para dar equilíbrios emocionais e uma grande força psicológica".
Esta partida referente à quarta jornada do Campeonato marca o fim do primeiro ciclo competitivo da temporada, em função da paragem para compromissos das seleções. O objetivo do apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões está cumprido, falta agora vencer os tondelenses para que o pleno de vitórias nas quatro primeiras rondas da Liga seja conseguido.
O nosso treinador foi taxativo quanto à relevância do embate desta tarde: "O mais importante neste momento é o jogo com o Tondela. Falámos sempre do Tondela. (…) Queremos vencer este jogo para o Campeonato, que é a competição mais importante que nós temos."
Pela frente estará um oponente que, de acordo com Jorge Jesus, "é uma equipa organizada, com jogadores muito rápidos na frente, e que tem uma ideia de jogo muito boa", acrescentando: "O respeito que temos pelo Tondela é exatamente o mesmo respeito que tivemos pelo nosso último adversário."
Queremos continuar a somar triunfos. Juntos e focados, embalados pelo incondicional e fervoroso apoio dos Benfiquistas, estaremos sempre mais próximos de cumprir esse desígnio.
Força, Benfica!"

Balanças!!!


"Sérgio Coação expulso todas a semanas = 0 castigos
Palhinha 6 amarelos = 0 castigos
Uribe agride à cabeçada jogador do Braga = 1 jogo
Taarabt empurrão e confusão = 5 jogos
Um castigo destes a um jogador do Calor da Noite e já estavam os Super Dragões a pendurar os gajos do CD (Conselho de Disciplina) num eucalipto e a regar com gasolina a sede da federação
 O castigo do Taarabt representa bem a falência do Vieirismo. Foram anos em que a direcção do Benfica deixou que o CD (Conselho de Disciplina) e CA (Conselho de Arbitragem) entrasse no domínio dos Dragartos de mão beijada. Os castigos deles, quando raramente acontecem, são nas férias. Os nossos são no início do campeonato.
Já para não falar no tratamento especial a personagens como Sérgio Coação, Pepe, Palhinha, Otávio, Pote...personagens verdadeiramente inimputáveis para estes CD e CA.
Esta é a maior humilhação que um órgão de desporto aplicou a um dos grandes em Portugal. Completamente impensável uma decisão destas para Calor da Noite ou Cashball. Não há sequer nada aproximado com isto para aqueles lados.
É um Conselho de Disciplina e um Conselho de Arbitragem completamente dominado pela Aliança do Altis, sem escrúpulos absolutamente nenhuns em aplicar decisões absurdas e selectivamente lesivas como esta.
É completamente impossível ao Benfica ser novamente campeão nacional em Portugal sem limpeza de cima a baixo destes dois órgãos. Impossível! E a conice de sabão dos comunicados do Pedro Pinto são de uma vergonha alheia total! O que é aquela merda, pá? “O Benfica estranha…”…o Benfica Estranha?!?!?!? O Benfica Não Estranha Nada Porque Sabe Perfeitamente Que Isto É Premeditado E Executado Por Elementos Facciosos E Altamente Fanáticos Pelos Seus Clubes Calor Da Noite E Cashball Que Compõem E CD E o CA! É Difícil Dizer Esta Merda De Forma Directa Para Que Pelo Menos Não Nos Tomem Como Cornos Mansos?"

Comunicado


"O Sport Lisboa e Benfica estranha o timing e a dimensão do castigo imposto ao seu jogador Adel Taarabt por parte do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.
Uma suspensão que diz respeito a um lance ocorrido na final da Taça de Portugal, disputada a 23 de maio, há mais de três meses.
Cumpre igualmente esclarecer que o Sport Lisboa e Benfica foi notificado ontem, dia 27 de agosto, deste mesmo castigo, pelo que o jogador já se encontra a cumprir sanção.
O Sport Lisboa e Benfica pondera recorrer desta decisão, nos termos que a lei lhe permite."

O Benfica e o risco da interpretação


"Como sou “alfacinha de gema” e filho de um pai (querido pai) que fazia do futebol o seu espetáculo favorito, julgo não surpreender ninguém ao adiantar que vi jogar e admirei francamente o Sporting dos “cinco violinos”, o Benfica de Eusébio, Coluna, José Augusto, Simões e o F.C.Porto de Pedroto, Pinto da Costa, Artur Jorge, José Mourinho e André Villas-Boas. Eram, de facto, equipas que mantinham acesa a curiosidade dos simpatizantes dos outros clubes, pois que nelas brilhavam “estrelas” que, na memória dos livros e das revistas e do cinema e até dos felizardos (como eu) que as aplaudiram, “in illo tempore” - resistem ainda a toda a velhice. De facto, todas elas lavraram obra de alto merecimento. Desta feita, no entanto, é do Benfica atual que vou ocupar-me. Não aceito pacificamente todas as ideias, que o mesmo é dizer: não me arrogando o direito de qualquer “magisterdixismo” (o que seria ridículo) não aplaudo pacoviamente, nem a falta de estudo, nem um cego facciosismo. Não, não desprezo as “razões do coração”. Sei bem que, sem sentimento, não há razão mas quem, como eu, teve a fortuna de conhecer, com alguma intimidade, muitos destes homens-futebolistas e até por respeito por todos eles, não pode “confinar-se” (um verbo muito em voga), na análise de um jogo de futebol, ao “amor à camisola” e aos “erros dos árbitros” e à originalidade da tática do treinador. De facto, há muito mais num jogo de futebol de alta competição. Mas eu começo sempre com o mesmo pressuposto: o mais importante, numa equipa de futebol, é o jogador de futebol! Já vi por aí escrito que se avizinham táticas revolucionárias, audazes, rebeldes, onde o jogador verá reduzido a sua influência, o seu poder, na sua equipa. Estou velho, de facto. Sou como o aquele Diógenes que, à luz plena do meio-dia, com uma lanterna acesa, dependurada dos dedos, percorria as ruas de Atenas, à procura de um homem, ou melhor: de um homem integralmente humano. Eu, dos baixios da minha pouquidade, continuo a repetir-me: sem grandes jogadores, não há grandes equipas, como sem grandes intérpretes, não há grandes orquestras. E o treinador? E o “maestro”? Qualquer honesto estudo e com recta intenção, dirá isto, mais ou menos: sem intérpretes superdotados (quantos mais, melhor) não há grandes equipas, nem grandes orquestras.
É verdade que o treinador lidera todo o processo de formação do jogador e a sua integração no grupo. Mas, sem a “vocação” inicial do jogador, não há “matéria-prima” (digamos assim) para o treinador trabalhar. No livro O Treinador na empresa, Jorge Araújo, nome grande do basquetebol português, escreve: “Quando, em 1977, fui pela primeira vez aos Estados Unidos, acompanhando uma equipa de basquetebol, levava naturalmente comigo um imenso número de questões, para colocar aos treinadores norte-americanos (…). E logo, na primeira oportunidade, disparei: Qual é para si, entre as muitas acções que tem de desenvolver como treinador, aquela a que atribui maior importância? E quando julgava que a resposta se relacionaria com algo como a preparação física e técnica e tática dos jogadores, ouvi com espanto (…): é a de recrutamento de jogadores (…). Se recrutamos bem, e isto significa fazê-lo através de jogadores que nos possibilitem alcançar os objetivos pretendidos, teremos muito maiores possibilidades de sucesso, que no caso contrário” (in Manuel Sérgio, Filosofia do Futebol, Prime Books, 2009, pp. 132/133). Se, como o Diógenes, procurássemos, no atual “plantel” do Benfica, um jogador com a “classe” do Eusébio ou do Coluna ou do José Augusto ou do António Simões, ou mesmo do atual presidente Rui Costa, dificilmente o encontraríamos. Eu sei que as razões são muitas, principalmente, as de ordem económico-financeira. Mas, quaisquer que sejam as causas, os efeitos convergem nesta realidade insofismável: a frase é antiga e conhecida -“A Verdade é o Todo”. Portanto, a quem deverão entregar-se os louros duma vitória? Ou a todos, ou a ninguém! Demais “circunstância” é adversa . E a “circunstância”, quero eu dizer: toda a galáxia do sistema capitalista e a sua competição desenfreada; o struggle for life darwinista; e o facto de a política não saber (nem, poder) controlar (ou erradicar, de uma vez por todas) o capitalismo financeiro-especulativo. E, assim, sem uma nova ordem económica internacional, até no futebol só os “ricos”, normalmente, poderão ostentar o que de melhor (incluindo, aqui, principalmente, os jogadores) o futebol tem…
Não esquecerei nunca o que ouvi dizer ao Miguel Muñoz, antigo jogador e depois treinador do Real Madrid da década de 50 do século passado: “Quando o Di Stéfano joga, cada um dos jogadores do Real Madrid vale por dois”. E a célebre equipa “blaugrana” do Guardiola, sem o elenco de personalidades, todas elas no topo da exemplaridade (relembro o Messi, o Xavi, o Iniesta e o Busquets) poderia ser o que foi? E a seleção nacional brasileira de 1970, seria a melhor seleção nacional de todos os tempos, sem a genialidade de Pelé e o talento raro do Tostão, do Jairzinho e do Rivelino? E a holandesa “laranja mecânica”, com o seu “futebol total” que o treinador Rinus Michels, um treinador exigente, concebeu e tentou concretizar, poderia dispensar o contributo inestimável do imortal Johan Cruyff e a “classe” do Neeskens e do Van Hanegem e do Rensenbrink? E o Milão de Arrigo Sacchi (um tático de indiscutível perspicácia) ficaria na história, em letras de um brilho inapagável, sem o Maldini, o Baresi, o Rijkaard, o Gullit e o Van Basten?... E de Pedroto, Mourinho, Artur Jorge e Jorge Jesus sou também tentado, porque sinceramente os estudei, a voltar sempre, como uma obsessão, à minha tese predileta: não há jogos, há pessoas que jogam! E olhem que o Mourinho já foi classificado pelos “entendidos”, como o melhor treinador do mundo. Para mim, se quiser, ainda o é. É das pessoas intelectualmente mais dotadas que já conheci. Eu sei que a inteligência é um conceito polimorfo mas parece indiscutível que as dimensões cognitivas são de importância primeira, nas diferenças individuais de um desempenho, incluindo aqui um desempenho desportivo. E muito teria também a escrever sobre dois treinadores de futebol, verdadeiramente singulares, Mestre Pedroto e o Dr. Artur Jorge. Mas, hoje, é do Benfica que, em resumida síntese, procuro ocupar-me.
“Reduzida a dez, mais de uma hora, a Águia foi heróica e voou para a fase de grupos”. Assim titulou A Bola o facto, que não é muito comum, de Portugal voltar a ter três equipas, na fase de grupos da Liga dos Campeões e da passagem do Benfica, depois de três vitórias e um empate, na terceira eliminatória e “play-off”, a esta mesma fase de grupos. Julgo conhecer o “mister” Jorge Jesus. Como pessoa (e é da pessoa que nasce o “mister”) anteponho a ternura e a bondade, como duas qualidades que, nele, são “naturais”. Volto às “razões do coração” de Pascal. É verdade que o coração morre mas não envelhece mas, no Jorge Jesus, elas esplendem como não é habitual. E é destes homens, quando são líderes, que é possível esperar “milagres”. No jogo PSV-Benfica, do passado dia 25 deste mês de Agosto, as sapientes sentenças dos críticos distinguiram o Vlachodimus, o Otamendi, o Grimaldo. Para o Jorge Jesus, no entanto, o “melhor em campo” foi o Benfica! Queria salientar ele, se bem o entendi que, desde o presidente Rui Costa, passando pelo Jorge Jesus, pelos jogadores, pelo Rui Pedro Braz, pelo Luisão, pelos departamentos técnico e clínico e chegando mesmo ao mais humilde funcionário e ainda aos milhares e milhares de sócios e simpatizantes – todo o Benfica, na Holanda, entrou em campo, todo o Benfica está na fase de grupos da Liga dos Campeões! O Miguel Torga disse, um dia: “A poder e a valer, nem sempre temos consciência do que podemos e do que valemos. Hipertrofiamos provincianamente as capacidades alheias e minimizamos maceradamente as nossas, sem nos lembrarmos sequer de que uma criatura só não presta, quando deixou de ser inquieta”. Inquietude, vontade de transcendência e de superação não faltam a Jorge Jesus. Sem dominar os argumentos da lógica? Ou seja, sendo ilógico? Peço desculpa: ele não é ilógico. Só que, quando se ama, a lógica é outra! Até as pátrias se fizeram com heróis, mártires e santos. Em todos eles, se visiona mais fé do que razão. Mas a fé e a razão não são sentimentos antagónicos. Provou-o Benfica, num jogo de futebol, na Holanda. E tem de fazer outro tanto, no novo Benfica que aí tem de nascer!"