quarta-feira, 25 de agosto de 2021
SL Benfica | Os 5 maiores flops da última década
"O SL Benfica tem vindo a acumular “flops” ao longo dos últimos anos. Este termo faz parte do universo futebolístico e tem ganho cada vez mais destaque. Com o passar do tempo são cada vez mais os jogadores que parecem estrelas, mas que acabam por não conseguir revelar esse talento.
Ao longo da última década passaram pelo clube imensos jogadores que chegaram como promessas, mas que saíram pela porta pequena. Posto isto, decidi eleger, de um vasto leque, os cinco maiores “flops” que passaram pela Luz na última década.
1.
Gabriel Barbosa – Se calhar, neste momento, estão a questionar o porquê de ter escolhido o famoso “Gabigol” para a primeira posição do top. A verdade é que o brasileiro é uma autêntica máquina de fazer golos. Se avaliarmos a prestação do ponta de lança desde 2013, podemos afirmar que as palavras “golo” e “assistências” são as suas melhores amigas: em 188 jogos marcou 85 golos e fez 26 assistências.
Por essa mesma razão, e avaliando o seu desempenho no SL Benfica, é que me atrevo a colocá-lo aqui. Infelizmente, quer para as águias, quer para o futebol português, Gabriel Barbosa não conseguiu espalhar magia nos relvados portugueses. Apenas disputou cinco partidas, tendo marcado um único golo. A qualidade é conhecida por todos, mas no que diz respeito à sua passagem pela Luz, foi mesmo um “flop”.
2.
Raúl de Tomás – O ponta de lança espanhol, que chegou à Luz na época de 2019/20, custou ao SL Benfica cerca de 20 milhões de euros. Para muitos é um dos maiores “flops” dos últimos anos, mas para outros tudo se resumiu à dificuldade de adaptação.
A verdade é que em 17 jogos marcou apenas três golos. Para além disso, foi vendido em janeiro de 2020 ao RCD Espanyol. Face ao investimento que os encarnados fizeram para o contratar, era expectável que rendesse mais. No entanto, é importante salientar que não teve muito tempo para se mostrar.
3.
Nicolás Castillo – O ponta de lança chileno chegou ao SL Benfica na época de 2018/19, tendo custado à equipa encarnada cerca de oito milhões de euros. No que diz respeito ao seu desempenho, pode dizer-se que ficou aquém do esperado. No entanto, também é preciso frisar que apenas disputou quatro jogos para a Primeira Liga, com o manto sagrado.
Nos 142 minutos de jogo a que teve direito, Nicolás Castillo não marcou nenhum golo nem fez nenhuma assistência, deixando os seus “dotes goleadores” de lado. As prestações não convenceram o treinador nem os adeptos benfiquistas e, como consequência, a sua estadia na Luz durou pouco tempo. Em janeiro de 2019 foi vendido por pouco mais de sete milhões de euros ao CF América.
4.
Filip Djuricic – Para os amantes de futebol é impossível falar da época de 2013/14 e não falar das águias. Naquela temporada, a equipa do SL Benfica era uma autêntica máquina, mas como diz o ditado “nem tudo o que reluz é ouro” e Djuricic é um bom exemplo disso.
Era considerado, por muitos, como uma grande promessa do futebol, mas não passou de mais um “flop”. Em 22 jogos marcou apenas dois golos e fez outras duas assistências. A juntar a isso, podemos contar com os quatro empréstimos de que foi alvo.
5.
Roberto Jiménez – Na época de 2010/11, as palavras “Roberto” e “pânico” pareciam sinónimos. Era impossível assistir a um jogo do SL Benfica e não rezar, até mesmo para quem não acreditava em Deus, para que não se sofresse um golo.
A verdade é que esse cenário era quase impossível. Roberto sofreu 46 golos em 41 jogos. Sim, leu bem. Com um saldo negativo destes e face ao preço que custou aos encarnados (8,5 milhões de euros, um dos guarda-redes mais caros de sempre), pode mesmo afirmar-se que foi um autêntico “flop”."
Na Champions com bravura e muita qualidade
""Os adeptos do Benfica vão estar no nosso Estádio, eles merecem, querem ver o Benfica a jogar com os melhores, foi sempre assim e assim será", disse Jorge Jesus após o Benfica ter carimbado a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões.
Fruto das circunstâncias, nomeadamente a equipa se ter visto reduzida a dez elementos à passagem do 32.º minuto frente a um poderoso PSV que chegara ao play-off embalado por sucessivas goleadas, incluindo a infligida ao Ajax, por 4-0, na Supertaça do seu país, a noite em Eindhoven ficou marcada pela superação, a crença e a bravura, em suma, a alma benfiquista. E também pela organização e rigor táticos, imprescindíveis para o sucesso benfiquista na eliminatória.
Os nossos jogadores foram enormes, sempre cumpridores da teia montada por Jorge Jesus e nunca virando a cara a luta, entreajudando-se permanentemente, em particular após a expulsão de Lucas Veríssimo. Já antes, a nossa equipa conseguira manietar o adversário e dispusera da melhor oportunidade de golo do encontro.
No cômputo dos 180 minutos fomos melhores e merecemos figurar, mais uma vez, na fase de grupos da Liga dos Campeões. Trata-se da 11.ª presença nas últimas 12 temporadas nesta fase da prova, um registo que só Barcelona, Bayern e Real Madrid conseguem também (e Shakhtar Donetsk caso garanta o apuramento hoje).
Estamos onde queremos e merecemos, estamos onde a grandeza do Benfica justifica e exige.
Este foi mais um objetivo cumprido entre os delineados para agosto. Mas o mês ainda não terminou e, no próximo domingo, haverá novo desafio, desta feita frente ao Tondela. Queremos completar esta série inicial de jogos no Campeonato com um pleno de triunfos e é nesse propósito que a equipa já está focada.
Vamos, Benfica!"
Cadomblé do Vata
"1. Vencer na primeira mão por 2-1 e empatar a zero na segunda, jogando muito tempo em inferioridade numérica... isto meus amigos, chama-se "fazer um Turim".
2. Playoff entre a equipa da Phillips e os rapazes da Luz... mais Watts do que nesta eliminatória, só na bateria dos Rolling Stones.
3. Vlachodimos novamente a defender o defensável... queria era vê-lo defender aquela do Zahavi à barra.
4. Foi pena os adeptos do PSV terem estrafalhado o fogo de artificio todo na madrugada passada junto ao hotel do Glorioso... agora eu até lhes comprava um lotezito de foguetes.
5. Hoje é a primeira vez que a minha Donzela fica mais feliz com um bom resultado do Benfica do que eu... enquanto estou a festejar o acesso à Champions ela celebra porque finalmente vou cortar a barba e o cabelo."
Benfica...
"Superação, determinação, raça, querer, ambição. Estes são adjetivos que não chegam para qualificar este Sport Lisboa e Benfica.
Contra todo o ruído externo, contra todos os ataques, contra todas as movimentações de bastidores, esta equipa soube erguer um escudo sobre si mesma e proteger os supremos interesses do símbolo que carrega ao peito: o do Sport Lisboa e Benfica!
Que início de época brilhante. Que tremenda atitude destes jogadores.
O fogo de artifício lança-se no fim. E é nosso!
Viva o Sport Lisboa e Benfica!"
Nico, Senhor do Duelo em Eindhoven
"No ar, no chão, no cruzamento, no 1×1. Até quando escorregou, ou como se deixou cair para atrapalhar a finalização de Madueke. Em todo o lado – certo – Otamendi foi o espírito de capitão que a noite de Eindhoven exigia. Presente, Responsável, Disponível, Sofredor. E vencedor.
Assim encheu a linha defensiva do Benfica."
As 4 formas com que Jesus parou o PSV
"O jogo de Eindhoven foi de um desgaste incrível. Físico antes de tudo o mais, pela velocidade a que decorreu e porque desde cedo (passagem da meia hora) por expulsão de Lucas Veríssimo obrigou o Benfica a jogando com menos, ter de correr ainda mais para fechar o seu espaço defensivo.
Foi também um jogo de uma dimensão estratégica no plano defensivo de grande notoriedade. Para travar o PSV, e porque se viu reduzido a 10, o Benfica passou por diferentes alterações táticas.
O melhor é ver:
1. Em 5x3x2, que se transformava num 3x5x2 pelo desdobramento dos laterais – Ao contrário de Lisboa, laterais bateram com laterais, médios encaixaram em médios e Avançados em Centrais.
2. Em 4x3x2, imediatamente após a expulsão de Veríssimo, o Benfica procurou controlar o jogo defendendo largura da linha média a 3 – Rafa e Yaremchuk continuaram juntos na frente – Havia ainda a expetativa de poder ser perigoso no ataque.
3. Em 4x4x1, rapidamente do banco se percebeu que não seria possível segurar ofensivas adversárias com linha média apenas com 3, defendendo com 4 atrás – Iria sempre faltar apoio nos corredores laterais, e Rafa passou para extremo direito numa linha agora a 4, com Yaremchuk na frente de ataque.
4. Em 5x3x1, no regresso para a segunda parte. Iniciou Rafa como lateral, mas rapidamente passou para a linha média, quando saiu Taarabt para entrar Vertonghen para a posição de central."
As Odysseas do sofrimento valem milhões
"O Benfica está na fase de grupos da Liga dos Campeões, após empatar (0-0) contra o PSV. Em Eindhoven, jogou desde os 32 minutos com 10, por expulsão de Veríssimo, mas uma exibição de sacrifício, sustentada por defesas cruciais de Vlachodimos, garantiu à equipa de Jesus o decisivo encaixe financeiro da Champions
O futebol, como qualquer jogo, é para ser jogado com prazer, para desfrutar. No entanto, os infinitos caminhos da bola levam a que, por vezes, o caminho para a felicidade dentro do terreno de jogo passe mais pelo cerrar de dentes e pela entrega do que pelo requinte técnico e magia com o esférico.
Na noite de Eindhoven, o Benfica viu-se forçado, muito cedo, a ir ao dicionário da competitividade buscar as virtudes que lhe garantiram um empate que, desde já, marca positivamente a época dos encarnados. O nulo contra o PSV explica-se por esse saber sofrer e pelas defesas do inspirado Odysseas Vlachodimos e permite ao Benfica estar na fase de grupos da Champions pela 16.ª vez na sua história, assegurando ao clube da Luz um encaixe de muitos milhões que as finanças do clube agradecerão.
Jorge Jesus tinha prometido um Benfica de olhos postos na baliza adversária, dado que o poderio ofensivo do adversário augurava golos, mas o nulo espelha um duelo que, muito cedo, se tornou num exercício de resistência da equipa portuguesa. E isto porque, aos 32 minutos, Lucas Veríssimo viu o segundo cartão amarelo e foi expulso, levando os encarnados para uma hora de organização defensiva contra o ataque posicional do conjunto dos Países Baixos. E a missão foi cumprida. Pela 7.ª vez na história, Portugal terá três equipas na fase de grupos da Champions.
Mas a abordagem inicial dos visitantes esteve longe de se basear somente na crença ou noutras virtudes semelhantes. JJ surpreendeu ao lançar Taarabt, atuando com três médios (o marroquino mais João Mário e Weigl) ao invés da habitual dupla, ficando Rafa e Yaremchuk na frente de ataque. E isso, a juntar a um Benfica bem mais pressionante e agressivo sobre a bola, levou a uma meia-hora inicial na qual a turma portuguesa não foi surpreendia por bolas lançadas nas costas da sua defensiva ou por rápidas combinações, tal como havia sucedido no duelo do Estádio da Luz.
A aposta de Jesus conseguiu minimizar uma possível entrada forte dos da casa e o resultado foi um começo de partida com muita pressão e contra-pressão, perdas de bola constantes e nenhum remate enquadrado com a baliza nos primeiros 20 minutos. Aos 28’, Taarabt, a tal surpresa benfiquista na equipa titular, foi o primeiro a sair do colete-de-forças que ambas as equipas colocavam no meio-campo, com um ziguezaguear que levou a bola até ao último terço onde, após alguma insistência, Rafa viu o golo ser-lhe impedido pela muralha defensiva do PSV.
O Benfica dava uma imagem de alguma tranquilidade... até ao minuto 32, que poderia ter marcado negativamente os próximos meses do clube.
Lucas Veríssimo parecia ser, desde o começo, o central mais desconfortável com a pressão da turma de Schimdt. Aos 8’, o brasileiro perdeu a bola para Gakpo e viu-se forçado a fazer falta. Primeiro amarelo. Volvidos 24 minutos, o Veríssimo saltou com o braço direito aberto na direção de Gakpo, o árbitro considerou motivo para segundo cartão amarelo e expulsou o defesa.
O plano de Jesus ressentiu-se, aquela pressão coordenada não estava preparada para continuar a ser colocada em prática com um homem a menos. E Madueke, o irrequieto extremo de fita no cabelo e ginga nos pés, teve o espaço que, até aí, não tinha encontrado. Nos minutos finais do 1.º tempo, o jovem esteve por duas vezes perto de marcar, mas a falta de pontaria e Vlachodimos levaram o duelo para o intervalo com o nulo. Foram os minutos de maior aperto para as águias.
Jesus trouxe a equipa para o 2.º tempo com os ajustes necessários para lidar com a inferioridade numérica. Se nos derradeiros instantes da etapa inicial o Benfica se defendeu com uma espécie de 4-4-1, os encarnados atuaram toda a 2.ª parte com um 5-3-1 que apresentava três centrais (primeiro Gilberto e depois o regressado Vertonghen juntaram-se a Otamendi e Morato) e tentava que a inferioridade de um homem se sentisse mais no ataque, mas menos a defender
O PSV teve muita bola (terminou com 73% de posse), rematou muito (21 remates, oito deles à baliza, contra somente quatro do Benfica, e apenas um teve de ser detido pelo guardião rival), mas foi esbarrando no misto de competência na organização defensiva e capacidade de sofrimento das águias.
Ah, e em Odysseas Vlachodmimos.
O grego, que já tinha tirado o golo a Madueke no 1.º tempo, impôs-se com segurança a remates de fora da área de Ramalho ou Sangaré e, quando o guardião já parecia batido, a sorte esteve com o Benfica: aos 61’, o goleador israelita Zahavi, servido por Gakpo (a melhor unidade do PSV em toda a eliminatória), atirou à barra quando tinha a baliza à mercê.
As virtudes da exibição do Benfica veem-se se tivermos em conta que Grimaldo, João Mário ou Weigl, homens de boa técnica e que sabem tratar a bola, se evidenciaram mais pelo que correram, pelos espaços que ocuparam sem bola e até pelos carrinhos que fizeram. O Benfica estava a visitar a casa de um clube fundado em 1913 para que os trabalhadores da Phillips pudessem praticar atividade física e os encarnados dedicaram-se a fazer uma exibição operária, que os levou até aos milhões da Champions.
Mas esse encaixe não teria sido possível sem a inspiração de Vlachodimos. Ao minuto 85, na última grande oportunidade do PSV, o grego fez uma dupla defesa de alto nível, tirando o golo a Vertessen e dando o bilhete para a liga milionária ao Benfica.
Os festejos de Jorge Jesus no final da partida, correndo para dentro de campo para se abraçar aos seus jogadores, evidenciam bem a importância desta eliminatória para toda a temporada do clube. Numa noite em que o Benfica começou a ser inteligente e se viu forçado a ser solidário, Odysseas fez com que todo o sofrimento valesse a pena. Se, há um ano, a campanha de regresso de Jesus a Portugal começou com uma desilusão em Salónica, agora a segunda época da era 2.0 de JJ na Luz arranca com um rasgado sorriso."
PSV Eindhoven 0-0 SL Benfica: Águia viu-se grega, mas garante a fase de grupos
"A Crónica: Deus Odysseas Garante Milhões Na Luz
Noite de emoções fortes no Philips Stadion, que protagonizou o palco ideal para o duelo escaldante entre PSV Eindhoven e SL Benfica, que culminou na passagem das águias para a fase de grupos da UEFA Champions League.
O expectável 3-4-3 de Jorge Jesus deu lugar a um 3-5-2, com a entrada de Taarabt para o lugar que vinha a ser de Pizzi. Com esta mudança tática, os encarnados tinham a ideia de controlar o tridente de médios Sangaré, Van Ginkel e Götze.
A estratégia estava a resultar. Os neerlandeses não conseguiam pautar o jogo como haviam feito na primeira mão, sendo que as águias estavam confortáveis no seu terço defensivo.
Assistia-se a um jogo muito bem disputado, com o metro quadrado a ser muito caro, tal como é de esperar num jogo de Champions. O primeiro remate enquadrado com uma das balizas apareceria apenas aos 23′, quando Max apareceu no bico esquerdo da águia encarnada e rematou para encaixe fácil de Odysseas.
A resposta encarnada apareceria quatro minutos mais tarde. Após slalom Taarabt no miolo, este encontrou Grimaldo. Após uns ressaltos, o espanhol endossou o esférico a Rafa, que rematou por cima da barra da baliza de Drommel, após um corte fulcral de André Ramalho.
Cinco minutos depois, e numa fase da partida em que as equipas se estavam a adiantar mais no terreno, eis que acontece o impensável. Lucas Veríssimo, em apenas 32 minutos de jogo, é expulso, deixando as águias com menos uma unidade. O número 4 das águias saltou com o cotovelo aberto, tendo sido admoestado com o segundo amarelo.
A partir daí, o controlo do jogo passou para o lado dos neerlandeses, que se instalaram por completo no meio campo encarnado. Até ao intervalo, somaram-se duas oportunidades de golo flagrantes para o PSV Eindhoven, ambas a partirem dos pés de Madueke.
Aos 34′, o extremo inglês corta para dentro e remata colocado ao ângulo direito de Odysseas. Sete minutos depois, após combinação com Zahavi, o jovem, de 19 anos, aparece na cara do grego que, com a perna direita, nega o golo que colocaria a equipa de Eindhoven em igualdade na eliminatória.
A segunda parte foi o massacre total. O SL Benfica estava recolhido em 30 metros, totalmente expectante por aquilo que o PSV Eindhoven ia – ou, neste caso, não conseguia – fazer. Nota para a disciplina defensiva demonstrada pelos homens da linha mais recuada das águias – com especial enfoque para Vlachodimos -, que iam conseguindo suster os ímpetos ofensivos dos comandados de Roger Schmidt.
De resto, destacar as duas oportunidades de golo flagrantes que colocariam, sem dúvida alguma, o PSV Eindhoven na fase de grupos. A primeira aos 60′, onde Zahavi, de baliza aberta, acerta no travessão de Vlachodimos, para frustração dos mais de 23 mil neerlandeses na bancada.
A outra oportunidade apareceu aos 84′, novamente com o guardião grego em grande destaque. Vertessen apareceu isolado nas costas de Grimaldo, rematou forte para o ângulo inferior direito de Odysseas que, não agarrando o esférico, defendeu, novamente, a recarga do ponta de lança belga.
Ajusta-se o resultado face às incidências do encontro, onde a expulsão de Veríssimo ditou a supremacia neerlandesa, mas a mesma não passou a muralha da Luz. Que venha a fase de grupos!
A Figura
Odysseas Vlachodimos – Imperial. É, para mim, esta a palavra que define a exibição de Vlachodimos, hoje, na Philips Stadion. No total, foram oito defesas protagonizadas pelo grego, que garantiram ao SL Benfica, para já, 37 milhões de euros e o acesso à fase de grupos da UEFA Champions League.
O Fora de Jogo
Lucas Veríssimo – O defesa central brasileiro tem tido um excelente início de temporada, mas não foi feliz esta noite nos Países Baixos. Em apenas 32 minutos de jogo, Lucas Veríssimo foi admoestado duas vezes com o cartão amarelo.
Após a sua saída, os neerlandeses dominaram a partida por completo, tendo os encarnados sido sufocados até ao final da partida. É uma situação a rever, e refletir, por parte do número 4 das águias.
Análise Tática – PSV Eindhoven
Novamente com uma frente ofensiva muito móvel, o PSV Eindhoven voltou a apostar na velocidade para encontrar falhas na defesa encarnada. Foi assim que Gakpo conseguiu tirar o primeiro amarelo a Veríssimo, cartão esse que viria mostrar-se fulcral mais à frente.
Com Zahavi a ponta de lança e Gakpo e Madueke a criarem perigo vindos das alas, o tridente ofensivo neerlandês foi um autêntico quebra-cabeças. No processo ofensivo, a equipa de Eindhoven abria os seus centrais e permitia que Van Ginkel ou Sangaré iniciassem o ataque, libertando os laterais para subir e abrindo espaço que Götze podia aproveitar.
Contudo, os desequilíbrios só apareceram decorrentes da superioridade numérica em campo. O jogo entrelinhas começou a surgir, tendo sido a jogada entre Zahavi e Madueke, aos 41′, o exemplo perfeito disso.
No geral, e sem retirar mérito às águias, exigia-se mais a um PSV Eindhoven que, durante mais de 70 minutos, jogou com mais um elemento em campo.
11 Inicial e Pontuações
J. Drommel (6)
P. Mwene (6)
A. Ramalho (7)
O. Boscagli (5)
P. Max (7)
M. Van Ginkel (6)
M. Götze (7)
M. Madueke (7)
E. Zahavi (6)
C. Gakpo (6)
Subs Utilizados e Pontuações
Bruma (5)
Obispo (5)
Vertessen (6)
J. Teze (-)
R. Thomas (-)
Análise Tática – SL Benfica
O SL Benfica apresentou-se no Philips Stadion num 3-5-2 que, no processo defensivo, assumia-se um 5-3-2. Taarabt entrou para o lugar de Pizzi, assumindo o papel de interior esquerdo, deixando João Mário como interior direito e Weigl na sua típica posição ‘6’.
O jogo ofensivo dos encarnados praticamente não existiu, sendo que os homens da Luz alongaram o jogo na busca da profundidade de Rafa e Yaremchuk durante grande parte do encontro, mesmo em igualdade numérica. E, quando não alongava, era Taarabt a desequilibrar – tal como fez aos 27′, numa jogada em que Rafa esteve perto do golo.
O plano era combater a superioridade do miolo do PSV Eindhoven, algo notório no jogo da primeira mão, mas que hoje não existiu – pelo menos, antes do minuto 32′. Com a expulsão de Veríssimo, as águias reorganizaram-se – primeiro num 4-4-1, até ao intervalo, e depois num 5-3-1.
O sacrifício valeu a pena e as águias conseguiram manter a baliza a zeros durante os 95 minutos da partida. Enorme mérito para Jorge Jesus, que soube mexer consoante o desenrolar da partida, tendo sempre conseguido serenar a equipa.
11 Inicial e Pontuações
O. Vlachodimos (9)
Gilberto (5)
L. Veríssimo (1)
N. Otamendi (8)
Morato (8)
A. Grimaldo (7)
J. Weigl (7)
J. Mário (6)
A. Taarabt (6)
Rafa (6)
R. Yaremchuk (5)
Subs Utilizados e Pontuações
J. Vertonghen (6)
A. Almeida (6)
G. Ramos (5)
S. Meité (6)
Everton (6)"
Dez por Todos – Foram Heróis
"Foi com a intenção de marcar que Jorge Jesus preparou estrategicamente o jogo. Ao contrário do jogo na Luz em que a sua decisão de ter extremo (Pizzi e Rafa) com laterais, encostou o Benfica atrás, deixando somente Yaremchuk contra o mundo, Jesus arriscou deixando laterais holandeses mais soltos – Saíam Grimaldo e Gilberto, enquanto Lucas e Morato encostavam com os extremos Gakpo e Madueke, e guardando Rafa e Yarem para os centrais. No meio campo, Taarabt entrou para que o Benfica assumisse HxH a campo inteiro com os seus 3 médios em cima dos três médios oponentes. A ideia era clara, explorar o 1×1 sobre os centrais adversários numa saída que Rafa e Yarem pudessem ganhar vantagem.
O jogo nunca esteve fácil. Intensidade – Velocidade muito acima do jogo habitual das equipas lusas, fez com que as diferentes situações defensivas para se resolver mudassem a um ritmo vertiginoso, e a tremenda qualidade individual quer do 1×1 dos extremos adversários quer de quem os alimentava, que não ia perdendo uma oportunidade sequer para os solicitar, deixou o Benfica sob dificuldades no seu último reduto, mas nunca totalmente à mercê do opositor.
O cartão demasiado cedo a Lucas condicionou todo o jogo defensivo do Benfica, e a sua expulsão bem cedo, já depois de Rafa ter perdido a oportunidade de marcar, condenou o Benfica a um jogo de elevado sacrifício e necessidade de entre ajuda e disponibilidade física.
O 5x3x2 transformou-se primeiramente num 4x3x2, e posteriormente Rafa encostou no corredor para formar um 4x4x1, com Yaremchuk só na frente.
O término da primeira parte foi de grande dificuldade para parar a dinâmica ofensiva adversária e não fosse Odysseas e o Benfica sairia a perder para o intervalo.
A segunda parte voltou com alterações táticas. Do intervalo veio a ordem para o regresso a uma linha de cinco. Rafa posicionou-se como lateral, Gilberto como central pela direita, e à frente da linha de cinco, João Mário, Weigl e Taarabt procuravam empurrar o jogo para os corredores laterais.
A entrada de Vertonghen por Taarabt, permitiu adiantar Rafa para a linha média – Toda a esperança encarnada estava numa possível transição conduzida pelo seu extremo, agora relegado para uma linha média a 3 – e trazer maior competência para o duelo defensivo no seu primeiro terço.
Muita concentração defensiva, duelos ganhos e perdidos, dificuldades para suster ímpeto adversário, obrigatoriedade de correr infindáveis km por parte dos seus médios – entre bascular em largura no meio campo com menos elementos, chegar à frente e voltar – levaram o jogo para uma necessidade incrível de superação. Também por isso Ramos substituiu Yaremchuk.
Até ao final, houve desperdício, houve Odysseas, houve entre ajuda, houve correria, duelos. Houve Benfica. Dez heróis no limite das suas forças foram capazes de suster todos os ímpetos e investidas de um PSV muito superior, mas eliminado aos pés do coração da Dona Águia.
Homem do Jogo
Defendeu, Defendeu, Defendeu.
No término da primeira parte foi um gigante aos pés de Madueke. Já antes tinha adivinhado entrada de bolas em profunidade. Na segunda parte, quando o jogo “apertou” e o PSV passou a criar lances suficientes – seja de fora ou dentro da área para se adiantar, Odysseas foi um verdadeiro gigante na baliza do Benfica. Uma muralha no decorrer de toda a partida, e desta feita não poderá deixar dúvidas sobre quem foi o homem do jogo – E da eliminatória!"
Vermelhão: Um zero que deu milhões...!!!
PSV 0 - 0 Benfica
Até podemos concluir que todas as estradas vão dar à Champions, mas o Benfica tem este mau hábito de escolher quase sempre a mais complicada para lá chegar... É fácil admitir que o sofrimento foi muito, só com o último apito fiquei descansado, mas depois daquele momento à Bryan Ruiz, a fezada era grande!!! Durante a partida, também recordei a meia-final da Liga Europa em Turim...!!!
É difícil analisar este jogo, sem olhar para o resultado, a estratégia do Benfica inicial foi a previsível, era fácil verificar que este PSV era quase exclusivamente perigoso em situações de bola nas costas dos nossos defesas, em velocidade, em grandes correrias, portanto o Benfica ia sempre jogar com as linhas mais recuadas... Aliás a entrada do Adel serviu exactamente para isso: 'encaixar' no meio-campo do PSV defensivamente, e com a bola nos pés, ter um jogador com capacidade de levar a bola para a frente... E inicialmente, as coisas estavam a correr bem, com o Benfica a 'adormecer' o jogo e a ser perigoso quando se aproximava da área adversária...
Mas após a expulsão tudo mudou... A equipa recuou ainda mais, e ficou sem capacidade de sair em contra-ataque! Se defensivamente, as coisas nem ficaram 'muito piores' porque o espaço ainda ficou mais escasso, e isso para o PSV foi fatal... ofensivamente, perdemos a ligação ao Roman...
Eu fiquei irritadíssimo com o 'atraso' na substituição do Vertonghen, mas se calhar as indicações era que o Belga não iria aguentar 60 minutos... Mas tirando aquela recepção desastrosa do Morato, que acabou no tal momento Bryan Ruiz, estivemos muito concentrados... E quando 'quase' tudo falhou, esteve lá o muro Odysseas!!!
A azia monumental na TVI com o não-elogio do Jesus ao Odysseas é o típico da nossa descomunicação social desportiva Tuga, o estranho mesmo foram os elogios no mesmo canal à estratégia do Benfica!
É óbvio que o Odysseas foi o homem da eliminatória e o MVP de hoje... mas isso nada contraria o elogio que o Jesus fez ao Morato, só quem tiver má-fé pode ler no elogio ao Morato, uma crítica do Jesus ao Odysseas!
O outro grande jogador esta noite, na minha opinião foi o Weigl... tantas vezes criticado! Grimaldo e Otamendi também em grande...
Nota para jogadores como o Gilberto e o Rafa, a jogarem em lugares diferentes daquilo que estão habituados...
Os adeptos holandeses andam a imitar os piores exemplos dos outros... na última visita do Ajax a Lisboa houve muitos problemas, e agora os do PSV resolveram atirar fora-de-artificio a meio da noite junto do Hotel do Benfica! O que eles desconheciam é que o Benfica já está mais que calejado para este tipo de situações...!!! Espero que não tenham gasto o fogo todo, para as próximas eliminatórias da Liga Europa!
A ausência do Pizzi não foi 'por acaso', suspeito que com a chegada do Radonjic, o trasmontano vai jogar menos...
Atenção, aos últimos dias do Mercado, com esta qualificação, vamos ter outra margem de manobra nas vendas, e será mais 'fácil' convencer potenciais jogadores a mudarem-se para uma equipa na Champions. Suspeito que vamos ter muitas alterações nos últimos dias...!!!
Os Potes para o Sorteio só amanhã ficarão definidos, nós vamos ficar no Pote 3, mas o Pote 4 ainda está em aberto... Nos Potes 1 e 2 só o Lille destoa (não podemos emparelhar com a Lagartada - o Villarreal não sendo imbatível também não é nada fácil...), de resto são quase todos tubarões... O mais importante foi garantir o acesso ao encaixe financeiro, e um calendário igual aos nossos principais adversários, e evitar andar a jogar às Quintas para a Liga Europa! Desportivamente, as equipas portuguesas só com Sorteios muito favoráveis podem ter grandes objectivos na Champions, a qualificação para os Oitavos será para já, a única meta razoável...
Mas agora a 'grande final' da Champions é no Domingo, contra o Tondela, e se a festa que se ouviu no balneário durante as entrevistas aos jogadores é merecida, a concentração tem que regressar... Além da descompressão mental que pode acontecer após o jogo de hoje, o cansaço nas pernas em muitos jogadores é perigoso, principalmente na defesa, onde a rotação tem sido reduzida... o único que está 'fresco' é mesmo o Veríssimo!!!